MESTRE E DISCÍPULO.

MESTRE E DISCÍPULO 

Nasce o Mestre – na manjedoura do coração, sorri divinamente – entre os impulsos sentimentais – Mostra-se à razão – à luz da estrela da fé, desenvolve-se, dia a dia – sob os cuidados da alma, alegra a paisagem mental – renovando a esperança!…

Ainda menino – sobe ao templo do cérebro e fala com simplicidade – confundindo raciocínios doutos. movimenta-se, desde então – no cosmo individual, aproveita sentimentos singelos – como se valeu dos pescadores humildes, e começa o apostolado – da conversão do aprendiz – devolve movimento – ao coração paralítico, restitui a visão – aos olhos enganados, limpa a lepra do mal – ao pensamento invigilante; equilibra-lhe a mente – invadida pelos princípios das trevas, revela-lhe a lei do amor – acima dos códigos humanos, transforma-o, dia a dia – pela divina atuação.

E, quando o mundo inferior se rebela contra o discípulo. Une-se mais a ele – no cenáculo do espírito, dá-lhe instruções baseadas – na submissão a Deus, revela-lhe o mundo maior – glorificando o sacrifício, dilata-lhe a personalidade – exemplificando a renúncia, eleva-lhe a estatura – semeando entendimento…

Atingido o Calvário – das responsabilidades interiores, quando o aprendiz isolado – está sozinho em si mesmo, entre milhões de pessoas, e, o mesmo Senhor – nascido no presepe íntimo, que o ampara – no monte do crânio, concedendo-lhe serenidade – para a cruz dos testemunhos, a fim de que aprenda – em turbilhões de luta, a sofrer – amando, a orar – construindo, a morrer – perdoando, para que em pleno infinito – da ressurreição eterna, haja mais luz divina – sobre as trevas humanas, mais alegria celeste – sobre as dores terrenas, e nova bênção resplandeça – no círculo das criaturas, em favor de nossa redenção – para um mundo melhor.

André Luiz

( Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. Antologia mediúnica do natal. FEB).