Espiritismo na Atualidade


Simpósio em Araraquara (SP), no dia 21 de maio, promovido pela USE Intermunicipal de Araraquara, com atuação de Marco Milani, Donizete Pinheiro e Antonio Cesar Perri de Carvalho. Evento na sede da Sociedade Espírita O Consolador. Houve autógrafos de Perri nos livros Epístolas de Paulo à luz do Espiritismo, com presença do editor da Ed. O Clarim,  no recente livro Benedita Fernandes. A Dama da Caridade.

Benedita Fernandes. A dama da caridade


 



Sirlei Nogueira 


 

O livro ‘Benedita Fernandes. A Dama da Caridade’ é uma biografia comemorativa dos 85 anos da fundação da Associação das Senhoras Cristãs, em Araçatuba, por Benedita Fernandes.

 

O autor e o biógrafo dela, araçatubense Antonio Cesar Perri de Carvalho comentou:

“É edição comemorativa – ampliada, atualizada e revisada – inspirada na obra intitulada ‘Dama da Caridade’. A primeira edição foi lançada pela União Municipal Espírita de Araçatuba há 35 anos (1982) e, depois, pela Editora Radhu, de São Paulo, em 1987. A publicação de agora é, efetivamente, uma nova obra”.

Perri destaca que “a primeira versão de ‘Dama da Caridade’ atingiu vários rincões, motivando interesse dos leitores pela biografada e estímulo à criação de núcleos de trabalho espírita com o nome dela. Companheiros espíritas, de várias regiões do País, há muito solicitam a reedição desta obra biográfica. Como se encontra esgotada há anos, e já passados 30 da última edição, entendemos que a elaboração de uma nova versão seria mais adequada”.

A história surpreendente de superação de Benedita Fernandes: a mulher que revolucionou a própria vida para se transformar em pioneira do serviço de saúde mental no interior do Estado. E no próprio Brasil”, acrescenta o autor.

Segundo o jornalista Sirlei Nogueira, “a biografia reflete a proposta de trabalho da editora: cocriar. ‘Benedita Fernandes. A Dama da Caridade’ nasce nesse contexto, com apoios de várias instituições espíritas, da cidade e região, principalmente. Mas, já com reflexos pelo Brasil. A Associação das Senhoras Cristãs Benedita Fernandes é uma das cocriadoras”.

Contatos – pedidos: sirleinogueira@yahoo.com.br

O ENSINO MORAL LEGADO POR JESUS, OS ROMANCES ESCRITOS POR EMMANUEL E NÓS

Flávio Rey de Carvalho (*)

No início da introdução de O evangelho segundo o espiritismo, Allan Kardec delimitou que é possível dividir as matérias contidas nos Evangelhos em cinco partes, destacando-se, entre elas, o “ensino moral”, por não ser objeto de controvérsias e se manter inatacável. Conforme ele explicou:

 

Diante desse código divino a própria incredulidade se inclina; é terreno onde todos os cultos podem se reencontrar, a bandeira sob a qual todos podem se abrigar, quaisquer que sejam as suas crenças, porque jamais foi objeto de disputas religiosas, sempre e por toda parte levantadas pelas questões do dogma; aliás, discutindo-as, as seitas encontrariam aí sua própria condenação, porque a maioria está mais interessada na parte mística do que na parte moral que exige a reforma de si mesmo. Para os homens em particular é uma regra de conduta abrangendo todas as circunstâncias da vida, privada ou pública, o princípio de todas as relações sociais fundadas sobre a mais rigorosa justiça; é, enfim, e acima de tudo, o caminho infalível para a felicidade esperada, um canto do véu levantado sobre a vida futura.

 

Mais adiante no texto, destacando o importante papel desempenhado pelos espíritos no restabelecimento do sentido verdadeiro do ensino moral legado por Jesus, Kardec vaticinou:

 

Graças às comunicações estabelecidas, de hoje em diante de um modo permanente, entre os homens e o mundo invisível, a lei evangélica, ensinada a todas as nações pelos próprios Espíritos, não será mais letra morta, porque cada um a compreenderá, e será incessantemente solicitado a praticá-la pelos conselhos de seus guias espirituais. As instruções dos Espíritos são verdadeiramente as vozes do céu que vêm esclarecer os homens e convidá-los à prática do Evangelho.

 

É no cumprimento dessa previsão feita por Kardec que se insere a obra do médium Francisco Cândido Xavier (1910-2002), que, sob a supervisão do Espírito Emmanuel, publicou, enquanto encarnado, 427 livros psicografados, abrangendo vasta gama de autores espirituais. Entre estes, destaca-se o próprio Emmanuel, autor de mais de uma centena de livros que tocam, sobretudo, temáticas ligadas à difusão e à compreensão do evangelho à luz do espiritismo. Sua produção é bastante ampla, abrangendo desde a elaboração de obras compostas de comentários a trechos do Novo testamento - como, por exemplo, os títulos que compõem a Série fonte viva -, livros de perguntas e respostas – entre eles, O consolador (1940) -, textos ensaísticos – como A caminho da luz (1938), entre outros -, até a escrita de cinco romances históricos, em torno dos quais se centra o presente artigo.

São eles: Há dois mil anos (1939) – centrado no século I -, Cinquenta anos depois (1939) – retratando fatos ocorridos no século II -, Paulo e Estevão (1941) – detalhando acontecimentos que se deram no século I -, Renúncia (1942) – abrangendo vivências que perpassaram a segunda metade do século XVII e o início do XVIII – e Ave, Cristo! (1953) – envolvendo experiências de vida ligadas ao século III. Esses cinco livros, em termos centrais, têm o objetivo de nos sensibilizar para a importância de se assimilar a essência do ensino moral, legado por Jesus, no nosso proceder cotidiano. Neles são narradas histórias de vida, que retratam, em termos práticos e bastante detalhados, como se deram as relações de personagens “reais” – cada qual conforme o seu grau de amadurecimento e conscientização espiritual – com os princípios morais cristãos.

Por meio da evidenciação dessas relações, Emmanuel objetivou apresentar exemplos de vivências, para nos servir de roteiro e fonte de inspiração, para que possamos – cada qual em seu devido tempo de maturação e segundo suas próprias possibilidades – aclimatar e cultivar a flor viva do evangelho em nossas mentes e em nossos corações. Além de apresentar a vida de personagens portadores de uma conduta moral exemplar, já bastante iluminados e conscientes da necessidade de se viver alinhado ao bem e à vontade de Deus, são também descritas algumas trajetórias reencarnatórias de espíritos que, assim como nós, estão imersos em processos depurativos de resgate e reparação. Tais trajetórias, por estarem mais próximas da nossa condição espiritual, nos auxiliam, em função da evidenciação dos acertos e dos erros praticados por esses espíritos, a detectar, por meio do estabelecimento de uma comparação analógica, aspectos negativos e positivos, passíveis de serem modificados e aprimorados, que podem (ou não) integrar nossa personalidade.

Nesse sentido, é por meio da evidenciação dos mecanismos da lei de causa e efeito, que tais histórias nos convidam a refletir acerca de nós mesmos, assim como da nossa situação espiritual, estimulando-nos à realização da reforma íntima, de modo a acelerar a nossa marcha ascensional em termos espirituais. Sob esse prisma, os romances escritos por Emmanuel emergem como obras de estudo que auxiliam na compreensão e na operacionalização da essência do ensino moral, legado por Jesus, em nossas vidas. Desse modo, ao estudá-los, cada um pode fazer um exercício de auto-análise, buscando se situar, empaticamente, nas situações vivenciadas pelos personagens com os quais nos sintamos mais identificados.

Para explicar melhor o modo de se estabelecer essa relação de empatia com os personagens descritos nas narrativas, recorre-se ao livro Luz imperecível – coordenado por Honório Onofre de Abreu (1930-2007) –, no qual consta a seguinte explicação:

 

Incorporando-nos às figuras do próprio texto, habilitamo-nos a detectar em nós próprios, padrões ou atitudes, de ordem positiva ou negativa que lhes eram peculiares [(àqueles personagens que viviam naquelas épocas]), a nos sugerirem [(hoje)] implementação de recursos ou mudanças de base, nas profundezas da alma. A partir daí o texto vivifica. Pela auto-análise e na aplicação do “conhece-te a ti mesmo” levantamos caracteres peculiares àqueles personagens e que podem ou não estar presentes em nossa intimidade, tais sejam: hipocrisia, extremismo fanatizante, conhecimento não acionado, cegueira, paralisia ou surdez espirituais, ou quem sabe, nossa posição cadaverizada na indiferença ou na cristalização ante a dinamização da via.

 

Por meio dessa introspecção nos é facultado, dentro dos parâmetros do livre arbítrio, promover mudanças em nossa mente e em nosso coração, afinando-os – em tudo aquilo que estiver dissonante – pelo diapasão da lei de amor, que é a força que rege e harmoniza o universo. Salvo exceções, tratar-se-ia de algo ainda por se fazer entre nós, pois, segundo consta explicado em A caminho da luz, o desenvolvimento do “homem espiritual” – ligado à esfera do sentimento – jaz estacionado em seus surtos de progresso, grosso modo, desde o século IV, quando houve a adaptação dos ensinamentos de Jesus às conveniências e aos interesses do mundo, apartando-os da sua essência divina e redentora. Mas, conforme afirmou Emmanuel, “[…] é chegado o tempo de um reajustamento de todos os valores humanos.”

Diante dessas explicações e à guisa de conclusão, reitera-se a importância de se realizar o estudo dos romances escritos por Emmanuel, tidos como obras que – assim como outras tantas produzidas por esse autor espiritual – confirmam, ao menos em termos potenciais, aquilo que Kardec previra na introdução de O evangelho segundo espiritismo, isto é, o intercâmbio entre os homens e o mundo invisível daria condições para que cada indivíduo pudesse compreender e praticar o ensino moral contido na lei evangélica. Quando isso ocorrer, a lei evangélica deixará de ser “letra morta”, pois, extrapolando as páginas dos livros nos quais está contida, passará a viver na mente, no coração e nas atitudes das pessoas. Para tanto, conforme aconselhou Paulo de Tarso, na Carta aos Efésios, é necessário que “[…] vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; e vos renoveis no espírito da vossa mente; e vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade.” (Ef, 4:22-24).

 

(Artigo transcrito de: Revista internacional de espiritismo. Ano XCII. No. 3. Abril de 2017. P.146-148)

(*) Doutorando em Ciência da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Membro fundador do Núcleo de Estudo e Pesquisa do Evangelho da Federação Espírita Brasileira (NEPE-FEB). Integrou a Comissão Administrativa do NEPE-FEB, entre setembro de 2012 e março de 2015.

 

KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Tradução de Salvador Gentile, revisão de Elias Barbosa. 365. ed. Araras: IDE, 2009, p. 6, grifo nosso.

 

Ibid., p. 8, grifo no original.

 

Os livros mencionados, incluindo os cinco romances, cujos títulos estão listados no parágrafo seguinte, são editados pela Federação Espírita Brasileira (FEB).

 

Para a datação dos livros supracitados – incluindo os títulos mencionados no parágrafo anterior -, optou-se por considerar o ano em que cada um deles foi concluído pelo autor espiritual, conforme consta indicado no final de cada uma das introduções presentes nessas obras.

 

ABREU, Honório Onofre de (Org.). Luz imperecível: estudo interpretativo do evangelho à luz da doutrina espírita. 6. ed. Belo Horizonte: UEM, 2009, p. 23, grifo nosso.

 

Cf. XAVIER, Francisco Cândido. A caminho da luz. Pelo Espírito Emmanuel. 37. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008, p. 256-257.

 

A BÍBLIA SAGRADA: contendo o Velho e o Novo Testamento. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Edição corrigida e revisada fiel ao texto original. São Paulo: SBTB, 2013.

 

EM HORAS DE CRISE

Asserena o coração inquieto e segue para frente.

Se errares, há recursos de retificação.

Se outros estão enganados, voltarão à verdade, algum dia.

Se companheiros determinados não te puderam entender, a vida, em nome de Deus, trarão outros que te compreenderão.

Abençoa os que te deixaram em caminho, porque nem todos conseguem cumprir várias tarefas ao mesmo tempo.

Agradece aos que te amparam e auxilia aos que possuam menores recursos que os teus.

Trabalha para o bem, onde estiveres e como estiveres.

Não esperes santificar-te para servir porque ainda somos criaturas humanas, com os defeitos inerentes à nossa condição e, por isso mesmo, Deus não nos confia trabalho somente compreensível no clima dos anjos.

Não acredites que possas evoluir sem problemas ou que consigas aperfeiçoar-te sem sacrifícios.

Nunca descreias do poder de progredir e melhorar, à custa do próprio esforço.

Alegra-te, constantemente.

Capacita-te de que o desânimo não presta auxílio a ninguém.

Se alguém te ofendeu, esquece.

Reflete em quantas vezes teremos ferido a alguém, sem a mínima intenção, e cobre o mal com o bem.

Se ouvires referências infelizes, a cerca de alguma pessoa, medita nas boas ações que essa criatura terá praticado ou nas boas obras que terá desejado fazer sem que isso lhe fosse possível.

Em qualquer dificuldade, aconselha-te com a esperança, porque Deus tudo está modificando para melhor.

Persevera no trabalho que a vida te deu a executar. Pensa no bem e fala no bem.

Abençoa sempre.

E se alguma provação te acolhe com tanta força que não consigas evitar as próprias lágrimas, mesmo chorando, confia em Deus, na certeza de que Deus, amanhã nos concederá outro dia.

Emmanuel

(XAVIER, FRANCISCO CÂNDIDO. COMPANHEIRO. Araras: IDE)

Dirigentes espíritas e católicos vão à presidência do STF pedir que não libere o aborto

Esteve no STF nesta quinta-feira (11/05), em visita à presidente Cármem Lúcia, uma comissão formada por juristas espíritas e católicos, além do cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta. Eles apresentaram à ministra o pedido para que nenhuma ação que pretenda legalizar o aborto no Brasil seja colocada em pauta durante a gestão de Cármem Lúcia à frente do tribunal.

O jurista Hélio Ribeiro, da Associação Jurídico Espírita do Rio de Janeiro (AJE-Rio), deu entrevista à Rádio Rio de Janeiro após a reunião e afirmou que o encontro foi positivo. “A ministra manifestou simpatia à nossa causa e de maneira muito positiva falou que matar não é uma solução para resolver os problemas da sociedade. Fomos muito bem acolhidos. Os juristas católicos também estiveram presentes e com certeza foi um ganho a favor da vida o encontro de hoje, histórico, no STF”.

Informações: http://www.semprefamilia.com.br/blog-da-vida/autoridades-espiritas-e-catolicas-vao-a-carmem-lucia-pedir-que-stf-nao-libere-aborto/

Peregrinação cristã

Se aceitaste o evangelho por abençoado roteiro de aperfeiçoamento, não te esqueças da representação que nos cabe em toda parte.

A fé nos confere consolação, mas nos reveste de responsabilidade a que não podemos fugir.

Somos embaixadores de Jesus onde estivermos, se a luz d'ele é o clarão que nos descortina o futuro.

Não te esqueças de semelhante realidade para que a tua experiência religiosa não se reduza a simples adoração improdutiva.

A estrada permanece descerrada a nós todos. Cada dia é uma revelação para que exerçamos a sublime investidura.

Se o senhor desceu até nós, partilhando-nos a senda obscura e viciosa a fim de que nos levantássemos, aprendamos também a representá-lo nas regiões inferiores à nossa posição do conhecimento.

Onde fores defrontado pela calúnia, sê a palavra amiga do esclarecimento benéfico.

Se o mal te avista, improvisa o bem com tua capacidade de ajuizar as situações de planos mais altos.

Se a tristeza e o desânimo te procuram, acende a lanterna da coragem e resiste ao sopro frio do desalento, prosseguindo no trabalho que a vida te confiou.

Se a infantibilidade te busca, não a abandones, porque o cristão sincero é o bom semeador que tudo aperfeiçoa para a glória do infinito bem.

Se a leviandade vem ao teu encontro, ajuda o companheiro de jornada, orientando-lhe o pensamento para o justo equilíbrio em que a nossa fé se inspira e vive sempre.

Se a treva tenta envolvê-lo, faze a claridade do otimismo, com as bênçãos do amor que auxiliam em todos os instantes.

Mas se o embaixador humano é obrigado a longo curso de compreensão e tolerância na ciência do tato e da gentileza para não falharem seus compromissos, não creias que o emissário do Cristo deva agir sem os princípios de serenidade e do bom ânimo.

Colaboremos e ajudemos sem alardear notas de superioridade perturbadora. Quanto mais clara a nossa luz, mais alta a nossa dívida para com as sombras.

Quanto mais sublimes nossas noções do bem, mais imperiosos os nossos deveres de socorro às vítimas do mal.

O mensageiro de Cristo é o braço do evangelho.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. Paz e libertação. Cap. 1. São Paulo: CEU)

A alegria de viver de Divaldo

Antonio Cesar Perri de Carvalho (*)

Um fato marcante ocorrido em 2016 foi  a entrevista com Divaldo Pereira Franco no programa de Jô Soares, na TV Globo, na passagem do dia 1o para dia 2 de setembro. O midiático Jô Soares é conhecido por interferir e às vezes até deixar que o entrevistado fale pouco. Com Divaldo, houve até uma brincadeira entre ambos, sobre “o baiano que fala, fala…” E Divaldo falou aproveitando muito bem o tempo disponível. Conseguiu registrar fatos desde a origem espontânea e precoce de sua mediunidade até os momentos atuais. Claramente Jô Soares demonstrou surpresa com o vulto do trabalho liderado pelo entrevistado, em função do vídeo apresentado pela produção sobre a Mansão do Caminho.

Dos 70 anos de oratória, nós o conhecemos no período de 55 anos.

Conhecemos Divaldo Pereira Franco por ocasião de sua palestra na XV Concentração de Mocidades Espíritas do Brasil Central e Estado de São Paulo (COMBESP), efetivada em abril de 1962, em Araçatuba (SP). Na oportunidade, ele também visitou a Instituição “Nosso Lar”, na época recém fundada por familiares nossos. Desde essa época, já mantínhamos correspondência com Divaldo e recebíamos os folhetos impressos pela Mansão do Caminho contendo mensagens psicografadas. Nos anos imediatos, encontramo-nos nas históricas I Confraternização de Mocidades e Juventudes Espíritas do Brasil (COMJEB), realizada em abril de 1965, em Marília (SP) e na 1a Confraternização de Mocidades e Juventudes Espíritas do Estado de São Paulo-COMJESP (Ribeirão Preto, 1967), em diversas palestras em cidades do interior paulista e em Araçatuba.

Acompanhado de nossa esposa visitamos pela primeira vez o Centro Espírita Caminho da Redenção (então na Calçada)  e a Mansão do Caminho (em Pau da Lima) nos idos de1972. Divaldo foi nosso convidado para participação em vários eventos do movimento espírita de Araçatuba, como as Semanas e Mês Espíritas. Desde 1972 passamos a organizar os roteiros de Divaldo pela região de Araçatuba. Essa atuação era feita porque além de amigo do conferencista, entre 1971 e 1986 éramos dirigente do órgão da USE local (então chamada União Municipal Espírita de Araçatuba). Divaldo passou a ser hóspede de nossa genitora – Bebé – e nosso também, após nosso casamento. Durante 30 anos juntamente com nossa genitora, fomos anfitriães de Divaldo. Nossos filhos nasceram e cresceram acostumados com a visita do “tio”. Foram momentos proveitosos, alegres e fraternos, estes em que Divaldo tinha disponibilidade de atender à região. Nos dois lares citados sempre havia uma refeição com convites para os dirigentes e amigos da cidade, reunindo grande número de participantes e bate-papos informais.

Outro fato é que, em várias visitas de Divaldo, houve momento de prece conjunta em nossos lares – também com presença de convidados -, momentos em que o médium psicografou mensagens de Benedita Fernandes e de nosso tio Lourival Perri Chefaly. Nossos livros Dama da Caridade (1982) e Em Louvor à Vida (em parceria com Divaldo, edição LEAL, 1987) incluem algumas destas psicografias. Outra obra que surgiu desse período foi Repositórios de Sabedoria (Vol. I e II, edição LEAL, 1980), coletânea de pensamentos de Joanna de Ângelis, extraídos das primeiras obras da Autora Espiritual, e que elaboramos em forma de abecedário.

Em todas as visitas de Divaldo organizávamos alguma entrevista com os dirigentes locais e/ou com a imprensa (rádios, jornais e TV). Estas foram transformadas em publicações que fizemos nos jornais de Araçatuba, onde mantínhamos “coluna espírita”, como Tribuna da Noroeste, A Comarca e Folha da Região, e também em periódicos espíritas, como O Clarim, Revista Internacional de Espiritismo, Unificação, Anuário Espírita e Presença Espírita. Divaldo sempre fez muitas referências a Benedita Fernandes, que incluímos no nosso livro Benedita Fernandes. A dama da caridade.(1)

Várias dessas publicações foram reunidas em “Divaldo em Araçatuba”, coletânea que elaboramos por ocasião da solenidade em que Divaldo recebeu o título de “Cidadão Honorário” de Araçatuba, em 1984, evento que atuamos na organização juntamente com a Edilidade local.

Com nossa mudança, por razão profissional, para a cidade de São Paulo no ano de 1989, e, mais tarde, para Brasília, Divaldo voltou a ser hospedado em Araçatuba, por nossa genitora até próximo à desencarnação dela. Mesmo assim, voltávamos a Araçatuba, para acompanhar os eventos com atuação de Divaldo. A convivência com Divaldo em Araçatuba foram momentos significativos, proveitosos, de boas recordações e bem aproveitados para a difusão do Espiritismo!

Além das ações em Araçatuba, com freqüência estávamos presentes em eventos com Divaldo em cidades paulistas e vários Estados brasileiros. Em Uberaba, estivemos  em momentos de encontros conjuntos com Chico Xavier. Também estivemos junto com Divaldo em eventos do CEI e promovidos por vários países.

Em eventos da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, em São Paulo, atuamos em entrevistas e eventos com Divaldo, originando livros editados pelo USE-SP, como Diálogo com Dirigentes e Trabalhadores Espíritas (2a edição) e Laços de família. Em livros editados pela FEB, tivemos atuação em Conversa Fraterna e Em Nome do Amor: a Mediunidade com Jesus. Incluímos alguns trechos em Centro Espírita. Prática espírita e cristã (Ed.USE, 2016).(1)

Por ocasião da Reunião do Conselho Federativo Nacional da FEB, em novembro de 2014, na nossa gestão como presidente da Federação, houve a promoção do Movimento Você e Paz, iniciado por Divaldo, nas dependências da Câmara dos Deputados e no anfiteatro da FEB. Na oportunidade, foi inaugurada no Espaço Cultural da FEB, uma Exposição sobre a Mansão do Caminho e a obra de Divaldo Pereira Franco. Em outubro de 2016, estivemos com Divaldo no Movimento Você e a Paz, realizado no Parque do Ibirapuera, em São Paulo.

No diálogo descontraído com Jô Soares, já citado, transpareceu em Divaldo a alegria de viver e de servir, vencendo dificuldades e impasses, e, deixando o entrevistador impactado com a informação que Divaldo tem todo um vigor com idade avançada, agora alcançando os 90 anos de idade e 70 anos de oratória!

 

Referência:

1) Entrevistando Divaldo Pereira Franco. Revista Internacional de Espiritismo. Ano LVII. Abril de 1982, p. 365-368; Do autor: Centro Espírita. Prática espírita e cristã. São Paulo: Ed.USE, 2016; Benedita Fernandes. A dama da caridade. Araçatuba: USE Regional de Araçatuba. 2017.

(*) – Foi dirigente espírita em Araçatuba, presidente da USE-SP e da FEB, e, membro da Comissão Executiva do CEI.

 

Extraído do Boletim Notícias do Movimento Espírita – Ismael Gobbo – dia 5/5/2017:

http://www.noticiasespiritas.com.br/2017/MAIO/05-05-2017.htm

 

Divaldo na Europa

 



No roteiro pela Europa, Divaldo Pereira Franco visitará 12 países, com atividades doutrinárias em 18 cidades:

Maio de 2017:

Desde dia 8 de Divaldo já esteve em: Paris; Dublin – Irlanda (foto anexa); Londres; e prossegue:

16 – Bruxelas – Bélgica.
17 – Luxemburgo – Luxemburgo.
18 – Mannheim – Alemanha.
19 – Stuttgart – Alemanha.
20 – Frankfurt – Alemanha.
21 – Amsterdã – Holanda.
22 e 23 – Estocolmo – Suécia.
24 – Copenhague – Dinamarca.
25 – Berlim – Alemanha.
26 – Colônia – Alemanha.
27 e 28 – Seminário de 2 dias em Bad Honnef – Alemanha.
29 a 31 – Roma – Itália.

Junho de 2017:
1º e 02 – Milão – Itália.
02 – Conferência em Zurique – Suiça.
02 a 05 – Seminários no G19 – em Zurique e conferência em Kloten – Suíça.
05 – Conferência no G19 – em Zurique, Suíça.
06 a 08 – Viena – Áustria.
09 e 10 – Retorno ao Brasil.

Entrevistas na TV Mundo Maior e Rádio Boa Nova

    

Em transmissões simultâneas da TV Mundo Maior e Rádio Boa Nova, de Guarulhos (SP), ocorreram entrevistas de Antonio Cesar Perri de Carvalho (ex-presidente da FEB e da USE-SP), ao longo do dia 11 de maio, nos programas: "Repensar", coordenado por Maria Izilda Netto; "Nova Consciência", com Jetter Jacomini; "Jornal Nova Era", dirigido por Guiomar Sant`Ana, e com participação de Frederico Camilo Leão (Casas André Luiz) e Maria Izilda Netto. Houve participação de pessoas acessando pelo facebook, e-mail e telefone. O visitante também gravou mensagem sobre o próxima inauguração da retransmissora da TV Mundo Maior em Araçatuba.