Bibliografia sobre Amelie Boudet:

"Mais Luz"

(Berthe Fropo – Beaucoup de Lumière, 1884) – Tradução de Ery Lopes e Rogério Miguez.

Berthe Fropo, amiga de Amelie Boudet, relata fatos de um período obscuro, após a desencarnação de Allan Kardec. Episódios geralmente desconhecidos do público espírita brasileiro.

Berthe Fropo, uma das fundadoras da Sociedade Espírita Francesa (1882) e amiga de Madame Rivail, publicou esta obra para registrar o ideal e as lutas de Amelie Boudet e problemas sérios que ocorreram e que envolvem o Sr. Leymarie.

 

ACESSO pelo link:

Berthe Fropo – "Muita Luz": 

http://www.autoresespiritasclassicos.com/Autores%20Espiritas%20Classicos%20%20Diversos/Berthe%20Fropo/Berthe%20Fropo%20.

Sem desfalecimentos

“E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.” – Paulo (Gálatas, 6:9.)

Há pessoas de singulares disposições em matéria de serviço espiritual.

Hoje crêem, amanhã descrêem.

Entregaram-se, ontem, às manifestações da fé; entretanto, porque alguém não se curou de uma enxaqueca, perdem hoje a confiança, penetrando o caminho largo da negação.

Iniciam a prática do bem, mas, se aparece um espinho de ingratidão dos semelhantes, proclamam a falência dos propósitos de bem-fazer.

São crianças que ensaiam aprendizado na escola da vida, distantes ainda da posição de discípulos do Mestre.

O exercício do amor verdadeiro não pode cansar o coração.

Quem ama em Cristo Jesus guarda confiança em Deus, é feliz na renúncia e sabe alimentar-se de esperança.

O mal extenua o espírito, mas o bem revigora sempre.

O aprendiz sincero do Evangelho, portanto, não se irrita nem conhece a derrota nas lutas edificantes, porque compreende o desânimo por perda de oportunidade.

Problemas da alma não se circunscrevem a questões de dias e semanas terrestres, nem podem viver condicionados a deficiências físicas. São problemas de vida, renovação e eternidade.

Não te canses, pois, de fazer o bem, convencido, todavia, de que a colheita, por tuas próprias mãos, depende de prosseguires no sacerdócio do amor, sem desfalecimentos.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Vinha de luz. Cap. 82. FEB)

TOMAR VERGONHA

Richard Simonetti

1 –    A Doutrina Espírita nos ajuda a identificar nossas falhas. Mesmo assim, não mudamos nossa forma de agir. Por que isso acontece?

                     Ocorre que essa postura é superficial, jogo de cena conosco mesmos. Falta aquele cair em si, de que trata Jesus, na Parábola do Filho Pródigo (Lucas, 15:11-24), em que o indivíduo reconhece a extensão de sua miséria moral, o quão distanciado está de Deus, e dispõe-se a caminhar ao Seu encontro. Minha avó traduzia isso dizendo que é preciso tomar vergonha.

2 –    Sabemos que a Vida vem sendo comprometida no planeta em face da poluição produzida pelo Homem, que não respeita a Natureza. Por que agimos assim?

                     Falta tomar vergonha em relação ao assunto, assumindo uma consciência ecológica que nos leve a vigiar nosso comportamento nos contatos com a Natureza, tanto quanto devemos vigiar nossas iniciativas no relacionamento com o próximo.

3 –   Considerando o clima de violência na atualidade, podemos dizer que muitos Espíritos estão fracassando em sua última oportunidade de renovação, despedindo-se da Terra, que já estaria deixando a condição de Mundo de Provas e Expiações e sendo promovida a Mundo de Regeneração?

                     Corremos sérios riscos se isso estiver acontecendo, porquanto, como ensinava Jesus no Sermão da Montanha (Mateus, 5:5), ficarão na Terra os que houverem conquistado a mansuetude. Para uma Humanidade sem vergonha, o vocábulo manso tem uma conotação pejorativa. Usá-lo ao nos dirigirmos a alguém soa ofensivo.

4 –    Como você definiria a expressão manso, sob o ponto de vista evangélico?

                     É alguém que venceu a agressividade, guardando as raízes de sua estabilidade emocional em si mesmo, não nos outros. Não reage aos estímulos externos. Age, conforme o ajuste interno efetuado à luz dos ensinamentos de Jesus, a partir do momento em que tomou vergonha.

5 –    A condição de Mundo de Regeneração, de que falam os Espíritos, estaria, então, distante?

                     Tão distante quanto nos encontramos da agressividade para a mansuetude. Creio que muita água vai rolar no rio do tempo até que tomemos vergonha, superando estágios primários de evolução que nos situam perto da taba.

6 –    Poderíamos dizer que a Misericórdia Divina exercita a paciência nesse sentido?

                     Deus não tem pressa.  Obviamente haverá o momento em que os recalcitrantes deixarão nosso planeta e serão confinados em mundos inferiores, onde a mestra Dor atuará com mais rigor. Chega o momento em que um pai, até por amor ao filho, será compelido a dar-lhe umas boas palmadas, a fim de que tome vergonha.

7  –   Qual a importância da religião em favor desse objetivo?

                     A religião é o estímulo para que cultivemos o aspecto sagrado da existência, buscando cumprir os compromissos que assumimos ao reencarnar. Ajuda-nos nessa empreitada, mas pouco valerá se não estivermos dispostos a tomar vergonha.

8 –    Considerando os esclarecimentos que nos oferece a respeito da vida espiritual, onde colheremos as consequências das ações humanas, podemos dizer que o Espiritismo nos ajuda a lidar melhor com os desafios da existência?

                     Sem dúvida! Quem sabe de onde veio, por que vive na Terra e para onde vai, certamente estará mais bem orientado nesse sentido. Não obstante, ainda aqui, a mudança de rumo, em favor do melhor, o tomar vergonha na cara é muito mais uma questão de acordar do que de aprender. Usando uma expressão popular, seria ligar o desconfiômetro, muito mais cumprir a sinalização da Vida, do que simplesmente conhecer seus regulamentos.

Palestras em Biriguí e Araçatuba

Nos dias 13 e 15 de outubro, Cesar Perri, ex-presidente da FEB e da USE-SP, proferiu palestras no Centro Espírita Raimundo Mariano Dias, em Biriguí, onde abordou o tema "Benedita Fernandes. A dama da caridade". Este Centro completou 80 anos de fundação. Na manhã do dia 15 o visitante fez palestra na Casa do Caminho, em Araçatuba, focalizando temas de seu mais recente livro "Em ações espíritas", seguindo-se autógrafos em livros.

Araçatuba recebe TV Espírita 

Em solenidade na noite do dia 16 de outubro foi inaugurada a retransmissora da TV Mundo Maior em Araçatuba (SP), como TV aberta, canal 36. No evento de inauguração no Teatro Castro Alves houve presença da vice-prefeita Edna Flor, ex-prefeitos, dirigentes espíritas da cidade e região, equipe e reportagem da TV Mundo Maior. As saudações foram feitas por Antonio Cesar Perri de Carvalho, que foi dirigente na cidade e ex presidente da FEB e da USE-SP; .Eliana Ivano e André Marouço, ambos diretores da FEAL e da TV Mundo Maior. Houve apresentação de vídeo da Fundação Espírita André Luiz e um vídeo com a manifestação dos dirigentes espíritas de Araçatuba. Sirlei Nogueira, presidente da USE Regional de Araçatuba foi o responsável pelas providências para obtenção do canal e de implantação da torre e equipamentos. Esta é vinculada à TV Mundo Maior da Fundação Espírita André Luiz, de Guarulhos, e atua como TV aberta e também contando com canal no principal satélite de comunicação do país – Brasilsat, e alguns canais a cabo. Com sua rede em expansão a TV Mundo Maior está se consolidando como a primeira grande TV espírita do país. O evento também foi transmitido ao vivo pela TV Amigo Espírita.

Igreja livre

“Mas a Jerusalém que é de cima, é livre, a qual é mãe de todos nós.” – Paulo. (Gálatas, 4:26.)

O exame isolado deste versículo sugere um tema de infinita grandeza para os discípulos religiosos do Cristianismo.

A palavra do apóstolo aos gentios recorda-nos a igreja liberta do Cristo, não na esfera estreita dos homens, mas no ilimitado pensamento divino.

O espírito orgulhoso e sectário, há tanto tempo dominante nas atividades da fé, encontra na afirmativa de Paulo de Tarso um antídoto para as suas venenosas preocupações.

Em todas as épocas, têm vivido na Terra os nobres excomungados, os incompreendidos valorosos e os caluniados sublimes.

Passaram, nos círculos das criaturas, qual acontece ainda hoje, perseguidos e desprezados, entre o sarcasmo e a indiferença.

Por vezes, sofrem o degredo social por não se aviltarem ante as explorações delituosas do fanatismo; em outras ocasiões, são categorizados à conta de ateus pelas suas idéias mal interpretadas.

É que, de quando em quando, rajadas de ódios e dúvidas sopram nas igrejas desprevenidas da Terra. Os crentes olvidam o “não julgueis” e confiam-se a lutas angustiosas.

Semelhantes atritos, contudo, não alteram a consciência tranqüila dos anatematizados que se sentem sob a tutela do Divino Poder. Instintivamente, reconhecem que além da esfera obscura da ação física resplandece o templo soberano e invisível em que Jesus recolhe os servidores fiéis, sem deter-se na cor ou no feitio de suas vestimentas.

Benfeitores e servos excomungados dos caminhos humanos, se tendes uma consciência sem mácula, não vos magoe a pedrada dos homens que se distanciam uns dos outros pelo separatismo infeliz! Há uma Igreja augusta e livre, na vida espiritual, que é acolhedora mãe de todos nós!…

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Vinha de luz. Cap.55. FEB)

Medicina, Espiritualidade e Espiritismo

Ismael Gobbo

Na última sexta-feira (06/10/17), o Globo Repórter da Rede Globo apresentou matéria extensa com reportagens tratando do tema “Aparecida”, antecedendo a comemoração do dia da Padroeira do Brasil no próximo dia 12. Registra que as romarias a Aparecida se iniciaram a partir do encontro e culto da estátua de Maria recolhida do leito do Rio Paraíba do Sul por três pescadores em duas lançadas de rede, aparecendo inicialmente o corpo e posteriormente a cabeça da imagem, no ano de 1717, portanto 300 anos atrás.

Com a crescente procura, hoje cerca de 12 milhões de pessoas ao ano acorrem ao Santuário de Aparecida, o maior templo católico do Brasil e também o maior do mundo dedicado à mãe de Jesus. A busca à Basílica motivada pela fé contempla pedidos ou agradecimentos dos romeiros centrados em “Nossa Senhora Aparecida”.

Nas matérias da Globo foram ouvidos fiéis que relataram curas recebidas e especialistas que enxergam na fé e nas práticas espiritualistas uma alternativa complementar ao tratamento médico de pacientes.

O médico psiquiatra Frederico Leão, da USP- Universidade de São Paulo, ouvido pela reportagem, coordenador do Programa de Saúde, Espiritualidade e Religiosidade- ProSER, hoje uma disciplina na USP, perguntado se acredita que a fé pode curar respondeu: “Eu tenho visto muitas evidências a esse respeito. “Eu acho que é uma força realmente que tem poder de influenciar no equilíbrio, na existência de doença e saúde, porque o conceito de saúde não é mais aquele só de ausência de doença, você tem a questão do bem estar físico, psíquico, social e isso já inclui a questão da espiritualidade”.

A UNIFESP- Universidade Federal de São Paulo, igualmente visitada pela reportagem, tem um núcleo que estuda os efeitos da fé no tratamento médico, inclusive utilizando plantas medicinais.O núcleo realiza pesquisa, atendimentos e treina estudantes de medicina. O entrevistado Dr. Acary Souza Bulle Oliveira, coordenador do núcleo, fala com entusiasmo sobre a possibilidade dos futuros médicos muito aprenderem com a espiritualidade dos pacientes: “…muitos se resignificam e muitos continuam nos mostrando caminhos, alternativas, formas. Ai você vai ver o que faz essa pessoa diferente porque a parte física dela esta completamente comprometida. Ai vem a expansão do ser e essa expansão está ligada nas crenças, na religiosidade e na espiritualidade…”

Emocionante foi a entrevista com a jovem Bianca que passou por dois tratamentos de câncer no hospital de Barretos. Seus depoimentos, o do pai, do diretor do hospital e da médica que a atendeu, atestam que muito mais que um tratamento de excelência envolvendo medicamentos e instalações, o amor e a fé são importantes no processo de recuperação.

Assista acessando: http://g1.globo.com/globo-reporter/

*************************

Dias atrás um companheiro que colabora com o boletim “Noticias do Movimento Espírita” nos indagou se estávamos nos apercebendo da grande quantidade, e cada vez mais crescente, de eventos que envolvem “Medicina e Espiritualidade” não só no âmbito do movimento espírita mas, também, aqueles que são ministrados em universidades e ambientes não espíritas. As matérias do Globo Repórter acima referenciadas comprovam isso. Quem quiser acessar alguns dias das publicações no Blog do Noticias para aferir essa assertiva pode clicar em :

https://www.blogger.com/blogger.g…

Temos de reconhecer, por dever de justiça, os méritos indiscutíveis da saudosa médica Marlene Nobre que, fundando as AME’s Associações Médico Espíritas por todo o Brasil e também no exterior, desencadeou de forma rápida e surpreendente encontros de Medicina, Espiritualidade e Espiritismo com participação de especialistas espíritas e não espíritas. Não por acaso se tornou presidente da Associação Médico Espírita do Brasil e também da Internacional. Essa aproximação do Espiritismo com o meio universitário, expandindo a doutrina para fora das quatro paredes do Centro Espírita, sempre foi uma expectativa que, felizmente, se concretiza de forma exponencial. Nossos parabéns para Dra. Marlene e médicos que prosseguem no esplendido e reconhecido trabalho.

Quem participou dos Mednesp’s da AME-Brasil sabe da grandiosidade desses eventos que discutem temas importantes da medicina à luz do Espiritismo com participação de público e especialistas espíritas e não espíritas que atestam a excelência da iniciativa. A partir desses eventos ocorre a expansão para os meios universitários da visão espírita em relação às ciências que acabam por influenciar a sociedade, meios de comunicação, etc, numa verdadeira osmose a nivel internacional.

É uma grande contribuição do Espiritismo codificado por Allan Kardec que, inequivocamente, vem comprovando a grandiosidade do seu tríplice aspecto: Cientifico, Filosófico e Religioso.

DE: http://www.noticiasespiritas.com.br/2017/OUTUBRO/09-10-2017.htm