O VELHO e O NOVO TESTAMENTO

O VELHO e O NOVO TESTAMENTO

Entre o Velho e o Novo Testamento encontram-se diferenças profundas e singulares, que se revelam, muitas vezes, como fortes contrastes ao espírito observador, ansioso pelas equações imediatas da experiência religiosa.

O Velho Testamento é a revelação da Lei.

O Novo Testamento é a revelação do Amor.

O Velho Testamento consubstancia elevadas experiências dos homens de Deus, que procuravam a visão verdadeira do Pai e de sua Casa de infinitas maravilhas.

O Novo Testamento representa a mensagem de Deus a todos os que O buscam no caminho do mundo.

Com o Velho Testamento, o homem bateu à porta da morada paternal, perseguido pelas aflições, que lhe flagelavam a alma, atribulado com os problemas torturantes da vida.

O Evangelho é a porta que se abriu, para que os filhos amorosos fossem recebidos.

No Velho Testamento, a estrada é longa e, vezes sem conta, as criaturas humanas desfaleceram entre os sofrimentos e as perplexidades.

No Novo Testamento, é a estrela da manhã espiritual, resplandecendo de amor infinito, no céu de uma nova compreensão.

No Velho Testamento, é o esforço humano.

O Evangelho é a resposta Divina.

A Bíblia reúne o trabalho santificador e a coroa da alegria.

O Profeta é o Operário. Jesus é o salário na Revelação Maior.

Eis porque, com o Cristo, se estabeleceu o caminho, depois da procura torturante.

E é por esse caminho que a alma do homem se libertará da Babilônia do mal, que sempre lançou o incêndio no mundo, em todos os tempos.

A Bíblia, desse modo, é o Divino Encontro dos filhos da Terra com o seu Pai.

Suas imagens são profundas e sagradas.

De suas palavras, nem uma só se perderá. Um dia, no cimo do monte da redenção, os homens entregar-se-ão, de braços abertos, ao seu Salvador e a seu Mestre. Então, nessa hora sublime, resplandecerá, para todas as consciências da Terra, a Palavra de Deus.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. Coletânea do Além. Lição nº 46. São Paulo: FEESP)