NO SERVIÇO DO SENHOR

NO SERVIÇO DO SENHOR

Se aspiras o título de obreiro do Senhor, não olvides que o mundo é um campo imenso de trabalho para a lavoura do bem.

Não esperes facilidades na plantação.

Suportarás, naturalmente, obstáculos e perigos de toda sorte na preparação da colheita futura.

Repare ao redor de ti. Melindre e susceptibilidades são pragas e vermes roedores, destruindo-te a sementeira.

Cólera e irritação constituem granizo e vento arrazando-te as leiras frágeis.

Compromissos com a sombra simbolizam vigorosos cipoais, asfixiando-te os esforços. Indolência e desânimo, são ervas parasitárias, aniquilando-te a produção.

Leviandade e maledicência, representam enxurro e detritos sufocando-te as melhores promessas.

Perversidade e crítica expressam aridez e secura capazes de arruinar-te a esperança.

Lembra, pois, que cada dia é tempo abençoado de trabalhar e não confies a enxada de tua oportunidade à ferrugem da negação.

Recorda que o tempo voa, que tudo se transforma e que a própria Terra, onde se alonga a sua esfera de ação, turbilhona em pleno Céu à procura da perfeita comunhão com a Grande Luz.

Não relaciones desapontamento e mágoas, não te percas nas pedras do caminho e nem te fixes no espinheiro, que te servem por medida à fé e à serenidade.

Se te candidatas a servir com Jesus, tomemo-Lo por nosso padrão vivo e incessante, buscando-Lhe a Vontade para que nossos caprichos sejam esquecidos.

E, pautando nossas atividades sobre as normas que Lhe caracterizaram o exemplo, contemplaremos, ditosos, a colheita farta, a surgir da lama terrestre, colheita essa que nos enriquecerá de bênçãos o celeiro do coração para a Vida Eterna.

Emmanuel

 

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Alvorada do reino. Cap. 1. São Paulo: IDEAL)