LEVANTEMO­-NOS

  “Levantai­-vos, vamo­-nos daqui.” Jesus (JOÃO, 14: 31)

Antes de retirar-­se para as orações supremas no Horto, falou  Jesus aos discípulos longamente, esclarecendo o sentido profundo de sua exemplificação.

Relacionando seus pensamentos sublimes, fez o formoso convite inserto no  Evangelho de João:

— “Levantai-­vos, vamo-­nos daqui.”

O apelo é altamente significativo.

Ao toque de erguer-­se, o homem do mundo costuma procurar o movimento  das vitórias fáceis, atirando-­se à luta sequioso de supremacia ou  trocando de domicilio, na expectativa de melhoria efêmera.

Com Jesus, entretanto, ocorreu o contrário. Levantou­-se para ser dilacerado, logo após, pelo gesto de Judas. Distanciou­-se do local em que se achava a fim de alcançar, pouco  depois, a flagelação e a morte.

Naturalmente partiu para o glorioso destino de reencontro com o Pai, mas precisamos destacar as escalas da viagem…

Ergueu-­se e saiu, em busca da glória suprema. As estações de marcha são  eminentemente educativas: — Getsêmani, o Cárcere, o Pretório, a Via Dolorosa, o Calvário, a Cruz constituem pontos de observação muito interessantes, mormente na atualidade, que apresenta inúmeros cristãos aguardando a possibilidade da viagem sobre as almofadas de luxo do menor esforço.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Caminho, verdade e vida. Cap. 84. FEB)