Imortalidade significa “amor sem adeus”

Imortalidade significa “amor sem adeus”

Antonio Cesar Perri de Carvalho

O título de livro – Amor sem adeus -, é muito sugestivo. Obra psicográfica de Chico Xavier reúne cartas escritas por um jovem desencarnado que, ao vencer a barreira da morte, voltou a conversar com entes queridos que ficaram na Terra.

Entre as dezenas de livros psicografados por Chico Xavier contendo as chamadas “cartas familiares”, essa obra reúne mensagens de Walter Peronne, com organização de Hércio Arantes, lançado pela editora IDE, de Araras, em 1979.

A tônica das mensagens espirituais e que identificam o espírito comunicante assinalam claramente que no contexto da imortalidade da alma caracteriza um típico amor sem adeus.

A certeza da imortalidade da alma propiciada pelo Espiritismo é fundamentada nas informações trazidas pelo intercâmbio mediúnico e que demonstram não apenas a sobrevivência espiritual após a morte do corpo, mas a preservação de sua individualidade e condições de identificação.

Desde o pioneiro estudo de casos efetuado por Allan Kardec na obra O céu e o inferno, esses aspectos são assegurados e sinalizam as diversas condições dos desencarnados, com diferentes estados de alma. O Espiritismo assegura que os espíritos não estão condenados, mas estão submetidos à misericórdia de Deus, o Pai bom e justo.

Portanto as diversas gradações de conhecimento e de compreensão de seus estados de alma são suscetíveis a mecanismos de progresso espiritual.

Esses fatos claramente alteram o cenário alimentado por diversas tradições religiosas de cultuar os chamados mortos, no dia de Finados, com choros e lamentações muitas vezes em desequilíbrio.

A melhor maneira de cultuar e homenagear os espíritos é com a oferta de preces, de pensamentos bons e harmonizados. E, sem dúvida, oferecendo o esforço vivo de melhoria de pensamentos, de intenções e de ações.

É a maneira mais gratificante para se lembrar de espíritos que mantém alguma relação conosco, inclusive no contexto familiar. Isso porque os elos familiares e de amizades não são interrompidos, apenas há uma transformação para as interrelações entre as dimensões corpóreas e as espirituais.

Os laços de amor não desaparecem, por isso que não há o adeus. Pelas alterações de dimensão – entre a corpórea e a incorpórea -, seria um até breve.

Em Finados como em qualquer dia do ano, não nos fixemos na ideia do adeus, do choro e das lamentações.

Procuremos nos esforçar para ofertar pensamentos e sentimentos de gratidão, de homenagem sincera, de doação vibratória e de paz.

Esse conjunto supera o adeus e amplifica a ideia do amor real.