O grande futuro

O grande futuro

“Mas agora o meu reino não é daqui” Jesus (João, 18:36)

Desde os primórdios do Cristianismo, observamos aprendizes que se retiram deliberadamente do mundo, alegando que o Reino do Senhor não pertence à Terra.

Ajoelham­-se, por tempo indeterminado, nas casas de adoração, e acreditam efetuar na fuga a realização da santidade.

Muitos cruzam os braços à frente dos serviços de regeneração e, quando interrogados, expressam revolta pelos quadros chocantes que a experiência terrena lhes oferece, reportando-­se ao Cristo, diante de Pilatos, quando o Mestre asseverou que o seu reino ainda não se instalara nos círculos da luta humana.

No entanto, é justo ponderar que o Cristo não deserdou o planeta.

A palavra d’Ele não afiançou a negação absoluta da felicidade celeste para a Terra, mas apenas definiu a paisagem então existente, sem esquecer a esperança no porvir.

O Mestre esclareceu: – “Mas agora o meu reino não é daqui.”

Semelhante afirmativa revela­lhe a confiança.

Jesus, portanto, não pode endossar a falsa atitude dos operários em desalento, tão­ só porque a sombra se fez mais densa em torno de problemas transitórios ou porque as feridas humanas se fazem, por vezes, mais dolorosas.

Tais ocorrências, muita vez, obedecem a pura ilusão visual.

A atividade divina jamais cessa e justamente no quadro da luta benéfica é que o discípulo insculpirá a própria vitória.

Não nos cabe, pois, a deserção pela atitude contemplativa e, sim, avançar, confiantemente, para o grande futuro.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Pão nosso. Cap. 133. FEB)

JUNTO AOS QUE SOFREM

JUNTO AOS QUE SOFREM

O expositor da Doutrina Espírita, em geral, e o médium consciente dos próprios deveres, em particular, no exercício do mandato superior da caridade com Jesus, fazem-se instrumento de graves responsabilidades, em consideração as aflições do próximo, que neles espera encontrar apoio espiritual e consolo moral, a fim de ter diminuídas as provações em que se estertora, em face das excelentes diretrizes que dimanam do Consolador.

Enfermidades do corpo e da mente, desequilíbrios da emoção, dramas do sentimento e da consciência, ansieda¬des injustificáveis ou não, e frustrações amesquinhadoras são uma constante à volta deles, em rosários de desesperos, rogando-lhes orientação, socorro, solução, ajuda providencial…

O desconhecimento do Espiritismo, por parte dos que choram e anelam por encontrar respostas simples e equações rápidas para as suas necessidades, mais agrava o relacionamento entre aqueles e o companheiro portador de precárias expressões de equilíbrio, como, também, enseja uma ideia falsíssima da função que estes exercem em relação à vida.

Porque lidam e se identificam com relativa facilidade com o Mundo Espiritual, quando não são vistos na condição de charlatães ou inescrupulosos, passam por criaturas sobrenaturais ou especiais, dotadas de poderes de exceção, com que podem a bel prazer modificar destinos e corrrigir erros, a golpes de interferência caprichosa.

Não desejando à maioria dos consulentes submeter-se a um programa de reeducação, quando desorganizados interiormente, ou de educação diante das imposições superiores que regem a vida, nas quais a dor surge como cadinho purificador, supõem que, através do artifício das lágrimas de momento ou dos compromissos de futuros labores beneficentes, com vistas ao próximo, conseguirão modificar as paisagens íntimas sombrias e carrear merecimentos instantâneos, com os quais se transformarão os quadros dos valores vigentes.

Arrimados às pieguices religiosas com que no pas¬sado esperavam subornar e submeter a Divina Consciência, transferem-se de crença com a leviandade de quem muda de traje, iludindo-se com as perspectivas de amealhar maior soma de favores espirituais, sem a correspondente doação de sacrifício pessoal.

Não se lhes negando solidariedade nem concurso fraterno, faz-se, porém, imperioso, aclará-los quanto às próprias responsabilidades, bem assim, quanto ao significado dos sofrimentos que os sobrecarregam, tendo-se em vista a legitimidade das leis que regem os destinos, a fim de que compreendam o impositivo da meditação e da oração, superando dificuldades mediante renúncia e paciência em perfeita sintonia com as Entidades Superiores que lhes supervisionam a existência.

Auxiliá-los com a palavra amiga, inspirada no Evangelho de Jesus, sim; porém, não ser conivente com as suas defecções e erros, dando margem a conceitos inexatos sobre o ministério da mediunidade e da doutrinação.

Atendê-los com o passe restaurador de forças, impulsioná-los à mudança de atitude perante a vida, para melhor, com que poderão marchar em confiança e paz.

Socorrê-los na desobsessão, esclarecendo os seus inimigos desencarnados, ao mesmo tempo, elucidando-os quanto ao esforço pela transformação interior com que se lhes modificarão os clichês mentais, predispondo-os para novos e superiores tentames.

Em qualquer momento e em toda situação, manter a atitude de honesta humildade, não deixando que se exteriorizem as próprias imperfeições, as quais, disfarçadas, procuram angariar de falsas posições de privilégio de que gozariam na economia moral terrestre, em que todos nos encontramos na condição de espíritos necessitados de elevação, portanto, ainda cheios de mazelas e problemas…

Quando as proposituras dos aflitos parecerem mais difíceis de orientar, evitarem-se respostas dúbias, desculpistas ou indiferentes, confessando-se as limitações em que se encontram, e, orando por eles com sincero interesse, conseguirão haurir força e inspiração para prosseguir fiéis si mesmos e a Jesus, que é, afinal, o Excelso Amigo e Benfeitor, que nunca se escusava a compreender, a amar e a servir a todos quantos o buscavam batidos pelas aflições redentoras.

Benedita Fernandes

(Página recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, em Araçatuba (SP), em 12/12/1976, na residência do casal Célia e Cesar Perri. Divulgada pela União Municipal Espírita de Araçatuba. Incluída no livro Sementes de Vida Eterna, psicografia de Divaldo Pereira Franco. Livraria Espírita Alvorada Editora: Salvador, 1978).

Extraído de:

Carvalho, Antonio Cesar Perri. Benedita Fernandes. A dama da caridade. Araçatuba: Cocriação. 2017. 

ORAÇÃO E COOPERAÇÃO

ORAÇÃO E COOPERAÇÃO

“Quando quiserdes orar, entrai para o vosso quarto e, cerrada a porta, orai a vosso Pai em secreto; e vosso Pai que vê o que se passa em secreto vos recompensará”. – Jesus. (MATEUS, 6:6)

Se a resposta que esperamos à oração parece tardia, habitualmente nos destemperamos em amargura.

Proclamamos haver hipotecado todas as forças de espírito à confiança na Providência Divina e gritamos, ao mesmo tempo, que as tribulações ficaram maiores.

Dizemo-nos fiéis a Deus e afirmamo-nos esquecidos.

Convém observar, porém, que a provação não nos alcança de maneira exclusiva.

As nossas dificuldades são as dificuldades de nosso grupo.

Familiares e companheiros sofrem conosco o impacto das ocorrências desagradáveis, tanto quanto a fricção do cotidiano pela sustentação da harmonia comum.

Se para nós, que nos asseveramos alicerçados em conhecimento superior, as mortificações do caminho assumem a feição de suplícios lentos, que não serão elas para aqueles de nossos entes queridos, ainda inseguros da própria formação espiritual.

Compreendamos que, se na extinção dos nosso problemas pequeninos, requisitamos o máximo de proteção ao Senhor, é natural que o Senhor nos peça o mínimo de concurso na supressão dos grandes infortúnios que abatem o próximo.

Em quantos lances embaraçosos, somos, de fato, a pessoa indicada à paciência e à tolerância, ao entendimento e ao serviço?

Com semelhante raciocínio, reconhecemos que a pior atitude, em qualquer adversidade, será sempre aquela da dúvida ou da inquietação que venhamos a demonstrar.

Em supondo que a solução do Auto demora a caminho, depois de havermos rogado o favor da Infinita Bondade, recordemos que se a hora de crise é o tempo de luta, é também a ocasião para os melhores testemunhos de fé; e que se exigimos o amparo do Senhor, em nosso benefício, é perfeitamente justo que o Senhor nos solicite algum amparo, em favor dos que se afligem, junto de nós.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Palavras de vida eterna. Cap. 172. Uberaba: CEC)

A Vida

A Vida

Não é necessário que a morte abra as portas de tribunais supremos para que o homem seja julgado em definitivo.

A vida faz a análise todos os dias e a luta é o grande movimento seletivo, através do qual observamos diversas sentenças a se evidenciarem nos variados setores da atividade humana.

A moléstia julga os excessos;
A exaustão corrige o abuso;
A dúvida retifica a leviandade;
A aflição reajusta os desvios;
O tédio pune a licença;
O remorso castiga as culpas;
A sombra domina os que fogem à luz;
O isolamento fere o orgulho;
A desilusão golpeia o egoísmo;
As chagas selecionam as células do corpo.

Cada sofrimento humano é aresto do Juízo Divino em função na vida contingente da Terra.
Cada criatura padece determinadas sanções em seu campo de experiência.

Compreendendo, a justiça imanente do Senhor, em todas as circunstâncias e em todas as coisas, atendamos à sementeira do bem, aqui e agora, na certeza de que, segundo a palavra do Mestre, cada Espírito receberá os bens e os males do Patrimônio Infinito da Vida, de conformidade com as próprias obras.

Emmanuel
(Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. Taça de Luz. São Paulo: LAKE)

CONTA PESSOAL

CONTA PESSOAL

"Assim pois cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus." – Paulo. (Romanos, 14.12.)

Se te propões à renovação com o Cristo, é imperioso suportes, pacientemente, as opiniões contraditórias em torno da diretriz diferente a que te afeiçoes.

Se algum erro te assinala o passado, muitos te acreditarão de pés chumbados à sombra que, há muito, lá desterraste do espírito;

se expressas algum voto de melhoria íntima, não obstante as deficiências naturais que ainda te marquem o início no aprendizado evangélico, há quem te exija espetáculos de grandeza, de um instante para outro;

se te dispões a trabalhar no auxílio aos semelhantes. de modo mais intenso, há quem veja desperdício em teus gestos de generosidade e beneficência;

se nada mais podes dar ao necessitado além da migalha de tuas escassas reservas materiais, aparece quem te acuse de sovinice;

se te corriges decididamente perante a verdade com o propósito de servi-la, há quem te interprete a espontaneidade por fanatismo;

se te recolhes à gentileza e à serenidade, na execução da tarefa que o serviço do Senhor te atribui, surge quem te aponte por exemplar de pieguice ou indolência…

Apesar de todos os palpites antagônicos, acerca de teu esforço e conduta, entra no imo da própria alma, observa se a sinceridade te preside as resoluções e os atos, no foro da consciência e, se te reconheces, diante, do Senhor, fazendo o melhor que podes, guarda o coração tranqüilo e prossegue, de esforço limpo e atitude reta, caminho adiante, na convicção de que "cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus".

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Palavras de vida eterna. Cap. 170. Uberaba: CEC)

NOS PROBLEMAS DA POSSE

NOS PROBLEMAS DA POSSE

“Porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele”. PAULO (Timóteo, 6:7.)

Não encarceres o próprio Espírito ao apego aos patrimônios transitórios do plano material que, muitas vezes, não passam de sombra coagulada em torno do coração.

Observa o infortúnio de quantos se agrilhoaram à paixão da posse, nos territórios do sentimento.

Muitos não se contentaram com a própria ruína, convertendo os semelhantes em vítimas dos desvarios a que se confiaram, insanos. Supunham-se donos das criaturas que amavam e, ante os primeiros sinais de emancipação a que se mostraram dispostas, não vacilaram em abatê-las sob golpe homicida.

Julgavam-se proprietários absolutos de bens passageiros e transformaram as lágrimas dos órfãos e das viúvas em cadeias de fome e vínculos da morte.

Presumiam-se mandantes exclusivos da autoridade e fortaleceram o império da violência.

Superestimavam os próprios recursos e, enceguecidos na megalomania do poder transviado, agravaram, junto de si,os perigos da ignorância e os processos de crueldade.

Todos eles, porém, dominados pelo orgulho, despertaram, desorientados e infelizes, nas trevas que amontoaram em si mesmos, com imenso trabalho a fazer para a própria libertação. Usa as possibilidades da vida, sem a presunção de te assenhoreares daquilo que Deus te empresta.

Nessa ou naquela vantagem efêmera, que te felicite o caminho entre os homens, recorda, com o Apóstolo Paulo, que os Espíritos reencarnados não trazem consigo quaisquer propriedades materiais para este mundo e manifesto é que nenhuma delas poderão levar dele.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Palavras de vida eterna. Cap. 119. Uberaba: CEC)

 

A Vida

A Vida

Não é necessário que a morte abra as portas de tribunais supremos para que o homem seja julgado em definitivo.

A vida faz a análise todos os dias e a luta é o grande movimento seletivo, através do qual observamos diversas sentenças a se evidenciarem nos variados setores da atividade humana.

A moléstia julga os excessos;
A exaustão corrige o abuso;
A dúvida retifica a leviandade;
A aflição reajusta os desvios;
O tédio pune a licença;
O remorso castiga as culpas;
A sombra domina os que fogem à luz;
O isolamento fere o orgulho;
A desilusão golpeia o egoísmo;
As chagas selecionam as células do corpo.

Cada sofrimento humano é aresto do Juízo Divino em função na vida contingente da Terra.
Cada criatura padece determinadas sanções em seu campo de experiência.

Compreendendo, a justiça imanente do Senhor, em todas as circunstâncias e em todas as coisas, atendamos à sementeira do bem, aqui e agora, na certeza de que, segundo a palavra do Mestre, cada Espírito receberá os bens e os males do Patrimônio Infinito da Vida, de conformidade com as próprias obras.

Emmanuel
(Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. Taça de luz. São Paulo: LAKE)

ROGAR

ROGAR

“ …Não se faça a minha vontade, mas a tua.” – Jesus. (Lucas, 22:42).

É comum a alteração de votos que formulamos, de planos que fazemos.

Vários propósitos que se nos erigiam na alma, por anseios aflitivos do sentimento, caem, após realizados, nos domínios do trivial, dando lugar a novos anseios.

Petições que endereçamos à Vida Maior, em muitas ocasiões, quando atendidas, já nos encontram modificados por súplicas diferentes.

O que ontem era importante para nós costuma descer para linhas da vulgaridade e o que desprezávamos antigamente, não poucas vezes passa à condição de essencial.

Forçoso, desse modo, rogar com prudência as concessões da vida.

Poderes superiores velam por nossas necessidades, facultando-nos aquilo que nos é efetivamente proveitoso.

Em circunstâncias diversas, acontecimentos que nos parecem males são bens que não chegamos a entender, de pronto, e basta analisar as ocorrências da vida para percebermos que muitas daquelas que se nos afiguram bens resultam em males que nos dilapidam a consciência e golpeiam o coração.

Todos possuímos amigos admiráveis que se comovem à frente de nossas rogativas, empenhando influência e recurso por satisfazer-nos, prejudicando-se, freqüentemente, em nome do amor, por nossa causa, de vez que nem sempre estamos habilitados a receber o que desejamos, no que se refere a conforto e vantagem.

Aprendamos, assim, a trabalhar, esperado pelos desígnios da Justiça Divina sobre os nossos impulsos. Importante lembrar que o próprio Cristo, na fidelidade a Deus, foi constrangido também a dizer: “Pai, não se faça a minha vontade, mas a tua”.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Palavras de vida eterna. Cap. 151. Uberaba: CEC)

RECLAMAÇÕES

RECLAMAÇÕES

“Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz, nisso esta pecando”. (TIAGO, 4:17.)

Censuras com grande alarde os que se oneraram, nos delitos do furto; entretanto, se acumulas, inutilmente, os recursos necessários ao sustento do próximo, não podes alegar inocência.

Acusas os que desceram à criminalidade, mas, se nada realizas pela extinção da delinqüência, não te cabe o direito de reprovar.

Apontas o egoísmo dos governantes; no entanto se te afervoras no egoísmo dos dirigidos, deitas apenas conversa vã.

Criticas todos aqueles que instruem os seus irmãos de maneira deficiente; contudo, se dispões de competência e foges ao plantio da educação, não estarás tranqüilo contigo mesmo.

Clamas contra aqueles companheiros que categorizas por rebeldes e viciados, quando lhes anotas a presença no trabalho de socorro aos semelhantes; todavia, se te sentes virtuoso e não levantas se quer uma palha em favor dos que sofrem, as sentenças que te saem da boca não passarão de injustiça.

Entra no serviço da alma e coração, para que possas comentá-lo. Ninguém pode exigir dos outros o que não dá de si mesmo.

Quem sabe o que deve fazer, e não faz, deserta dos deveres que lhe competem, caindo em omissão lamentável, e, se atrapalhar quem procura fazer, certamente responderá com dobradas obrigações pelo que não fizer.

Emmanuel

( Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Palavras de vida eterna. Cap. 99. Uberaba: CEC).

FRATERNALMENTE AMIGOS

FRATERNALMENTE AMIGOS

“Finalmente sede todos de igual sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis.” – Pedro. (I PEDRO, 3:8.)

Que a experiência te conferiu degrau diverso na interpretação da vida, pode não haver qualquer dúvida.

Amadureceste o raciocínio e percebes determinados aspectos da realidade que os circunstantes ainda não conseguem assinalar.

Estudaste, conquistando títulos de que, por enquanto muita gente não dispõe.

Ouviste a ciência e alcançaste visões renovadoras, presentemente defesas a quantos não senhorearam oportunidades iguais às tuas.

Viajaste anotando problemas que muitos dos melhores amigos estão distantes de conhecer.

Sofreste, aprendendo lições, por agora inapreensíveis pelos companheiros acomodados a inocentes enganos da retaguarda.

Trabalhaste e adquiriste habilitações que os próprios familiares gastarão muito tempo para atingir.

Decerto que a tua posição é inconfundível, tanto quanto o lugar do próximo é caracteristicamente individual; entretanto, seja qual seja a condição em que te encontres, podes estender os braços, unindo-te aos semelhantes, através da compreensão e do auxílio mútuo.

O apóstolo não nos diz: “sede todos da mesma altura”, mas sim: “sede todos fraternalmente unidos”.

Não nos exige, pois, o Evangelho venhamos a ser censores ou escravos uns dos outros, e, sim, nos exorta a que sejamos irmãos.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Palavras de vida eterna. Cap. 114. Uberaba: CEC).