A RESSURREIÇÃO É DO ESPÍRITO E DO CORPO ESPIRITUAL E NÃO DO CARNAL

José Reis Chaves

Ressurreição é a ação de elevar-se ou subir ao mundo espiritual, quando o corpo morre, e na carne, quando se encarna. Existe um dogma, que respeitamos como respeitamos todos os outros, que ensina que a ressurreição é do espírito e do corpo carnal: “Creio na ressurreição da carne…” Mas ela é do espírito e do períspirito ou corpo espiritual de são Paulo.  “Se há corpo natural, há também corpo espiritual, e ressuscita corpo espiritual” (1 Coríntios 15: 44), o qual é de matéria quinta-essenciada (sutilizada no seu mais alto grau).

O corpo espiritual paulino é o que Kardec denominou de perispírito. São Paulo o chamou também de Corpo Incorruptível e Celestial.  E o perispírito já era conhecido dos médiuns videntes por todas as culturas antigas, de que passo a dar alguns exemplos de até 5.000 anos, a. C.: “Ka” (Egito); “Linga Sharira”, “Kama-Rupa” e “Mano-Maya-Rosha” (Índia); “Corpo Aeriforme” e “Khi” (China); “Nephesh” (Israel); “Corpo Sutil da Alma”, “Ochema”, “Eldôlon” e “Corpo Luminoso” (Grécia); “Carne Sutil da Alma” (Pitágoras); “Corpo Astral” ou “Vestrum” (Paracelso); “Astroiedê” (Neoplatônicos); “Corpo Aéreo” e “Ígneo” (Plotino); “Veículo da Alma” (Próclus); “Corpo Fluídico” (Leibnitz); “Mediador Plástico” (Cudwerth); “Arqueu” (Van Helmont); “Influxo Físico” (Euler, matemático e astrônomo); “Modelo Ideal” (Saint Hilalaire, naturalista); “Luz ódica” (Reichenbach); “Fantasma Póstumo” (Dassier); “Corpo Vital da Alma” (Tertuliano); “Aura” (Orígenes); Rouach (Kabala Hebraica); “Boadhas” (Zen Avesta); “Imago” (latinos); “Pneumá” (santo Hilário, são Basílio de Cesareia, santo Atanásio, são Cirilo de Alexandria, são Bernardo e santo Agostinho). E a existência do perispírito foi provada cientificamente por cientistas russos, ao qual deram o nome de “Corpo Bio-plásmico”. A Igreja o tem chamado de corporeidade, corpo glorioso ou corporalidade. E  ela  deixa claro que não é com o corpo físico que temos. E mais recentemente, muitos teólogos católicos dão-lhe o nome de Corpo Pancósmico.

São Paulo pergunta: Como ressuscitam os mortos? Em que corpo vem? E Paulo compara o corpo enterrado com uma semente enterrada também na terra, a qual morre, não sendo ela, pois, o corpo novo que nasce ou ressuscita. Em outras palavras, não é o cadáver que ressuscita. (1 Coríntios 15: 35 a 38).

Para o espanhol André Torres Queiruga, o maior teólogo vivo católico do momento, em “Repensar a Ressurreição”, a ressurreição é do espírito com o seu corpo espiritual e não do carnal, e afirma que ela ocorre na hora da morte. E mais, segundo ele, a ressurreição de Jesus foi também de seu Espírito com o seu corpo espiritual e, igualmente, na hora de sua morte: “Pai, em vossas mãos entrego meu Espírito!” (Lucas 23: 46).

E terminamos com São Pedro, que nos demonstra também que a  própria ressurreição de Jesus não é mesmo do corpo físico (Primeira Carta de Pedro 3: 18), pois ele diz, referindo-se a Jesus Cristo: “…morto sim na carne, mas ressuscitado em Espírito, no qual ele foi pregar aos espíritos que estavam no “hades” (inferno)”.  E isso nos demonstra também que aqueles que vão para o “hades” ainda têm chance de regeneração, senão Jesus não iria perder seu tempo de pregar para os espíritos que foram para lá!

 

PS: Programa “Presença Espírita na Bíblia”, com este colunista, na TV Mundo Maior, por parabólica digital ou internet, em vários horários (ver a grade da programação).  www.tvmundomaior.com.br

José Reis Chaves – Site: www.josereischaves.com.br

Revista infantil – “Espiritismo Kids”

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Circula há alguns meses a revista “Espiritismo Kids”, com feitura totalmente voltada à criançae bem variada. Sempre há um caso – tipo história em quadrinho – focalizando Chico Xavier ou uma de suas mensagens. O responsável é Luís Hu Rivas, que conta com várias parcerias inclusive com o cartunista infantil Maurício de Sousa. Produzida por HU Produções publicada pela Editora Boa Nova. O seu responsável tem comparecido em vários eventos para lançamento da revista como nos recentes Congresso Espírita de Uberlândia (MG) e no Miep de Campina Grande (Pb). A “Fraternidade sem Fronteiras” vai levar a revista “Espiritismo Kids” para as crianças de Moçambique, na Africa. Informações:http://www.espiritismokids.com/

Guardemos o cuidado

“…mas nada é puro para os contaminados e infiéis.” – Paulo (Tito, 1:15)

O homem enxerga sempre através da visão interior.

Com as cores que usa por dentro, julga os aspectos de fora.

Pelo que sente, examina os sentimentos alheios.

Na conduta dos outros, supõe encontrar os meios e fins das ações que lhe são peculiares.

Daí o imperativo de grande vigilância para que a nossa consciência não se contamine pelo mal.

Quando a sombra vagueia em nossa mente, não vislumbramos senão sombras em toda parte.

Junto das manifestações do amor mais puro, imaginamos alucinações carnais.

Se encontramos um companheiro trajado com louvável apuro, pensamos em vaidade.

Ante o amigo chamado à carreira pública, mentalizamos a tirania política.

Se o vizinho sabe economizar com perfeito aproveitamento da oportunidade, fixamo-lo com desconfiança e costumamos tecer longas reflexões em torno de apropriações indébitas.

Quando ouvimos um amigo na defesa justa, usando a energia que lhe compete, relegamo-lo, de imediato, à categoria dos intratáveis.

Quando a treva se estende, na intimidade de nossa vida, deploráveis alterações nos atingem os pensamentos.

Virtudes, nessas circunstâncias, jamais são vistas. Os males, contudo, sobram sempre.

Os mais largos gestos de bênção recebem lastimáveis interpretações.

Guardemos cuidado toda vez que formos visitados pela inveja, pelo ciúme, pela suspeita ou pela maledicência.

Casos intrincados existem nos quais o silêncio é o remédio bendito e eficaz, porque, sem dúvida, cada espírito observa o caminho ou o caminheiro, segundo a visão clara ou escura de que dispõe.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Fonte viva. Cap. 34. Ed.FEB)

Congresso de Uberlândia chega a milhares do país e do exterior

Congr.Uberlândia-Mesa com todos expositores Congr.Uberlândia-Rubens de Castro abre evento  Congr.Uberlândia-Parte do Público  Congr.Uberlândia-Palestra de abertura de Perri

O 1º. Congresso Espírita de Uberlândia, realizado nos dias 30 e 31 de janeiro, foi um grande marco para a região do Triângulo Mineiro e com grande repercussão. Com limite de vagas, teve mais de 1.300 inscritos presentes da região e de vários Estados. Transmitido ao vivo pelas web TVs FEBTV e pela Rede Amigo Espírita e pela Rádio Fraternidade. Esta última com mais de 17 mil acessos atingindo 23 países. O evento foi promovido pela Rádio Fraternidade, que completava sete anos de funcionamento, com apoio da Aliança Municipal Espírita de Uberlândia e da Associação Médico-Espírita de Uberlândia, com a coordenação de Rubens de Castro. Com o tema central “Jesus e a Valorização da Vida”, atuaram Antonio Cesar Perri de Carvalho (DF), que proferiu a palestra de abertura, Irvênia Prada (SP), Jorge Alberto Elarrat (Ro), Rossandro Klinjey (Pb), Haroldo Dutra Dias (MG) e Simão Pedro de Lima (MG). Num dos momentos houve uma mesa com a presença de todos os expositores atendendo às perguntas do plenário. O evento realizado nas dependências da Acrópole contou também com stands de editoras e no mesmo local foram realizados os lanches e refeições. Já foi lançado o 2º. Congresso, para janeiro de 2017. Informações:www.RadioFraternidade.com.br;www.facebook.com/WebRadioFraternidadewww.youtube.com/user/WRFraternidade

Prece por Luz

Senhor!…[…] Estamos em oração, rogando-te mais luz por acréscimo de misericórdia.

Clareia-nos o entendimento, a fim de que conheçamos em suas consequências os caminhos já trilhados por nós; entretanto, faze-nos essa concessão mais particularmente para descobrirmos, sem enganos, onde estão as estradas mais retas que nos conduzem à integração com os teus depósitos.

Alteia-nos o pensamento, não somente para identificarmos a essência de nossos próprios desejos, mas sobretudo para que aprendamos a saber quais os planos que traçaste a nosso respeito.

Ilumina-nos a memória, não só de modo a recordarmos com segurança as lições de ontem, e sim, mais especialmente, a fim de que nos detenhamos no dia de hoje, aproveitando-lhe as bênçãos em trabalho e renovação.

Auxilia-nos a reconhecer as nossas disponibilidades; todavia, concede-nos semelhante amparo, a fim de que saibamos realizar com ele o melhor ao nosso alcance.

Inspira-nos, ensinando-nos a valorizar os amigos que nos enviaste; no entanto, mais notadamente, ajuda-nos a aceitá-los como são, sem exigir-lhes espetáculos de grandeza ou impostos de reconhecimento.

Amplia-nos a visão para que vejamos em nossos entes queridos não apenas pessoas capazes de auxiliar-nos, fornecendo-nos apoio e companhia, mas, acima de tudo, na condição de criaturas que nos confiaste ao amor, para que venhamos a encaminhá-los na direção do bem.

Ensina-nos a encontrar a paz na luta construtiva, o repouso no trabalho edificante, o socorro na dificuldade e o bem nos supostos males da vida.

Senhor!…

Abençoa-nos e estende-nos as mãos compassivas, em tua infinita bondade, para que te possamos perceber em espírito na realidade das nossas tarefas e experiências de cada dia, hoje e sempre.

Assim seja.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Ceifa de Luz. Apresentação. Ed. FEB)

TOLERÂNCIA E RESPEITO

Warwick Mota

A diversidade religiosa é uma das marcantes características culturais que assinala a humanidade. São milhares de denominações que definem religiões e seitas, reunindo, em todos os pontos da Terra, seguidores de todos os credos.

Essa pluralidade de crenças, em conjunto com a diversidade étnica, torna as relações entre os povos ainda mais complexas, sendo responsável por inenarráveis conflitos que envolvem o homem desde os primórdios.

Recentemente o Rio de Janeiro foi palco de um episódio de grande desrespeito e intolerância religiosa, com agressões verbais e apedrejamento de uma criança de apenas onze anos, conforme relata a revista Istoé, em nota cujo título é “Pedrada do preconceito” (1).

Neta de espírita e filha de evangélica, a estudante Kayllane Campos tem em sua casa uma amostra da saudável tolerância religiosa que existe no Rio de Janeiro, desde que o candomblé, vindo da África, ancorou no bairro carioca da Saúde em 1886 e nele abrigou os primeiros cultos organizados por Mãe Aninha, congregando diversas religiões. Nada tem a ver com a tradição do Rio de Janeiro, portanto, as covardes agressões que a adolescente Kayllane, 11 anos de idade, sofreu na semana passada devido à sua fé. Ela foi apedrejada por dois supostos evangélicos quando saía de um culto de candomblé, e novamente se tornou vítima de violência, dessa vez verbal, quando chegava ao IML para exame de corpo de delito – “macumbeira, macumbeira, vá queimar no inferno”, gritavam insistentemente algumas pessoas. “Quem tacou pedra é vândalo que se esconde atrás da palavra de Cristo”, diz Karina Coelho, a evangélica que é mãe da praticante do candomblé Kayllane. “Eu condeno as pessoas que feriram minha filha”. 

O que leva o homem a manifestar esse comportamento? Por que a diversidade de credos paradoxalmente levanta contendas, quando as religiões deveriam ter, por princípios fundamentais, a ética da tolerância, a caridade, o respeito, o amor fraterno, a compreensão e a paz?

As contendas político-religiosas são antigas, e a história registra perseguições implacáveis, desrespeito aos direitos mais básicos do homem e execuções cruéis, como as relatadas no Antigo Testamento, que marcam a rivalidade entre os profetas de Baal e Elias(2). Em todos os momentos da história da humanidade está presente a concepção dualística, que tenta estruturar o mundo à semelhança de uma balança que oscila na eterna batalha entre o bem e o mal, ou entre o mito de Satã e Deus.

A Idade Média é pródiga na propugnação dessa ideia, e as cruzadas representam um marco desse pensamento, pois registram episódios sórdidos, como o impiedoso extermínio dos cátaros ou albigenses, que deixou marcas atrozes de uma perseguição insana, fundamentada nos interesses e preconceitos da Igreja antiga, a qual definiu o catarismo como heresia maniqueísta.

São muitos os episódios de intolerância religiosa ocorridos no período que compreendeu a Idade Média, culminando com o Tratado de Paz de Westphalia (região do norte da Alemanha) que veio laureado por um antigo princípio: cujus regio, eius religio (quem tem a região tem a religião). Esse princípio marca a assinatura do Tratado, ocorrido em 1648, que pôs fim à Guerra dos Trinta Anos, conflito que, por sua vez, teve por estopim a rivalidade política existente entre o Imperador Habsburgo, do Sacro Império Romano-Germânico (católicos) e as cidades-Estado comerciais protestantes (luteranas e calvinistas) do norte da Alemanha, que fugiram ao seu controle.

A Paz de Westphalia garantiu, portanto, o direito de cada Estado manter seu regime e religião, sem interferência externa.

Esses acontecimentos, entretanto, não encerram os episódios de intolerância, embora tenham estabelecido o princípio de tolerância e liberdade religiosa.

Incomodado com essa questão, o filósofo jusnaturalista inglês, John Locke (1632 – 1704) resolve, em 1689, publicar uma carta acerca da intolerância (3), quando passa a defender a tolerância religiosa a partir da separação de Estado e Igreja, esclarecendo, de forma irrefutável, qual é o principal distintivo de uma verdadeira igreja, bem como o do verdadeiro homem de bem, digno de ser chamado cristão:

Se um homem possui todas aquelas coisas (bens materiais), mas lhe faltar caridade, brandura e boa vontade para com todos os homens, mesmo para com os que não forem cristãos, ele não corresponde ao que é um cristão. 

E continua Locke, a nos ensinar acerca da tolerância religiosa:

Quem for descuidado com sua própria salvação dificilmente persuadirá o público de que está extremamente preocupado com a de outrem. Ninguém pode sinceramente lutar com toda a sua força para tornar outras pessoas cristãs, se não tiver realmente abraçado a religião cristã em seu próprio coração. Se se acredita no Evangelho e nos apóstolos, ninguém pode ser cristão sem caridade, e sem a fé que age, não pela força, mas pelo amor (4).

Os ensinamentos de John Locke corroboram com o pensamento de Allan Kardec, no resgate à aplicação da tolerância e do respeito, conforme lecionou o Mestre Jesus.

Fundamentado na ética do amor, que marca a mensagem do Cristo, o Codificador realça, com o ensino dos Espíritos, na mais pura acepção, o significado valorativo de tolerância e respeito, em O Livro dos Espíritos, quando fala da Lei de Igualdade (5). Esta Lei estabelece respeito como sendo uma atitude que consiste em não prejudicar alguém ou alguma coisa, evocando, assim, a regra de ouro que deveria nortear as relações entre os homens:

822. Sendo iguais perante a lei de Deus, devem os homens ser iguais também perante as leis humanas?

“O primeiro princípio de justiça é este: Não façais aos outros o que não quereríeis que vos fizessem”.

O mestre lionês não apenas teoriza, mas exemplifica tolerância e respeito, ao superar com grandeza os ataques feitos ao Espiritismo, soprando, para bem distante, as cinzas do Auto de Barcelona, aconselhando-nos (6):

O Espiritismo se dirige aos que não creem ou que duvidam, e não aos que têm fé e a quem essa fé é suficiente; ele não diz a ninguém que renuncie às suas crenças para adotar as nossas, e nisto é consequente com os princípios de tolerância e de liberdade de consciência que professa. Por esse motivo não poderíamos aprovar as tentativas feitas por certas pessoas para converter às nossas ideias o clero, de qualquer comunhão que seja. Repetiremos, pois, a todos os espíritas: acolhei com solicitude os homens de boa vontade; oferecei a luz aos que a procuram, porque com os que creem não sereis bem-sucedidos; não façais violência à fé de ninguém, muito mais quanto ao clero que aos seculares, porque semeareis em campos áridos; ponde a luz em evidência, para que a vejam os que quiserem ver; mostrai os frutos da árvore e deles dai de comer aos que têm fome e não aos que se dizem saciados.

Ao tratar da Constituição Transitória do Espiritismo (7), Kardec aproveita para enfatizar o tema respeito e tolerância, exprimindo argumentos que marcam a robustez da Doutrina Espírita:

Acrescentemos que a tolerância, fruto da caridade, que constitui a base da moral espírita, lhe impõe como um dever respeitar todas as crenças. Querendo ser aceita livremente, por convicção e não por constrangimento, proclamando a liberdade de consciência um direito natural imprescritível, diz: Se tenho razão, todos acabarão por pensar como eu; se estou em erro, acabarei por pensar como os outros. Em virtude destes princípios, não atirando pedras a ninguém, ela nenhum pretexto dará para represálias e deixará aos dissidentes toda a responsabilidade de suas palavras e de seus atos.

Fica-nos claro, portanto, que a tolerância exige o respeito à regra de ouro presente na Questão 822 de O Livro dos Espíritos, mas entendemos que ela não é suficiente por ter características de uma virtude passiva: é necessário ir além do tolerar. É preciso amar o próximo como recomenda Jesus, e romper com os limites que estabelecemos para apenar alguém, como estabelece Pedro, ao perguntar ao Mestre: “Quantas vezes devo perdoar meu irmão? Sete vezes?”.           

Sabemos que o excesso de tolerância leva à indiferença e a ausência da tolerância leva à intolerância, mas, quando respeitamos o próximo, nós o amamos, e o amar é ativo, pois nos convida a romper os limites, conforme ensina Jesus: “Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas” (8).           

Cumprir a primeira milha é não fazer o mal ao próximo, cumprindo nossa obrigação de cristão. Cumprir a segunda milha consiste em amar o próximo para alcançar a elevação.

 

Referências:

  1. Revista Istoé – 24 de junho de 2015, nº 2377, Ed. Três
  2. A Bíblia de Jerusalém – 1º Reis 18: 1/40 – Edições Paulinas
  3. LOCKE, John – Coleção “Os Pensadores” – Abril Cultural – pág. 03-39
  4. Idem LOCKE, John
  5. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos – Feb
  6. KARDEC, Allan. Revista Espírita de 1863 (pág. 367) – Feb
  7. KARDEC, Allan. (Revista Espírita 1868, pag. 515) – Feb
  8. A Bíblia de Jerusalém – Mateus 5, vv.41 – Edições Paulinas.

Artigos Internet

  1. Dossiê Intolerância Religiosa – http://intoleranciareligiosadossie.blogspot.com.br/
  2. A nova ordem global – http://educaterra.terra.com.br/vizentini/artigos/artigo_75.htm

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Transcrito de: “Brasília Espírita”, GEABL, no.198, janeiro-fevereiro de 2016, p.3.

O Espiritismo no mundo

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Antonio Cesar Perri de Carvalho (*)

O Espiritismo se espalhou pelo mundo desde a publicação das Obras Básicas de Allan Kardec e ele faz referências significativas na “Revista Espírita”. Durante os Congressos Espiritualistas Internacionais, iniciados em Barcelona em 1888 com atuação de Amália Domingo Soler, e prosseguindo por vários países ocorreram apresentações marcantes de Léon Denis (inclusive representando a FEB), Gabriel Delanne, Cesare Lombroso e outros pioneiros destacados.

Depois das grandes guerras e final dos regimes autoritários europeus e, com base no interesse pela expansão do Espiritismo no Brasil, o presidente da FEB Francisco Thiesen liderou a realização do 1º Congresso Espírita Internacional, em Brasília, no de 1989. Durante o evento recebeu a solicitação de dirigentes espíritas europeus para se formar uma organização espírita internacional. Iniciadas as várias articulações e reuniões na Europa e no Brasil, finalmente foi criado o Conselho Espírita Internacional em novembro de 1992, em congresso espanhol realizado em Madrid. O primeiro Congresso Espírita Mundial promovido pelo CEI ocorreu em Brasília no ano de 1995.

Nossas homenagens aos secretários gerais Rafael Molina, Roger Perez e Nestor João Masotti. Este último estimulou a formação de órgãos federativos nacionais em vários países, ampliando a representatividade do CEI, a promoção sistemática dos Congressos Mundiais e de muitas visitas e seminários em vários países, a criação da TVCEI e da EDICEI, com a publicação de livros em vários idiomas.

A convite do presidente Thiesen atuamos no Congresso de 1989 e, depois, por solicitação de Nestor Masotti participamos da organização de Congressos Mundiais, eventos e ações do CEI, desde algumas reuniões preparatórias para a criação do organismo, em São Paulo, no ano de 1991. Entre muitas representações do amigo, estivemos em seu lugar no lançamento dos primeiros livros editados pelo CEI – três obras de André Luiz em francês -, em Paris no ano de 2005.

Desde a viagem histórica de Chico Xavier e Waldo Vieira aos EUA e Europa em 1965 – que gerou o livro Entre irmãos de outras terras (1) – e logo depois o início de maratonas de viagens de Divaldo Pereira Franco a dezenas de países, muitos companheiros têm colaborado com atuações no movimento espíritas de diversos países. A Associação Médico-Espírita Internacional tem realizado importante trabalho na área acadêmica e profissional.

Recentemente, o CEI promoveu no Rio de Janeiro o 12º COLÓQUIO FRANÇA-BRASIL, com o tema ESPIRITISMO: ELO DE DUAS CULTURAS, em comemoração aos 150 anos de O Céu e o Inferno, no início de agosto de 2015. O secretário geral do CEI Charles Kempf e membros da Comissão Executiva Fábio Vilarraga e Vitor Feria, além de nós, estivemos no Congresso Espírita da Bahia, em Salvador, em novembro passado.

No Boletim do CEI (4º. trimestre de 2015) há notícias de várias ações do CEI e dos movimentos espíritas de diversos países, oferecendo um panorama do movimento espírita no mundo. (2,3)

O próximo evento maior do CEI será o 8º. Congresso Espírita Mundial, com temas centrais: “amar a vida; amar o próximo”, programado para Lisboa (Portugal), de 7 a 9 de outubro de 2016. (4)

A produção de livros em vários idiomas prossegue e descentralizada, desde abril de 2013, com edições e distribuições feitas pelas EDICEIs da Europa e da América. (5) O CEI também edita a “Revista Espírita” em francês e em inglês.(6) Durante programa de atividades na Europa, estivemos na sede da EDICEI europeia. (7)

Embora não sejam vinculados a entidades espíritas ocorrem movimentos marcantes em Defesa da Vida, esclarecendo-se sobre a inoportunidade do aborto. No Brasil este Movimento surgiu há quase 10 anos e com atuação de espíritas. (8) Nos EUA o movimento é mais antigo e em janeiro de 2016 promoveu uma grande marcha em Washington. (9) Aliás, o tema está relacionado com o Congresso Mundial próximo.

O movimento espírita tem se expandido em países de vários Continentes. (3) Do Do Editorial do Boletim do CEI, intitulado “Paz no mundo” transcrevemos um trecho: “Neste último ano ocorreram vários fatos que conturbaram a paz no mundo. Os desrespeitos à vida humana se manifestaram em guerras, atentados, fomes, privações de liberdade, desconsideração com o meio ambiente. Emmanuel (Vinha de Luz, cap.105) relaciona algumas causas: ímpios, caluniadores, criminosos, ignorância endinheirada, a vaidade bem-vestida e a preguiça inteligente e a indiferença. […] Paz, fraternidade e solidariedade nas irradiações mentais e nas ações!”(2)

O importante é sempre o ambiente fraterno e solidário, de respeito à diversidade e à autonomia das instituições de cada país. Emmanuel lembrou em Paulo e Estêvão: “Jesus afirmou que seus discípulos viriam do Oriente e do Ocidente.” (10)

Fontes:

  1. Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. Entre irmãos de outras terras. FEB; Among brothers of other lands. EDICEI.
  2. http://grupochicoxavier.com.br/noticias-internacionais/;
  3. http://cei.spirite.org/;
  4. http://8cem.com/;
  5. http://edicei.com/;
  6. http://www.abanca.com.br/611/the-spiritist-magazine/28/index.jhtml;
  7. http://grupochicoxavier.com.br/tarefa-na-suica-se-completa-com-edicei-e-palestra/;
  8. http://grupochicoxavier.com.br/realizada-a-marcha-brasil-sem-aborto/;
  9. http://grupochicoxavier.com.br/marcha-pela-vida-em-washington/;
  10. Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Paulo e Estêvão. 2ª parte, cap.1, FEB.

(*) Membro da Comissão Executiva do CEI, membro do GEECX, ex-presidente da FEB e da USE-SP.

Perante o Mundo

“Não se turbe o vosso coração. Credes em Deus, crede  também em mim.”  Jesus (João, 14:1)

 “A  casa  do  Pai  é  o  Universo.  As  diferentes  moradas  São os Mundos que circulam no espaço infinito e oferecem aos  Espíritos  que  neles      encarnam,  moradas  correspondentes  ao  adiantamento dos mesmos Espíritos.”(Cap. 111, Item 2)

Clamas que não encontraste a felicidade no mundo, quando o mundo —  bendita universidade do espírito  —, dilapidado  por inúmeras gerações, te inclui entre aqueles de quem espera cooperação para construir a própria felicidade.

Quando atingiste o diminuto porto do berço, com a fadiga da ave que tomba inerme, depois de haver planado longo tempo sobre mares enormes, conquanto  chorasses, argamassavas com teus vagidos, a alegria e a esperança dos pais que te acolhiam, entusiasmados e jubilosos, para seres em casa o esteio da segurança.

Alcançaste o verde refúgio da meninice embora mostrasses a inconsciência afável da infância, foste para os mestres que te afagaram na escola a promessa viva de luz e realização que lhes emblemava o porvir.

Chegaste ao róseo distrito da juventude e apesar da inexperiência em que se te esfloravam todos os sonhos, os dirigentes de serviço, na profissão que abraçaste, contavam contigo para dignificar o  trabalho e clarear os caminhos.

Constituíste o lar  próprio e, não obstante tateasses os domínios da responsabilidade, em meio de flores e aspirações, espíritos, afeiçoados e amigos te aguardavam generoso  concurso para se corporificarem na condição de teus filhos através da reencarnação.

Penetraste os círculos da fé renovadora que te honra os anseios de perfeição  espiritual e se bem que externasses imediata necessidade de esclarecimento e socorro, companheiros de ideal saudaram­-te a presença, na certeza de teu apoio ao  levantamento das iniciativas mais nobres.

Casa que habitas, campo que lavras, plano que arquitetas e obras que edificas, solicitam­-te paz e trabalho.

Amigos que te ouvem rogam­-te bom amimo. Doentes que te buscam suspiram por melhoras.

Criaturas que te rodeiam pedem-­te amparo e compreensão para que lhes acrescentes a coragem.

Cousas que te cercam requisitam­-te proteção e entendimento para que se lhes aprimore o dom de servir. Tudo é ansiosa expectativa, ao redor de teus passos.

Não maldigais a Terra que te abençoa.

Afirmas que esperas, em vão, pelo auxílio do mundo… Entretanto é o  mundo que espera confiantemente por ti.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Livro da esperança. Cap.4. Ed.CEC)

1º Congresso Espírita de Uberlândia – 7º Aniversário da Web Rádio Fraternidade

Congresso Espírita de Uberlândia-2016Tema central: Jesus e Valorização da Vida

Programação Geral do evento:

30 janeiro 2016 (sábado):

8h30 às 10h – Seminário: VIDA instrumento de evolução do Espírito – Expositor: Antônio Cesar Perri de Carvalho (DF);

10h30 às 12h – Seminário: A VIDA na 3ª Idade e o Aprendizado do Espírito – Expositora: Irvênia Prada (SP);

13h30 às 15h – Seminário: Álcool e drogas – a Dependência Química numa visão Espírita e Social – Expositor: Jorge Alberto Elarrat Canto (RO);

15h30 às 17h – Seminário: DEPRESSÃO, SUICÍDIO e os Desafios da VIDA – Expositor: Rossandro Klinjey (PB);

17h às 18h30 – Seminário: PERDÃO E PUNIÇÃO – Expositor: Haroldo Dutra Dias (MG);

19h às 21h30 – Sala de Entrevista Mediador (Rubens de Castro Silva) conversa com os expositores: Haroldo Dutra Dias, Rossandro Klinjey, Irvênia Prada, Cesar Perri, Jorge Elarrat, Simão Pedro;

31 de janeiro de 2016 (domingo):

8h às 8h40 – Palestra: AMOR À VIDA: me deixe renascer – Expositora: Irvênia Prada;

8h45 às 9h25 – Palestra: O JOVEM, A VIDA E OS DESAFIOS DE UM MUNDO EM TRANSIÇÃO Expositor: Jorge Elarrat;

9h30 às10h10 – Palestra: Vida em Família – Expositor: Cesar Perri;

10h30 às 12h – Seminário JESUS e a Valorização da VIDA – Simão Pedro de Lima (MG);

12h Encerramento – Lançamento do 2º Congresso Espírita de Uberlândia – 8º Aniversário da Web Rádio Fraternidade – Prece final.

Informações: http://www.radiofraternidade.com.br/