Armai­-vos

Armai-­vos

“Portanto tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.”

Paulo (Efésios, 6:13)

O movimento da fé não proporciona consolações tão­somente.

Buscar-­lhe as fontes sublimes para retirar apenas conforto, seria proceder à maneira das crianças que nada enxergam senão guloseimas.

É indispensável tomar as armaduras de Deus nas casas consagradas ao labor divino.

Ilógico aproximar­se o filho adulto da presença paterna com a exclusiva preocupação de receber carinho.

A mente juvenil necessita aceitar a educação construtiva que lhe é oferecida, revestindo­se de poderes benéficos, na ação incessante do bem, a fim de que os progenitores se sintam correspondidos na sua heróica dedicação.

A sede de ternura palpita em todos os seres, contudo, não se deve olvidar o trabalho que enrijece as energias comuns, a responsabilidade que define a posição justa e o esforço próprio que enobrece o caminho.

Em todos os templos do pensamento religioso elevado, o Pai está oferecendo armaduras aos seus filhos.

Os crentes, num impulso louvável, podem entregar­-se naturalmente às melhores expansões afetivas, mas não se esqueçam de que o Senhor lhes oferece instrumentos espirituais para a fortaleza de que necessitam, dentro da luta redentora; somente de posse de semelhantes armaduras pode a alma resistir, nos maus dias da experiência terrestre, sustentando a serenidade própria, nos instantes dolorosos e guardando-­se na couraça da firmeza de Deus.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Vinha de luz. Cap. 115. FEB)