A guerra nas obras básicas

A guerra nas obras básicas

É difícil redigir textos sobre o terrível momento que se vive com a inusitada guerra no continente europeu.

Nos textos das obras básicas, podem ser destacados alguns trechos sobre o tema. Há conceito, apreciação espiritual e a tão esperada proposta de profilaxia desse mal.

Aí estão algumas transcrições dessas obras de Allan Kardec para subsidiarem nossos conhecimentos e reflexões.

O livro dos espíritos:

P.742. Que é o que impele o homem à guerra?

“Predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e transbordamento das paixões. No estado de barbaria, os povos um só direito conhecem — o do mais forte. Por isso é que, para tais povos, o de guerra é um estado normal. À medida que o homem progride, menos frequente se torna a guerra, porque ele lhe evita as causas, fazendo-a com humanidade, quando a sente necessária.”

P.743. Da face da Terra, algum dia, a guerra desaparecerá?

“Sim, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a Lei de Deus. Nessa época, todos os povos serão irmãos.”

P.744. Que objetivou a Providência, tornando necessária a guerra?

“A liberdade e o progresso.”

a) Desde que a guerra deve ter por efeito produzir o advento da liberdade, como pode frequentemente ter por objetivo e resultado a escravização?

“Escravização temporária, para oprimir os povos, a fim de fazê-los progredir mais depressa.”

P.745. Que se deve pensar daquele que suscita a guerra para proveito seu?

“Grande culpado é esse e muitas existências lhe serão necessárias para expiar todos os assassínios de que haja sido causa, porquanto responderá por todos os homens cuja morte tenha causado para satisfazer à sua ambição.”

O evangelho segundo o espiritismo:

Cap.XII, item 14:

“Quando a caridade regular a conduta dos homens, eles conformarão seus atos e palavras a esta máxima: ‘Não façais aos outros o que não quiserdes que vos façam.’ Verificando-se isso, desaparecerão todas as causas de dissensões e, com elas, as dos duelos e das guerras, que são os duelos de povo a povo – Francisco Xavier (Bordeaux, 1861)”

O céu e o inferno:

2ª parte, cap. VIII:

“Profundo pensamento é também esse que atribui as calamidades coletivas à infração das Leis divinas, porque Deus castiga os povos tanto quanto os indivíduos. Realmente, pela prática da caridade, as guerras e as misérias acabariam por ser eliminadas. Pois bem, a prática dessa lei conduz ao Espiritismo e, quem sabe, será essa a razão de ter ele tantos e tão acérrimos inimigos? As exortações desta filha, aos pais, serão acaso as de um demônio?”

A gênese:

Cap.III, item 6: “Porém, os males mais numerosos são os que o homem cria pelos seus vícios, os que provêm do seu orgulho, do seu egoísmo, da sua ambição, da sua cupidez, de seus excessos em tudo. Aí a causa das guerras e das calamidades que estas acarretam, das dissensões, das injustiças, da opressão do fraco pelo forte, da maior parte, afinal, das enfermidades.”

E, sem dúvida, há muitas matérias sobre o tema na Revista espírita.

Boas consultas, reflexões e vibrações positivas!