Transformação

Transformação

“Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados.” Paulo (I Coríntios, 15:51)

Refere­-se o apóstolo dos gentios a uma das mais belas realidades da vida espiritual.

Nos problemas da morte, as escolas cristãs, trabalhadas pelas cogitações teológicas de todos os tempos, erigiram teorias diversas, definindo a situação da criatura, após o desprendimento carnal.

É justo que semelhante situação seja a mais diversificada possível.

Ninguém penetra o circulo da vida terrena em processo absolutamente uniforme, como não existem fenômenos de desencarnação com analogia integral.

Cada alma possui a sua porta de “entrada” e “saída”, conforme as conquistas próprias.

Fala­-se demasiadamente em zonas purgatoriais, em trevas exteriores, em regiões de sono psíquico.

Tudo isso efetivamente existe em plano grandioso e sublime que, por enquanto, transcende o limitado entendimento humano.

Todos os que se abeberam nas fontes puras da verdade, com o Cristo, devem guardar sempre o otimismo e a confiança.

“Nem todos dormiremos” — diz Paulo.

Isto significa que nem todas as criaturas caminharão às tontas, nas regiões mentais da semi­inconsciência, nem todas serão arrebatadas a esferas purgatoriais e, ainda que tais ocorrências sucedessem, ouçamos, ainda, o abnegado amigo do Evangelho, quando nos assevera — “mas todos seremos transformados”.

Paulo não promete sofrimento inesgotável nem repouso sem fim. Promete transformação.

Ninguém parte ao chamado da Vida Eterna senão para transformar­se.

Morte do corpo é crescimento espiritual.

O túmulo numa esfera é berço em outra.

E como a função da vida é renovar para a perfeição, transformemo­nos para o bem, desde hoje.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Vinha de Luz. Cap.158. FEB)