PAI E AMIGO

PAI E AMIGO

“E levantando-se, foi para seu pai; e quando ainda estava longe, o pai chegou a vê-lo, moveu-se de íntima compaixão e, correndo, lançou-se lhe ao pescoço e o beijou.” – Jesus (LUCAS, 15:20.)

É possível que essa ou aquela falta te sombreie o coração, impelindo-te ao desânimo.

Anseias respirar a fé pura, entregar-te aos misteres do bem, contudo, trazes remorso e tristeza.

Dissipaste as forças da vida, extraviaste votos santificantes, erraste, caíste na negação, qual viajor que perdesse a luz…

Entretanto, recorda a Providência Divina a reerguer-te. O amor de Deus nunca falta.

Para toda ferida haverá remédio adequado.

Para todo desequilíbrio aparecerá o reajuste.

Fixa-te no ensinamento do Cristo, enunciando o retorno do filho pródigo.

O reencontro não se deu em casa, com remoques e humilhações para o moço em desvalimento.

Assinalando-o no caminho de volta " e, quando ainda estava longe, o pai, ao vê-lo, moveu-se de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.

O pai não esperou que o filho se penitenciasse o rojo, não exigiu excusas, não solicitou justificativas e nem impôs condições de qualquer natureza para estender-se os braços; apenas aguardou que o filho se levantasse e lhe desejasse o calor do coração.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Palavras de vida eterna. Cap. 97. Uberaba: CEC)