O filme “Divaldo – O Mensageiro da Paz”

O filme “Divaldo – O Mensageiro da Paz”

Antonio Cesar Perri de Carvalho (*)

Lançado nos cinemas no dia 12 de setembro, o filme "Divaldo – O Mensageiro da Paz” focaliza as primeiras décadas da trajetória do médium e orador Divaldo Pereira Franco.

O filme foi produzido pela Estação da Luz e dirigido por Clóvis Mello. Três atores – uma criança, um jovem e um adulto jovem – fizeram o papel de Divaldo desde sua infância em Feira de Santana até aproximadamente o final dos anos 1960.

Focaliza o início do fenômeno mediúnico ainda na infância, o apoio que recebeu de uma médium de Salvador e, na sua adolescência, ele se muda para Salvador, é levado a um Centro Espírita onde aprende a lidar com sua mediunidade. A partir daí surge a fundação do Centro Espírita Caminho da Redenção, no bairro da Calçada. O filme destaca o início das atividades de oratória e exibe as ações filantrópicas junto a comunidades carentes e a implantação da ação educacional na criação de crianças abandonadas e órfãs. Em função disso foi criada a Mansão do Caminho, ainda anexa ao Centro. O filme encerra após a desencarnação de sua genitora dona Ana Franco, momentos em que Divaldo já havia iniciado a publicação de livros psicográficos, a partir da obra “Messe de Amor”.

Esse filme desenvolve oportunas considerações doutrinárias e dá foco no papel da orientadora espiritual Joanna de Ângelis.

Após cumprirmos roteiro de viagens para palestras, juntamente com a esposa e casal amigo, conseguimos assistir ao filme neste final de semana, justamente para prestigiar os primeiros dias exibição.

Apreciamos o enredo e a filmagem e nos recordamos de muitas informações da época retratada.

Conhecemos Divaldo Pereira Franco num evento jovem interestadual – a COMBESP -, sediado em nossa terra natal, Araçatuba (SP), em abril de 1962. A partir do encontro inicial tivemos seguidos contatos pessoais e por correspondência com Divaldo. Durante 30 anos Divaldo se hospedou em Araçatuba na residência de nossa genitora e no nosso lar.

Acompanhamos o surgimento dos livros desde o inicial – “Messe de Amor” (1964). Visitamos suas obras em Salvador em várias oportunidades. Na primeira delas, em 1972, o Centro Espírita Caminho da Redenção funcionava no bairro da Calçada, próximo ao centro da cidade. A Mansão do Caminho era muito menor do que a atual e ainda existiam as casas com as crianças e as tias.

Em função desses momentos, acompanhamos as notícias sobre os últimos anos da existência física de sua genitora.

Em parceria com Divaldo elaboramos uma obra com frases – em ordem alfabética – do espírito Joanna de Ângelis – “Repositório de Sabedoria”, em dois volumes – e também “Em Louvor à Vida”, com mensagens de um tio nosso e recentemente reeditado pela Editora LEAL. Como presidente da USE-SP participamos da organização do livro editado por esta Entidade: “Diálogo com Dirigentes e Trabalhadores Espíritas”; na condição de diretor da FEB, atuamos como um dos organizadores do livro “Em Nome do Amor. A Mediunidade com Jesus”, editado pela FEB.

Depois desses períodos, estivemos com Divaldo em inúmeros eventos no Brasil e no exterior, culminando com as homenagens que ele recebeu na Câmara dos Deputados, inclusive com o lançamento do movimento “Você e a Paz” naquele recinto e na sede da FEB, inauguração de exposição sobre Divaldo na FEB, em momento em que éramos o presidente da Federação Espírita Brasileira, em novembro de 2014.

O filme sobre Divaldo deve ser prestigiado pelo movimento espírita.

(*) Ex-presidente da USE-SP e da FEB.