Das aparições de Jesus à mediunidade de Chico Xavier

Das aparições de Jesus à mediunidade de Chico Xavier

   

Antonio Cesar Perri de Carvalho (*)

Neste ano a tradicional de lembranças da aparição de Jesus marcada para algumas religiões como o 3o dia em seguida à crucificação, coincidindo com a Páscoa, ficou colado ao dia que assinala o nascimento de Chico Xavier.

As onze aparições de Jesus a partir da inicial do 3o dia, caracterizada com o "túmulo vazio", e até o 40o dia após a crucificação, foram marcantes para consolidar a mensagem de Jesus.

Dezenove séculos depois de Jesus, um médium simples, dedicado e fiel a Jesus e Kardec – o nosso contemporâneo Chico Xavier – foi intermediário de milhares de espíritos, vários oferecendo provas da imortalidade da alma e todos transmitindo mensagens de consolo, esclarecimento e enlevo espiritual.

Essa foi a missão marcante e histórica de Chico Xavier, que nasceu no dia 2 de abril de 1910, em Pedro Leopoldo (MG). Chico psicografou algumas centenas de livros fundamentados no ensino moral de Jesus. Como pessoa foi exemplo de renúncia, com extrema dedicação ao próximo. No atendimento a filas imensas de pessoas em aflição, ofereceu conforto espiritual, consolo e apoio a um número incontável de pessoas. Chico Xavier teve uma longa existência de exemplificações e podemos afirmar que sempre foi arauto da paz, do amor e da certeza da imortalidade da alma. Jesus sempre esteve presente nos livros, nas ações e falas de Chico Xavier.

Embora tendo passado por dificuldades e sofrimentos, Chico superava-os e não exteriorizava sinais de amargura. Chico Xavier foi um exemplo próximo a nós.

Nesses dias se evoca os momentos finais de Jesus, com marcadas encenações e símbolos ligados à crucificação. Destacamos trecho de Emmanuel comentando João (19,5 ):

“— ‘Eis o Homem!’ – Aparentemente vencido, o Mestre surgia em plena grandeza espiritual, revelando o mais alto padrão de dignidade humana. Rememorando, pois, semelhante passagem, recordemos que somente nas linhas morais do Cristo é que atingiremos a Humanidade Real” (FCX, Fonte viva, cap.127).

Assim, mais significativo do que evocar o sofrimento e a morte de Jesus será importante procurarmos marcar a imagem de Jesus de uma forma diferente: não mais a da crucificação, mas de suas aparições. Jesus vive!

Numa época tão conturbada, como a atualmente vivida por todos nós, são necessários exemplos dignificantes e mensagens de alento para a superação de tantas aflições. Com o Espiritismo e especificamente com a vida e obra de Chico Xavier, fortalecemos a convicção na imortalidade da alma.

(*) Foi dirigente em Araçatuba (SP), presidente da USE-SP e da FEB.