Cristianismo nos séculos iniciais

Cristianismo nos séculos iniciais

Novo livro de Cesar Perri foi lançado no C. E. O Clarim

A Casa Editora O Clarim lançou, no dia 19 de junho último, mais um livro para sua coleção de obras doutrinárias. Trata-se do livro Cristianismo nos séculos iniciais: Aspectos históricos e visão espírita, de autoria de Antonio Cesar Perri de Carvalho, ex-presidente da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo (USE-SP) e da Federação Espírita Brasileira (FEB).

Autor de vários livros e articulista atuante na imprensa espírita, Cesar Perri é bastante conhecido no movimento espírita nacional e internacional. Este é o quarto livro de Perri publicado pela Casa Editora O Clarim. Precederam-no Os sábios e a Sra. Piper (1986), Entre a matéria e o espírito (1990) e Epístolas de Paulo à luz do Espiritismo (2016).

[…] Em sua introdução, o expositor lembrou as obras e os 150 anos de Cairbar Schutel, que serão completados em 22 de setembro deste ano, e o livro A Esquina de Pedra, de Wallace Leal V. Rodrigues, que serviram de base e inspiração para seu livro. Destacou que os primeiros cristãos passaram por inúmeras dificuldades após a crucificação de Jesus, devido a perseguições que sofriam daqueles que não desejavam ver ameaçados os conceitos religiosos tradicionais da época. A coragem e a determinação dos apóstolos para a continuidade do trabalho cristão veio com as aparições de Jesus, que mostrou-se 11 vezes em apenas 40 dias, dando provas irrefutáveis da imortalidade da alma e corroborando, na prática, o fundamento e a realidade dos novos ensinamentos.

Na sequência, o expositor destacou o trabalho da Casa do Caminho, que reuniu o primeiro grupo de pessoas interessadas em estudar e reproduzir os ensinamentos do Cristo, inclusive a prática de curas – o que muito os surpreendia quando conseguiam êxito, sustentados pela fé sincera. Os discípulos da Casa do Caminho eram liderados por Pedro, Paulo e João, que definiram prioridades para organizar as atividades. Criou-se, assim, a figura do diácono, que deveria ser o propagador dos ensinamentos cristãos. O primeiro deles foi Jeziel, que adotou o nome Estêvão depois de converter-se ao cristianismo.

Nesse contexto, Cesar relembrou de Saulo de Tarso, fariseu ortodoxo, que defendia firmemente os princípios do judaísmo. Ele, ao tomar conhecimento das atividades de Estêvão, considerando uma afronta ao Torá, livro sagrado do judaísmo, e a Moisés, iniciou perseguição atroz aos cristãos, o que culminou na condenação de Estêvão ao apedrejamento. Estêvão foi, assim, o primeiro mártir do cristianismo e Saulo o primeiro algoz. Saulo continuava obstinado em dizimar as atividades cristãs. Dirigindo-se a Damasco para prender Ananias e seus seguidores, reconhece Cristo na estrada, cuja luz fúlgida o cega. Naquele momento, ele direcionava todas as suas energias e vigor para a propagação cristã. No terceiro dia após o episódio, Saulo é procurado justamente por Ananias, por instrução espiritual, e este o cura da cegueira que o acometera. Agora tecelão, adotando o nome Paulo de Tarso, o antigo Doutor da Lei se dedica a ajudar na fundação e estabelecimento de grupos cristãos. Paulo define sua ação: a gentilidade (os gentios eram judeus não reconhecidos pelos ortodoxos), ou seja, falaria a todos, sem nenhuma exigência ou distinção.

O princípio do cristianismo era, assim, simples e sem rituais. Mas a Igreja Católica Apostólica Romana acabou por adotar muitos ritos do Império Romano, afastando-se do cristianismo primitivo. Dessa forma, destaca o expositor, em meados do século XIX surgiu um movimento que traria novamente à vida o cristianismo em sua essência.

Allan Kardec, sensibilizado inicialmente pelo magnetismo, faz brotar os conceitos espirituais, trazendo uma visão imortalista, simples e vencedora de Jesus. Kardec traz novamente à tona os ensinos espirituais, codificando a Doutrina Espírita, o cristianismo redivivo, o consolador prometido, cujo objetivo é orientar, esclarecer, dar apoio e consolar.

DE: Redação (trechos):

https://www.oclarim.org/noticias/144/cristianismo-nos-seculos-iniciais.html