Como o espírita deve ver a sociedade

Como o espírita deve ver a sociedade

Aylton Paiva

A Vida social está em a natureza? – Certamente. Deus fez o homem para viver em sociedade. Não lhe deu inutilmente a palavra e todas as outra faculdades necessária à vida de relação.(1)

O espírita não deve ver a sociedade conforme suas opiniões , mas de acordo com os princípios da Filosofa Espiritualista Espírita, contida em O livro dos espíritos, codificado por Allan Kardec, em sua 3ª Parte Das Leis Morais – Da Lei de sociedade.

O ser humano não é um ser perfeito e completo, portando ele precisa da união social a fim de que um possa ajudar o outro, conforme informação dos Mentores Espirituais, acima citado. “Não se justifica o isolamento social, seja por alegado fim religioso( asceta, ermitão, etc.) seja para usufruir os bens materiais sem que tenha de se relacionar com outras pessoas; residir em uma ilha isolada, por exemplo.”(2)

Assim, torna-se evidente que toda pessoa tem um compromisso com a sociedade em que vive. Deve compreender sua função nessa sociedade, dela participando e dando sua contribuição de acordo com suas possibilidades intelectuais, sentimentais e morais. “O espírita, pelo conhecimento que tem da Doutrina Espírita, especialmente Das Leis Morais, 3ª Parte do mencionado O livro dos espíritos tem o dever de participar ativa e conscientemente na sociedade em que vive, agindo para que os valores ético espíritas se realizem na sociedade humana.”(3)

Conforme já citado, os Mentores Espirituais da codificação do Espiritismo alertam firmemente que os seres humanos precisam uns dos outros, daí a necessidade de viver em sociedade. “O homem tem necessidade de progredir, de desenvolver suas potencialidades e isso ele só pode fazer em sociedade e é necessário que a sociedade esteja estruturada a fim de que todos que a compõem tenham tal possibilidade. O progresso do homem, tanto em seu aspecto da vida material quanto da vida espiritual, é uma imposição do Criador à vida. Ele necessita relacionar-se com seu semelhante para criar os bens indispensáveis ao seu aprimoramento. Esse relacionamento social, no entanto, deve ser inspirado pelo amor entre os seres, pela fraternidade que implica no exercício da justiça.”(4).

Para essa convivência o espírita deve, portanto, buscar os valores morais contidos no Evangelho de Jesus, clarificados pela Filosofia Espiritualista Espírita contida na sua obra básica O livro dos espíritos, organizada por Allan Kardec.

Para uma vivência coerente, o espírita precisa compreender e agir, na sociedade, conforme esses valores morais e não de acordo com doutrinas, filosofias e mesmo suas opiniões e palpites pessoais, que confrontam tais valores.

REFLEXÕES:

1. A sociedade é má e não deveríamos viver nela?

2. Viver isoladamente não seria melhor para a evolução do espírito?

3. Por que devemos viver em sociedade?

4. Como viver em sociedade ajuda o espírito a se aperfeiçoar?

5. Quais valores temos para avaliar nossa conduta para com o próximo e para com a sociedade?

Referência bibliográfica:

(1) O livro dos espíritos, de Allan Kardec, editora FEB, edição 87ª.

(2) O Espiritismo e a Política – Contribuições para a evolução do ser e da sociedade. Capítulo 7, pág. 63. 

3) Idem, pág. 63. 

4) Idem, pág. 64.

Extraído de:

Boletim diário de Notícias do Movimento Espírita, 15/03/2024: https://www.noticiasespiritas.com.br/2024/MARCO/15-03-2024.htm