Serás Fiel

Serás Fiel

Serás fiel à Doutrina de Cristo, que, em nome dos Benfeitores Espirituais, te acolheu com desvelos de mãe.

Guardar-lhes-ás os preceitos de amor e luz!

Dar-lhes-ás apoio, dedicação e vida!…

Quando escutares as palavras bem postas daqueles que te abram as trilhas da irresponsabilidade, invocando os direitos da falsa emancipação, sustentarás, junto dela, a tua lealdade aos compromissos assumidos.

Ainda mesmo quando se te falem, através das lideranças humanas, que podes conciliar indisciplina e sublimação, ser-lhes-ás fiel.

Honrá-la-ás com o teu pensamento e o teu serviço, tanto quanto dela recebes paz e renovação.

Caminharás materializando-lhe os princípios.

Onde estiveres, ser-lhe-ás a mensagem viva.

Com quem estiveres, transmitir-lhe-ás o ensinamento, especialmente em forma de exemplo.

Decerto, partilharás com ela a incompreensão e a perseguição de todos aqueles que, até mesmo em nome da ciência e da filosofia, aspiram a implantar na Terra o trânsito livre das paixões desgovernadas.

Entretanto, saberás sobrepor-te a todas as circunstâncias, alçando tão alto quanto possível a flama do ideal regenerativo e edificante, expondo a bandeira da luz contra o assédio da sombra, manejada pelos nossos irmãos que ainda se recusam a aceitar no Planeta o governo moral do Cristo de Deus.

A ignorância que o crucificou – a Ele Jesus – e armou os circos do martírio durante quase trezentos anos a quantos lhe proclamassem as boas-novas ainda é a mesma que hostiliza hoje a verdade, onde quer que a verdade se encontre.

Agasalhar-te-ás, por isso, na paz da consciência, abraçando as tarefas que o Alto te confiou, e não receberás a violência da crítica no testemunho das próprias obrigações, reconhecendo que os companheiros do Evangelho que não mais se resignem a ser criticados e apedrejados, maltratados e injuriados praticamente já se afastaram da senda que lhes competia trilhar.

Consciente de que o Senhor te chamou, acima de tudo, para compreender e servir, abençoarás os espinhos da cruz renovadora que te caiba, e toda vez que o Mestre te busque o testemunho de fidelidade à Verdade Imutável ou ao Bem Imperecível, que possas responder de alma tranqüila: "Pronto, Senhor, eu estou aqui".

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Plantão de paz. São Bernardo do Campo: GEEM)

Que farei?

Que farei?

“Que farei?” – Paulo. (Atos, 22:10.)

Milhares de companheiros aproximam-se do Evangelho para o culto inveterado ao comodismo.

Como dominarei? – interrogam alguns.

Como descansarei? – indagam outros.

E os rogos se multiplicam, estranhos, reprováveis, incompre-ensíveis…

Há quem peça reconforto barato na carne, quem reclame afeições indébitas, quem suspire por negócios inconfessáveis e quem exija recursos para dificultar o serviço da paz e do bem.

A pergunta do apóstolo Paulo, no justo momento em que se vê agraciado pela Presença Divina, é padrão para todos os aprendizes e seguidores da Boa Nova.

O grande trabalhador da Revelação não pede transferência da Terra para o Céu e nem descamba para sugestões de favoritismo ao seu círculo pessoal.

Não roga isenção de responsabilidade, nem foge ao dever da luta.

– Que farei? – disse a Jesus, compreendendo o impositivo do esforço que lhe cabia.

E o Mestre determina que o companheiro se levante para a sementeira de luz e de amor, através do próprio sacrifício.

Se foste chamado à fé, não recorras ao Divino Orientador suplicando privilégios e benefícios que justifiquem tua permanência na estagnação espiritual.

Procuremos com o Senhor o serviço que a sua Infinita Bondade nos reserva e caminharemos, vitoriosos, para a sublime renovação.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Fonte viva. Cap. 112. FEB)

CARTA DE ANO NOVO

CARTA DE ANO NOVO

 

Ano Novo é também a renovação de nossa oportunidade de aprender, trabalhar e servir.

*

O tempo, como paternal amigo, como que se reencarna no corpo do calendário, descerrando-nos horizontes mais claros para a necessária ascensão.

*

Lembra-te de que o ano em retorno é novo dia a convocar-te para execução de velhas promessas, que ainda não tiveste a coragem de cumprir.

*

Se tens algum inimigo, faze das horas renascer-te o caminho da reconciliação.

*

Se foste ofendido, perdoa, a fim de que o amor te clareie a estrada para frente.

*

Se descansaste em demasia, volve ao arado de tuas obrigações e planta o bem com destemor para a colheita do porvir.

*

Se a tristeza te requisita, esquece-a e procura a alegria serena da consciência feliz no dever bem cumprido.

*

Novo Ano! Novo Dia! Sorri para os que te feriram e busca harmonia com aqueles que te não entenderam até agora.

*

Recorda que há mais ignorância que maldade, em torno de teu destino.

*

Não maldigas, nem condenes.

*

Auxilia a acender alguma luz para quem passa ao teu lado, na inquietude da escuridão.

*

Não te desanimes, nem te desconsoles.

*

Cultiva o bom ânimo com os que te visitam, dominados pelo frio do desencanto ou da indiferença.

*

Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora: Ama e auxilia sempre. Ajuda aos outros, amparando a ti mesmo, porque se o dia volta amanhã, eu estou contigo, esperando pela doce alegria da porta aberta de teu coração.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. Vida e caminho. São Bernardo do Campo: GEEM) 

Carta de Ano Novo

Carta de Ano Novo

Ano Novo é também oportunidade de aprender, trabalhar e servir.

O tempo, como paternal amigo, como que se reencarna no corpo do calendário, descerrando-nos horizontes mais claros para necessária ascensão.

Lembra-te de que o ano em retorno é novo dia a convocar-te para a execução de velhas promessas que ainda não tivestes a coragem de cumprir.

Se tens inimigos, faze das horas renascer-te o caminho da reconciliação.

Se foste ofendido, perdoa, a fim de que o amor te clareie a estrada para frente.

Se descansaste em demasia, volve ao arado de tuas obrigações e planta o bem com destemor para a colheita do porvir.

Se a tristeza te requisita, esquece-a e procura a alegria serena da consciência tranquila no dever bem cumprido.

Ano Novo! Novo Dia!

Sorri para os que te feriram e busca harmonia com aqueles que te não entenderam até agora.

Recorda que há mais ignorância que maldade em torno de teu destino.

Não maldigas nem condenes.

Auxilia a acender alguma luz para quem passa ao teu lado, na inquietude da escuridão.

Não te desanimes nem te desconsoles.

Cultiva o bom ânimo com os que te visitam dominados pelo frio do desencanto ou da indiferença.

Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora: Ama e auxilia sempre.

Ajuda aos outros amparando a ti mesmo, porque se o dia volta amanhã, eu estou contigo, esperando pela doce alegria da porta aberta de teu coração.

EMMANUEL

(Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. Vida e caminho. São Bernardo do Campo: GEEM)

MESTRE E DISCÍPULO.

MESTRE E DISCÍPULO 

Nasce o Mestre – na manjedoura do coração, sorri divinamente – entre os impulsos sentimentais – Mostra-se à razão – à luz da estrela da fé, desenvolve-se, dia a dia – sob os cuidados da alma, alegra a paisagem mental – renovando a esperança!…

Ainda menino – sobe ao templo do cérebro e fala com simplicidade – confundindo raciocínios doutos. movimenta-se, desde então – no cosmo individual, aproveita sentimentos singelos – como se valeu dos pescadores humildes, e começa o apostolado – da conversão do aprendiz – devolve movimento – ao coração paralítico, restitui a visão – aos olhos enganados, limpa a lepra do mal – ao pensamento invigilante; equilibra-lhe a mente – invadida pelos princípios das trevas, revela-lhe a lei do amor – acima dos códigos humanos, transforma-o, dia a dia – pela divina atuação.

E, quando o mundo inferior se rebela contra o discípulo. Une-se mais a ele – no cenáculo do espírito, dá-lhe instruções baseadas – na submissão a Deus, revela-lhe o mundo maior – glorificando o sacrifício, dilata-lhe a personalidade – exemplificando a renúncia, eleva-lhe a estatura – semeando entendimento…

Atingido o Calvário – das responsabilidades interiores, quando o aprendiz isolado – está sozinho em si mesmo, entre milhões de pessoas, e, o mesmo Senhor – nascido no presepe íntimo, que o ampara – no monte do crânio, concedendo-lhe serenidade – para a cruz dos testemunhos, a fim de que aprenda – em turbilhões de luta, a sofrer – amando, a orar – construindo, a morrer – perdoando, para que em pleno infinito – da ressurreição eterna, haja mais luz divina – sobre as trevas humanas, mais alegria celeste – sobre as dores terrenas, e nova bênção resplandeça – no círculo das criaturas, em favor de nossa redenção – para um mundo melhor.

André Luiz

( Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. Antologia mediúnica do natal. FEB).

NA PREPARAÇÃO DO REINO DA LUZ

NA PREPARAÇÃO DO REINO DA LUZ

Chamados a substancializar o Evangelho de Jesus no campo da vida humana, decerto, nós outros, os espíritos encarnados e desencarnados, somos constrangidos a levantar em nós mesmos os alicerces do Reino de Deus, adstritos à verdade de que o Céu começa em nós mesmos.

Em razão disso, os antigos processos de construção palavrosa, através dos quais o verbo, muita vez, pretende superar o nível do exemplo, não podem constituir padrão às nossas atividades.

Também nós possuímos o tesouro do tempo, muito mais expressivo do que a riqueza amoedada, e, por isso, ao invés de criticar o companheiro que padece a obsessão da autoridade e do ouro, será mais justo operar com o nosso próprio trabalho a lição da bondade incessante sem nos perder no vinagre da censura ou do nevoeiro da frase vazia.

Nós, igualmente, guardamos conosco os talentos da fé raciocinada, muito mais sólidos que os da crença vazada em cegueira da alma, competindo-nos, desse modo, não a guerra de revide ou condenação aos que nos esposam os pontos de vista, mas, sim, a prática da tolerância fraterna e da caridade genuína, pelas quais os nossos companheiros de evolução e de experiência consigam ler a mensagem da Vida Maior, abandonando naturalmente as grilhetas da ignorância.

Não nos bastará, dessa forma, a confissão labial da fé como entusiasmo de quem se vê na iminência dos princípios superiores.

É necessário saibamos comungar a esperança e o sofrimento, a provação e a dificuldade dos outros, abençoando os irmãos que nos partilham a marcha e ensinando-lhes, pela cartilha de nossas próprias ações, o caminho renovador, suscetível de oferecer-lhes a bênção da paz.

Sem dúvida, milhões de inteligências se agregam à ilusão e à crueldade, descerrando aos homens resvaladouros calamitosos, preparando o domínio da morte e fortalecendo o poder das trevas, todavia, a nós outros se roga o cérebro e o coração para que o Cristo se manifeste em plenitude de sabedoria e de amor, nas vitórias do espírito, por intermédio das quais a Humanidade ainda na sombra será, finalmente, investida na posse da Eterna Luz.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Alvorada do reino. Cap. 17. São Paulo: IDEAL)

 

NO SERVIÇO DO SENHOR

NO SERVIÇO DO SENHOR

Se aspiras o título de obreiro do Senhor, não olvides que o mundo é um campo imenso de trabalho para a lavoura do bem.

Não esperes facilidades na plantação.

Suportarás, naturalmente, obstáculos e perigos de toda sorte na preparação da colheita futura.

Repare ao redor de ti. Melindre e susceptibilidades são pragas e vermes roedores, destruindo-te a sementeira.

Cólera e irritação constituem granizo e vento arrazando-te as leiras frágeis.

Compromissos com a sombra simbolizam vigorosos cipoais, asfixiando-te os esforços. Indolência e desânimo, são ervas parasitárias, aniquilando-te a produção.

Leviandade e maledicência, representam enxurro e detritos sufocando-te as melhores promessas.

Perversidade e crítica expressam aridez e secura capazes de arruinar-te a esperança.

Lembra, pois, que cada dia é tempo abençoado de trabalhar e não confies a enxada de tua oportunidade à ferrugem da negação.

Recorda que o tempo voa, que tudo se transforma e que a própria Terra, onde se alonga a sua esfera de ação, turbilhona em pleno Céu à procura da perfeita comunhão com a Grande Luz.

Não relaciones desapontamento e mágoas, não te percas nas pedras do caminho e nem te fixes no espinheiro, que te servem por medida à fé e à serenidade.

Se te candidatas a servir com Jesus, tomemo-Lo por nosso padrão vivo e incessante, buscando-Lhe a Vontade para que nossos caprichos sejam esquecidos.

E, pautando nossas atividades sobre as normas que Lhe caracterizaram o exemplo, contemplaremos, ditosos, a colheita farta, a surgir da lama terrestre, colheita essa que nos enriquecerá de bênçãos o celeiro do coração para a Vida Eterna.

Emmanuel

 

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Alvorada do reino. Cap. 1. São Paulo: IDEAL)

Emmanuel e a História

Emmanuel e a História (*)

“À luz significativa da história, observamos muitas vezes, nos seus auxiliares ou instrumentos humanos, as características das vulgaridades terrestres. Alguns foram ditadores de consciências, enérgicos e ferozes no sentido de manter e fomentar a fé; outros, traídos em suas forças e desprezando os compromissos sagrados com o Salvador, longe de serem instrumentos do Divino Mestre, abusaram da própria liberdade, dando ouvidos às forças subversivas da Treva, prejudicando a harmonia geral.”

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“Todos os Apóstolos do Mestre haviam saído do teatro humilde de seus gloriosos ensinamentos; mas, se esses pescadores valorosos eram elevados Espíritos em missão, precisamos considerar que eles estavam muito longe da situação de espiritualidade do Mestre, sofrendo as influências do meio a que foram conduzidos.

Tão logo se verificou o regresso do Cordeiro às regiões da Luz, a comunidade cristã, de modo geral, começou a sofrer a influência do judaísmo, e quase todos os núcleos organizados, da doutrina, pretenderam guardar feição aristocrática, em face das novas igrejas e associações que se fundavam nos mais diversos pontos do mundo.

É então que Jesus resolve chamar o espírito luminoso e enérgico de Paulo de Tarso ao exercício do seu ministério. Essa deliberação foi um acontecimento dos mais significativos na história do Cristianismo. As ações e as epístolas de Paulo tornam-se poderoso elemento de universalização da nova doutrina. De cidade em cidade, de igreja em igreja, o convertido de Damasco, com o seu enorme prestígio, fala do Mestre, inflamando os corações. A princípio, estabelece-se entre ele e os demais Apóstolos uma penosa situação de incompreensibilidade, mas sua influência providencial teve por fim evitar uma aristocracia injustificável dentro da comunidade cristã, nos seus tempos inesquecíveis de simplicidade e pureza.“

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“A atuação do mundo espiritual proporciona à história humana a perfeita caracterização da alma coletiva dos povos. Como os indivíduos, as coletividades também voltam ao mundo pelo caminho da reencarnação.”

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“Um modesto escorço da História faz entrever os laços eternos que ligam todas as gerações nos surtos evolutivos do planeta. Muita vez, o palco das civilizações foi modificado, sofrendo profundas renovações nos seus cenários, mas os atores são os mesmos, caminhando, nas lutas purificadoras, para a perfeição d’Aquele que é a Luz do princípio.”

Emmanuel

(*) Trechos da obra: Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. A caminho da luz. Cap. IX, XIV, XIX, XXV. FEB.

Em família

Em família

A família consanguínea é lavoura de luz da alma, dentro da qual triunfam somente aqueles que se revestem de paciência, renúncia e boa vontade.

De quando a quando, o amor nos congrega, em pleno campo da vida, regenerando-nos a sementeira do destino.

Geralmente, não se reúnem a nós os companheiros que já demandaram a esfera superior dignamente aureolados por vencedores, e sim afeiçoados menos estimáveis de outras épocas, para restaurarmos o tecido da fraternidade, indispensável ao agasalho de nossa alma, na jornada para os cimos da vida.

Muitas vezes, na condição de pais e filhos, cônjuges ou parentes, não passamos de devedores em resgate de antigos compromissos.

Se és pai, não abandones teu filho aos processos evolutivos da natureza animal, qual se fora menos digno de atenção que a hortaliça de tua casa.

A criança é um trato de terra espiritual que devolverá o que aprende, invariavelmente, de acordo com a sementeira recebida.

Se és filho, não desprezes teus pais, relegando-os ao esquecimento e subestimando-lhes os corações, como se estivessem em desacordo com os teus ideais de elevação e nobreza, porque também, um dia, precisarás da alheia compreensão para que se te aperfeiçoe na individualidade a região presentemente menos burilada e menos atendida.

A criatura no ocaso da existência é o espelho do teu próprio futuro na Terra.

Aprende a usar a bondade, em doses intensivas, ajustando-a ao entendimento e à vigilância para que a tua experiência em família não desapareça no tempo, sem proveito para o caminho a trilhar.

Quem não auxilia alguns não se acha habilitado ao socorro de muitos.

Quem não tolera o pequeno desgosto doméstico, sabendo sacrificar-se com espontaneidade e alegria, a benefício do companheiro de tarefa ou de lar, debalde se erguerá por salvador de criaturas e situações que ele mesmo desconhece.

Cultiva o trabalho constante, o silêncio oportuno, a generosidade sadia e conquistarás o respeito dos outros, sem o qual ninguém consegue ausentar-se do mundo em paz consigo mesmo.

Se não praticas no grupo familiar ou no esforço isolado a comunhão com Jesus, não te demores a buscar-lhe a vizinhança, a inspiração e a diretriz.

Não percas o tesouro das horas em reclamações improfícuas ou destrutivas.

Procura entender e auxiliar todos em casa, para que todos em casa te entendam e auxiliem na luta cotidiana, tanto quanto lhes seja possível.

O lar é o porto de onde a alma se retira para o mar alto do mundo, e quem não transporta no coração o lastro da experiência dificilmente escapará ao naufrágio parcial ou total.

Procura a paz com os outros ou a sós.

Recorda que todo dia é dia de começar.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Família. Cap. 1. São Paulo: CEU)

O povo e o Evangelho

O povo e o Evangelho

“E não achavam meio de lhe fazerem mal, porque todo o povo pendia para ele, escutando-o.” (Lucas, 19:48.)

A perseguição aos postulados do Cristianismo é de todos os tempos.

Nos próprios dias do Mestre Divino, nos círculos carnais, já se exteriorizavam hostilidades de todos os matizes contra os movimentos da iluminação cristã.

Em todas as ocasiões, no entanto, tem sido possível observar a gravitação do povo para Jesus. Entre Ele e a multidão, nunca se extinguiu o poderoso magnetismo da virtude e do amor.

Debalde surgem medidas draconianas da ignorância e da crueldade, em vão aparecem os prejuízos eclesiásticos do sacerdócio, quando sem luz na missão sublime de orientar; cientistas presunçosos, demagogos subornados por interesses mesquinhos, clamam nas praças pela consagração de fantasias brilhantes.

O povo, porém, inclina-se para o Cristo, com a mesma fascinação do primeiro dia.

Indiscutivelmente, considerados num todo, achamo-nos ainda longe da união com Jesus, em sentido integral.

De quando em quando, a turba experimenta pavorosos desastres. Tormentas de sangue e lágrimas varrem-lhe os caminhos.

A claridade do Mestre, contudo, acena-lhe à distância. Velhos e crianças identificam-lhe o brilho santificado.

Os políticos do mundo formulam mil promessas ao espírito das massas; raras pessoas, entretanto, se interessam por semelhantes plataformas.

Os enunciados do Senhor, todavia, em cada século se renovam, sempre mais altos para a mente popular, traduzindo consolações e apelos imortais.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Vinha de luz. Cap. 47. FEB)