Evocação de Natal

Evocação de Natal

 

O maior de todos os conquistadores, na face da Terra, conhecia, de antemão, as dificuldades do campo em que lhe cabia operar.

Estava certo de que entre as criaturas humanas não encontraria lugar para nascer, à vista do egoísmo que lhes trancava os corações; no entanto, buscou-as, espontâneo, asilando-se no casebre dos animais.

Sabia que os doutores da Lei ouvi-lo-iam indiferentes com respeito aos ensinamentos da vida eterna de que se fazia portador; contudo, entregou-lhes, confiante, a Divina Palavra.

Não desconhecia que contava simplesmente com homens frágeis e iletrados para a divulgação dos princípios redentores que lhe vibravam na plataforma sublime, e abraçou-os tais quais eram.

Reconhecia que as tribunas da glória cultural de seu tempo se lhe mantinham cerradas, mas transmitiu as boas novas do Reino da Luz à multidão dos necessitados, inscrevendo-as na alma do povo.

Não ignorava que o mal lhe agrediria as mãos generosas pelo bem que espalhava; entretanto, não deixou de suportar a ingratidão e a crueldade, com brandura e entendimento.

Permanecia convicto de que as noções de verdade e amor que veiculava levantariam contra ele as matilhas da perseguição e do ódio; todavia, não desertou do apostolado, aceitando, sem queixa, o suplício da cruz com que lhe sufocavam a voz.

É por isso que o Natal não é apenas a promessa da fraternidade e da paz que se renova alegremente, entre os homens, mas, acima de tudo, é a reiterada mensagem do Cristo que nos induz a servir sempre, compreendendo que o mundo pode mostrar deficiências e imperfeições, trevas e chagas, mas que é nosso dever amá-lo e ajudá-lo mesmo assim.

 Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Espíritos Diversos. Antologia Mediúnica do Natal. Cap. 7. FEB)

Mensagem do Natal

Mensagem do Natal

 “Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e boa vontade para com os homens.” — (LUCAS, 2.14)

O cântico das legiões angélicas, na Noite Divina, expressa o programa do Pai acerca do apostolado que se reservaria ao Mestre nascente.

O louvor celeste sintetiza, em três enunciados pequeninos, a plataforma do Cristianismo inteiro.

Glória a Deus nas Alturas, significando o imperativo de nossa consagração ao Senhor Supremo, de todo o coração e de toda a alma.

Paz na Terra, traduzindo a fraternidade que nos compete incentivar, no plano de cada dia, com todas as criaturas.

Boa Vontade para com os homens, definindo as nossas obrigações de serviço espontâneo, uns à frente dos outros, no grande roteiro da Humanidade.

Natal exprime renovação da alma e do mundo, nas bases do Amor, da Solidariedade e do Trabalho.

Dantes, os que se anunciavam, em nome de Deus, exibiam a púrpura dos triunfadores sobre o acervo de cadáveres e despojos dos vencidos .

Com o Enviado Celeste, que surge na Manjedoura, temos o Divino Vencedor arrebanhando os fracos e os sofredores, os pobres e os humildes para a revelação do Bem Universal.

Dantes, exércitos e armadilhas, flagelos e punhais, chuvas de lodo e lama para a conquista sanguinolenta.

Agora, porém, é um Coração armado de Amor, aberto à compreensão de todas as dores, ao encontro das almas. Não amaldiçoa. Não condena. Não fere. Fortalece as boas obras. Ensina e passa. Auxilia e segue adiante.

Consola os aflitos, sem esquecer-se de consagrar o júbilo esponsalício de Caná.

Reconforta-se com os discípulos no jardim doméstico; todavia, não desampara a multidão na praça pública.

Exalta as virtudes femininas no Lar de Pedro; contudo, não menospreza a Madalena transviada.

Partilha o pão singelo dos pescadores, mas não menoscaba o banquete dos publicanos.

Cura Bartimeu, o cego esquecido; entretanto, não olvida Zaqueu, o rico enganado.

Estima a nobreza dos amigos; contudo, não desdenha a cruz entre os ladrões.

O Cristo na Manjedoura representava o Pai na Terra.

O cristão no mundo é o Cristo dentro da vida.

Natal! Glória a Deus! Paz na Terra! Boa Vontade para com os Homens!

Se já podes ouvir a mensagem da Noite Inesquecível, recorda que a Boa Vontade para com todas as criaturas é o nosso dever de sempre.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Segue-me. Cap. 30. Matão: O Clarim) 

FAZEI PREPARATIVOS

FAZEI PREPARATIVOS

“Então ele vos mostrará um grande cenáculo mobilado; aí, fazei preparativos.” — Jesus. (LUCAS, CAPÍTULO 22, VERSÍCULO 12.)

Aquele cenáculo mobilado, a que se referiu Jesus, é perfeito símbolo do aposento interno da alma.

À face da natureza que oferece lições valiosas em todos os planos de atividade, observemos que o homem aguarda cada dia, renovando sempre as disposições do lar.

Aqui, varrem-se detritos; acolá, ornamentam-se paredes.

Os móveis, quase sempre os mesmos, passam por processos de limpeza diária.

O homem consciencioso reconhecerá que a maioria das ações, na experiência física, encerra-se em preparação incessante para a vida com que será defrontado, além da morte do corpo.

Se isto ocorre com a feição material da vida terrena, que não dizer do esforço propriamente espiritual para o caminho eterno?

Certamente, numerosas criaturas atravessarão o dia à maneira do irracional, em movimentos quase mecânicos.

Erguem-se do leito, alimentam o corpo perecível, absorvem a atenção com bagatelas e dormem de novo, cada noite.

O aprendiz sincero, todavia, sabe que atingiu o cenáculo simbólico do coração.

Embora não possa mudar de idéias diariamente, qual acontece aos móveis da residência, dá-lhes novo brilho a cada instante, sublimando os impulsos, renovando concepções, elevando desejos e melhorando sempre as qualidades estimáveis que já possui.

O homem simplesmente terrestre mantém-se na expectativa da morte orgânica; o homem espiritual espera o Mestre Divino, para consolidar a redenção própria.

Não abandoneis, portanto, o cenáculo da fé e, aí dentro, fazei preparativos em constante ascensão.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Pão nosso. Cap. 144. FEB)

VÓS, ENTRETANTO

VÓS, ENTRETANTO

“Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos.” — Paulo. (ROMANOS, CAPÍTULO 15, VERSÍCULO 1.)

Com que objetivo adquire o homem a noção justa da confiança em Deus?

Para furtar-se à luta e viver aguardando o céu? Semelhante atitude não seria compreensível.

O discípulo alcança a luz do conhecimento, a fim de aplicá-la ao próprio caminho.

Concedeu-lhe Jesus um traço do Céu para que o desenvolva e estenda através da terra em que pisa.

Receber o sagrado auxílio do Mestre e subtrair-se-lhe à oficina de redenção é testemunhar ignorância extrema.

Dar-se a Cristo é trabalhar pelo estabelecimento de seu reino.

Os templos terrestres, por ausência de compreensão da verdade, permanecem repletos de almas paralíticas, que desertaram do serviço por anseio de bem-aventurança.

Isto pode entender-se nas criaturas que ainda não adquiriram o necessário senso da realidade, mas vós, os que já sois fortes no conhecimento, não deveis repousar na indiferença ante os impositivos sagrados da luz acesa, pela infinita bondade do Cristo, em vosso mundo íntimo.

É imprescindível tome cada um os seus instrumentos de trabalho, na tarefa que lhe cabe, agindo pela vitória do bem, no círculo de pessoas e atividades que o cercam.

Muitos espíritos doentes, nas falsas preocupações e na ociosidade do mundo, poderão alegar ignorância.

Vós, entretanto, não sois fracos, nem pobres da misericórdia do Senhor.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Pão nosso. Cap. .46  FEB)

Auxílio Divino

Auxílio Divino

 

Bastaria à criatura humana, quando insegura ou amargurada a propósito de desafios e sofrimentos, lançar os olhos da alma em derredor de si, para ajuizar, em meio ao turbilhão de dúvidas ou de dores que lhe visitam, o poder de Deus manifesto no ambiente da Terra, onde surgiu, respira e se experimenta, nunca sozinha ou abandonada…

A gleba firme que sustenta o alicerce da casa também acrisola a semente e fá-la florescer…

O ar que umidifica a atmosfera, carreando elementos potenciais, também preenche os pulmões humanos de oxigênio…

As árvores generosas fecundam o solo e abrem braços de sombra e flor, pão e purificação no rumo do Céu…

Animais cantam as manhãs ou saúdam as noites, tanto quanto vermes convertem o pó da terra em adubo rico…

O sorriso do Sol matutino anuncia a esteira do dia proveitoso e o manto da noite a todos acalenta em placidez para o sono libertador, seja com o brilho das estrelas ou pelo esplendor do luar…

Uma sinfonia de vida existe por toda a Terra e ela representa a música do amor que a tudo fez nascer…

Além de tudo o que é mensagem de vida, em ordem inviolável e sábia, o auxílio divino, em silêncio humilde e aveludada ocultação, se faz presente nos Anjos que visitam as cabeceiras dos enfermos, como naqueles que sopram, vigorosos, os ideais de renovação e trabalho do bem às mentes em desalinho…

Mães e pais abnegados, já desencarnados, formam corredores assistenciais de devoção, arrimando moralmente os amados que ficaram em lutas morais no mundo…

Jovens e até crianças que, tão cedo e de modo variado, partiram do mundo pelos portais da morte, se reúnem e em assembleias de ânimo e carinho – tão fresca e reparadora quanto os orvalhos das manhãs – deixam seus sorrisos puros e leves nos lares angustiados pelas aparentes perdas de seus entes queridos…

Médicos, enfermeiros, autoridades que dominam transtornos e obsessões, em caravanas ordenadas e fraternas, assistem aqueles que, já em tratamento médico ou asilados nas perturbações que os consomem, merecem o auxílio divino por sua condição de filhos de Deus!…

Há auxílio por toda parte e em lugar algum a presença divina deixa de atuar, através do anonimato sublime!

Por isso, por mais as dores se avultem e por mais o desencanto ou o desespero se insinuem à vida das pessoas, tanto em a Natureza do mundo terreno quanto dos Domínios Espirituais, o Pai, amoroso e sábio, pelas mãos de Jesus e de todos os seus auxiliares, emana a bênção da misericórdia e a luz do eterno Amor!

MEIMEI

(Mensagem psicografada pelo médium Wagner Gomes da Paixão durante reunião pública no Grupo Espírita da Bênção, em Mário Campos, MG, no dia 17 de novembro de 2025)

CRER EM VÃO

CRER EM VÃO

“Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado, se não é que crestes em vão.” — Paulo. (1ª EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS, CAPÍTULO 15, VERSÍCULO 2.)

Qual acontece a muitas flores que não atingirão a frutescência na estação adequada, existem inúmeras almas, nos serviços da crença, que não alcançam em longos períodos de luta terrestre a iluminação de si mesmas, por haverem crido em vão nos trilhos da vida.

Paulo de Tarso foi muito explícito quando asseverou aos coríntios que eles seriam salvos se retivessem o Evangelho.

A revelação de Jesus é campo extenso onde há lugar para todos os homens, em nos referindo aos serviços diversos.

Muitos chegam à obra, todavia, não passam além da letra, cooperando nas organizações puramente intelectuais; uns improvisam sistemas teológicos, outros contribuem na estatística e outros ainda se preocupam com a localização histórica do Senhor.

É imperioso reconhecer que toda tarefa digna se reveste de utilidade a seu tempo, de conformidade com os sentimentos do colaborador; contudo, no que condiz com a vida eterna que o Cristianismo nos desdobra ao olhar, é imprescindível retermos em nós o ensinamento do Mestre, com vistas à necessária aplicação.

Cada aprendiz há de ser uma página viva do livro que Jesus está escrevendo com o material evolutivo da Terra.

O discípulo gravará o Evangelho na própria existência ou então se preparará ao recomeço do aprendizado, porqüanto, sem fixar em si mesmo a luz da lição, debalde terá crido.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Pão nosso. Cap. 149. FEB)

Rotulagem

Rotulagem

“Mas quem não possui o espírito do Cristo, esse não é dele.” – Paulo. (Romanos, 8:9.)

A rotulagem não tranqüiliza.

Procuremos a essência.

Há louvores em memória do Cristo, em muitos estandartes que estimulam a animosidade entre irmãos.

Há símbolos do Cristo, em numerosos tribunais que, em muitas ocasiões, apenas exaltam a injustiça.

Há preciosas referências ao Cristo, em vozes altamente categorizadas da cultura terrestre, que, em nome do Evangelho, procuram estender a miséria e a ignorância.

Há juramentos por Cristo, através de conversações que constituem vastos corredores na direção das trevas.

Há invocações verbais ao Cristo, em operações puramente comerciais, que são escuros atentados à harmonia da consciência.

Meditemos na extensão de nossos deveres morais, no círculo das responsabilidades que abraçamos com a fé cristã.

Jesus permanece em imagens, cartazes, bandeiras, medalhas, adornos, cânticos, poemas, narrativas, discursos, sermões, estudos e contendas, mas isso é muito pouco se lhe não possuímos o ensinamento vivo, na consciência e no coração.

É sempre fácil externar entusiasmo e convicção, votos brilhantes e frases bem-feitas.

Acautelemo-nos, porém, contra o perigo da simples rotulagem.

Com o apóstolo, não nos esqueçamos de que, se não possuímos o espírito do Cristo, dele nos achamos ainda consideravelmente distantes.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Fonte Viva. Cap. 170. FEB)

Pontos fundamentais para o espírita em viagem

Pontos fundamentais para o espírita em viagem

Procurar conhecer as disposições legais que regem o país que visita e a elas obedecer.

Esquivar-se de partilhar preconceitos ou dissensões que encontre, mas respeitar os sentimentos de cada pessoa com a qual se veja em contacto, tentando auxiliá-la pela prestação de serviço.

Fugir da exibição pessoal.

Guardar discrição e simplicidade.

Acatar os sistemas de trabalho espiritual que observe diferentes daqueles a que se afeiçoe.

Evitar críticas e discussões.

Furtar-se de comprometer a Doutrina Espírita, em quaisquer atitudes, mormente aquelas que se relacionem com o interesse próprio.

Negar-se à participação de negócios clandestinos, ainda mesmo aqueles que apareçam mascarados de legalidade, a pretexto de melhorar a posição financeira.

Estudar a língua e os costumes do país visitado, para ser mais útil.

Recusar-se a fazer comparações pejorativas, suscetíveis de humilhar os seus anfitriões.

Omitir adjetivos vexatórios em se referindo a personalidades, situações, casos e coisas da nação que o recebe.

Silenciar anedotas e aforismos de mau gosto.

Não opinar em torno das dificuldades da região que pisa, sem minucioso conhecimento das causas que as produziram.

Não criar problemas.

Tanto quanto possível, evitar dívidas de ordem material por onde passe.

Nunca bajular e nem deprimir.

Jamais escarnecer dos hábitos e crenças do país em que esteja.

Abster-se da preocupação de doutrinar, embora deva estar pronto para dizer a boa palavra ou o conceito justo da Doutrina Espírita, capazes de semear renovação e elevação nos ouvintes.

Não querer superioridades para a sua pátria de origem e nem diminuí-la com alusões impensadas.

Abolir a palavra “estrangeiro” da sua linguagem e tratar os filhos de outros povos, por verdadeiros irmãos.

André Luiz

(Xavier, Francisco Cândido; Vieira, Waldo. Espíritos diversos. Entre irmãos de outras terras. Cap. 1. FEB)

Diante de outras nações

Diante de outras nações

Conservarás a dignidade do lar e honrarás, amando infatigavelmente, os pais que te proporcionaram berço e vida.

Nunca sonegarás teu auxílio aos que te peçam amparo e compreensão no aconchego doméstico.

Exaltarás, servindo, a terra que te acolhe por mãe generosa, retribuindo, em cuidado e respeito, o pão que ela te dá.

Saberás agradecer o espaço em que movimentas, assegurando-lhe a limpeza e ofertando-lhe, sempre que possível, o perfume de alguma flor que dependa de teu carinho.

Situarás, enfim, o coração na pátria que te reúne aos irmãos do mesmo ideal e da mesma língua, mas não olvidarás que o mesmo céu estrelado, de vigia sobre as nossas aspirações, agasalha as esperanças de outros povos que recebem como nós a Bênção de Deus.

Quando procures o trabalho, cada manhã, recorda que outros homens fazem o mesmo, quando o Sol lhes anuncia um dia novo, e, quando envolvas teus filhos nas preces da noite, pensa nas mães que, em países distantes, velam igualmente, suplicando ao Todo Misericordioso lhes proteja e conduza os entes queridos.

Não julgues que a riqueza amoedada de alguns e a carência econômica de outros sejam motivo a diferenças.

As dores que nos aprimoram a alma e as alegrias que nos impulsionam para a frente vibram em milhares e milhares de corações no outro hemisfério.

Quando algo ouças, em torno de grupos dessa ou daquela nação que estejam empreendendo a guerra de conquista, ora por eles; são irmãos que desconhecem as reações dolorosas que lhes reajustarão o espírito mais tarde.

E quando escutes algum noticiário, acerca de grupos outros que estejam em provação, ora igualmente por eles, para que não lhes escasseiem o dom do trabalho e a força da paciência.

A todos considera como sendo nossos companheiros, criaturas do mesmo Criador e filhos do mesmo Pai.

De futuro, nos reinos do Espírito, vê-los-ás na condição da Humanidade — nossa verdadeira família.

Aprende, pois, desde hoje, a banir do teu dicionário a palavra “estrangeiro” e, em se referindo a alguém que haja nascido em clima diverso, deixa que a fraternidade te suba da alma aos lábios e dize sinceramente “nosso irmão”.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido; Vieira, Waldo. Espíritos diversos. Entre irmãos de outras terras. Cap. 32. Rio de Janeiro: FEB. 1966. 141p.)

A TERRA DIANTE DE JESUS

A TERRA DIANTE DE JESUS

Meus amigos: Jesus, o Senhor nosso, nos abençoe e guie!

Causa espanto e até desencanto, ao coração encarnado que ainda não tenha refletido sobre a mensagem do Evangelho, quando sofre as pressões e o desencadear de forças agressivas do Mundo.

Embora o imenso e antigo trabalho das linhas religiosas – trabalho que dogmatiza e ainda não logra a libertação mental efetiva dos crentes –, a angústia do existir é a chaga de incontáveis seres, quando não de todos, já que a condição de expiação e provas do planeta a ninguém exonera dos testemunhos, haja vista que o próprio Jesus – o Puro Espírito – também sofreu entre nós.

Com as lições do Evangelho, amigos, a existência deixa de se conter no breve tempo dos corpos físicos, porque a perspectiva espiritual distende o conceito de Vida e embala, desde a Terra, as esperanças e as alegrias de um coração que se reconhece filho de Deus.

Também pela Boa Nova, o senso de justiça supera o vício de vingança, ou a crença de maldição dos homens e seus templos, demonstrando, com o vívido exemplo do Cristo, a paciência sábia da Providência e a equanimidade de sua Misericórdia no “a cada um segundo as próprias obras”.

Tudo, pelo prisma de Jesus em sua mensagem redentora, é vida abundante, sem condenações raivosas ou exclusões irreversíveis. Indubitavelmente, a Doutrina dos Espíritos, revelada por Allan Kardec, é traço vigoroso de filosofia divina a expor e aprofundar o insuperável conteúdo do Evangelho.

Linguagem e formulações que não apenas emolduram em sabedoria as Parábolas, mas as ilustram pelo conteúdo insofismável dos que vivem além de nossos muros físicos.

A Terra, meus amigos, merece ser observada, cultivada, trabalhada e sentida pelo prisma da mensagem de Jesus.

Ele, o Mestre e Guia da Humanidade, é a definitiva e imortal resposta a todas agruras e dores, de homens e mulheres que habitam ou habitarão a carne pelo tempo do orbe, em permanente evolução.

Não nos impressionemos com o aparente mal, entre violências e fanatismos, entre egoísmos e crueldades, pois a Justiça divina se cumpre, para que o amor – somente o amor, conforme viveu Jesus –, redima almas e povos no rumo da genuína Regeneração.

Confiemos no Pai, em seu Filho amado e no poder do tempo que a tudo renova para o Bem!
HONÓRIO ABREU

(Mensagem psicografada pelo médium Wagner Gomes da Paixão durante reunião pública no Grupo Espírita da Bênção, em Mário Campos, MG, no dia 13 de outubro de 2025).