ESPERANÇA

Quando lhe pedirem algo, ofereça o seu amor; quando lhe pedirem pão, ofereça um pão com amor; quando lhe pedirem uma veste, ofereça uma veste com amor; quando lhe pedirem um sorriso, ofereça um sorriso com amor; e quando lhe pedirem amor, entregue-se, ofereça-se, sirva, porque um dia, quando JESUS me pediu “ame!”, ele se doou a mim e a toda Humanidade, entregou sua vida para que eu e a Humanidade compreendêssemos que o amor é vida.

Quando encontrar esse homem em seu caminho, não o renegue como eu já o fiz inumeráveis vezes; quando encontrar um olhar de mansuetude, um olhar de paz, um olhar dizendo “vem, eu te espero”, abra seus braços e imediatamente siga, porque aí estará o maior homem que já encontramos em nosso caminho.

Ele não nos pede algum sacrifício, ele não nos pede nada em troca, ele não nos pede nenhuma cobrança, ele apenas diz “Siga-me, vou te apresentar Àquele que te criou! Vem, seja feliz!”.

Quando encontrei esse homem em meu caminho eu preferi ganhar uma moral e gritar “Barrabás, soltem Barrabás!”; e estas foram as palavras que me escravizaram e que, em vez de me soltar, colocaram-me na cela que por muitos séculos me vi presa.

Mas ele voltou na minha vida e, no porão de trevas em que me encontrava, ele me olhou nos olhos, estendeu-me as mãos, e disse-me “Vem, eu te amo; vem, eu te espero”. Não tive mais uma vez coragem de encará-lo, a minha vergonha era profunda, mas ele não me deixou sozinha. Estendeu-me seus braços, tomou-me como uma criança, colocou-me num campo florido onde a luz quase cegava meus olhos, e pude compreender, naquele momento, que eu, um ser desprezível, poderia erguer meus olhos e enxergar, que um novo dia se abriria para mim, que uma nova oportunidade brilharia em meu coração. Olhei-o e disse-lhe com a maior certeza que poderia caber em minha mente: “eu quero te seguir!”. E amorosamente ele começou a colocar suas mãos em meus ombros e ao meu lado caminhar.

E hoje aqui estou para dizer a estas companheiras: sigam-no, ele é a luz; e se um dia eu gritei “viva Barrabás, morte ao impostor”, hoje digo “morte à ignorância, morte às trevas que cegam e não deixam que caminhemos para a luz”.

Estou com vocês, minhas irmãs; de mãos dadas trabalharemos juntos, porque hoje meu nome é “Esperança” porque não preciso ter porquês, pois tenho a certeza: JESUS está ao meu lado, e não preciso de mais nada, apenas seguir em frente. E vocês, minhas queridas irmãs, só precisam seguir em frente.

A todos que estão aqui desejo, do fundo de minh’alma, que caminhem com JESUS: ele é a luz, ele é a paz.

Fiquem com ele.

ESPERANÇA
(Mensagem psicofônica recebida pela médium Marise Ceban, no CENSN em Itupeva, SP, no dia 24/8/2015).

Participação em Semana Espírita, palestras e entrevista na região de Juiz de Fora

Dirigentes da Morada do Caminho Morada do Caminho, dirigida por Vinicius Lara da Costa.

palestra proferida por Cesar Perri FEAK-JF RadioEvoluir


De 6 a 12 de março transcorreu a Semana Espírita de Bicas, cidade próxima a Juiz de Fora (MG), e que conta com tradicional movimento e com centro centenário. A abertura foi realizada com palestra proferida por Antonio Cesar Perri de Carvalho, ex-presidente da FEB, subordinando – se ao tema O Evangelho Segundo o Espiritismo, relacionado ao tema central "Bem-aventurados sois vós". O convidado visitou e participou de reuniões da instituição Morada do Caminho, dirigida por Vinicius Lara da Costa. (www.moradadocaminho.com.br)

No mesmo roteiro o visitante Cesar Perri proferiu duas palestras na Fundação Espírita Allan Kardec, de Juiz de Fora, nos dias 5 e 7 de março. Houve transmissão pela TV Rede Amigo Espírita e gravação pela web Rádio Evoluir. Também foi entrevistado por Armando Falconi Filho na citada web rádio. Esta Fundação mantém o atendimento por telefone SOS Preces (32-3236-1122). Informações:www.radioevoluir.com;

A PORTA DIVINA

“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-­se-­á.” Jesus (JOÃO, 10: 9)

Nos caminhos da vida, cada companheiro portador de expressão intelectual um pouco mais alta converte­-se naturalmente em voz imperiosa para os nossos ouvidos.

E cada pessoa que segue à frente de nós abre portas ao nosso espírito.

Os inconformados abrem estradas à rebelião e à indisciplina.

Os velhacos oferecem passagem para o cativeiro em que exerçam dominação.

Os escritores de futilidades fornecem passaporte para a província do tempo  perdido.

Os maledicentes encaminham quem os ouve a fontes envenenadas.

Os viciosos quebram as barreiras benéficas do respeito fraternal, desvendando despenhadeiros onde o perigo é incessante.

Os preguiçosos conduzem à guerra contra o trabalho construtivo.

Os perversos escancaram os precipícios do crime.

Ainda que não percebas, várias pessoas te abrem portas, cada dia, através da palavra falada ou escrita, da ação ou do exemplo.

Examina onde entras com o sagrado depósito da confiança. Muita vez, perderás longo tempo para retomar o caminho que te é próprio.

Não nos esqueçamos de que Jesus é a única porta de verdadeira libertação.

Através de muitas estações no campo da Humanidade, é provável recebamos proveitosas experiências, amealhando-­as à custa de desenganos terríveis, mas só em Cristo, no clima sagrado de aplicação dos seus princípios, é possível encontrar a passagem abençoada de definitiva salvação.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Caminho, verdade e vida. Cap.178. Brasília: FEB)

Jesus, a porta. Kardec, a chave

Antonio Cesar Perri de Carvalho

Na obra inaugural da Doutrina Espírita – O livro dos espíritos -, o Codificador dedicou a 3ª Parte ao desenvolvimento do tema “Das Leis Morais”, totalizando 306 questões, quase um terço do total do livro, sobre os ensinos do Cristo analisadas de uma maneira geral e com base nas orientações da plêiade do Espírito de Verdade.

Poucos anos depois houve um desdobramento dessa obra com o surgimento de O Evangelho segundo o Espiritismo, que trata do ensino moral do Cristo ilustrando-o com seus exemplos da vida e suas parábolas. Kardec define este último livro como: “[…] roteiro infalível para a felicidade vindoura, o levantamento de uma ponta do véu que nos oculta a vida futura. Essa parte é a que será objeto exclusivo desta obra”.1 No capítulo I deixa claro a compreensão da gradação e continuidade das revelações e que elucida os comentários do Cristo.

Mas é no capítulo “O Cristo Consolador” que se estabelece a ampliação da visão sobre o Cristo e da missão do Espiritismo em nossos tempos, no papel de acolhimento, consolo, esclarecimento e orientação de encarnados e de desencarnados. Com estas finalidades os centros espíritas se caracterizam realmente como postos de apoio e escolas, prioritariamente de natureza espiritual.

Interessante o registro de João sobre a colocação do Cristo: “Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, encontrará a pastagem.”2 Ao apresentar O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec comenta: “Muitos pontos dos Evangelhos, da Bíblia e dos autores sacros em geral só são ininteligíveis, parecendo alguns até irracionais, por falta da chave que faculte se lhes apreenda o verdadeiro sentido.”1

As duas figuras – porta e chave – foram reunidas e comentadas em significativa mensagem do espírito Emmanuel, concluindo: “Jesus, a porta. Kardec, a chave”.3

A compreensão aprofundada do Evangelho à luz do Espiritismo descortina-nos uma visão sobre o Mestre dos Mestres como nosso “modelo e guia”.4

Aí se inclui o intercâmbio entre as Humanidades das duas dimensões da vida e fica claro que os princípios de Jesus também se encontram na base das recomendações de Kardec sobre a prática da mediunidade: “A bandeira que desfraldamos bem alto é a do Espiritismo cristão e humanitário, em torno do qual já temos a ventura de ver, em todas as partes do globo, congregados tantos homens, por compreenderem que aí que está a âncora de salvação, a salvaguarda da ordem pública, o sinal de uma Nova Era para a Humanidade.”5 Algumas manifestações da Espiritualidade que se tornaram “matérias de fé” para muitos, como os chamados “milagres” e as predições de Jesus, são analisados em A Gênese6, num conceito e visão ampliados de Natureza, propiciados pelo Espiritismo.

Na obra de Kardec está muito clara a fundamentação cristã do Espiritismo. Por ocasião do centenário dos livros básicos da Codificação, Emmanuel escreveu pela psicografia de Francisco Cândido Xavier alguns livros comemorativos. Em obra que homenageia o livro inaugural de Kardec, o autor espiritual apresenta-a como: “[…] o primeiro marco da Religião dos Espíritos, em bases de sabedoria e amor, a refletir o Evangelho, sob a inspiração de Nosso Senhor Jesus Cristo.”7

Na obra psicografada por Chico Xavier Seara dos Médiuns8 analisa-se a prática mediúnica de acordo com o Novo Testamento. Em Livro da Esperança Emmanuel opina: “[…] diante do Centenário do ‘O Evangelho Segundo o Espiritismo’ (…) este livro despretensioso de servidor reconhecido, como sendo Livro da Esperança”. O autor espiritual extravasa sua emoção: “Oh! Jesus! No luminoso centenário de ‘O Evangelho Segundo o Espiritismo’, em vão tentamos articular, diante de ti, a nossa gratidão jubilosa! (…) – Obrigado, Senhor!…”9  Entre as centenas de livros psicografados por Chico Xavier, Boa Nova10, se destaca pela essência do conteúdo evangélico sob a ótica espírita.

O Espiritismo, fundamentado nas Obras Básicas de Allan Kardec, é a chave interpretativa. E, no conjunto da obra de Francisco Cândido Xavier, o exegeta Emmanuel e o espírito Humberto de Campos claramente elucidam a significação do Cristo para nós e do marco que ele representa para a Humanidade: é “a porta”1, “caminho, verdade e vida”11 e a “luz do mundo” 12!

 

Referências:

  1. KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Trad. Guillon Ribeiro. Introdução. Item I. FEB: Rio de Janeiro.
  2.  João 10:9.
  3. XAVIER, Francisco Cândido. Pelo Espírito Emmanuel. Opinião Espírita. Cap. 2, Uberaba: CEC.
  4. KARDEC, Allan. Trad. Guillon Ribeiro. O Livro dos Espíritos. 3ª. Parte. FEB: Rio de Janeiro, questão 625.
  5. KARDEC, Allan. Trad. Guillon Ribeiro. O Livro dos Médiuns. item 350. FEB: Rio de Janeiro.
  6. KARDEC, Allan. Trad. Guillon Ribeiro. A Gênese. Cap. XIII a XVIII. FEB: Rio de Janeiro,
  7. XAVIER, Francisco Cândido. Pelo Espírito Emmanuel. Religião dos Espíritos. Apresentação. FEB: Rio de Janeiro.
  8. XAVIER, Francisco Cândido. Pelo Espírito Emmanuel. Seara dos Médiuns. FEB: Rio de Janeiro. 374p.
  9. XAVIER, Francisco Cândido. Pelo Espírito Emmanuel. Livro da Esperança. Uberaba: CEC, 1973, p. 11-12
  10. XAVIER, Francisco Cândido. Pelo Espírito Humberto de Campos. Boa Nova. FEB: Rio de Janeiro, 285p.
  11. João 12:6.
  12. João 8:12.

Síntese adaptada de: Carvalho, Célia Maria Rey; Carvalho, Antonio Cesar Perri (Org.). O evangelho segundo o espiritismo. Orientações para o estudo. Cap. 5. Brasília: FEB. 2014.

Aborto e microcefalia

- Brasileiros desaprovam aborto mesmo com microcefalia

Em reportagem do jornal “Folha de São Paulo”, edição do dia 29/2/2016 , foi divulgado que a maioria da população brasileira considera que as mulheres infectadas pelo vírus da zika não deveriam ter direito de abortar –mesmo que houvesse a confirmação de microcefalia no bebê. Segundo pesquisa Datafolha, 58% avaliam que as grávidas que tiveram zika não podem ter a opção de interromper a gravidez, contra 32% que defendem esse direito, e, 10% que não opinam.

A rejeição majoritária à possibilidade de aborto legal ocorre inclusive nos casos em que a microcefalia já foi comprovada durante a gestação. Nesse cenário, 51% se posicionam contrários ao direito de interromper a gravidez, contra 39% que são a favor.

Aborto-microcefalia

Informações: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/02/1744476-maioria-dos-brasileiros-desaprova-aborto-mesmo-com-microcefalia.shtml

 

– Manifestos espíritas da AME e AJE sobre aborto e microcefalia:

Disponíveis em:

http://grupochicoxavier.com.br/zika-virus-e-o-aborto/

 

– Apoio para crianças com microcefalia:

As pessoas que conhecerem ou souberem de alguém que tenha na família bebês que nasceram com microcefalia, além das redes de saúde que prestam o atendimento, poderão fazer o cadastro no portal do Hospital Sarah Kubitschek, de Brasília, para iniciarem o processo de reabilitação: http://www.sarah.br/consultas/microcefalia

Curso de Gestão de Centros Espíritas 

 

USE-SP-1  USE-SP-3  Casa do Caminho-SP  USE-sp-2

A USE-SP prossegue promovendo o curso de Gestão de Centros Espíritas, presencial e a distância, em sua sede em São Paulo. Estes cursos foram iniciados pela secretaria geral do CFN da FEB, em 2002. Nos dias 27 e 28 de fevereiro Cesar Perri compareceu ao início de um módulo do curso, com a presença da presidente da USE-SP Júlia Nezu Oliveira e dos expositores Pedro Nakano e Rosana Gaspar. Também visitou a Casa do Caminho, tradicional instituição na Vila Mariana. Informações:http://usesp.org.br/

RENOVAÇÃO

 Ante os conflitos mentais com que somos defrontados, habituamo-nos a falar em desobsessão, liberação, cura espiritual, sedação, socorro magnético e, efetivamente, é impossível negar o valor dessas formas de auxílio.

Cabe-nos, porém, reconhecer que a renovação íntima é o fator básico de todo reequilíbrio nesse sentido.

Daí procede, leitor amigo, a organização deste volume despretensioso, englobando avisos, apelos, comentários e lembretes de irmãos para irmãos, no propósito de estudarmos juntos as nossas próprias necessidades.

***

Compreendamos que atuar no rendimento do bem de todos; projetar a luz da instrução sobre os labirintos da ignorância; efetuar o próprio burilamento; promover iniciativas de solidariedade; praticar a abnegação e realizar o melhor que possamos fazer de nós, onde estejamos, são alguns dos programas de ação que a todos nós compete.

Por isso mesmo, todos aqueles companheiros da Humanidade que não mais desejam:

zelar pela própria apresentação; aprender uma lição nova;

multiplicar os interesses de viver; acentuar estudos para discernir com mais segurança;

partilhar campanhas de educação e beneficência;

aperfeiçoar-se na profissão; prestar serviço ao próximo;

adaptar-se a novidades construtivas; acompanhar o progresso; aprimorar expressões e maneiras;

alterar ideias e emoções; ler um livro recente;

adquirir mais cultura;

recomeçar um empreendimento que o fracasso esmagou; aumentar o número das afeições;

sofrer complicações em favor dos amigos; criar novos recursos de atividade edificante, em torno de si mesmo;

todos aqueles, enfim, que desistiram de qualquer transformação na própria senda, renunciando no dever de melhorar-se, mais e sempre, se fazem menos permeáveis ao apoio curativo ou libertador, seja com a intervenção da Ciência ou com o amparo da Religião.

***

[…]E estejamos convencidos de que marchar para a verdade será sempre transitar para diante nos caminhos do burilamento e do trabalho, da renovação e da luz.

Emmanuel

Uberaba, 1 de fevereiro de 1970

(Xavier, Francisco, Cândido. Paz e renovação. Prefácio. Araras: IDE).