As Três Peneiras de Sócrates

As Três Peneiras de Sócrates

 

As três peneiras é uma fábula atribuída à Sócrates (filósofo grego do século V a.C.).

Trata-se de uma reflexão sobre o que falar, como falar e quando falar, conforme segue:

Um homem foi ao encontro de Sócrates, levando ao filósofo uma informação que julgava de seu interesse:

- Mestre, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito de um amigo seu. Disseram que o …

Nem chegou a completar a frase e Sócrates aparteou:

- Espere um pouco. Disse o mestre.

- O que vai me contar já passou pelo crivo das Três Peneiras?

- Peneiras? Que Peneiras, mestre?

- Explico. Disse Sócrates.

- A primeira é a peneira da VERDADE:

Você tem certeza de que esse fato é absolutamente verdadeiro?

- Não. Não tenho, não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram. Mas eu acho que… E novamente é interrompido.

- Então sua história já vazou a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira que é a da BONDADE:

O que você vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?

- Claro que não! Deus me livre! Disse o homem, assustado.

- Então. Continua Sócrates – Sua história vazou também a segunda peneira.

Vamos ver a terceira peneira, que é a da NECESSIDADE:

Convém contar? É realmente importante a divulgação desta informação? Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade?

- Devo confessar que não. Disse o homem, envergonhado.

- Então, disse-lhe o sábio, se o que queres me contar não é VERDADEIRO, nem BOM e nem NECESSÁRIO …

… GUARDE APENAS PARA TI!

E ainda arrematou:

- Sempre que passar pelas três peneiras, conte! Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o mundo e fomentar a discórdia.

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OS TRÊS CRIVOS

Há uma curta mensagem do espírito Irmão X intitulada “Os três crivos”, referindo-se à “lição de Sócrates, em questões de maledicência”.

(Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. Aulas da Vida. São Paulo: IDEAL. 1981).

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Se as pessoas usassem desses critérios, seriam mais felizes e usariam seus esforços e talentos em outras atividades, antes de obedecer ao impulso de simplesmente passá-los adiante.

“O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem” (Mateus 15, 11).

(ACPC)