José Reis Chaves
Belo Horizonte, MG
Infelizmente, a Bíblia é uma das obras mais alteradas do mundo. Só Lutero retirou dela sete livros. E, atualmente, as suas alterações são, principalmente, para ocultar as verdades da reencarnação e do espiritismo nela encontradas com uma clareza meridiana. O americano Bart D. Ehrman, o maior biblista do mundo atual, diz, em “O Que Jesus Disse? O Que Jesus Não Disse?”, que ela tem cerca de 400.000 alterações, Prestígio Editora, Rio, (RJ), com selo da Ediouro Publicações. Acredite nesses adulteradores quem quiser! E nada ficará oculto! (Mateus 10: 26).
Jesus ensinou que, para chegarmos ao reino de Deus, nós temos que nascer “de novo” da água e do espírito (João 3: 3). Nascer “de novo” do espírito é mudança de vida para melhor ou evolução. E nascer “de novo” da água (líquido amniótico) é reencarnar. E o excelso Mestre até fez questão de reforçar a sua tese reencarnacionista dizendo: é necessário nascer “de novo” da carne, ou seja, nascer “de novo” dos pais. Ora, isso é “ipsis verbis” e “ipsis litteris” reencarnação. A prova disso é que os tradutores estão mudando a tradução da expressão “anothen” (“de novo”) para a “do Alto”, para ocultar a ideia da reencarnação. E isso porque os adversários dela estão assustados com o fato de, hoje, ¾ da população do mundo a aceitam, e, ainda, com o aval da Ciência não materialista! E por que, só agora, depois de 1.900 anos, querem mudar a tradução de “Anothen” (“de novo”) para a “do alto”? Isso demonstra o seu desespero para ocultarem a reencarnação.
Também porque nossos irmãos pastores evangélicos que, em sua maioria, não sabem hebraico, grego e latim, e, consequentemente, não têm um melhor conhecimento da Bíblia, interpretam-na erradamente para seus fiéis.
Assim, como se não bastassem as cerca 400.000 alterações da Bíblia, eles ensinam aos seus fiéis as mais absurdas interpretações dela, o que gera grandes confusões doutrinárias entre eles, levando-os a mudarem de igreja, a todo instante, como se muda de roupa!
E os maiores adulteradores da Bíblia não são, pois, os seus tradutores, mas seus intérpretes. Realmente, há líderes religiosos que abusam escandalosa e desesperadamente das interpretações bíblicas, colocando-as absurdamente como contrárias à reencarnação e ao espiritismo, com medo de seus fiéis tornarem-se espíritas. E, então, inventam cada uma de arrepiar! Por exemplo, a Bíblia afirma que nós somos deuses e filhos do Altíssimo (João 10: 34; e Salmo 82: 6). Há um pastor que interpreta essas passagens assim: “A Bíblia se refere aos juízes.” Acontece que os homens que são juízes não deixam de continuar sendo deuses, e antes mesmo de serem juízes, já eram deuses como todos nós os somos!
E, de fato, esses deuses de que fala a Bíblia são mesmo os espíritos humanos ou “daimones”, que podem ser bons ou maus e que se manifestam através dos médiuns. (Números 11: 24 a 30). Ora, se Moisés condenou o contato com os espíritos (Deuteronômio capítulo 18), é porque, certo ou errado, esse contato existe mesmo!
Além disso, o próprio Jesus se comunicou com os espíritos de Moisés e Elias (Mateus 17: 3), na sessão espírita da Transfiguração!
(Texto recebido em email de José Reis Chaves. Transcrito do Boletim digital “Notícias do Movimento Espírita”, São Paulo, SP, segunda-feira, 22 de junho de 2015, Compiladas por Ismael Gobbo)