95 anos da conversão de Chico Xavier

95 anos da conversão de Chico Xavier

Antonio Cesar Perri de Carvalho

No dia 07 de maio completou-se 95 anos do início do processo acelerado de conversão de Chico Xavier.

Embora médium natural desde os cinco anos de idade Chico Xavier chegou a ser chamado “menino aluado” pela sua madrinha, nos primeiros contatos que ele mantinha com sua mãe desencarnada Maria João de Deus.(1)

Fato histórico aconteceu na casa da família Xavier, em Pedro Leopoldo, no dia 07 de maio de 1927, para o atendimento da jovem Maria da Conceição Xavier, uma das irmãs mais velhas de Chico e que se encontrava obsidiada. O casal de médiuns Carmem e José Hermínio Perácio lá compareceu e o jovem Chico, com 17 anos de idade e católico praticante, acompanhou as leituras, prece e passe para o atendimento de sua irmã. No final, o espírito Maria João de Deus enviou recado ao filho Chico: “Os livros à nossa frente são dois tesouros de luz”, referindo-se a “O Livro dos Espíritos” e “O Evangelho segundo o Espiritismo” que o casal visitante deixava naquele lar.(1)

Chico leu avidamente as duas obras de Kardec e poucos dias depois estava convencido do magistral conteúdo e no dia 21 de junho de 1927 juntamente com irmãos e amigos fundava o Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo. Logo depois, no dia 08 de julho de 1927 psicografou uma mensagem pela primeira vez, assinada “um espírito amigo”.(1,2)

Em “Palavras minhas” na abertura do livro pioneiro “Parnaso de Além Túmulo” o próprio médium relata seus percalços iniciais até o contato com o casal Perácio.

Em julho de 2010, aproveitando compromissos nossos na Semana Chico Xavier no Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo, fomos a Sabará (MG) levados por Wagner Gomes Paixão e acompanhado de nossa esposa Célia Maria Rey de Carvalho e do filho Flávio Rey de Carvalho. Contando com carinhosa recepção entrevistamos Sidália juntamente com seu irmão Paulo Pedro Pena, filhos de Maria da Conceição Xavier. Os irmãos Sidália e Paulo nos relataram fatos marcantes da dedicação da genitora deles ao Espiritismo, as dificuldades dela e de familiares. Visitamos as obras fundadas por Maria da Conceição e seu marido em Sabará. Logo depois publicamos uma entrevista na revista “Reformador”, com o casal de filhos de Maria da Conceição.(2)

Carlos Alberto Braga Costa elaborou detalhada e bem documentada pesquisa sobre a família Xavier, priorizando Maria da Conceição Xavier Pena (1907-1980), seus familiares, obras que fundaram em Sabará e as relações de Chico Xavier com essa irmã. Tivemos a honra de prefaciar esse livro histórico.(3)

Assim, destacamos que a genitora desencarnada de Chico indicou o roteiro novo ao filho.

A partir do dia 07 de maio de 1927 iniciava-se a missão do notável médium de nossa Civilização e com ações céleres, pois num período de 60 dias Chico Xavier leu os “tesouros” – as duas obras citada de Allan Kardec, efetivou-se a fundação do Centro Espírita Luiz Gonzaga, de Pedro Leopoldo, e ali ocorreu sua primeira psicografia.

Referências:

1) Gama, Ramiro. Lindos casos de Chico Xavier. 19ª ed. São Paulo: LAKE. 214p.

2) Carvalho, Antonio Cesar Perri. Chico Xavier. O homem, a obra e as repercussões. 1.ed. Capivari: EME; São Paulo: USE-SP. 2019. 224p.

3) Costa, Carlos Alberto Braga. Chico Xavier. Do calvário à redenção. Combatentes pacíficos. 1.ed. Capivari: EME. 2019. 272p.