54 Anos do Grupo Espírita Batuíra

54 Anos do Grupo Espírita Batuíra

O Grupo Espírita Batuíra comemorou 54 anos de fundação neste último domingo, dia 14, em sua Unidade Spartaco Ghilardi, em São Paulo. Antonio Cesar Perri de Carvalho, ex-presidente da FEB, convidado para proferir palestra, fez, para um auditório repleto, profunda reflexão sobre o papel do Centro Espírita na atualidade.

Em sua palestra, Perri observou o processo de mudanças e transformações que ocorrem em todo mundo. Vivemos um mundo dinâmico e conturbado, em transição, disse. Fez alusão ao discurso do Papa Francisco, um pouco antes do Natal, ao falar para cúria romana, em plena Capela Sistina, se dirigindo aos principais cardeais da Igreja, apontando a eles que é necessário superar as intrigas, as resistências às mudanças e deixarem de se colocar vítimas do processo de mudanças. Dito pelo Papa aos cardeais da Cúria Romana é muito forte, sinalizou.

Citou a questão migratória, dos refugiados, onde milhares de pessoas fogem de tiranias, guerras e fome para os países da Europa, em busca de novas oportunidades, muitas delas encontrando a morte em botes frágeis utilizados na travessia de oceanos. Na América, em especial no Brasil, um país formado por correntes imigratórias, tem acompanhado este processo de acolhimento de haitianos, venezuelanos, da África e tantas outras etnias que nos buscam para um recomeço.

Lembrou que Emmanuel, mentor de nosso querido Chico Xavier, na introdução da obra Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho dizia que Brasil não está somente destinado a suprir as necessidades materiais dos povos mais pobres do planeta, mas, também, a facultar ao mundo inteiro uma expressão consoladora de crença e de fé raciocinada e a ser o maior celeiro de claridades espirituais do orbe inteiro.

Em relação ao tema Centro Espírita, citou recente pesquisa do IBGE que mostrou o crescimento proporcional do Espiritismo no Brasil, notadamente no Sudeste e Sul do país, ressaltando, todavia, que este avanço não reflete em todas as faixas sociais, principalmente nas mais simples e iletradas. Não será porque ainda não sabemos nos comunicar e tratamos essa parte da população como somente assistidos, indagou. Outra constatação, assinalada por ele é que esta expansão também não aconteceu entre as crianças e os jovens, levando-nos a meditar sobre a necessidade de pensarmos a realidade em que vivemos. Cabe, no entanto, acentuou, à nossa sociedade a responsabilidade pelas questões ética e moral, seguindo a moral proposta nos evangelhos de Jesus.

A transformação, a educação do Espírito com fulcro na Lei/Ética/Moral. Este é papel do Centro Espírita junto às pessoas, à família, levando a visão do evangelho redivivo para a mudança, como a que encontramos em Chico Xavier, por meio de seu exemplo nos centros espíritas em que viveu e em seus livros psicografados, onde realçam a sua dedicação, sua humildade, independência e firmeza na fidelidade a Jesus e na doutrina codificada por Allan Kardec, tal qual preconizou seu mentor Emmanuel.

Ao encerrar, lembrou Batuíra, afirmando que Emmanuel o denominou como o apóstolo da Doutrina Espirita, em sua obra Mais Luz. Perri citou vários trechos do pensamento de Batuíra dessa obra, segundo ele lições que refletem o Cristianismo Redivivo e nos convida à construção do bem. Sobre o Grupo Espírita, Perri leu a lição 26, do livro Mais Luz.

Do site: http://geb.org.br/

Obs.: Entre os presentes: a presidente da USE-SP Júlia Nezu Oliveira, a presidente da AJE-SP e diretor do Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa Espírita.