PRÁTICA DO BEM
“Porque assim é a vontade de Deus que, fazendo o bem, tapeis a boca à ignorância dos homens loucos.” (I PEDRO, 2: 15)
À medida que o espírito avulta em conhecimento, mais compreende o valor do tempo e das oportunidades que a vida maior lhe proporciona, reconhecendo, por fim, a imprudência de gastar recursos preciosos em discussões estéreis e caprichosas.
O apóstolo Pedro recomenda seja lembrado que é da vontade de Deus se faça o bem, impondo silêncio à ignorância e à loucura dos homens.
Uma contenda pode perdurar por muitos anos, com graves desastres para as forças em litígio; todavia, basta uma expressão de renúncia para que a concórdia se estabeleça num dia.
No serviço divino, é aconselhável não disputar, a não ser quando o esclarecimento e a energia traduzem caridade.
Nesse caminho, a prática do bem é a bússola do ensino.
Antecedendo qualquer disputa, convém dar algo de nós mesmos. Isso é útil e convincente.
O bem mais humilde, é semente sagrada.
Convocado a discutir, Jesus imolou-¬se.
Por se haver transformado ele próprio em divina luz, dominou-¬nos a treva da ignorância humana.
Não parlamentou conosco.
Ao invés disso, converteu-¬nos.
Não reclamou compreensão.
Entendeu a nossa loucura, localizou-¬nos a cegueira e amparou-¬nos ainda mais.
Emmanuel
(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Caminho, verdade e vida. Cap. 60. FEB)