Há 100 anos nascia Wallace Rodrigues
Nascido a 11 de dezembro de 1924, em Divisa (ES), Wallace Leal Valentin Rodrigues viveu em Araraquara (SP. Estudou Ciências Econômicas em Ribeirão Preto, e ofereceu grande contribuição à cultura de Araraquara nas décadas de 50 a 60, principalmente.
Foi ator e diretor de teatro, diretor de cinema, escritor, jornalista. Realizou seu primeiro filme em 1953: o documentário Aurora de uma Cidade. Foi diretor e ensaiador do TECA (Teatro Experimental de Comédia de Araraquara) – grupo responsável pelo mais importante movimento teatral da história local, fundado em maio de 1955. Acompanhou e colaborou com a primeira escola de ballet da cidade: Escola de Ballet Mímica de Araraquara, desde sua fundação maquilando, e apoiando nos figurinos e cenários das apresentações por longo tempo. Em 1958 teve a ousadia de escrever, produzir e dirigir um filme: Santo Antonio e a vaca, rodado na região, sobre o folclore regional.
Recebeu diversos prêmios, entre os quais: 1948, Prêmio Cija, com o conto Porta Aberta Para Fora da Vida; 1957, Prêmio Apolo, da Crítica Teatral do Rio de Janeiro, Revelação de Direção; 1958, Prêmio Paschoal – 1º Festival de Teatro Universitário de Santos, entre outros.
Wallace se destacou como Redator-Chefe do jornal O Clarim e da Revista Internacional de Espiritismo, fundados por Cairbar Schutel em Matão-SP. Wallace foi levado para a editora, em 1964, pelas mãos do sr. José da Cunha. Em março de 1973 passou a integrar o quadro de colaboradores da revista Planeta, publicada em vários idiomas e conhecida internacionalmente. Wallace recebeu convite para escrever tanto para a edição brasileira como para a francesa sempre com temas que enfocavam a fenomenologia espírita.
Destacou-se na literatura espírita; foram dezenas de livros, uns de sua própria autoria, outros que ele traduziu e organizou durante os 25 anos em que permaneceu na Casa Editora o Clarim, como tradutor: Voltou, mas esqueceu; Os mortos vivem; A obsessão; Sessões espíritas na Casa Branca; Viagem espírita em 1862; Três Espíritos do Natal; O ignorado amor; Os inocentes; A janela do meio; Os que não são convidados; Amargo despertar; A grã senhora do Espiritismo; Léon Denis na intimidade; Socialismo e Espiritismo; Vozes na casa; como autor: Remotos cânticos de Belém; Meimei. Vida e mensagem; A esquina de pedra; E, para o resto da vida; Katie King; como editor: A vidente de Prevorst; Segue-me; Escrínio de luz; À luz da oração; Mãe – antologia mediúnica; Meu filho vive no além; Os mortos vivem; Coisas deste mundo.
Considerado pela crítica especializada como uma das pessoas mais cultas dos últimos anos em nosso país, aos 62 anos, Wallace teve seu estado de saúde comprometido e desencarnou a 13 de setembro de 1988.
Fontes: www.araraquara.sp.gov.br/secretariacultura; Revista Internacional de Espiritismo, Matão/SP, outubro 2008.
A Casa Editora O Clarim dispõe de livro sobre o vulto: Wallace Leal – Uma brisa perene, de Orson Peter Carrara.