Assembleia Legislativa do Espírito Santo homenageia espíritas

O Dia Estadual da Confraternização Espírita (3 de agosto) foi celebrado em sessão solene na Assembleia Legislativa do Espírito Santo, em Vitória, na noite do dia 3 de agosto. O evento foi proposto pelos deputados Jamir Malini e Luzia Toledo e a Sessão foi dirigida pela última. Contou com o apoio da Federação Espírita do Estado do Espírito Santo, sendo a mesa integrada pela presidente da Federação Espírita no Espírito Santo, Dalva Silva Souza, seus vice-presidentes e como conferencista convidado Antonio Cesar Perri de Carvalho, ex-presidente da FEB, que abordou o tema "Ética e moral na atualidade". O plenário estava lotado e a Sessão foi transmitida ao vivo pela TV da Assembleia. Informações: http://www.feees.org.br/http://www.al.es.gov.br/novo_portal/

Meia noite

“Era perto da meia-noite; Paulo e Silas contavam hinos a Deus e os outros presos os escutavam” – Atos, 16.25
 

Reveste-se de profundo simbolismo aquela atitude de Paulo e Silas nas trevas da prisão, quando numerosos encarcerados ali permaneciam sem esperança, eis que os herdeiros de Jesus, embora dilacerados de açoites, começavam a orar, entoando hinos de confiança.

O mundo atual, na esteira de transições angustiosas e amargas, não parece mergulhado nas sombras que precedem a meia-noite?

Conhecimentos generosos permanecem eclipsados.

Noções de justiça e direito, programas de paz e tratados de assistência mútua são relegados a plano de esquecimento.

Animais furiosos aproveitam a treva para se evadirem dos recônditos escaninhos da alma humana, onde permaneciam guardados pela cobertura da civilização, e tentam dominar as criaturas empregando o terror, a perseguição, a violência.

Quantos homens jazem no cárcere das desilusões, da amargura, do remorso, do crime?

Através de caminhos desolados, ao longo de campos que as bombas devastaram, dentro de sombras frias, há mães que choram velhos desalentados, crianças perdidas.

Quem poderá contar as angústias da noite dolorosa?

Os aprendizes do Evangelho, igualmente, sofrem perseguições e calúnias e, em quase toda parte, são conduzidos a testemunhos ásperos.

Muitos envolveram-se nas nuvens pesadas, outros esconderam-se fugindo à hora de sofrimentos; mas, os discípulos fiéis, esses suportam ainda açoites e pedradas e, não obstante as trevas insondáveis da meia-noite da civilização oram nos santuários do espírito eterno e cantam cânticos de esperança, alentando os companheiros.

Enquanto raras almas sabem perceber os primeiros rubores da alvorada, em virtude da sombra extensa, recordemos os devotados obreiros do Mestre e busquemos na prece ativa o refúgio consolador.

Se o mundo experimenta a tempestade, procuremos a oração e o trabalho, a fé e o otimismo, porque outro dia abençoado está a nascer e em Jesus Cristo repousa nossa resistência espiritual.

 

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Trilha de Luz​. Araras: IDE)

 

Encontro Anual Chico Xavier

O IX Encontro Anual Chico Xavier foi realizado em Guaxupé (MG) nos dias 28 a 30 de julho.  Vários expositores fizeram palestras na Escola Municipal Barão de Guaxupé: José Antonio da Cruz, André Sobreiro, Cosme Massi, Arthur Valadares, tendo como mediador Orson Peter Carrara, e, também musicais com Margarete Áquila, Elizabete Lacerda, Sérgio Santos e Marlene Mendes S. dos Santos. O evento foi transmitido ao vivo pela web TV Rede Amigo Espírita e pela web Rádio Fraternidade. Promoção do Instituto de Divulgação Espírita de Guaxupé e Comunidade Chico Xavier. Informações: www.facebook.com/encontroanualchicoxavierguaxupe

 

Chico, Diálogos e Recordações… – edição ampliada

Com evento público no dia 7 de julho, no auditório do Centro Espírita O Clarim, em Matão (SP), a Casa Editora O Clarim lançou a obra biográfica “Chico, Diálogos e Recordações…”, de autoria de Carlos Alberto Braga Costa. Uma edição ampliada, de versão originalmente publicada em 2006 pela União Espírita Mineira na gestão de Honório Onofre Abreu.

O livro traz memórias inesquecíveis, documentos, fotos e material exclusivo sobre o médium Francisco Cândido Xavier. Desenvolvido em quatro anos de pesquisa e baseado em gravações do autor com Arnaldo Rocha (1922-2012), amigo íntimo de Chico e esposo de Meimei.

É uma obra de leitura estimulante, leve e ao mesmo tempo impregnada de lições de vida, oferecidas por Francisco Cândido Xavier, e que foram recontadas pelo seu amigo Arnaldo Rocha. O estilo de escrita é um híbrido de diálogos, narrativas e impressões que foram registradas pela sensibilidade do autor. Fatos, imagens e documentos foram inseridos nessa edição tornando, assim, imperdível a leitura dessa valiosa obra.

Há interessantes relatos sobre o contexto em que algumas mensagens foram recebidas por Chico durante as reuniões do antigo Grupo Meimei, em Pedro Leopoldo.

Nessa edição revisada e ampliada, lançada pela Casa Editora O Clarim, fatos, imagens e documentos foram inseridos, apresentando a figura de Chico Xavier como um ser humano consciente em processo constante de evolução e autocrítica. Uma alma sensível, humilde, honesta, inteligente, exigente, amorosa e fiel aos princípios que definiu para sua vida.

O autor, Carlos Alberto Braga Costa, atuou em várias instituições de Belo Horizonte, incluindo a União Espírita Mineira, e em 2008 fundou a FEEAK Minas – Fraternidade de Estudos Espíritas Allan Kardec.

 

Informações:

https://www.oclarim.org/noticias/136/livro-sobre-chico-xavier-e-lancado.html

Lançado livro sobre Espiritismo em Congresso de Sociologia

Com a presença de organizadores da obra, os professores André Ricardo de Souza (SP) e Pedro Simões (SC), o livro ESPIRITUALIDADE E ESPIRITISMO: REFLEXÕES PARA ALÉM DA RELIGIOSIDADE foi lançado no 18º Congresso Brasileiro de Sociologia, no dia 26 de julho no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. em Brasília.

Os organizadores são autores de capítulos: Ação assistencial espírita (Pedro Simões); As cirurgias na medicina do além (André Ricardo de Souza). Os autores são vinculados ao meio acadêmico e entre vários outros capítulos: "Espiritismo como religião: algumas considerações sobre seu caráter religioso e seu desenvolvimento no Brasil" (Flávio Rey de Carvalho, Antonio Cesar Perri de Carvalho).

Mais informações: http://grupochicoxavier.com.br/espiritualidade-e-espiritismo-reflexoes-para-alem-da-religiosidade/;

Pedidos:  http://www.faroldastrescolinas.com.br/novo/;  (16) 3703-4411.

Palavras de luz

Por muito se adiante a alma no tempo, há sempre tempo para que a alma reconsidere a estrada percorrida, abastecendo-se de esperança no amor daqueles a quem ama, assim como o viajante no mar provê a si mesmo de água doce, a fim de seguir à frente.

«Há tempo de semear e tempo de colher» — diz-nos a experiência da Escritura.

E, se juntos partilhamos a promessa, não seria justo olvidarmo-nos uns aos outros no dia da realização.

«Deixai crescer reunidos o trigo e o joio, até que venha a ceifa» recomendou por sua vez o Senhor. Entretanto, a palavra de sua Sabedoria não nos inclina à indiferença.

E, lembrando-a, não curamos de ser o trigo porque hoje nos vejamos fora do escuro sedimento da carne e nem insinuamos sejais vós o joio por permanecerdes dentro dela. Recordamos simplesmente que todos trazemos ainda no campo das próprias almas o joio da ilusão e o trigo da verdade, necessitados da mercê do Celeste Cultivador.

Irmãos, não é apenas por regalar-se o espírito na confiança que se lhe descortinarão as portas da vida glorificada, mas sim por se lhe acendrarem o conhecimento e a virtude, através do trabalho bem sofrido e da caridade bem exercitada.

Outrora, buscávamos a paz na quietude do claustro, na suposição de que a vitória pudesse brilhar a distância da guerra contra as nossas próprias faltas, e disputávamos a posse do santo sepulcro do Excelso Rei, ao preço de sangue e lágrimas dos semelhantes, como se lhe não devêssemos o próprio coração por escabelo aos pés divinos.

Hoje, porém, dispomos de suficiente luz para o caminho e não seria lícito permutar o pão da sabedoria pelo fel da loucura.

Enquanto os séculos de sombra e impenitência se escoam no pó do mundo, preparai nesse mesmo pó, erigido em tabernáculo de carne, os séculos futuros, em que nos reuniremos de novo para a exaltação do triunfo eterno.

Enalteçamos o sacrifício, aprendendo a renunciar para possuir, a perder para ganhar e a morrer para viver.

Por algum tempo ainda padeceremos o cativeiro das nossas culpas e transgressões, mas, em breve, aceitando o trilho escabroso e bendito da cruz, exalçaremos, diante da Majestade Divina, a nossa libertação para sempre.

Que o Senhor seja louvado.

Teresa d’Ávila

(Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. Instruções psicofônicas. Cap. 32. FEB)

Contextos fantasiosos para as interpretações da Bíblia

José Reis Chaves

Esta coluna de hoje abordará questões relacionadas com as interpretações bíblicas, como demonstra o seu título, além de alguns de seus comentaristas no espaço dos comentários sobre as matérias no portal de O TEMPO.

Alguns debatedores, sem argumentos bíblicos e teológicos convincentes para defenderem seus pontos de vista, têm apelado para dizerem que os textos dos seus adversários e deste colunista são sem contexto.

Por isso, vamos falar também sobre texto e contexto de maneira bem simples como é o meu estilo literário. Texto é um artigo, uma composição e mesmo um livro. Já o contexto é alguma coisa relacionada com o texto dando-lhe ênfase e crédito, o qual pode ser também oral como um sermão ou um discurso. Assim, pois, quando alguém faz um texto em defesa da reencarnação e quer mostrar que ela está também na Bíblia, é normal que ele mencione passagens bíblicas. Porém, alguns dos tais comentaristas, por não crerem na reencarnação, querem dizer que o texto está fora de contexto. Para eles só pode haver contexto, se ele estiver de acordo com o modo de eles interpretarem os textos bíblicos, o que torna falso o seu conceito de contexto, ou seja, eles confundem contexto com a sua crença.

E convenhamos que não se pode aceitar que tudo na Bíblia é a palavra de Deus, pois ela contém também coisas diabólicas que é até blasfêmia atribuí-las a Deus, e nas quais, pois, não creio! Mas creio em outras partes dela. Portanto, não é uma incoerência eu citar partes dela!

Na coluna “Deus é vitorioso absoluto na criação do homem, principalmente”, de 10.7.2017, as referências bíblicas que apresentamos foram justamente para elas confirmarem o título da coluna e o seu texto, como fazem, em todo o mundo, todos os escritores e autores da arte literária. É errada, pois, a afirmação de que o texto da citada coluna é fora de contexto!

Este colunista tem seu modo próprio de interpretar a Bíblia, o que é feito de modo racional e equilibrado como ensina a doutrina espírita. Por isso, fugimos dos excessos de interpretações literais e das abusivas interpretações figuradas. É normal que existam os que discordam de minhas interpretações da Bíblia, o que, porém, nada tem a ver com o meu estilo literário que procuro tornar bem simples e bem ao alcance do grande público, o que sabemos que incomoda muita gente. Realmente, procuro deixar bem claros para o grande público os meus trabalhos em palestras, livros, artigos, traduções, rádios e TV, evitando sempre expressões e vocabulário difíceis. É que quero que meu público não somente entenda o que digo, mas também, que sinta o que sinto!

E na coluna referida, citamos o texto bíblico de Oseias 13: 14: “Onde estás tu, ó inferno?” O qual foi lançado no lago de fogo, o que quer dizer, figuradamente, que o inferno, um dia, será mesmo extinto. É que, se esse tal de inferno “eterno” (o “hades” da mitologia grega) existisse mesmo, Deus teria fracassado totalmente no seu projeto de criação da humanidade, pois de Deus só podem emanar a misericórdia e o amor infinitos! Mas nossos irmãos evangélicos ainda continuam aceitando esse inferno medieval concebido por Dante Alighieri na sua “Divina Comédia”, e que, na época, foi adotado imediatamente pela Igreja, mas que, hoje, acertadamente e graças a Deus, ela não aceita mais!

(Publicado originalmente em coluna de O Tempo, Belo Horizonte, MG,  24/07/2017)