Ver

A visão não é exclusividade dos olhos físicos.
Refletir é ver com a consciência.

Imaginar é ver com o sentimento.
Calcular é ver com o raciocínio.
Recordar é ver com a memória.
Por isso mesmo, a visão é propriedade vasta e complexa do Espírito, que se dilata e se enriquece constantemente, à medida que nossos poderes e emoções se desenvolvem e se aprimoram.
Quem deseje, pois, realizar aquisições psíquicas de clarividência nos celeiros da vida, guarde a pureza no coração, a fim de que a pureza, em se exteriorizando através de nossos sentidos, nos regenere o mundo emocional, reajustando o nosso idealismo e equilibrando os nossos desejos na direção do Bem Infinito.
Quem procura o “lado melhor” dos acontecimentos, a “parte mais nobre das pessoas” e “expressão mais útil” das coisas, está conquistando preciosos acréscimos de Visão.
Enquanto nos confiamos às paixões perturbadoras, tateando nas trevas do egoísmo e do ódio, varando o gelo da indiferença e o enrijecimento espiritual, atravessando o incêndio da incompreensão e do desvario ou vencendo os pântanos do desregramento ou da intemperança, não poderemos senão ver com a carne os problemas inquietantes e dolorosos que à ela se ajustam.
Purifiquemos o Espírito e conseguiremos descobrir os horizontes da nossa gloriosa imortalidade.
Todos enxergam alguma coisa na vida comum, entretanto, raros sabem ver.
Ajustemo-nos aos princípios do Vidente Divino que soube contemplar as necessidades humanas, com amor e perdão, do Alto da Cruz e, por certo, começaremos, desde agora, a penetrar na claridade sublime de nossa própria ressurreição.

 

Emmanuel

 

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Alma e Luz. Cap.1. Araras: IDE)

Espírito Santo aprofunda O céu e o inferno

Congresso-Palestra abertura Perri   

 Congresso FEEES-público            Congresso-SuelyC.Shubert-Perri-Maria Lúcia R.D.Faria

A Federação Espírita do Estado do Espírito Santo realizou, de 18 a 20 de setembro, o 12º Congresso Espírita do Estado do Espírito Santo, com o tema central “Justiça Divina. 150 anos do livro O céu e o inferno”.  Na abertura houve apresentação do coral “Renascer” e conferência por Antonio Cesar Perri de Carvalho. Nos dias seguintes ocorreram mesas com atuação de Sandra Borba, Carlos Augusto Abranches, Haroldo Dutra Dias, Leila Brandão, Suely Caldas Schubert, e Cylene Guida. O presidente da FEB fez saudações na abertura e encerramento do evento. Houve transmissão ao vivo pela FEBtv e Web Rádio Fraternidade. Com quase 1200 inscritos, o evento foi coordenado por Dalva Silva Souza e Maria Lúcia Resende D.Faria, respectivamente, presidente e vice-presidente da FEEES. Informações: http://feees.org.br/evento/12-congresso

Guillon Ribeiro – Visão e ação

Guillon Ribeiro, há 76 anos, em palestra proferida no ano de 1939 discorreu sobre a finalidade da FEB, com a percepção de "casa espiritual" e seu papel nos laços de fraternidade e da caridade sob a proteção da "árvore do Evangelho".

Os 140 anos de nascimento de Guillon Ribeiro foram comemorados entre janeiro e março de 2015 em São Luís (sua terra natal) e nas dependências da FEB em Brasília, Rio de Janeiro e Santo Antônio do Descoberto.

Guillon foi tradutor de várias obras, presidente da FEB (1920-1921 e 1930-1943) e durante sua gestão, com atuação de Manuel Quintão, ocorreu o apoio e o início das publicações das obras de Chico Xavier.

Homenagem do GEECX

Acesse:

– A palestra de 1939     (Acesso ao arquivo: Guillon-FEB-jan.1939);

www.youtube.com/watch?v=ojLP8XpCfLs

http://www.souleitorespirita.com.br/reformador/noticias/guillon-ribeiro-alem-das-traducoes/

APROVEITAMENTO

“Medita estas coisas; ocupa-te nelas para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos.” — PAULO (I TIMÓTEO, 4:15)

Geralmente, o primeiro impulso dos que ingressam na fé constitui a preocupação de transformar compulsoriamente os outros.

Semelhante propósito, às vezes, raia pela imprudência, pela obsessão. O novo crente flagela  quanto lhe ouvem os argumentos calorosos, azorragando costumes, condenando ideias alheias e violentando situações, esquecido de que a experiência da alma é laboriosa e longa e de que há muitas esferas de serviço na casa de Nosso Pai.

Aceitar a boa doutrina, demorar-lhe as fórmulas verbais e estender-lhe os preceitos são tarefas importantes, mas aproveitá-la é essencial.

Muitos companheiros apregoam ensinamentos valiosos, todavia, no fundo, estão sempre inclinados a rudes conflitos, em face da menor alfinetada no caminho da crença. Não toleram pequeninos aborrecimentos domésticos e mantêm verdadeiro jogo de máscara em todas as posições.

A palavra de Paulo, no entanto, é muito clara.

A questão fundamental é de aproveitamento.

Indubitável que a cultura doutrinária representa conquista imprescindível ao seguro ministério do bem; contudo, é imperioso reconhecer que se o coração do crente ambiciona a santificação de si mesmo, a caminho das zonas superiores da vida, é indispensável se ocupe nas coisas sagradas do espírito, não por vaidade, mas para que o seu justo aproveitamento seja manifesto a todos.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Vinha de Luz. FEB. Cap. 14)

DIVULGAÇÃO DO EVANGELHO

Antonio Cesar Perri de Carvalho

No final do ano de 2011, a diretoria da FEB aprovou por unanimidade a criação de um novo curso “Reunião de Estudo de O Evangelho segundo o Espiritismo”, por proposta nossa como diretor da instituição. O então presidente Nestor J.Masotti foi um entusiasta e esteve presente em algumas reuniões do citado curso, nos momentos iniciais nos primeiros meses de 2012, antes de se afastar da presidência, e depois, no final de 2013 e início de 2014, depois de retornar dos tratamentos a que se submeteu em São Paulo. Neste ínterim foi criado o NEPE, que contou até a pouco, com uma grande equipe e muitas ações diversificadas e abrangentes.

O conjunto de esforços pela difusão de O evangelho segundo o espiritismo chegou ao ponto máximo durante o ano de 2014, com as comemorações dos 150 anos de publicação do livro de Kardec, e a realização simultânea do bem sucedido 4º. Congresso Espírita Brasileiro, em quatro regiões do país, tendo o importante livro como tema básico.

Em nossos dias temos constatado em viagens e contatos que há grande interesse pelo esforço de se estudar e difundir o livro básico de Kardec.

Em diferença de poucos dias, estivemos em pontos extremos do país, em eventos relacionados com o tema do estudo do Evangelho à luz do Espiritismo.

No extremo nordeste, em Parnaíba (Piauí), depois de evento em sessão solene da Câmara de Vereadores de Parnaíba tivemos sessão de autógrafos do livro “O Evangelho segundo o Espiritismo. Orientações para o Estudo” (edição FEB) e desenvolvemos seminário sobre Estudo do Evangelho, nas dependências de uma escola, contando com a presença de representantes dos centros locais. E, na sede da Federação Espírita Piauiense, em Teresina, proferimos palestra sobre tema evangélico.

Poucos dias depois, com promoção da União Municipal Espírita de Volta Redonda foi efetivado nessa cidade do Estado do Rio de Janeiro, uma sequência de palestras e seminários onde abordamos temas similares dentro do projeto do projeto local “Evangelho para todos”.

É crescente e muito oportuno o interesse pelo estudo e pela compreensão do livro de Kardec que trata do ensino de moral de Jesus.

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“Espiritismo é Cristianismo e Cristianismo quer  dizer Cristo em nós para estender o Reino de Deus e servir em seu nome” – Emmanuel (Xavier, Francisco Cândido. Pelo Espírito Emmanuel. Livro da esperança. Uberaba: CEC. Cap. 73).

 

Informações: https://www.facebook.com/centroespiritacaridadeefe; https://www.facebook.com/UMEVOR; https://www.facebook.com/gestudoschicoxavier; www.grupochicoxavier.com.br

SUICÍDIO

No suicídio intencional, sem as atenuantes da moléstia ou da ignorância, há que considerar não somente o problema da infração ante as Leis Divinas, mas também o ato de violência que a criatura comete contra si mesma, através da premeditação mais profunda, com remorso mais amplo.

Atormentada de dor, a consciência desperta no nível de sombra a que se precipitou, suportando compulsoriamente as companhias que elegeu para si própria, pelo tempo indispensável à justa renovação.

Contudo, os resultados não se circunscrevem aos fenômenos de sofrimento intimo, porque surgem os desequilíbrios consequentes nas sinergias do corpo espiritual, com impositivos de reajuste em existências próximas.

É assim que após determinado tempo de reeducação, nos círculos de trabalho fronteiriços da Terra, os suicidas são habitualmente reinternados no plano carnal, em regime de hospitalização na cela física, que lhes reflete as penas e angústias na forma de enfermidades e inibições.

Ser-nos-á fácil, desse modo, identificá-los, no berço em que repontam, entremostrando a expiação a que se acolhem.

Os que se envenenaram, conforme os tóxicos de que se valeram, renascem trazendo as afecções valvulares, os achaques do aparelho digestivo, as doenças do sangue e as disfunções endocrínicas, tanto quanto outros males de etiologia obscura;

os que incendiaram a própria carne amargam as agruras da ictiose ou do pênfigo;

os que se asfixiaram, seja no leito das águas ou nas correntes de gás, exibem os processos mórbidos das vias respiratórias, como no caso do enfisema ou dos cistos pulmonares;

os que se enforcaram carreiam consigo os dolorosos distúrbios do sistema nervoso, como sejam as neoplasias diversas e a paralisia cerebral infantil;

os que estilhaçaram o crânio ou deitaram a própria cabeça sob rodas destruidoras, experimentam desarmonias da mesma espécie, notadamente as que se relacionam com o cretinismo,

e os que se atiraram de grande altura reaparecem portando os padecimentos da distrofia muscular progressiva ou da osteíte difusa.

Segundo o tipo de suicídio, direto ou indireto, surgem as distonias orgânicas derivadas, que correspondem a diversas calamidades congênitas, inclusive a mutilação e o câncer, a surdez e a mudez, a cegueira e a loucura, a representarem terapêutica providencial na cura da alma.

Junto de semelhantes quadros de provação regenerativa, funciona a ciência médica por missionária da redenção, conseguindo ajudar e melhorar os enfermos de conformidade com os créditos morais que atingiram ou segundo o merecimento de que disponham.

Guarda, pois, a existência como dom inefável, porque teu corpo é sempre instrumento divino, para que nele aprendas a crescer para a luz e a viver para o amor, ante a glória de Deus.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo Espírito Emmanuel. Religião dos Espíritos. Ed.FEB. Cap.48)

Setembro Amarelo alerta para o suicídio

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Organizada pela Associação Internacional de Prevenção do Suicídio, a campanha tem como objetivo divulgar ações preventivas.

Livros úteis:

– “Viver é a melhor opção – A prevenção do suicídio no Brasil e no mundo”, – André Trigueiro. Ed. Correio Fraterno do ABC.

– “Suicídio e suas consequências: o suicida no Mundo Espiritual…” – Gerson Simões Monteiro. Ed. Mauad.

– “Memórias de um suicida” – Yvonne A.Pereira. Ed.FEB.

– “O martírio dos suicidas” – Almerindo Martins de Castro. Ed. FEB.

– “SUICÍDIO – Tudo o que você precisa saber” – Richard Simonetti. ED.CEAC.

Informações:

http://www.mundosustentavel.com.br/valorizando-a-vida

EVANGELHO EM VOLTA REDONDA

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(Clique nas imagens para ampliá-las)

 

Com promoção da União Municipal Espírita de Volta Redonda foi efetivado nesta cidade do Estado do Rio de Janeiro, uma sequência de palestras e seminários com Antonio Cesar Perri de Carvalho. Temas tratados:

11/09 – A seara é grande; 12/09 – Como feixe de varas – Unidade na diversidade; 13/09 – Evangelização, base para o homem de bem e estudo de "O Evangelho segundo o Espiritismo". Compareceram representantes de 18 instituições da cidade e região, incluindo cidades paulistas próximas e representantes do Conselho de Unificação do CEERJ. Ocorreram apresentações musicais de grupos da cidade e de Pinheiral. Houve também gravação de programas com o visitante para a "Hora Espírita" de rádio local. A coordenação das atividades, coube a Albucacys Maurício de Paula Filho dentro do projeto “Evangelho para todos”. Informações: https://www.facebook.com/UMEVOR; http://www.noticiasespiritas.com.br/2015/SETEMBRO/14-09-2015.htmhttps://www.facebook.com/gestudoschicoxavier

 

O BRASIL NO CONCERTO DAS NAÇÕES

            Meus Amigos, que o Senhor dos Mundos vos encha o coração de muita paz. De novo regresso a esta Casa, a fim de confabular convosco. Isso é-me grato ao coração, de modo a examinarmos a complexidade de nossos deveres nos setores das atividades que nos foram conferidas dentro da vida.

            Se falamos, da última vez, na dolorosa situação dos tempos modernos, ante as tenebrosas perspectivas e os sinistros vaticínios que pesam sobre a Civilização Ocidental, falaremos hoje da missão do Brasil, no concerto dos povos, como detentor de grandioso trabalho espiritual, no quadro das nações. Como a individualidade humana, os países têm, igualmente, a sua missão definida. A História da Civilização no-lo comprova.

            Em cada período de tempo, determinadas nações do mundo são convocadas pelo Alto a essa ou àquela missão especializada, na estrada intérmina dos destinos humanos.

            Antigamente, era a Grécia organizando os símbolos democráticos com a sabedoria de Atenas, depois a família romana desempenhando um papel relevante na formação do Estado, com as profundas realizações políticas do Império. Em seguida, bastará uma digressão através de todos os caminhos históricos da Humanidade a fim de examinarmos as missões coletivas dentro da comunidade internacional. Ainda há alguns séculos, víamos a Península Ibérica com a tarefa singular dos descobrimentos, a França com o trabalho superior de definir os direitos do homem, a Grã-Bretanha com a missão educativa de colonizar, levantando as almas pela cultura. Sim, cada povo tem a sua hora gloriosa marcada no relógio do tempo.

            Dentro do colosso americano, onde há quase cinco séculos formava o Plano Espiritual o imenso organismo da liberdade, erguia-se o Brasil como o coração do mundo, pulsando pelo mais sublime idealismo dentro da comunidade continental. Bastará um exame superficial na sua história, a fim de que verifiquemos, em todas as circunstâncias, a excelência da missão do Brasil, no quadro dos valores políticos e econômicos do mundo. Desde o descobrimento, a sua existência vem sendo assinalada por fatos providenciais. É que, aqui dentro, na vastidão da terra generosa, forma-se uma nova mentalidade para o mundo. Mentalidade dos bens fraternos que sabem felicitar o coração de todas as criaturas. À sombra de seus vastos potenciais econômicos, o homem do Brasil dilata as suas concepções da vida, no estuário da liberdade bem compreendida e bem aplicada. Seus fatos históricos revestem-se de característicos quase sobrenaturais. Enquanto o minúsculo Portugal se distraía com as suas fabulosas conquistas da Índia, o Brasil, quase milagrosamente, conservou a sua integridade territorial, apesar das forças poderosas de outras nações do Velho Continente. Os princípios da força jamais conseguiram desagregar os seus patrimônios extraordinários e, em cada acontecimento de sua vida nacional, há um traço de luz fulgurante, a luz do Evangelho, compelindo-nos a refletir no que se refere aos seus deveres profundos. Seus próprios políticos são sempre grandes missionários da ordem social, que, através de todas as tormentas dos eventos humanos, sabem conservar as mãos no leme da tranqüilidade coletiva, organizando núcleos de paz e formando a confiança geral, no melhor senso de administração e de ordem, imprescindível a todas as realizações.

            Semelhantes conceitos chegam-nos à mente de desencarnado, satisfeito por cooperar, de algum modo, convosco, em virtude das derradeiras arremetidas das organizações dogmáticas e clericalistas, que, na atualidade, pretendem mobilizar os sindicatos médicos contra as florações luminosas do Espiritismo no Brasil, desconhecendo o extraordinário fator de segurança e iluminação interior, provindos de nossos postulados de consolação e de paz.

            O Brasil, antes de tudo, antes de qualquer campanha em favor da coletividade, nesse ou naquele setor, necessita de organizar, não as lutas religiosas com pretensões ao Santo Ofício, mas detonar as armas do alfabeto, criando em toda parte a base da cultura indispensável, a fim de que seja cumprida, em toda a sua intensidade emocional, a grandiosa missão das almas que vivem sob a luz do Cruzeiro. Basta o livro, a fim de que o país chegue a realizar a precisa consciência real indispensável ao desdobramento de seus esforços, nos valores do mundo.

            Acusa-se o Espiritismo quanto a todas as manifestações místicas das multidões delinqüentes, quando essas expressões doentias do organismo social são filhas de modalidades afro-católicas, que perseveram nas massas humildes, sequiosas por compreenderem o sentido de seus trabalhos, na solução dos problemas profundos do destino e do ser.

            Espiritismo é paz e instrução, amor e luz moral, conduzindo a criatura humana ao conhecimento dos enigmas de sua própria personalidade. As agremiações econômicas dos credos organizados temem-lhe a influência salutar, no sentido de extirpar todas as úlceras da ignorância do coração dos mais desfavorecidos da sorte. A necessidade do momento que passa não é de lutardes com armas destruidoras de nossos esforços espirituais, mas sim a de evangelizarmos o ambiente do país, em que se desdobram as atividades do profissionalismo especializado, de modo a não perdermos as mais belas conquistas do coração na atualidade da tecnocracia.

            Que os aparelhos judiciários da nação operem no assunto, com o descortino espiritual de quem vê mais claro e mais longe. O problema do mundo inteiro não é mais de ciência, mas de consciência; e, para atingirmos esse elevado desiderato, necessitamos colocar, como nas leis naturais, o coração generoso entre o estômago e o cérebro.

            A missão do Brasil, repetimos, é das mais vastas na organização dos valores espirituais da civilização do futuro. Para esse fim, os exércitos do Invisível se desdobram, em todas as direções, a fim de se consolidarem os melhores conceitos morais em nossa evolução política, para as realizações mais avançadas.

            Em nosso esforço, não guardamos outro propósito além daquele de reviver o Evangelho do Divino Mestre, na sua pureza primitiva, porquanto deste coração ciclópico da América e do mundo há de partir para o ambiente internacional um cântico de hosanas! Unamo-nos para ao advento desse dia novo. Esqueçamos os conciliábulos políticos que se lembram das conferências de paz sobre os despojos sangrentos. Dentro de sua posição elevada, no capítulo das edificações espirituais, o Brasil prestará ao mundo os mais altos serviços, buscando ensinar com fraternidade, implantando a verdadeira concórdia e defendendo os seus nobres patrimônios, morais, guardando, sobre todas as coisas, o princípio inelutável do Direito e da Justiça.

            Vós outros, os que me ouvis, sem jamais haverdes freqüentado os núcleos do Espiritismo, não vos impressioneis com as minhas assertivas. No Espaço, uma das modernas tradições é a de que, ultimamente, chegam às portas do céu somente os ateus e materialistas generosos que fazem o bem pelo bem, alheios às convenções e ao sentido das compensas. Com essa lembrança não desejo menosprezar os esforços da fé, mas quero lembrar a necessidade do trabalho sincero, perseverante, decidido e leal nas mais belas expressões de solidariedade real e de simplicidade na vida!

            Se puderdes, ajudai-nos! Unamos os esforços para o mesmo fim, estendendo as mãos uns aos outros para a mesma grandiosa tarefa. O homem vale pela sua expressão de sentimento e de consciência e é dentro desses valores profundos que precisamos viver para a consecução das finalidades mais elevadas e mais puras.

            Que o Divino Mestre vos conceda muita paz ao íntimo é a rogativa sincera do irmão e amigo de sempre,

EMMANUEL

 

Folheto impresso na Tipografia Aliança, em Belo Horizonte-MG, em 1939, encimado pelo nome do médium Francisco Cândido Xavier e a epígrafe genérica – “Do outro Mundo”! Divulgado por Cícero Pereira. Transcrito de: Reformador, junho, 1979, p. 208-211; Reformador, setembro, 2013, p.353-4.