Guardemos o ensino

Guardemos o ensino

“Ponde vós estas palavras em vossos ouvidos.” Jesus (Lucas, 9:44)

Muitos escutam a palavra do Cristo, entretanto, muito poucos são os que colocam a lição nos ouvidos.

Não se trata de registrar meros vocábulos e sim fixar apontamentos que devem palpitar no livro do coração.

Não se reportava Jesus à letra morta, mas ao verbo criador.

Os círculos doutrinários do Cristianismo estão repletos de aprendizes que não sabem atender a esse apelo.

Comparecem às atividades espirituais, sintonizando a mente com todas as inquietações inferiores, menos com o Espírito do Cristo.

Dobram joelhos, repetem fórmulas verbalistas, concentram­se em si mesmos, todavia, no fundo, atuam em esfera distante do serviço justo.

A maioria não pretende ouvir o Senhor e, sim, falar ao Senhor, qual se Jesus desempenhasse simples função de pajem subordinado aos caprichos de cada um.

São alunos que procuram subverter a ordem escolar.

Pronunciam longas orações, gritam protestos, alinhavam promessas que não podem cumprir.

Não estimam ensinamentos.

Formulam imposições.

E, à maneira de loucos, buscam agir em nome do Cristo.

Os resultados não se fazem esperar.

O fracasso e a desilusão, a esterilidade e a dor vão chegando devagarinho, acordando a alma dormente para as realidades eternas.

Não poucos se revoltam, desencantados…

Não se queixem, contudo, senão de si mesmos.

“Ponde minhas palavras em vossos ouvidos”, disse Jesus.

O próprio vento possui uma direção.

Teria, pois, o Divino Mestre transmitido alguma lição, ao acaso?

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Vinha de luz. Cap. 70. FEB)

Significado espiritual do pão

Significado espiritual do pão

Antonio Cesar Perri de Carvalho

Em meados de junho, fomos convidados para o programa “Gotas de Esperança" do Instituto de Difusão Espírita Allan Kardec – IDEAK, para desenvolver tema com base no capítulo “Pão de cada dia”, do livro Caminho, Verdade e Vida (Cap. 174, Emmanuel/FCX).

O autor espiritual induz ao raciocínio e interpretação espiritual sobre o significado do pão: “O servo trabalha e o Altíssimo lhe abençoa o suor. É nesse processo de íntima cooperação e natural entendimento que o Pai espera colher, um dia, os doces frutos da perfeição no espírito dos filhos”.

Naquela oportunidade, tivemos condição de divagarmos sobre o tema e extrapolarmos a visão estrita de alimento material. Historicamente, o pão sempre foi considerado marcante nos textos bíblicos.

Em todos os tempos, mesmo nos mais remotos, foi o pão o principal alimento dos hebreus. Era um elemento essencial nas ofertas e nos rituais de adoração. O pão é mencionado em várias passagens no Antigo e Novo Testamento e seu significado vai além do aspecto físico do alimento.

Com base em João (6, 35) Jesus se identificou como o “pão da vida”: “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede”. Ele se apresenta como fonte de vida espiritual e que aqueles que creem nele encontrarão satisfação e plenitude.

Na Última Ceia, disse Jesus: “Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim” (Lucas 22, 19). Nesse contexto, o pão também representa o corpo de doutrina, de pensamentos e ensinos, para que seja incorporado entre as pessoas. É a melhor memória!

Em festas judaicas a celebração da refeição é iniciada com o pão. O pão também simboliza o reforço de laços familiares ao se reunirem para comê-lo.

Em O Evangelho segundo o Espiritismo (Cap. 28), Kardec analisa cada frase da prece do Pai Nosso, e, sobre “Dá-nos o pão de cada dia”, destaca a ideia que deve animar o sentimento de quem a profere: “Dá-nos o alimento indispensável à sustentação das forças do corpo; mas dá-nos também o alimento espiritual para o desenvolvimento do nosso Espírito”.

Em obra formidável – Pai Nosso – o espírito Meimei, pela psicografia de Chico Xavier tem um capítulo sobre a frase: “pão nosso de cada dia dá-nos hoje”. A mensageira espiritual destaca que “O pão nosso de cada dia não é somente o almoço e o jantar, o café e a merenda. É também a ideia e o sentimento, a palavra e a ação.” E encerra o capítulo anotando: “Em Jesus temos o pão que desceu do Céu. E, ainda hoje, o Mestre continua alimentando o pensamento da Humanidade, por intermédio de um Livro — o Evangelho Divino, em que ele nos ensina, através da bondade e do amor, o caminho de nossa felicidade para sempre”.

Portanto, o "pão da vida”, os ensinos de Jesus representam o verdadeiro e inextinguível alimento para o espírito imortal!

Proposta de construção do futuro

Proposta de construção do futuro

Os capítulos: Culto espírita, Na presença do Cristo e Na construção do futuro, do “Livro da Esperança” foram comentados por Cesar Perri, na manhã do dia 06 de junho, em programa alusivo aos 160 anos de “O Evangelho segundo Espiritismo”. A obra em estudo foi elaborada pelo espírito Emmanuel, psicografia de Chico Xavier (Ed. CEC, Uberaba, 1964), para homenagear o centenário do Evangelho de autoria de Kardec. Esse programa é transmitido pela Estação Dama da Caridade Benedita Fernandes nas primeiras quartas feiras de cada mês.

Acesse pelo link:

“Ajuda-te que o Céu te ajudará” – tema para São Gonçalo

    “Ajuda-te que o Céu te ajudará” – tema para São Gonçalo

 

No início da noite do dia 04 de junho, Célia Maria Rey de Carvalho fez exposição sobre o tema “ajuda-te que o Céu te ajudará”, com base no capítulo XXV, intitulado “Buscai e achareis”, de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, em transmissão do GAM – Casa de Batuíra, de São Gonçalo (RJ). A reunião virtual foi coordenada por Hélio Ribeiro, dirigente da instituição.

As investigações da ciência

As investigações da ciência

No dia 04 de junho, no encontro virtual de estudo do livro “Emmanuel” (psicografado por Chico Xavier), o casal Mirna e Pedro Nakano focalizou o capítulo XIII – As investigações da ciência. Fizeram abordagem trazendo informações sobre pesquisas atuais sobre reencarnação, saúde mental e mediunidade, ilustrando também com relatos sobre filmes e documentários. No final, ocorreram diálogos dos participantes com os expositores através do chat. Esse estudo virtual semanal é coordenada por Cesar Perri e se desenvolve às terças-feiras, às 20h.

Inscrições pelo link (copie e cole): bit.ly/CCDPE-Trajetoria

Qualidade dos pensamentos

Qualidade dos pensamentos

O tema “Nossa vida mental: qualidade de nossos pensamentos” foi desenvolvido em palestra por Célia Maria Rey de Carvalho, na noite do dia 03 de junho, em reunião presencial e transmitida pela internet, promovida pelo Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa do Espiritismo-CCDPE, de São Paulo. A expositora baseou-se em obras de Léon Denis, Kardec e Emmanuel. A reunião foi coordenada por Sheila Uchiyama.

Acesse pelo link:

Foco na vida e obra de Leopoldo Cirne

Foco na vida e obra de Leopoldo Cirne

Em realização conjunta do Centro Espírita A Caminho da Luz (CEaCL) e do Grupo Espírita Amor e Luz de Maria Madalena (GEALMM), do Rio de Janeiro, Antonio Cesar Perri de Carvalho discorreu sobre o conteúdo de seu recente livro “Leopoldo Cirne. Vida e propostas por um mundo melhor” (Ed.CCDPE e Cocriação). Houve apresentação musical por Leandro Almeida. Em seguida, atendeu a perguntas do entrevistador e dos internautas. A transmissão ocorreu na noite do dia 31 de maio, com coordenação de Luiz Erruas e participação de Marcos da Silva Fonseca.

Acesse pelo link:

Coluna Face Espírita completa 17 anos na Folha da Região

Coluna Face Espírita completa 17 anos na Folha da Região

  

Carolina Marques

Neste mês de maio, a coluna Face Espírita, publicada na Folha da Região semanalmente, na página A2, completa 17 anos.

O primeiro artigo publicado foi em 16 de maio de 2007.

Porém, a história começou em 2006, quando o expositor espírita Alkíndar de Oliveira chamou atenção do jornalista e posteriormente coordenador da coluna Sirlei Nogueira. “Era um seminário no Centro Espírita Dr. Bezerra de Menezes, em Araçatuba, para o fato de que os espíritas falavam demasiadamente para dentro dos muros. Alkíndar de Oliveira, considerado pelo escritor Augusto Cury um dos mais conceituados professores de comunicação e oratória do País”, lembra.

Na época, a comunidade estava comemorando 24 anos de divulgação e de atuação no Movimento Espírita de Unificação. “Recorro à questão 459 de O Livro dos Espíritos, a primeira obra básica da Codificação Espírita: ‘Os Espíritos influem sobre os nossos pensamentos e as nossas ações? A resposta: “— Nesse sentido, a sua influência é maior do que supondes, porque muito frequentemente são eles que vos dirigem”. Naturalmente, se você permitir. Isso é livre-arbítrio. A Folha da Região aceitou a proposta.”

Ele conta que a iniciativa repercutiu de maneira muito positiva, tanto no jornal quanto na comunidade, em níveis local e regional.

“O Movimento Face Espírita surgiu originariamente com foco em arte. No dia 21 de novembro de 1991 ocorreu formalização da proposta durante o evento Espirarte, realizado na cidade de Tupã, numa promoção do Departamento de Arte da USE-SP (União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo). Quase 16 anos depois, Face Espírita foi direcionada para identificar o espaço de artigos de opinião na Folha de Região. Mas mantém o olhar original.”

O autor com mais artigo publicados na coluna, Antonio Cesar Perri de Carvalho, que também é ex-presidente da Federação Espírita Brasileira, escritor com mais de 30 livros publicados, diz que a veiculação do pensamento espírita ao longo de 17 anos tem amplo significado. “Representa uma referência ao leitor da Folha da Região para o acesso a análises e informações sobre temas relacionados com Espiritismo e espiritualismo em geral. É um canal de difusão dos princípios espíritas, de registros sobre momentos históricos do Espiritismo – em Araçatuba, no País e no exterior – e das ações e repercussões do movimento espírita em geral. Realmente expõe a “face” do espírita e do Espiritismo”, destaca.

Já a escritora Rita de Cássia Zuim Lavoyer diz que é um exemplo do bem proporcionado por esta coluna. Inicialmente, ela leu um artigo do escritor e colaborador Wellington Balbo que despertou o desejo em publicar também. “Na tentativa de me comunicar com o autor, enviei-lhe um e-mail no endereço que aparecia no final da página; quem o recebeu foi o jornalista Sirlei Nogueira, que o leu e me retornou em seguida, ouviu meus propósitos e me ajudou.”

A partir de então, passou à colaboradora da coluna. Conta que a partir de leituras que fez, aprendeu a desaprender e a começar tudo de novo, com vontade de seguir feliz. “Por aqui, a mensagem não passa em vão. A Coluna Face Espírita não objetiva doutrinação, mas reflexão. A leveza dos textos publicados e o respeito com que as diversidades pelas quais passamos nesta jornada são tratadas podem ajudar os leitores a desenvolverem pensamentos positivos e a provocar-lhes reflexões acerca dos temas apresentados”, finaliza.

Transcrito de:

Seção Vida, Folha da Região, Araçatuba, 30 de maio de 2024. P.5.

O Senhor mostrará

O Senhor mostrará

“E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome.” Jesus (Atos, 9:16).

O diálogo entre o Mestre e Ananias, relativamente ao socorro de que Paulo necessitava, reveste­-se de significação especial para todos os aprendizes do Evangelho.

Digna de nota é a observação de Jesus, recomendando ao apóstolo da gentilidade que ingressasse em Damasco, onde lhe revelaria quanto convinha fazer, e muito importante a determinação a Ananias para que atendesse ao famoso verdugo trazido à fé.

O apelo do Céu ao cooperativismo transborda da lição.

Perseguidor e perseguido, reúnem-­se no altar da fraternidade e do trabalho útil.

O velhinho de Damasco presta socorro ao ex­-rabino.

Paulo, em troca, prodigaliza­lhe enorme alegria ao coração.

Acresce notar, porém, que Jesus chamou a si a tarefa de revelar ao recém­ convertido quanto lhe competia lutar e sofrer por amor ao Reino Divino.

Semelhantes operações espirituais se repetem, cada dia, nas atividades terrestres.

Debaixo da inspiração do Cristo, diariamente há movimentos de aproximação entre quantos se candidatam ao bom entendimento, perante a vida eterna.

Alguns trazem a mão confortadora e amiga da assistência fraternal, outros o júbilo sagrado da esperança sublime.

Estabelecem-­se novos acordos.

Traçam­-se novas diretrizes. Imperioso é reconhecer, porém, que o Senhor mostrará a cada trabalhador o conteúdo de serviço e testemunho que lhe compete fornecer no ministério do seu Amor Infinito.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Vinha de luz. Cap. 125. FEB)

A ALEGRIA NO DEVER

A ALEGRIA NO DEVER

Quando Jesus estava entre nós, recebeu certo dia a visita do apóstolo João, muito jovem ainda, que lhe disse estar incumbido, por seu pai Zebedeu, de fazer uma viagem a povoado próximo.

Era, porém, um dia de passeio ao monte e o moço achava-se muito triste.

O Divino Amigo, contudo, exortou-o a cumprir o dever.

Seu pai precisava do serviço e não seria justo prejudicá-lo.

João ouviu o conselho e não vacilou.

O serviço exigiu-lhe quatro dias, mas foi realizado com êxito.

Os interesses do lar foram beneficiados, mas Zebedeu, o honesto e operoso ancião, afligiu-se muito porque o rapaz regressara de semblante contrafeito.

O Mestre notou-lhe o semblante sombrio e, convidando-o a entendimento particular, observou: – João, cumpriste o prometido?

- Sim — respondeu o apóstolo.

— Atendeste à Vontade de Deus, auxiliando teu pai?

— Sim — tornou o jovem, visivelmente contrariado —, acredito haver efetuado todas as minhas obrigações.

Jesus, entretanto, acentuou, sorrindo calmo:

- Então, ainda falta um dever a cumprir — o dever de permaneceres alegre por haveres correspondido à confiança do Céu.

O companheiro da Boa Nova meditou sobre a lição e fez-se contente.

A tranqüilidade voltou ao coração e à fisionomia do velho Zebedeu e João compreendeu que, no cumprimento dà Vontade de Deus, não podemos e nem devemos entristecer ninguém.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Pão nosso. Cap. 19. FEB)