ORDEM E LUZ
"A fim de alistar-se com Maria, sua mulher, que estava grávida". Lucas: 2-5 23
Há muitas pessoas que, como os judeus antigos, se fazem rigorosas quanto ao conceito de ocasião na prática do bem ou no desenvolvimento do trabalho.
Os fariseus condenavam o Cristo por curar nos dias de Sábado, ao mesmo passo que, modernamente, muitos aprendizes levam a extremismo suas concepções no capítulo do descanso dominical ou da aplicação das suas possibilidades de serviço, nos diversos setores das atividades quotidianas.
Naturalmente que ninguém deverá viver fora da ordem e nada se conseguirá sem metodização, porém, no centro de toda atividade coordenativa não deve existir condição convencional para o exercício do bem, porque esta é a luz que resplandecerá em todas as situações, ao lado de todos os deveres.
Nesse sentido, o Evangelho nos oferece uma lição salutar.
José e Maria dirigindo-se a Belém obedecem à ordenação política de César, mas Jesus vindo ao seu encontro, nas palhas da Manjedoura, fora do ambiente doméstico, mostra que a Claridade Divina pode bafejar os trabalhos da criatura em qualquer parte.
O casal de Nazaré não apresenta desculpas a fim de evitar a obrigação devida à ordem,
Jesus não apresenta condições especializadas para se oferecer às criaturas.
Daí inferimos que não se deve viver sem ordem em parte alguma, observando-se, porém, que esta nunca poderá excluir o bem, porque, antes de tudo, quando respeitada, é o justo caminho, por onde a luz se manifesta.
Emmanuel
(Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. Sentinelas da luz. Cap. Ordem e luz. São Paulo: CEU)