RECORDAÇÃO DO NATAL
Não permitas que o júbilo do Natal vibre em teu coração à maneira de uma lâmpada encarcerada…
Toma o facho de luz que a mensagem do Céu acende ao redor de teus passos e estende-lhe a claridade sublime…
Não te detenhas…
Se a fé resplandece em teu santuário interior, que importam a ventania e o temporal?
O Sol, cada manhã, penetra os recôncavos do abismo sem contaminar-se.
Segue, invencível em tua esperança e sereno em tua coragem, sob a inspiração da fraternidade e da paz! …
Sê um raio estelar da sabedoria para a noite da ignorância; sê a gota de orvalho da consolação e do carinho que diminua a tensão do sofrimento por onde passes; sê o fio imperceptível da compreensão e do auxílio que dissipe o nevoeiro da discórdia; sê a frase simples e boa que ajude e reconforte, onde o fogo do mal esteja crestando as flores do bem…
Um sorriso idealiza milagres…
Um gesto amigo ampara a multidão…
Com algumas palavras, o Cristo articulou o roteiro regenerativo do mundo e com a bênção da própria renúncia retificou os caminhos da Humanidade.
Renovam-se no Natal as vibrações da Estrela do Amor que exaltou com Jesus a glorificação a Deus e ao reino da Boa Vontade entre os homens.
Jamais ensurdeçamos ante o apelo celestial que se repete…
Ampliemos a comunhão fraterna e louvemos a cooperação, porque, anualmente, o Cristo nos requisita a verdadeira solidariedade, a fim de que, em nos tornando mais irmãos uns dos outros, possa Ele nascer, em espírito, na manjedoura do nosso coração, transformando em incessante e Divino Natal todos os dias de nossa vida.
Emmanuel
(Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. Relicário de Luz. Lição nº 14. FEB)