Rubens Toledo
A norte-americana Rebecca Kiessling, defensora dos direitos do nascituro e mulheres vítimas de estupro, e o presidente da Federação Espírita do Uruguai, Eduardo Santos, discursarão na Câmara Federal, em Brasília, nesta terça-feira, 12 de julho, nas comemorações dos dez anos do Movimento Nacional de Cidadania pela Vida — Brasil sem Aborto. No Brasil, o aborto é permitido em três situações: quando a vida da mãe (gestante) corre risco de morte; quando a gravidez é resultado de estupro, e, também agora, depois de decisão do STF, quando o feto apresentar sinais de anencefalia, mas há processos tramitando no Congresso Nacional que visam aprovar a descriminalização do aborto. Rebecca e Santos vêm demonstrar por que a autorização do aborto em seus países de origem não significou o fim do problema, mas apenas agravou o estado psicológico das mulheres que cometeram o ato.
E um desses testemunhos será dado pela própria Rebecca, cuja gestação foi iniciada após brutal e covarde ato de estupro. “Minha mãe biológica esteve prestes a fazer o aborto, e foi orientada pelas autoridades policiais a procurar uma clínica, em condições muito precárias. Mas a verdade é que eu nasci. Fui entregue à adoção, quando tinha 6 anos. Aos 18, conheci minha mãe biológica”, conta Rebecca. Desde 1995, Rebecca tem trabalhado em defesa das mulheres vítimas de estupro, bem como dos nascituros.
Rebecca já está no Brasil, desde o início da semana, acompanhada de Lenise Garcia, presidente do Movimento Nacional de Cidadania pela Vida — Brasil sem Aborto. Antes da sua conferência em Brasília, Rebecca deverá falar também na Assembleia Legislativa, neste feriado de 9 de julho, na capital paulista. No caso do presidente da FEU, Eduardo Santos só participa da sessão na Câmara Federal. (Eduardo integrou comitiva da Federação Espírita do Uruguai no encontro da Comissão Regional Sul do CFN-FEB realizado em abril de 2013, na cidade de Embu, na Grande São Paulo.)
A USE e o MNCV Brasil sem Aborto
A União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, entidade federativa representante do movimento espírita paulista no Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira, tem apoiado o Movimento Nacional de Cidadania pela Vida — Brasil sem Aborto, desde seu início.
“O primeiro grande ato público em defesa da vida e contrário ao aborto ocorreu na cidade de São Paulo no dia 24 de março de 2007, realizado na Praça da Sé, promovido por nossa diretora do Departamento Jurídico, a doutora Marília de Castro”, lembra Julia Nezu, presidente da USE. O ato teve apoio de representantes do Governo de São Paulo, parlamentares federais, estaduais e municipais, entidades civis e religiosas. A FEB esteve representada também por Cesar Perri, que era então o presidente”, acrescenta Julia.
Em junho de 2013, quando o Movimento passou por uma reestruturação, a USE ofereceu sua sede, no bairro Santana, para abrigar o Comitê paulista do MNCV – Brasil sem Aborto. Naquela ocasião, uma comitiva liderada pelo vice-presidente do MNCV, Jaime Ferreira Lopes, foi recebida pela presidente Julia Nezu.
“Nesse encontro, o Comitê paulista passou a contar com novos membros: a professora Irvênia Santis Prada assumiu a coordenação geral. O casal Joana e Marcelo Croxato, pais da menina Vitória de Cristo, um dos símbolos do Movimento, assumiram a vice-coordenação”, lembra Julia, que por sua vez assumiu também, com a então vice-presidente da USE, Neyde Schneider, os trabalhos da Secretaria no Comitê.
Em novembro e dezembro do mesmo ano, a USE apoiou a diivulgação do filme Blood Money, do diretor americano David Kyle, que denuncia a indústria do aborto nos Estados Unidos. A distribuição de Blood Money no Brasil foi uma iniciativa da Distribuidora Estação Luz, do nosso confrade cearense Luiz Eduardo Girão (um dos pioneiros do chamado “cinema espírita” com o filme Bezerra de Menezes — o Diário de um Espírito).
Extraído de: http://usesp.org.br/brasil-sem-aborto-dez-anos-do-movimento-serao-lembrados-em-sao-paulo-e-em-brasilia/
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Acesse também: http://grupochicoxavier.com.br/seminario-internacional-em-defesa-da-vida-na-camara-federal/