Mensagem de Emmanuel sobre Kardec

  Lembrando o Codificador da Doutrina Espírita é imperioso estejamos alerta em nossos deveres fundamentais. Convençamos-nos de que é necessário: 
Sentir Kardec;
Estudar Kardec;
Anotar Kardec;
Meditar Kardec;
Analisar Kardec;
Comentar Kardec;
Interpretar Kardec;
Cultivar Kardec;
Ensinar Kardec e
Divulgar Kardec. 
Que é preciso cristianizar a humanidade é afirmação que não padece dúvida; entretanto, cristianizar, na Doutrina Espírita, é raciocinar com a verdade e construir com o bem de todos, para que, em nome de Jesus, não venhamos a fazer sobre a Terra mais um sistema de fanatismo e de negação. 

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Reformador, março de 1961, FEB)

REUNIÕES CRISTÃS

“Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas da casa onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus e pôs-­se no  meio deles e disse­-lhes: Paz seja convosco.” (JOÃO, 20: 19) 

 

Desde o dia da ressurreição gloriosa do Cristo, a Humanidade terrena foi considerada digna das relações com a espiritualidade.

O Deuteronômio proibira terminantemente o intercâmbio com os que houvessem partido pelas portas da sepultura, em vista da necessidade de afastar  a mente humana de cogitações prematuras.

Entretanto, Jesus, assim como suavizara a antiga lei da justiça inflexível com o perdão de um amor sem limites, aliviou  as determinações de Moisés, vindo ao encontro dos discípulos saudosos.

Cerradas as portas, para que as vibrações tumultuosas dos adversários gratuitos não perturbassem o coração dos que anelavam o convívio divino, eis que surge o Mestre muito amado, dilatando as esperanças de todos na vida eterna.

Desde essa hora inolvidável, estava instituído o movimento de troca, entre o mundo visível e o invisível.

A família cristã, em seus vários departamentos, jamais passaria sem o  doce alimento de suas reuniões carinhosas e íntimas.

Desde então, os discípulos se reuniriam, tanto nos cenáculos de Jerusalém, como nas catacumbas de Roma.

E, nos tempos modernos, a essência mais profunda dessas assembléias é sempre a mesma, seja nas igrejas católicas, nos templos protestantes ou nos centros espíritas.

O objetivo é um só: procurar a influenciação dos planos superiores, com a diferença de que, nos ambientes espiritistas, a alma pode saciar-­se, com mais abundância, em vôos mais altos, por se conservar  afastada de certos prejuízos do  dogmatismo e do sacerdócio organizado.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Caminho, verdade, vida. Cap.9. FEB)

 

                            

Chico Xavier Responde – Brasil, Coração do Mundo e Pátria do Evangelho

Durante visita ao Centro Espírita Perseverança, em São Paulo, em dezembro de 1992, Chico Xavier declarou em entrevista, entre outras:

"Somos de verdade, geograficamente falando, o coração do mundo. Como filhos da pátria do Evangelho, somos chamados a exemplificar o que aprendemos, o que ensinamos, o que constitui a razão de nossas vidas. (…) A violência que existe no Brasil é a violência que existe no mundo, mas como povo temos sabido honrar a destinação a que fomos chamados. (…) Quanto à conceituação de pátria do Evangelho, somos compelidos a pensar no futuro. Nós teremos talvez necessidade de exemplificarmos até com sacrifício do evangelho ensinado por Jesus Cristo, sem nos esquecermos que do ponto de vista evangélico, até ele foi atingido pelo sacrifício extremo, para dar-nos essa alvorada maravilhosa que é a doutrina de luz…"

(Extraído de: Carvalho, Antonio Cesar Perri. Espiritismo e modernidade. Visão de sociedade, família, centro e movimento espírita. Cap. 2.2. São Paulo:USE, 1996).

 

Para Jornal de Minas Gerais:

Pergunta – Chico, com tanta violência e corrupção em nosso país, os Benfeitores acreditam que o Brasil seja o “Coração do Mundo e Pátria do Evangelho?”

Resposta – “Essa pergunta tem sido assunto em muitos diálogos com os companheiros de nossa casa. 

O nosso Emmanuel é de opinião que dentro do mundo turbulento, com a incompreensão comandando tantos corações, tantos milhões de pessoas, não pode ser motivo de dúvida para nós que o Brasil é o coração do mundo.

A violência que existe no Brasil é a que existe no mundo, mas como povo nós temos sabido honrar a destinação a que fomos chamados. 

Como povo temos sofrido a reviravoltas enormes, inconformações, dilapidações, faltas graves daqueles que foram chamados a dirigir nossos destinos. 

Mas as nossas mãos não se sujaram com sangue fraterno. 

Quantos povos, por muito menos, acharam na rebelião e na indisciplina a porta falsa a que eles se atiraram para encontrarem dificuldades muito maiores.

Somos, sim, uma grandeza da Terra em que nós renascemos. 

Somos filhos do coração do mundo. 

E o Senhor nos fortalecerá para sermos filhos também da Pátria do Evangelho, quando soar a hora em que formos chamados para a grande renovação.”

(Extraído de "O Triângulo Espírita" – Abril/Maio de 1993).

“O momento do Brasil” em prefácio de Emmanuel

“[…] Este trabalho se destina a explicar a missão da terra brasileira no mundo moderno. Humboldt , visitando o vale extenso do Amazonas, exclamou, extasiado, que ali se encontrava o celeiro do mundo. O grande cientista asseverou uma grande verdade: precisamos, porém, desdobrá-la, estendendo-a do seu sentido econômico à sua significação espiritual. O Brasil não está somente destinado a suprir as necessidades materiais dos povos mais pobres do planeta, mas, também, a facultar ao mundo inteiro uma expressão consoladora de crença e de fé raciocinada e a ser o maior celeiro de claridades espirituais do orbe inteiro. Nestes tempos de confusionismo amargo, consideramos de utilidade um trabalho desta natureza e, com a permissão dos nossos maiores dos planos elevados, empreendemos mais esta obra humilde, agradecendo a vossa desinteressada e espontânea colaboração. Nossa tarefa visa a esclarecer o ambiente geral do país, argamassando as suas tradições de fraternidade com o cimento das verdades puras, porque, se a Grécia e a Roma da antiguidade tiveram a sua hora, como elementos primordiais das origens de toda a civilização do Ocidente; se o império português e o espanhol se alastraram quase por todo o planeta; se a França, se a Inglaterra têm tido a sua hora proeminente nos tempos que assinalam as etapas evolutivas do mundo, o Brasil terá também o seu grande momento, no relógio que marca os dias da evolução da humanidade.

Se outros povos atestaram o progresso, pelas expressões materializadas e transitórias, o Brasil terá a sua expressão imortal na vida do espírito, representando a fonte de um pensamento novo, sem as ideologias de separatividade, e inundando todos os campos das atividades humanas com uma nova luz. Eis, em síntese, o porquê da nossa atuação, nesse sentido. […] Peçamos a Deus que inspire os homens públicos, atualmente no leme da Pátria do Cruzeiro, e que, nesta hora amarga em que se verifica a inversão de quase todos os valores morais, no seio das oficinas humanas, saibam eles colocar muito alto a magnitude dos seus precípuos deveres. E a vós, meus filhos, que Deus vos fortaleça e abençoe, sustentando-vos nas lutas depuradoras da vida material.”

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Humberto de Campos. Brasil, coração do mundo, pátria do evangelho. Prefácio. FEB)

o0o

Leia também:

O Brasil no concerto das nações, por Emmanuel:

http://grupochicoxavier.com.br/o-brasil-no-concerto-das-nacoes/

 

DIRETRIZ

Filhos, o Senhor nos abençoe. Ante as lições do Evangelho, estejamos convencidos de que em todas as crises da existência, como sejam:

Problemas… Dificuldades… Incompreensões… Injúrias… Provas… Lutas… Tribulações… Amarguras… Sofrimentos… Desafios… Perseguições… Angústias… Desilusões… Tristezas… Humilhações… Calúnias… Sofismas… Preterições… Aflições… Obstáculos… Privações…

Diante de quaisquer transes da vida, tudo venceremos se nos dispusermos a esquecer o mal, crer no bem e servir com amor.

Bezerra de Menezes

(Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. Paz e renovação. Cap. 32.Uberaba: CEC)

Unificação

O serviço de Unificação em nossas fileiras é urgente, mas não apressado. Uma afirmativa parece destruir a outra. Mas não é assim. É urgente porque define o objetivo a que devemos todos visar; mas não apressado, porquanto não nos compete violentar consciência alguma.

Mantenhamos o propósito de irmanar, aproximar, confraternizar e compreender, e, se possível, estabeleçamos em cada lugar, onde o nome do Espiritismo apareça por legenda de luz, um grupo de estudo, ainda que reduzido, da Obra Kardequiana, à luz do Cristo de Deus.

Nós que nos empenhamos carinhosamente a todos os tipos de realização respeitável que os nossos princípios nos oferecem, não podemos esquecer o trabalho do raciocínio claro para que a vida se nos povoe de estradas menos sombrias. Comparemos a nossa Doutrina Redentora a uma cidade metropolitana, com todas as exigências de conforto e progresso, paz e ordem. Indispensável a diligência no pão e no vestuário, na moradia e na defesa de todos; entretanto, não se pode olvidar o problema da luz. A luz foi sempre uma preocupação do homem, desde a hora da furna primeira. Antes de tudo, o fogo obtido por atrito, a lareira doméstica, a tocha, os lumes vinculados às resinas, a candeia e, nos tempos modernos, a força elétrica transformada em clarão.

A Doutrina Espírita possui os seus aspectos essenciais em configuração tríplice. Que ninguém seja cerceado em seus anseios de construção e produção. Quem se afeiçoe à ciência que a cultive em sua dignidade, quem se devote à filosofia que lhe engrandeça os postulados e quem se consagre à religião que lhe divinize as aspirações, mas que a base kardequiana permaneça em tudo e todos, para que não venhamos a perder o equilíbrio sobre os alicerces e que se nos levanta a organização.

Nenhuma hostilidade recíproca, nenhum desapreço a quem quer que seja. Acontece, porém, que temos necessidade de preservar os fundamentos espíritas, honrá-los e sublimá-los, senão acabaremos estranhos uns aos outros, ou então cadaverizados em arregimentações que nos mutilarão os melhores anseios, convertendo-nos o movimento de libertação numa seita estanque, encarcerada em novas interpretações e teologias, que nos acomodariam nas conveniências do plano inferior e nos afastariam da Verdade.

Allan Kardec, nos estudos, nas cogitações, nas atividades, nas obras, a fim de que a nossa fé não faça hipnose, pela qual o domínio da sombra se estabelece sobre as mentes mais fracas, acorrentando-as a séculos de ilusão e sofrimento.

Libertação da palavra divina é desentranhar o ensinamento do Cristo de todos os cárceres a que foi algemado e, na atualidade, sem querer qualquer privilégio para nós, apenas o Espiritismo retém bastante força moral para se não prender a interesses subalternos e efetuar a recuperação da luz que se derramado verbo cristalino do Mestre, dessedentando e orientando as almas.

Seja Allan Kardec, não apenas crido ou sentido, apregoado ou manifestado, a nossa bandeira, mas suficientemente vivido, sofrido, chorado e realizado em nossas próprias vidas. Sem essa base é difícil forjar o caráter espírita-cristão que o mundo conturbado espera de nós pela unificação.

Ensinar, mas fazer; crer, mas estudar; aconselhar, mas exemplificar; reunir, mas alimentar.

Falamos em provações e sofrimentos, mas não dispomos de outros veículos para assegurar a vitória da verdade e do amor sobre a Terra. Ninguém edifica sem amor, ninguém ama sem lágrimas.

Somente aqui, na vida espiritual, vim aprender que a cruz de Cristo era uma estaca que Ele, o Mestre, fincava no chão para levantar o mundo novo. E para dizer-nos em todos os tempos que nada se faz de útil e bom sem sacrifícios, morreu nela. Espezinhado, batido, enterrou-a no solo, revelando-nos que esse é o nosso caminho – o caminho de quem constrói para Cima, de quem mira os continentes do Alto.

É indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue pelos Mensageiros Divinos a Allan Kardec, sem compromissos políticos, sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos de conquista a poderes terrestres transitórios.

Respeito a todas as criaturas, apreço a todas as autoridades, devotamento ao bem comum e instrução do povo, em todas as direções, sobre as Verdades do espírito, imutáveis, eternas.

Nada que lembre castas, discriminações, evidências individuais injustificáveis, privilégios, imunidades, prioridades.

Amor de Jesus sobre todos, verdade de Kardec para todos.

Em cada templo, o mais forte deve ser escudo para o mais fraco, o mais esclarecido a luz para o menos esclarecido, e sempre e sempre seja o sofredor o mais protegido e o mais auxiliado, como entre os que menos sofram seja o maior aquele que se fizer o servidor de todos, conforme a observação do Mentor Divino.

Sigamos para a frente, buscando a inspiração do Senhor.

Bezerra de Menezes


(Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião da Comunhão Espírita  Cristã, em 20-4-1963, em Uberaba, MG. De: Equipe Secretaria-Geral do Conselho Federativo Nacional. Resp. Equipe: Antonio Cesar Perri de Carvalho. Orientação aos órgãos de unificação. Cap. VI. Rio de Janeiro: FEB)

Seja Voluntário

Seja voluntário na evangelização infantil. 

Não aguarde convite para contribuir em favor da Boa Nova no coração das crianças.

Auxilie a plantação do futuro. 

Seja voluntário no Culto do Evangelho. 

Não espere a participação de todos os companheiros do lar para iniciá-lo. 

Se preciso, faça-o sozinho. 

Seja voluntário no templo espírita. 

Não aguarde ser eleito diretor para cooperar. 

Colabore sem impor condições, em algum setor, hoje mesmo. 

Seja voluntário no estudo edificante. 

Não espere que os outros lhe chamem a atenção. 

Estude por conta própria. 

Seja voluntário na mediunidade. 

Não aguarde o desenvolvimento mediúnico, sistematicamente sentado à mesa de sessões. 

Procure a convivência dos Espíritos Superiores, amparando os infelizes. 

Seja voluntário na assistência social. 

Não espere que lhe venham puxar o paletó, rogando auxílio. 

Busque os irmãos necessitados e ajude como puder. 

Seja voluntário na propaganda libertadora. 

Não aguarde riqueza para divulgar os princípios da fé. 

Dissemine, desde já, livros e publicações doutrinárias. 

Seja voluntário na imprensa espírita. 

Não espere de braços cruzados a cobrança da assinatura. 

Envie o seu concurso, ainda que modesto, dentro das suas possibilidades. 

Sim, meu amigo. 

Não se sinta realizado. 

Cultive espontaneidade nas tarefas do bem. 

“A sementeira, é grande e os trabalhadores são poucos.” 

Vivemos os tempos da renovação fundamental. 

Atravessemos, portanto, em serviço, o limiar da Era do Espírito! 

Ressoam os clarins da convocação geral para as fileiras do Espiritismo. 

Há mobilização de todos.
Cada qual pode servir a seu modo.

Aliste-se enquanto você se encontra válido. 

Assuma iniciativa própria. 

Apresente-se em alguma frente de atividade renovadora e sirva sem descansar. 

Quase sempre, espírita sem serviço é alma a caminho de tenebrosos labirintos do umbral.

Seja voluntário na Seara de Jesus,

Nosso Mestre e Senhor! 

Cairbar Schutel

 

(Xavier, Francisco Cândido; Vieira, Waldo. Espíritos diversos. O espírito da verdade. Cap. 58. FEB)

Oração nossa

Senhor,

ensina-nos a orar sem esquecer o trabalho,

a dar sem olhar a quem,

a servir sem perguntar até quando,

a sofrer sem magoar seja a quem for,

a progredir sem perder a simplicidade,

a semear o bem sem pensar nos resultados,

a desculpar sem condições,

a marchar para a frente sem contar os obstáculos,

a ver sem malícia,

a escutar sem corromper os assuntos,

a falar sem ferir,

a compreender o próximo sem exigir entendimento,

a respeitar os semelhantes sem reclamar consideração,

a dar o melhor de nós, além da execução do próprio dever

sem cobrar taxas de reconhecimento.

Senhor,

fortalece em nós a paciência para com as dificuldades

dos outros, assim como precisamos da paciência dos outros

para com as nossas próprias dificuldades.

Ajuda-nos para que a ninguém façamos aquilo

que não desejamos para nós.

Auxilia-nos sobretudo a reconhecer que a nossa

felicidade mais alta será invariavelmente

aquela de cumprir os desígnios, onde e

como queiras, hoje, agora e sempre.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. A Luz da Oração. FEB)

Materialismo e atualidade

Nos mais diversos grupos religiosos temos companheiros que se confessam desolados por desenganos e se retiram da fé, asseverando-se dispostos a viver sem Deus. Viver sem Deus para eles significa a demissão das disciplinas e obrigações que nos frenam os impulsos inferiores e nos impõem os deveres da educação própria.

Livres tais quais somos, procedem assim acreditando que se farão mais felizes pela adoção de semelhante atitude. No entanto, não se sabe de nenhum deles que haja chegado com isso à paz íntima, alicerce fundamental da felicidade.

É que a consciência ocupa em nós muito mais espaço que todas as estruturas que nos constituem o corpo e a alma.

Na Terra de hoje, em nos reportando ao veículo físico, transplantam-se peças determinadas e até mesmo certos órgãos podem ser extraídos sem prejuízo para a existência da criatura. Não existe, porém, qualquer cirurgia que atinja as forças da consciência. Será possível alterar ou anestesiar funções do cérebro que serve-lhes de moradia, impedindo-se-lhes temporariamente as manifestações, mas todo processo de sedação do campo mental, que não se filie ao critério científico para efeito de tratamento ou de cura, resultará sempre em desequilíbrio do qual a vítima voltará à revisão de si mesma para o necessário reajustamento.

Nenhum de nós foi criado para a irresponsabilidade. Urge observar ainda que não somos tão ingênuos a ponto de admitir que basta crer em Deus para que nos sintamos anjos, ao invés de criaturas humanas.

Justamente por isso é que nos conhecemos nos débitos, defeitos, imperfeições, deficiências e inclinações menos felizes que ainda nos caracterizem a individualidade. Entretanto, vale muito mais aceitarmo-nos como somos e aceitarmos os outros como ainda são, trabalhando pelo bem de todos, sob a inspiração da confiança em Deus, do que, a pretexto de virtude ou superioridade, nos declararmos contra Deus, caindo na rebeldia ou no ódio, na violência ou na sovinice, na inveja ou na criminalidade, no alcoolismo ou na toxicomania, na sexualidade descontrolada ou nos desvarios da inteligência.

Há quem diga, e com razão, que milhões de companheiros da Humanidade se bandeiam neste século para o materialismo. Todos eles, porém, permanecem no tumulto e na insegurança, procurando a paz e a alegria que não encontram. E isso ocorre, inelutavelmente, porque toda vez que nos arvoramos contra Deus optamos pela desorientação de nossa própria vida.

Diante dos irmãos que se afastam dos templos e oficinas da fé religiosa, oremos pela tranquilidade deles, porquanto se escolhem fugir de Deus, alegando obstáculos e tribulações na estrada real para a Vida Superior, muito maiores serão as dificuldades com que se observarão defrontados no terreno desconhecido em que se marginalizam.

E prossigamos atentos nas obrigações que nos cabem, claramente convencidos de que todos aqueles companheiros nossos que pretendem a fuga de Deus continuam em Deus, ante a impossibilidade de viverem sem a própria consciência. Sofrem com a ausência de mais profunda intimidade com as tarefas alusivas à inspiração de Deus, suspiram pelo retorno à fé e se atormentam com a sede de harmonia interior, motivos pelos quais à disciplina das Leis de Deus todos eles voltarão.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido; Pires, Herculano; Espíritos diversos. Diálogo dos vivos. Cap. 4. São Bernardo do Campo: GEEM).

Oração de Paz 

Em tudo o que ames

Deus te conduza.

Com quem vivas

Deus te aperfeiçoe.

No que saibas,

Deus te aproveite.

Onde fales

Deus te inspire.

No que faças

Deus te esclareça.

Em tudo o que peças,

Deus te dê o melhor.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Busca e Acharás. Ed. GEEM)