Política Divina

Política divina

“Eu, porém, entre vós, sou como aquele que serve.” – Jesus. (Lucas, 22:27.)

O discípulo sincero do Evangelho não necessita respirar o clima da política administrativa do mundo para cumprir o ministério que lhe é cometido.

O Governador da Terra, entre nós, para atender aos objetivos da política do amor, representou, antes de tudo, os interesses de Deus junto do coração humano, sem necessidade de portarias e decretos, respeitáveis embora.

Administrou servindo, elevou os demais, humilhando a si mesmo.

Não vestiu o traje do sacerdote, nem a toga do magistrado.

Amou profundamente os semelhantes e, nessa tarefa sublime, testemunhou a sua grandeza celestial.

Que seria das organizações cristãs, se o apostolado que lhes diz respeito estivesse subordinado a reis e ministros, câmaras e parlamentos transitórios?

Se desejas penetrar, efetivamente, o templo da verdade e da fé viva, da paz e do amor, com Jesus, não olvides as plataformas do Evangelho Redentor.

Ama a Deus sobre todas as coisas, com todo o teu coração e entendimento.

Ama o próximo como a ti mesmo.

Cessa o egoísmo da animalidade primitiva.

Faze o bem aos que te fazem mal.

Abençoa os que te perseguem e caluniam.

Ora pela paz dos que te ferem.

Bendize os que te contrariam o coração inclinado ao passado inferior.

Reparte as alegrias de teu espírito e os dons de tua vida com os menos afortunados e mais pobres do caminho.

Dissipa as trevas, fazendo brilhar a tua luz.

Revela o amor que acalma as tempestades do ódio.

Mantém viva a chama da esperança, onde sopra o frio do de-salento.

Levanta os caídos.

Sê a muleta benfeitora dos que se arrastam sob aleijões morais.

Combate a ignorância, acendendo lâmpadas de auxílio fraterno, sem golpes de crítica e sem gritos de condenação.

Ama, compreende e perdoa sempre.

Dependerás, acaso, de decretos humanos para meter mãos à obra?

Lembra-te, meu amigo, de que os administradores do mundo são, na maioria das vezes, veneráveis prepostos da Sabedoria Imortal, amparando os potenciais econômicos, passageiros e perecíveis do mundo; todavia, não te esqueças das recomendações traçadas no Código da Vida Eterna, na execução das quais deve-mos edificar o Reino Divino, dentro de nós mesmos.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Vinha de luz. Cap.59. FEB)

União fraternal

União fraternal

“Procurando guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz.” – Paulo. (Efésios, 4:3.)

À frente de teus olhos, mil caminhos se descerram, cada vez que te lembras de fixar a vanguarda distante.

São milhões de sendas que marginam a tua.

Não olvides a es-trada que te é própria e avança, destemeroso.

Estimarias, talvez, que todas as rotas se subordinassem à tua e reportas-te à união, como se os demais viajores da vida devessem gravitar ao redor de teus passos…

Une-te aos outros, sem exigir que os outros se unam a ti.

Procura o que seja útil e belo, santo e sublime e segue adiante…

A nascente busca o regato, o regato procura o rio e o rio liga-se ao mar.

Não nos esqueçamos de que a unidade espiritual é serviço bá-sico da paz.

Observas o irmão que se devota às crianças?

Reparas o companheiro que se dispôs a ajudar aos doentes?

Identificas o cuidado daquele que se fez o amigo dos velhos e dos jovens?

Assinalas o esforço de quem se consagrou ao aprimoramento do solo ou à educação dos animais?

Aprecias o serviço daquele que se converteu em doutrinador na extensão do bem?

Honra a cada um deles, com o teu gesto de compreensão e serenidade, convencido de que só pelas raízes do entendimento pode sustentar-se a árvore da união fraterna, que todos ambicio-namos robusta e farta.

Não admitas que os outros estejam enxergando a vida através de teus olhos.

A evolução é escada infinita.

Cada qual abrange a paisagem de acordo com o degrau em que se coloca.

Aproxima-te de cada servidor do bem, oferecendo-lhe o melhor que puderes, e ele te responderá com a sua melhor parte.

A guerra é sempre o fruto venenoso da violência.

A contenda estéril é resultado da imposição.

A união fraternal é o sonho sublime da alma humana, entretanto, não se realizará sem que nos respeitemos uns aos outros, cultivando a harmonia, à face do ambiente que fomos chamados a servir.

Somente alcançaremos semelhante realização “procurando guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz”.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Fonte viva. Cap. 49. FEB)

 

Solidários, seremos união

Mensagem de união

“Filhos, o Senhor nos abençoe.

Solidários, seremos união.

Separados uns dos outros, seremos pontos de vista.

Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos.

Distanciados entre nós, continuaremos à procura do trabalho com que já nos encontramos honrados com a Providência Divina.

Crede! A humildade e a paciência no mecanismo de nosso relacionamento são as energias de entrosagem de que não podemos prescindir, na execução de nossos compromissos.

Roguemos, pois, a Deus a força indispensável para nos sustentar fiéis aos nossos compromissos de união em torno do Evangelho de Cristo, a fim de concretizar-lhe os princípios de amor e luz.

Mantenhamos unidos, em Jesus, para edificar e acender Kardec no caminho de nossas vidas, porque unicamente assim, agindo com a fraternidade e progredindo com o discernimento, é que conseguiremos obter os valores que nos erguerão na existência em degraus libertadores de paz e ascensão.

Bezerra de Menezes"

(Psicografia de Chico Xavier. Originalmente publicada no jornal: Unificação. USE. Ano XXVII. No. 309. São Paulo. Novembro-dezembro de 1980; extraido de: Carvalho, Antonio Cesar Perri. União dos espíritas. Para onde vamos? 1.ed. Capivari: EME. 2018. 144p).

REVERENCIANDO KARDEC

REVERENCIANDO KARDEC

Antes de Kardec , embora não nos faltasse a crença em Jesus, vivíamos na Terra atribulados por flagelos da mente, quais os que expomos:

o combate recíproco e incessante entre os discípulos do Evangelho;

o cárcere das interpretações literais; o espírito de seita;

a intransigência delituosa; o obsessão sem remédio;

o anátema nas áreas da filosofia e da ciência;

o cativeiro aos rituais;

a dependência quase absoluta dos templos de pedra para as tarefas da edificação íntima;

a preocupação de hegemonia religiosa; a tirania do medo, ante as sombrias perspectivas do além-túmulo;

o pavor da morte, por suposto fim da vida.

Depois de Kardec, porém, com a fé raciocinada nos ensinamentos de Jesus, o mundo encontra no Espiritismo Evangélico benefícios incalculáveis, como sejam:

a libertação das consciências;

a luz para o caminho espiritual;

cimento da mediunidade e a cura dos processos obsessivos;

a certeza da vida após a morte;

o intercâmbio com os entes queridos domiciliados no Além;

a seara da esperança;

o clima da verdadeira compreensão humana;

o lar da fraternidade entre todas as criaturas;

a escola do Conhecimento Superior, desvendando as trilhas da evolução e a multiplicidade das “moradas” nos domínios do Universo.

Jesus – o amor. Kardec – o raciocínio.

Jesus – o Mestre.

Kardec – o Apóstolo.

Seguir o Cristo de Deus, com a luz que Allan Kardec acende em nossos corações, é a norma renovadora que nos fará alcançar a sublimação do próprio espírito, em louvor da Vida Maior.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. Doutrina de luz. São Bernardo do Campo: GEEM)

CRER EM VÃO

CRER EM VÃO

“Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado, se não é que crestes em vão.” — Paulo. (1ª EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS, CAPÍTULO 15, VERSÍCULO 2.)

Qual acontece a muitas flores que não atingirão a frutescência na estação adequada, existem inúmeras almas, nos serviços da crença, que não alcançam em longos períodos de luta terrestre a iluminação de si mesmas, por haverem crido em vão nos trilhos da vida.

Paulo de Tarso foi muito explícito quando asseverou aos coríntios que eles seriam salvos se retivessem o Evangelho.

A revelação de Jesus é campo extenso onde há lugar para todos os homens, em nos referindo aos serviços diversos.

Muitos chegam à obra, todavia, não passam além da letra, cooperando nas organizações puramente intelectuais; uns improvisam sistemas teológicos, outros contribuem na estatística e outros ainda se preocupam com a localização histórica do Senhor.

É imperioso reconhecer que toda tarefa digna se reveste de utilidade a seu tempo, de conformidade com os sentimentos do colaborador; contudo, no que condiz com a vida eterna que o Cristianismo nos desdobra ao olhar, é imprescindível retermos em nós o ensinamento do Mestre, com vistas à necessária aplicação.

Cada aprendiz há de ser uma página viva do livro que Jesus está escrevendo com o material evolutivo da Terra.

O discípulo gravará o Evangelho na própria existência ou então se preparará ao recomeço do aprendizado, porqüanto, sem fixar em si mesmo a luz da lição, debalde terá crido.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Pão nosso. Cap. 149. FEB)

Comunicações

COMUNICAÇÕES


“Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus.” — (1 JOÃO, capítulo 4, versículo 1.)

Os novos discípulos do Evangelho, em seus agrupamentos de intercâmbio com o mundo espiritual, quase sempre manifestam ansiedade em estabelecer claras e perfeitas comunicações com o Além.

Se muitas vezes aparecem fracassos, nesse particular, se as experimentações são falhas de êxito, é que, na maioria dos casos, o indagador obedece muito mais ao egoísmo próprio que ao imperativo edificante.

O propósito de exclusividade, nesse sentido, abre larga porta ao engano.

Através dela, malfeitores com instrumentos nocivos podem penetrar o templo, de vez que o aprendiz cerrou os olhos ao horizonte das verdades eternas.

Bela e humana a dilatação dos laços de amor que unem o homem encarnado aos familiares que o precederam na jornada de Além-Túmulo, mas é inaceitável que o estudante obrigue quem lhe serviu de pai ou de irmão a interferir nas situações particulares que lhe dizem respeito.

Haverá sempre quem dispense luz nas assembléias de homens sinceros,

O programa de semelhante assistência, contudo, não pode ser substancialmente organizado pelas criaturas, muita vez inscientes das necessidades próprias.

Em virtude disso, recomendou o apóstolo que o discípulo atente, não para quem fale, mas para a essência das palavras, a fim de certificar-se se o visitante vem de Deus.

Emmanuel

 

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Caminho, verdade e vida. Cap. 69. FEB)

CONFIEMOS ALEGREMENTE

CONFIEMOS ALEGREMENTE

“Regozijai-vos sempre.” – Paulo. (I Tessalonicenses, 5:16.)

Lembra-te das mercês que o Senhor te concede pelos braços do tempo e espalha gratidão e alegria onde estiveres…

Repara as forças da Natureza, a emergirem, serenas, de todos os cataclismos.

Corre a fonte cantando pelo crivo do charco…

Sussurra a brisa melodias de confiança após a ventania destruidora…

A árvore multiplica flores e frutos, além da poda…

Multidões de estrelas rutilam sobre as trevas da noite…

E cada manhã, ainda mesmo que os homens se tenham valido da sombra para enxovalhar a Terra com o sangue do crime, volve o Sol, em luminoso silêncio, acalentando homens e vermes, montes e furnas.

Ainda mesmo que o mal te golpeie transitoriamente o corarão, recorda os bens que te compõem a riqueza da saúde e da esperança, do trabalho e do amor, e rejubila-te, buscando a frente…

Tédio é deserção…

Pessimismo é veneno…

Encara os obstáculos de ânimo firme e estampa o otimismo em tua alma para que não fujas aos teus próprios compromissos perante a vida.

Serenidade em nós é segurança nos outros.

O sorriso de paz é arco-íris no céu de teu semblante.

“Regozijai-vos sempre” – diz-nos o apóstolo Paulo.

E acrescentamos: – Rejubilemos-nos em tudo com a Vontade de Deus, porque a Vontade de Deus significa Bondade Eterna.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo Espírito Emmanuel. Palavras de Vida Eterna. Lição nº 50. Uberaba: CEC).

Interpretação dos Textos Sagrados

Interpretação dos Textos Sagrados

“Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.” — (2ª EPÍSTOLA A PEDRO, capítulo 1, versículo 20.)

Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. Sua luz imperecível brilha sobre os milênios terrestres, como o Verbo do princípio, penetrando o mundo, há quase vinte séculos. Lutas sanguinárias, guerras de extermínio, calamidades sociais não lhe modificaram um til nas palavras que se atualizam, cada vez mais, com a evolução multiforme da Terra. Tempestades de sangue e lágrimas nada mais fizeram que avivar-lhes a grandeza.

Entretanto, sempre tardios no aproveitamento das oportunidades preciosas, muitas vezes, no curso das existências renovadas, temos desprezado o Caminho, indiferentes ante os patrimônios da Verdade e da Vida. O Senhor, contudo, nunca nos deixou desamparados.

Cada dia, reforma os títulos de tolerância para com as nossas dívidas; todavia, é de nosso próprio interesse levantar o padrão da vontade, estabelecer disciplinas para uso pessoal e reeducar a nós mesmos, ao contacto do Mestre Divino.

Ele é o Amigo Generoso, mas tantas vezes lhe olvidamos o conselho que somos suscetíveis de atingir obscuras zonas de adiamento indefinível de nossa iluminação interior para a vida eterna. No propósito de valorizar o ensejo de serviço, organizamos este humilde trabalho interpretativo (1), sem qualquer pretensão a exegese.

Concatenamos apenas modesto conjunto de páginas soltas destinadas a meditações comuns. Muitos amigos estranhar-nos-ão talvez a atitude, isolando versículos e conferindo-lhes cor independente do capítulo evangélico a que pertencem. Em certas passagens, extraimos daí somente frases pequeninas, proporcionandolhes fisionomia especial e, em determinadas circunstâncias, as nossas considerações desvaliosas parecem contrariar as disposições do capítulo em que se inspiram.

Assim procedemos, porém, ponderando que, num colar de pérolas, cada qual tem valor específico e que, no imenso conjunto de ensinamentos da Boa Nova, cada conceito do Cristo ou de seus colaboradores diretos adapta-se a determinada situação do Espírito, nas estradas da vida.

A lição do Mestre, além disso, não constitui tão-somente um impositivo para os misteres da adoração. O Evangelho não se reduz a breviário para o genuflexório. É roteiro imprescindível para a legislação e administração, para o serviço e para a obediência. O Cristo não estabelece linhas divisórias entre o templo e a oficina. Toda a Terra é seu altar de oração e seu campo de trabalho, ao mesmo tempo. Por louvá-lo nas igrejas e menoscabá-lo nas ruas é que temos naufragado mil vezes, por nossa própria culpa. Todos os lugares, portanto, podem ser consagrados ao serviço divino.

Muitos discípulos, nas várias escolas cristãs, entregaram-se a perquirições teológicas, transformando os ensinos do Senhor em relíquia morta dos altares de pedra; no entanto, espera o Cristo venhamos todos a converter-lhe o evangelho de Amor e Sabedoria em companheiro da prece, em livro escolar no aprendizado de cada dia, em fonte inspiradora de nossas mais humildes ações no trabalho comum e em código de boas maneiras no intercâmbio fraternal.

Embora esclareça nossos singelos objetivos, noto, antecipadamente, ampla perplexidade nesse ou naquele grupo de crentes.

Que fazer?

Temos imensas distâncias a vencer no Caminho, para adquirir a Verdade e a Vida na significação integral.

Compreendemos o respeito devido ao Cristo, mas, pela própria exemplificação do Mestre, sabemos que o labor do aprendiz fiel constitui-se de adoração e trabalho, de oração e esforço próprio. Quanto ao mais, consola-nos reconhecer que os Textos Sagrados são dádivas do Pai a todos os seus filhos e, por isso mesmo, aqui nos reportamos às palavras sábias de Simão Pedro: “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.”

EMMANUEL

Pedro Leopoldo, 2 de setembro de 1948

(Apresentação do livro Caminho, Verdade e Vida. FEB)

Sem idolatria

Sem idolatria

Cap. XXI – Item 8

“Não vos façais, pois, idólatras…” – Paulo (I Coríntios, 10: 7)

Núcleos religiosos de todos os tempos e mesmo certas práticas, estranha à religião, têm usado a idolatria como tradição fundamental para manter sempre viva a chama da fé e o calor do ideal.

O hábito vinculou-se tão profundamente ao espírito popular que, em plena atualidade, nos arraiais do Espiritismo Cristão, a desfraldar a bandeira da fé raciocinada, às vezes, ainda encontramos criaturas tentando a substituição dos ídolos inertes pelos companheiros de carne e osso da experiência comum, quando chamados ao desempenho da responsabilidade mediúnica.

Urge, desse modo, compreendermos a impropriedade da idolatria de qualquer natureza, fugindo, entretanto, à iconoclastia e à violência, no cultivo do respeito e da compreensão diante das convicções alheias, de modo a servirmos na libertação mental dos outros na esfera do bom exemplo.

A advertência apostólica vem comprovar que a Doutrina Cristã, em sua pureza de fundamentos, surgiu no clima da Galileia, dispensando a adoração indébita, em todas as circunstâncias, devendo-se exclusivamente à interferência humana os excedentes que lhe foram impostos ao exercício simples e natural.

Assim, proscreve de teu caminho qualquer prurido idolátrico em torno de objetos ou pessoas, reafirmando a própria emancipação das algemas seculares que vêm cerceando o intercâmbio das criaturas encarnadas com o Reino do Espírito, através da legítima confiança.

Recebemos hoje a incumbência de aplicar, na edificação do bem desinteressado, o tempo e a energia que desperdiçávamos, outrora, à frente dos ídolos mortos, de maneira a substancializarmos o ideal religioso, no progresso e na educação, prelibando as realidades da Vida Gloriosa.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. O Espírito da Verdade. Cap. 72. FEB)

CRENÇA

CRENÇA

“Crês que há um só Deus e fazes o bem. Mas os demônios também o crêem e Estremecem.” (Thiago, 2:19).

Alguns momentos de reflexão no Evangelho sacodem-nos o raciocínio, para que venhamos despertar no reconhecimento de nossas responsabilidades em matéria de crença.

Asseveramos, a cada passo, a convicção iniludível, quanto à existência de Deus.

Habitualmente, enquadramos à vida mental a determinado tipo de interpretação religiosa, a fim de reverenciá-lo, através do modo que supomos mais digno.

Construímos santuários para honrar-lhe a munificência.

Pretendemos enobrecê-lo em obras de arte.

Sabemos admirar-lhe a sabedoria, seja na grandeza do firmamento ou na simplicidade do chão.

Certificamo-nos de que as suas leis são inelutáveis, desde as que foram estatuídas para a semente até as que traçam caminho às constelações.

Articulamos preces em louvor ou de súplica, nas quais lhe endereçamos os anseios mais íntimos.

Receitamos confiança em Deus para todos aqueles que ainda não conseguiram entesourá-la.

Ás vezes, chegamos até mesmo ao entusiasmo infantil dos que imaginam adivinhar as opiniões de Deus, nisso ou naquilo.

Todas essas atitudes nascem da pessoa que reconhece a imanência de Deus.

Entretanto, os Espíritos perversos também sabem que Deus existe.

Crença por crença, há crença nos planos superiores, e há crença nos planos inferiores.

Meditemos nisso para considerar que, acima de tudo, importa saber o que estamos fazendo de nossa fé.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido, Pelo espírito Emmanuel. Palavras de Vida Eterna. cap. 137. Uberaba: CEC)