Algo de nós (crises de transição)

Algo de nós

Reconhecemos todos que o mundo atravessa agitadas crises de transição.

Mas podes ser, onde estiveres, a escora de fé, em que outros se apoiem.

Surgem calamidades.

Entretanto, nada te impede ser o refúgio em que se alimente pequenina tarefa socorrista.

Golpes de violência demonstram os desvarios de muitos companheiros da Humanidade.

Todavia, o conhecimento superior te autoriza a efetuar o esforço do reajuste.

Labaredas de discórdia rebentam, às vezes, nos melhores grupos sociais.

No entanto, reténs os necessários recursos de espírito, a fim de restaurar a obra da união.

Tribulações em família se destacam, aqui e ali, com ímpeto arrasador.

Dispões, contudo, de meios precisos para ser um ponto de amparo e compreensão no reduto doméstico. Ideias estranhas enxameiam no campo da inteligência, tentando desprimorar valores humanos.

Guardas, porém, a possibilidade de ser fiel à dignidade da vida.

Muitos se inclinam para o ódio.

Se quiseres consegues personalizar a presença do amor.

Há quem vibre, favorecendo a guerra.

Serás, no entanto, o toque da paz.

Todos nós, os Espíritos encarnados ou desencarnados, ainda no regime de vinculação ao Planeta Terrestre, estamos vendo as transformações do mundo e compartilhando o trabalho que decorre de todas elas.

Urge reconhecer, porém, que cada um de nós pode ser uma parcela de serviço, acrescentando algo de bom ao processo evolutivo, em que nos achamos irmanados, com vistas à vitória do bem na construção do futuro para o Reino de Deus.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelos espíritos Emmanuel e André Luiz. Busca e acharás. São Paulo: Ed. IDEAL)

Carta de Ano Novo

CARTA DE ANO NOVO

 Ano Novo é também a renovação de nossa oportunidade de aprender, trabalhar e servir.

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O tempo, como paternal amigo, como que se reencarna no corpo do calendário, descerrando-nos horizontes mais claros para a necessária ascensão.

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Lembra-te de que o ano em retorno é novo dia a convocar-te para execução de velhas promessas, que ainda não tiveste a coragem de cumprir.

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Se tens algum inimigo, faze das horas renascer-te o caminho da reconciliação.

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Se foste ofendido, perdoa, a fim de que o amor te clareie a estrada para frente.

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Se descansaste em demasia, volve ao arado de tuas obrigações e planta o bem com destemor para a colheita do porvir.

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Se a tristeza te requisita, esquece-a e procura a alegria serena da consciência feliz no dever bem cumprido.

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Novo Ano! Novo Dia! Sorri para os que te feriram e busca harmonia com aqueles que te não entenderam até agora.

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Recorda que há mais ignorância que maldade, em torno de teu destino.

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Não maldigas, nem condenes.

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Auxilia a acender alguma luz para quem passa ao teu lado, na inquietude da escuridão.

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Não te desanimes, nem te desconsoles.

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Cultiva o bom ânimo com os que te visitam, dominados pelo frio do desencanto ou da indiferença.

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Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora: Ama e auxilia sempre. Ajuda aos outros, amparando a ti mesmo, porque se o dia volta amanhã, eu estou contigo, esperando pela doce alegria da porta aberta de teu coração.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. Vida e caminho. São Bernardo do Campo: GEEM).

 

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RECORDAÇÃO DO NATAL

RECORDAÇÃO DO NATAL

Não permitas que o júbilo do Natal vibre em teu coração à maneira de uma lâmpada encarcerada…

Toma o facho de luz que a mensagem do Céu acende ao redor de teus passos e estende-lhe a claridade sublime…

Não te detenhas…

Se a fé resplandece em teu santuário interior, que importam a ventania e o temporal?

O Sol, cada manhã, penetra os recôncavos do abismo sem contaminar-se.

Segue, invencível em tua esperança e sereno em tua coragem, sob a inspiração da fraternidade e da paz! …

Sê um raio estelar da sabedoria para a noite da ignorância; sê a gota de orvalho da consolação e do carinho que diminua a tensão do sofrimento por onde passes; sê o fio imperceptível da compreensão e do auxílio que dissipe o nevoeiro da discórdia; sê a frase simples e boa que ajude e reconforte, onde o fogo do mal esteja crestando as flores do bem…

Um sorriso idealiza milagres…

Um gesto amigo ampara a multidão…

Com algumas palavras, o Cristo articulou o roteiro regenerativo do mundo e com a bênção da própria renúncia retificou os caminhos da Humanidade.

Renovam-se no Natal as vibrações da Estrela do Amor que exaltou com Jesus a glorificação a Deus e ao reino da Boa Vontade entre os homens.

Jamais ensurdeçamos ante o apelo celestial que se repete…

Ampliemos a comunhão fraterna e louvemos a cooperação, porque, anualmente, o Cristo nos requisita a verdadeira solidariedade, a fim de que, em nos tornando mais irmãos uns dos outros, possa Ele nascer, em espírito, na manjedoura do nosso coração, transformando em incessante e Divino Natal todos os dias de nossa vida.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. Relicário de Luz. Lição nº 14. FEB)

Cartão de Natal

Cartão de Natal

Ao clarão do Natal, que em ti acorda a música da esperança, escuta a voz de alguém que te busca o ninho da própria alma!…

Alguém que te acende a estrela da generosidade nos olhos e te adoça o sentimento, qual se trouxesses uma harpa de ternura escondida no peito.

Sim, é Jesus, o amigo fiel, que volta.

Ainda que não quisesses, lembrar-lhe-ias hoje os dons inefáveis, ao recordares as canções maternais que te embalaram o berço, o carinho de teu pai, ao recolher-te nos braços enternecidos, a paciência dos mestres que te guiaram na escola e o amor puro de velhas afeiçoes que te parecem distantes.

Contemplas a rua, onde luminárias e cânticos lhe reverenciam a gloria; entretanto, vergaste ao peso das lagrimas que te desafogam o coração…

É que ele te fala no íntimo, rogando perdão para os que erram, socorro aos que sofrem, agasalho aos que tremem na vastidão da noite, consolação aos que gemem desanimados e luz para os que jazem nas trevas.

Não hesites! Ouve-lhe a petição e faze algo!…

Sorri de novo para os que te ofenderam; abençoa os que te feriram; divide o farnel com os irmão em necessidade; entrega um minuto de reconforto ao doente; oferece uma fatia de bolo aos que moram, sozinhos, sob ruínas e pontes abandonadas; estende um lençol macio aos que esperam a morte, sem aconchego do lar; cede pequenina parte de tua bolsa no auxílio às mães fatigadas, que se afligem ao pé dos filhinhos que enlanguescem de fome, ou improvisa a felicidade de uma criança esquecida.

Não importa se diga que cultivas a bondade somente hoje quando o Natal te deslumbra!…

Comecemos a viver com Jesus, ainda que seja por algumas horas, de quando em quando, e aprendemos, pouco a pouco, a estar com ele, em todos os instantes, tanto quanto ele permanece conosco, tornando diariamente ao nosso convívio e sustentando-nos para sempre.

Meimei

(Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. Antologia mediúnica do Natal. Cap. 5. FEB)

Viver melhor

Viver melhor

Todos queremos ser felizes, viver melhor.

Entretanto, ouçamos a experiência.

A felicidade não é um tapete mágico.

Ela nasce do bem que você espalhe, não daqueles que se acumulam inutilmente.

Tanto isto é verdade que a alegria é a única doação que você pode fazer sem possuir nenhuma.

Você pode estar em dificuldade e suprimir muitas dificuldades dos outros.

Conquanto às vezes sem qualquer consolação, você dispõe de imensos recursos para reconfortar e reerguer os irmãos em prova ou desvalimento.

A receita de vida melhor será sempre melhorar-nos, através da melhora que venhamos a realizar para os outros.

A vida é dom de Deus em todos.

E quem serve só pra si não serve para os objetivos da vida, porque viver é participar, progredir, elevar, integrar-se.

Se aspiramos a viver melhor, escolhamos o lugar de servir na causa do bem de todos.

Para isso, não precisa você condicionar-se a alheios pontos de vista.. .

Engaje-se na fileira de servidores que se lhe afine com as aptidões.

Aliste-se em qualquer serviço no bem comum.

É tão importante colaborar na higiene do seu bairro ou na construção de uma escola, quanto auxiliar a uma criança necessitada ou prestar apoio a um doente.

Procure a Paz, garantindo a Paz onde esteja.

Viva em segurança, cooperando na segurança dos outros.

Aprendamos a entregar o melhor de nós à vida que nos rodeia e a vida nos fará receber o melhor dela própria.

Seja feliz, fazendo os outros felizes.

Saia de você mesmo ao encontro dos outros, mas não resmungue, nem se queixe contra ninguém.

E os outros nos farão encontrar Deus.

Não julgue que semelhante instrução seja assunto unicamente para você que ainda se acha na Terra.

Se você acredita que os chamados mortos estão em paz gratuita, engano seu, porque os mortos se quiserem paz que aprendam a sair de si mesmos e a servirem também.

André Luiz

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito André Luiz. Respostas da Vida. Cap. 4. São Paulo: IDEAL)

De ânimo forte

De ânimo forte

“Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, amor e moderação.” – Paulo. (II Timóteo, 1:7.)

Não faltam recursos de trabalho espiritual a todo irmão que deseje reerguer-se, aprimorar-se, elevar-se.

Lacunas e necessidades, problemas e obstáculos desafiam o espírito de serviço dos companheiros de fé, em toda parte.

A ignorância pede instrutores, a dor reclama enfermeiros, o de-sespero suplica orientadores.

Onde, porém, os que procuram abraçar o trabalho por amor de servir?

Com raras exceções, observamos, na maioria das vezes, a fuga, o pretexto, o retraimento.

Aqui, há temor de responsabilidade; ali, receios da crítica; acolá, pavor de iniciativa a benefício de todos.

Como poderá o artista fazer ouvir a beleza da melodia se lhe foge o instrumento?

Nesse caso, temos em Jesus o artista divino e em nós outros, encarnados e desencarnados, os instrumentos dEle para a eterna melodia do bem no mundo.

Se algemamos o coração ao medo de trabalhar em benefício coletivo, como encontrar serviço feito que tranqüilize e ajude a nós mesmos?

como recolher felicidade que não semeamos ou amealhar dons de que nos afastamos suspeitosos?

Onde esteja a possibilidade de sermos úteis, avancemos, de ânimo forte, para a frente, construindo o bem, ainda que defrontados pela ironia, pela frieza ou pela ingratidão, porque, conforme a palavra iluminada do apóstolo aos gentios, “Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, amor e moderação”.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Vinha de luz. Cap. 31. FEB)

Tua Mente

Tua Mente

Entre os cuidados devidos ao corpo e a alma, recordemos o problema da habitação.

Quanto mais instruída a pessoa, mais asseio na moradia.

Nem sempre a residência é rica do ponto de vista material.

Vê-se, aí, contudo, limpeza e ordem, segurança e bom gosto.

É imperioso porém, que o senso de higiene e harmonia não se fixe, unicamente, no domicilio externo.

Necessário que semelhante preocupação nos alcance o pouso íntimo.

A mente é a casa do espírito.

Como acontece a qualquer vivenda, ela possui muitos compartilhamentos com serventia para atividades diversas.

E, às vezes, sobrecarregamos as dependências de nosso lar interior com idéias positivamente inadequadas as nossas necessidades reais.

Quando preconceitos enquistados, teorias inúteis, inquietações e tensões, queixas e mágoas se nos instalam por dentro, dilapidamos os tesouros do tempo e as oportunidades de progresso, de vez que impedimos a passagem da corrente transformadora da vida, através de nossas próprias forças.

Sabemos que uma casa, por mais simples, deve ser arejada e batida de sol para garantir a saúde.

Ninguém conserva lixo, de propósito, no ambiente familiar.

Qualquer perturbação no sistema de esgoto ou na circulação de energia elétrica representa motivos para assistência imediata.

Desde épocas remotas, combatemos a escuridão.

Da tocha à candeia, da candeia à lâmpada moderna, esmera-se o homem na criação de recursos com que se defender contra o predomínio das trevas.

Pondera quanto a isso e não guardes, ressentimentos e nem cultives discórdias no campo da própria alma.

Trabalha, estuda, faze o bem e esquece o mal, afim de que te arregimentes contra o nevoeiro da ignorância.

Tua mente, tua casa intransferível.

Nela te nascem os sonhos e aspirações, emoções e idéias, planos e realizações.

Dela partem as tuas manifestações nos caminhos da vida, e de nossas manifestações nos caminhos da vida depende o nosso cativeiro à sombra ou a nossa libertação para a luz.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Alma e Coração. São Paulo: Pensamento)

Advertência aos pais de família

Advertência aos pais de família

“Estas páginas, foram escritas de preferência para os adultos de poucas letras doutrinárias e não propriamente para crianças, visto que para ensinar a Doutrina Espírita aos filhos é necessário que os pais possuam noções doutrinárias, um guia, um conselheiro que lhes norteie o caminho a seguir. Não obstante, será bom que a criança e o adolescente assistam às aulas educativas de moral religiosa na sua agremiação espírita. Poderão assistir a elas, e deverão mesmo fazê-lo, pois será também necessário cultivar a convivência com os futuros companheiros de ideal, ampliar e desenvolver relações fraternas e adquirir traquejo para futuros certames de cunho espírita.”

“Patrocinando, pois, um ensaio lítero-doutrinário-evangélico para auxílio às mães e aos pais de família, durante as noites de serão no lar, onde o Evangelho do Senhor e seus benefícios ao indivíduo e à sociedade serão ministrados e examinados, eu o faço no cumprimento dos próprios deveres para com o Consolador, enviado pelo Céu à Terra como orientador da renovação moral de cada um, para efetivação dos desígnios de Deus em relação à humanidade. Que tão belos serões renovadores do lar e dos corações obtenham êxito na boa educação da infância e dos iniciantes em geral, é o meu desejo.”

Bezerra de Menezes

(Mensagem “Advertência aos pais de família”, 26/01/1964, incluída em: Pereira, Yvonne Amaral. A família espírita. Brasília: FEB. 2013)

Quando há luz

Quando há luz

“O amor do Cristo nos constrange” – Paulo. (2ª Epístola aos Coríntios, 5:14.)

Quando Jesus encontra santuário no coração de um homem, modifica-se-lhe a marcha inteiramente.

Não há mais lugar dentro dele para a adoração improdutiva, para a crença sem obras, para a fé inoperante.

Algo de indefinível na terrestre linguagem transtorna-lhe o espírito.

Categoriza-o a massa comum por desajustado, entretanto, o aprendiz do Evangelho, chegando a essa condição, sabe que o Trabalhador Divino como que lhe ocupa as profundidades do ser.

Renova-se-lhe toda a conceituação da existência.

O que ontem era prazer, hoje é ídolo quebrado.

O que representava meta a atingir, é roteiro errado que ele deixa ao abandono.

Torna-se criatura fácil de contentar, mas muito difícil de agradar.

A voz do Mestre, persuasiva e doce, exorta-o a servir sem descanso.

Converte-se-lhe a alma num estuário maravilhoso, onde os padecimentos vão ter, buscando arrimo, e por isso sofre a constan-te pressão das dores alheias.

A própria vida física afigura-se-lhe um madeiro, em que o Mestre se aflige.

É-lhe o corpo a cruz viva em que o Senhor se agita crucificado.

O único refúgio em que repousa é o trabalho perseverante no bem geral. Insatisfeito, embora resignado; firme na fé, não obstante angustiado; servindo a todos, mas sozinho em si mesmo, segue, estrada a fora, impelido por ocultos e indescritíveis aguilhões…

Esse é o tipo de aprendiz que o amor do Cristo constrange, na feliz expressão de Paulo.

Vergasta-o a luz celeste por dentro até que abandone as zonas inferiores em definitivo.

Para o mundo, será inadaptado e louco.

Para Jesus, é o vaso das bênçãos.

A flor é uma linda promessa, onde se encontre.

O fruto maduro, porém, é alimento para Hoje.

Felizes daqueles que espalham a esperança, mas bem-aventurados sejam os seguidores do Cristo que suam e padecem, dia a dia, para que seus irmãos se reconfortem e se alimentem no Senhor!

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Fonte viva. cap. 74. FEB)

Perante Allan Kardec

Perante Allan Kardec

Disse o Cristo: Há muitas moradas na casa do Pai.

Sem Allan Kardec não perceberíamos que o Mestre relaciona os mundos que enxameiam na imensidade cósmica, a valerem por escolas de experiência, nos objetivos da ascensão espiritual.

Disse o Cristo: Necessário é nascer de novo.

Sem Allan Kardec, não saberíamos que o Sublime Instrutor não se refere à mudança íntima da criatura, nos grandes momentos da curta existência física, e sim à lei da reencarnação.

Disse o Cristo: Se a tua mão te escandalizar, corta-a; ser-te-á melhor entrar na vida aleijado que, tendo duas mãos, ires para o inferno.

Sem Allan Kardec, não concluiríamos que o Excelso Orientador se reporta às grandes resoluções da alma culpada, antes do renascimento no berço humano, com vistas à regeneração necessária, de modo a não tombar no sofrimento maior, em regiões inferiores ao planeta terrestre.

Disse o Cristo: Quem vier a mim e não deixar pai e mãe, filhos e irmãos, não pode ser meu discípulo.

Sem Allan Kardec, não reconheceríamos que o Divino Benfeitor não nos solicita a deserção dos compromissos para com os entes amados, e sim nos convida a renunciar ao prazer de sermos entendidos e seguidos por eles, de imediato, sustentando, ainda, a obrigação de compreendê-los e ser-vi-los por nossa vez.

Disse o Cristo: Perdoai não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes.

Sem Allan Kardec, não aprenderíamos que o Mestre não nos inclina à falsa superioridade daqueles que anelam o reino dos céus tão somente para si próprios, e sim nos faz sentir que o perdão é dever puro e simples, a fim de não cairmos indefinidamente nas grilhetas do mal.

Disse o Cristo: Conhecereis a Verdade e a Verdade vos fará livres.

Sem Allan Kardec, desconheceríamos que o raciocínio não pode ser alienado em assuntos da fé e que a religião deve ser sentida e praticada, estudada e pesquisada, para que não venhamos a converter o Evangelho em museu de fanatismo e superstição.

Cristo revela.

Kardec descortina.

Diante, assim, do Três de Outubro, que nos recorda o natalício do Codificador, enderecemos a ele, onde estiver, o nosso preito de reconhecimento e de amor, porquanto todos encontramos em Allan Kardec o inolvidável paladino de nossa libertação.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Irmãos Unidos. São Bernardo do Campo: Ed. GEEM)