Unificação

O serviço de Unificação em nossas fileiras é urgente, mas não apressado. Uma afirmativa parece destruir a outra. Mas não é assim. É urgente porque define o objetivo a que devemos todos visar; mas não apressado, porquanto não nos compete violentar consciência alguma.

Mantenhamos o propósito de irmanar, aproximar, confraternizar e compreender, e, se possível, estabeleçamos em cada lugar, onde o nome do Espiritismo apareça por legenda de luz, um grupo de estudo, ainda que reduzido, da Obra Kardequiana, à luz do Cristo de Deus.

Nós que nos empenhamos carinhosamente a todos os tipos de realização respeitável que os nossos princípios nos oferecem, não podemos esquecer o trabalho do raciocínio claro para que a vida se nos povoe de estradas menos sombrias. Comparemos a nossa Doutrina Redentora a uma cidade metropolitana, com todas as exigências de conforto e progresso, paz e ordem. Indispensável a diligência no pão e no vestuário, na moradia e na defesa de todos; entretanto, não se pode olvidar o problema da luz. A luz foi sempre uma preocupação do homem, desde a hora da furna primeira. Antes de tudo, o fogo obtido por atrito, a lareira doméstica, a tocha, os lumes vinculados às resinas, a candeia e, nos tempos modernos, a força elétrica transformada em clarão.

A Doutrina Espírita possui os seus aspectos essenciais em configuração tríplice. Que ninguém seja cerceado em seus anseios de construção e produção. Quem se afeiçoe à ciência que a cultive em sua dignidade, quem se devote à filosofia que lhe engrandeça os postulados e quem se consagre à religião que lhe divinize as aspirações, mas que a base kardequiana permaneça em tudo e todos, para que não venhamos a perder o equilíbrio sobre os alicerces e que se nos levanta a organização.

Nenhuma hostilidade recíproca, nenhum desapreço a quem quer que seja. Acontece, porém, que temos necessidade de preservar os fundamentos espíritas, honrá-los e sublimá-los, senão acabaremos estranhos uns aos outros, ou então cadaverizados em arregimentações que nos mutilarão os melhores anseios, convertendo-nos o movimento de libertação numa seita estanque, encarcerada em novas interpretações e teologias, que nos acomodariam nas conveniências do plano inferior e nos afastariam da Verdade.

Allan Kardec, nos estudos, nas cogitações, nas atividades, nas obras, a fim de que a nossa fé não faça hipnose, pela qual o domínio da sombra se estabelece sobre as mentes mais fracas, acorrentando-as a séculos de ilusão e sofrimento.

Libertação da palavra divina é desentranhar o ensinamento do Cristo de todos os cárceres a que foi algemado e, na atualidade, sem querer qualquer privilégio para nós, apenas o Espiritismo retém bastante força moral para se não prender a interesses subalternos e efetuar a recuperação da luz que se derramado verbo cristalino do Mestre, dessedentando e orientando as almas.

Seja Allan Kardec, não apenas crido ou sentido, apregoado ou manifestado, a nossa bandeira, mas suficientemente vivido, sofrido, chorado e realizado em nossas próprias vidas. Sem essa base é difícil forjar o caráter espírita-cristão que o mundo conturbado espera de nós pela unificação.

Ensinar, mas fazer; crer, mas estudar; aconselhar, mas exemplificar; reunir, mas alimentar.

Falamos em provações e sofrimentos, mas não dispomos de outros veículos para assegurar a vitória da verdade e do amor sobre a Terra. Ninguém edifica sem amor, ninguém ama sem lágrimas.

Somente aqui, na vida espiritual, vim aprender que a cruz de Cristo era uma estaca que Ele, o Mestre, fincava no chão para levantar o mundo novo. E para dizer-nos em todos os tempos que nada se faz de útil e bom sem sacrifícios, morreu nela. Espezinhado, batido, enterrou-a no solo, revelando-nos que esse é o nosso caminho – o caminho de quem constrói para Cima, de quem mira os continentes do Alto.

É indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue pelos Mensageiros Divinos a Allan Kardec, sem compromissos políticos, sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos de conquista a poderes terrestres transitórios.

Respeito a todas as criaturas, apreço a todas as autoridades, devotamento ao bem comum e instrução do povo, em todas as direções, sobre as Verdades do espírito, imutáveis, eternas.

Nada que lembre castas, discriminações, evidências individuais injustificáveis, privilégios, imunidades, prioridades.

Amor de Jesus sobre todos, verdade de Kardec para todos.

Em cada templo, o mais forte deve ser escudo para o mais fraco, o mais esclarecido a luz para o menos esclarecido, e sempre e sempre seja o sofredor o mais protegido e o mais auxiliado, como entre os que menos sofram seja o maior aquele que se fizer o servidor de todos, conforme a observação do Mentor Divino.

Sigamos para a frente, buscando a inspiração do Senhor.

Bezerra de Menezes


(Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião da Comunhão Espírita  Cristã, em 20-4-1963, em Uberaba, MG. De: Equipe Secretaria-Geral do Conselho Federativo Nacional. Resp. Equipe: Antonio Cesar Perri de Carvalho. Orientação aos órgãos de unificação. Cap. VI. Rio de Janeiro: FEB)

Seja Voluntário

Seja voluntário na evangelização infantil. 

Não aguarde convite para contribuir em favor da Boa Nova no coração das crianças.

Auxilie a plantação do futuro. 

Seja voluntário no Culto do Evangelho. 

Não espere a participação de todos os companheiros do lar para iniciá-lo. 

Se preciso, faça-o sozinho. 

Seja voluntário no templo espírita. 

Não aguarde ser eleito diretor para cooperar. 

Colabore sem impor condições, em algum setor, hoje mesmo. 

Seja voluntário no estudo edificante. 

Não espere que os outros lhe chamem a atenção. 

Estude por conta própria. 

Seja voluntário na mediunidade. 

Não aguarde o desenvolvimento mediúnico, sistematicamente sentado à mesa de sessões. 

Procure a convivência dos Espíritos Superiores, amparando os infelizes. 

Seja voluntário na assistência social. 

Não espere que lhe venham puxar o paletó, rogando auxílio. 

Busque os irmãos necessitados e ajude como puder. 

Seja voluntário na propaganda libertadora. 

Não aguarde riqueza para divulgar os princípios da fé. 

Dissemine, desde já, livros e publicações doutrinárias. 

Seja voluntário na imprensa espírita. 

Não espere de braços cruzados a cobrança da assinatura. 

Envie o seu concurso, ainda que modesto, dentro das suas possibilidades. 

Sim, meu amigo. 

Não se sinta realizado. 

Cultive espontaneidade nas tarefas do bem. 

“A sementeira, é grande e os trabalhadores são poucos.” 

Vivemos os tempos da renovação fundamental. 

Atravessemos, portanto, em serviço, o limiar da Era do Espírito! 

Ressoam os clarins da convocação geral para as fileiras do Espiritismo. 

Há mobilização de todos.
Cada qual pode servir a seu modo.

Aliste-se enquanto você se encontra válido. 

Assuma iniciativa própria. 

Apresente-se em alguma frente de atividade renovadora e sirva sem descansar. 

Quase sempre, espírita sem serviço é alma a caminho de tenebrosos labirintos do umbral.

Seja voluntário na Seara de Jesus,

Nosso Mestre e Senhor! 

Cairbar Schutel

 

(Xavier, Francisco Cândido; Vieira, Waldo. Espíritos diversos. O espírito da verdade. Cap. 58. FEB)

O Clarim completa 111 anos e lança livro em Ribeirão Preto, Matão e Araraquara

Matão-palestra    Matão-Marchesan    Matão-Autógrafos

Ribeirão-Aut.    Ribeirão-União Fraterna-Com dirigentes e vice-presid.USE-SP    Araraquara-livro

Em roteiro programado pela Casa Editora O Clarim, para lançamentos e palestras sobre o livro “Epístolas de Paulo à luz do Espiritismo”, o autor Antonio Cesar Perri de Carvalho proferiu conferências, seguidas de autógrafos, entre os dias 12 e 14 de agosto. O visitante esteve nos seguintes locais: Ribeirão Preto, na União Fraterna, com comparecimento de dirigentes de várias instituições, USE de Ribeirão Preto e de José Antonio Luiz Balieiro, vice-presidente da USE-SP. Em Matão, no C.E. O Clarim, para a comemoração dos 111 anos do Centro e do jornal “O Clarim” – fundados por Cairbar Schutel -, e contando com palavras do presidente da instituição José Luiz Marchesan e Aparecido Belvedere, tendo havido visita ao Memorial Cairbar Schutel. Em Araraquara, no C.E. Portal da Luz, onde foi acompanhado pelos companheiros de O Clarim Aparecido Belvedere e Valentim Fernandes. Acesse: https://www.oclarim.org/oclarim/265/epistolas-de-paulo-a-luz-do-espiritismo.html; https://www.facebook.com/casaeditoraoclarim/photos/?tab=album&album_id=1070917386296709

A fantástica história de Jorge

Adelino da Silveira

Ao longo dos anos em que ia a Uberaba, conheci muita gente. Gente boa, gente meio boa e gente menos boa. Algumas, o tempo vai apagando lentamente, mas jamais terá força suficiente para apagar de minhas lembranças a figura encantadora que vocês vão passar a conhecer.

Numa daquelas madrugadas, quando as reuniões do Grupo Espírita da Prece se estendiam até ao amanhecer, vi-o pela primeira vez. Naquela filas quase intermináveis que se formavam para a despedida ou para uma última palavrinha ainda que rápida com Chico, ele chamou-me a atenção pela alegria com que esperava a sua vez.

Vinha com passos cansados, o andar trôpego, a fisionomia abatida, mas seus olhos brilhavam à medida que se aproximava do médium. Não raro, seu contentamento se traduzia em lágrimas serenas mas copiosas.

Trajes pobres, descalço, pés rachados, indicando que raramente teriam conhecido um par de sapatos. Calça azul, camisa verde, com muitos remendos; um paletó de casimira apertava-lhe o corpo franzino.

Pele escura, cabelos enrolados nos lábios uma ferida. Chamava-se Jorge.

Creio que deve ter tomado poucos banhos durante toda a vida. Quando se aproximava, seu corpo magro, sofrido e mal alimentado exalava um odor desagradável.

Em sua boca, alguns raros tocos de dentes, totalmente apodrecidos. Quando falava, seu hálito era quase insuportável. Ainda que alguém não quisesse, tinha um movimento instintivo de recuo. Quando se aproximava, tínhamos pressa em dar-lhe algum trocado para que ele fosse comprar pipoca, doce ou um refrigerante, a fim de que saísse logo de perto da gente.

Jorge morava com o irmão e a cunhada num bairro muito pobre – uma favela, quase um cortiço.

Seu quarto era um pequeno cômodo anexado ao barraco do irmão. Algumas telhas, pedaços de tábuas, de plásticos, folhas de lata emolduravam o seu pequeno espaço.

O irmão e a cunhada eram bóias-frias. Jorge ficava com as crianças. Fazia-lhes mingau, trocava-lhes os panos, assistia-os. Alma assim caridosa, acredito que sofresse maus tratos. Muitas vezes o vi com marcas no rosto, e, ainda hoje, fico pensando se aquela ferida permanente em seu lábio inferior não seria resultante de constantes pancadas.

Pois o Chico conversava com ele, cinco,dez, vinte minutos. Nas primeiras vezes, pensava: “Meu Deus! como é que o Chico pode perder tanto tempo com ele, quando tantas pessoas viajaram milhares de quilômetros e mal pegaram sua mão?! Por que será que ele não diminui o tempo do Jorge, para dar mais atenção aos outros?”

Somente mais tarde fui entender que a única pessoa capaz de parar para ouvir o Jorge era ele.

Em casa, o infeliz não tinha com quem conversar; na rua, ninguém lhe dava atenção.

Quase todas as vezes em que lá estive, lá estava ele também.

Assim, por alguns anos, habituei-me a ver aquele estranho personagem que aos poucos me foi cativando.

Hoje , passados tantos anos, ao escrever estas linhas, ainda choro. “A gente corre o risco de chorar um pouco, quando se deixou cativar, não é mesmo?

Nunca ouvimos de sua boca qualquer palavra de queixa ou revolta.

Seu diálogo com o paciente médium era comovente e enternecedor.

– Jorge, como vai a vida?

– Ah, Tio Chico! Eu acho a vida uma beleza!

– E a viagem, foi boa?

– Muito boa, Tio Chico! Eu vim olhando as flores que Deus plantou no caminho para nos alegrar.

– Do que você mais gosta de olhar, Jorge?

– O azul do céu, Tio Chico. às vezes penso que o Sinhô Jesus tá me espiando por detrás de uma nuvem.

– Depois, o visitante falava da briga dos gatos, da goteira que molhou a cama, do passarinho que estava fazendo ninho no seu telhado.

Quando pensava que tudo havia terminado, o dono da casa ainda dizia:

– Agora, o nosso Jorge vai declamar alguns versos.

Eu chegava até me virar na cadeira, perguntando a mim mesmo: “Onde é que o Chico arruma tanta paciência?”

Jorge declamava um, dois , quatro versos.

– Bem Jorge, agora para a nossa despedida, declame o verso que mais gosto.

– Qual, tio Chico?

– Aquele da moça.

– Ah, Tio Chico! Já me lembrei. Já me lembrei.

Naquelas horas, o centro continuava lotado. As pessoas se acotovelavam, formando um grande círculo em torno da mesa.

Jorge colocava, então, o colarinho da camisa para fora, abotoava o único botão de seu surrado paletó, colocava as mãos para trás, à semelhança de uma criança quando vai declamar na escola ou perante uma autoridade, olhava para ver se o estavam observando e sapecava, inflado de orgulho:

“Menina, penteia o cabelo.

Joga as tranças para a cacunda.

Queira Deus que não te leve de domingo pra segunda!”

Quando terminava, o riso era geral. Ele também sorria. Um sorriso solto e alegre, mas ainda assim doído, pois a parte inferior de seus grossos lábios se dilatava, fazendo sangrar a ferida.

Aí, ele se aproximava do médium, que lhe dava uma pequena ajuda em dinheiro. Em todos aqueles anos, nunca consegui ver quanto era. Depois, colocava o dinheiro dentro de uma capanga, onde já havia guardado as pipocas, os doces, dando um nó na alça do pano.

Para se despedir, ele não se abraçava ao Chico: ele se jogava, sim, todo por inteiro em cima do Chico! Falava quase dentro do nariz do Chico e eu nunca o vi ter aquele recuo instintivo como eu tivera tantas vezes.

Beijava-lhe a mão, o qual também beijava a mão e a face dele, ao que ele retribuía, beijando os dois lados da face do Chico, onde ficavam manchas de sangue deixadas pela ferida aberta em seus lábios. Nunca vi o Chico se limpar na presença dele nem depois que ele se tivesse ido. Eu, que muitas vezes, ao chegar à casa dele, molhava um pano e limpava o que passamos a chamar carinhosamente de “o beijo do Jorge…”

Não saberia dizer quantas vezes pensei em levar um presente àquele pobre irmão – uma camisa…um par de sapatos…uma blusa. Infelizmente, fui adiando e o tempo passando. Acabei por não lhe levar nada.

Lembro-me disto com tristeza e as palavras do Apóstolo Paulo se fazem mais fortes nos recessos de minha alma: “Façamos o bem, enquanto temos tempo.”

Enquanto temos tempo. De repente, fica tarde demais. Jorge desencarnou. Desencarnou numa madrugada fria. Completamente só em seu quarto. Esquecido do mundo, esquecido de todos, mas não de Deus.

Contou-me o Chico que foi este nosso irmão de pele escura, cabelos enrolados, ferida nos lábios, pés rachados, mau cheiro e mau hálito que ao desencarnar, Jesus Cristo veio pessoalmente buscar. Entrou naquela quarto de terra batida, retirou Jorge do corpo magro e sofrido, envolto em trapos imundos, aconchegou-o de encontro ao peito e voou com ele para o espaço, como se carregasse o mais querido dos seus irmãos!

“Eis que estarei convosco até o fim dos séculos.”

“Não vos deixarei órfãos.”

Ele não faria uma promessa que não pudesse cumprir.

 

Extraído de: http://www.kardecriopreto.com.br/a-fantastica-historia-de-jorge-o-humilde-cidadao-que-quando-desencarnou-foi-recebido-no-plano-espiritual-por-jesus-de-nazare/

O APÓSTOLO PAULO E OS JOGOS OLÍMPICOS

Simbolo

De 5 a 21 de agosto, atletas de mais de 200 países estarão no Rio de Janeiro participando, numa das 42 modalidades esportivas, de mais uma Olimpíada. Os jogos olímpicos tiveram seu início em Olímpia, na Grécia Antiga, ao longo do tempo ampliaram-se para o mundo, promovendo o intercâmbio e o convívio fraterno entre os povos dos cinco continentes.

O que nem todos sabem, ou atentam, é que no Novo Testamento há várias referências aos chamados jogos olímpicos, mais precisamente nas cartas, ou epístolas, do apóstolo Paulo, quem mais levou a mensagem de Jesus a outras terras. O convertido de Damasco faz referência a alguns tipos de esportes nas quatorze missivas a ele atribuídas, notando-se nisso o claro objetivo de facilitar o entendimento dos ensinos do Evangelho e de transmitir orientações às comunidades cristãs de diferentes regiões por meio de algo que lhes era familiar.

Paulo, vale lembrar, nasceu em Tarso, cidade da Turquia, na região histórica da Cilícia, com cerca de 300 mil habitantes, que promovia, de tempos em tempos, competições com diferentes modalidades: corridas, lutas, lançamento de discos, arremesso de dardos… Eram os jogos olímpicos gregos.

O Espírito Emmanuel, no monumental “Paulo e Estêvão”, psicografado por Chico Xavier, edição da Federação Espírita Brasileira, menciona no capítulo “Nas estradas de Jope”, em mais de uma oportunidade, a paixão do apóstolo dos gentios pelos esportes. Como nesta passagem: “Recordava [Paulo], satisfeito, o esporte a que se afeiçoara na cidade natal, tão ao gosto grego em que fora educado, graças à solicitude paterna. Olhos fixos nos cavalos árdegos e velozes, vinham- -lhe à mente as vitórias alcançadas, entre os parceiros de jogos na sua descuidosa adolescência.”

O texto psicografado, se pode dizer assim, preenche uma lacuna no Evangelho, no qual apenas se consegue depreender, sem nenhuma citação específica, a importância que os esportes tiveram na vida do apóstolo, sobretudo na sua juventude como o judeu Saulo, pois, se assim não fosse, homem maduro já convertido no cristão Paulo, não teria deixado transparecer, de maneira tão intensa, tal influência na pregação da Boa Nova.

Retornando à questão das citações contidas nas cartas que evidenciam a marca do esportismo na vida de Paulo, destacamos, como exemplo, esta, quando escreve à sua comunidade grega da cidade portuária de Corinto, fazendo menção a duas modalidades olímpicas, a corrida e a luta: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como a coisa incerta: assim combato, não como batendo no ar” (I Coríntios, 9:24-26).

Ou esta, dirigida aos Gálatas, na qual escreve fazendo comparação com as corridas no estádio: “[…] e lhes expus o Evangelho que prego entre os gentios, e particularmente aos que estavam em estima; para que de maneira alguma não corresse ou não tivesse corrido em vão” (Gálatas, 2:2, 5 e 7).

Escrevendo aos habitantes de Filipos: “Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses, 3:14).

Aos hebreus: “[…] deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta” (Hebreus, 12:1).

E, já ancião, preso em Roma e condenado à morte, despede-se de Timóteo, escrevendo esta que se tornou uma das suas mais célebres e conhecidas frases, um resumo de sua vida de lutas e superação por amor ao Cristo: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé” (II Timóteo, 4:7).

Imbuídos do espírito olímpico que nos cerca com maior intensidade nesses dias, que possamos, tal como Paulo, viver como atletas do bem, superando obstáculos e crescendo, com Jesus, um pouco mais a cada dia.

(De: Editorial, Serviço Espírita de Informações, edição 2262, Julho de 2016;

http://www.redeamigoespirita.com.br/profiles/blogs/o-ap-stolo-paulo-e-os-jogos-ol-mpicos?xg_source=msg_appr_blogpost)

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ACESSE também: http://grupochicoxavier.com.br/por-que-epistolas-de-paulo/

 

 

Epístolas de Paulo no Guará e em Candangolândia

C.E.Cantinho da Fé     C.E.Cantinho da Fé com Walid e dirigentes     Edmar e Zilá Jorge no C.F.E.Chico Xavier

No dia 2 de agosto, na Casa Fraterna Espírita Chico Xavier, no Guará (Brasília), dirigida pelo casal Zilá e Edmar Jorge, ele também presidente da Associação Jurídico Espírita-DF, e, no dia 5 de agosto no Centro Espírita e Obras Sociais Cantinho da Fé, em Candangolândia (Brasília), ocorreram palestras por Antonio Cesar Perri de Carvalho (ex-presidente da FEB), sobre o tema Epístolas de Paulo à luz do Espiritismo, e com autógrafos no seu livro de mesmo título, da Ed. O Clarim. Neste último centro também autografou sua obra "Depoimentos sobre Chico Xavier" (FEB) e foi recepcionado por Walid Daoud e equipe dirigente da instituição.

Arte e Fé no Uruguai

CE Maldonado-Azelma com crianças-1    Montevideu-Hacia la Verdad-Azelma    Montvideu-Hacia la Verdad-Pablo e Edimilson    CE Maldonado, com Edimilson e Eduardo à direita, e Azelma à esquerda


O Centro Espírita Hacia la Verdad, de Montevideo, e o Centro Espírita Por la Fraternidad, de Maldonado (Uruguai) receberam a visita, respectivamente nos dias 6 e 2 de agosto, de Edimilson e Azelma Nogueira, ligados ao Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier e ao C.E. Cantinho da Fé, de Brasília. Nos dois ambientes Edimilson fez palestra sobre o tema “A fé no momento atual”, e Azelma desenvolveu trabalho lítero musical com as crianças. Em Maldonado estava presente o presidente da Federação Espírita Uruguaia, Eduardo dos Santos, e em Montevideo, o evento foi dirigido por Pablo Arias, vice-presidente da Federação Espírita Uruguaia. Informações:https://www.facebook.com/Federaci%C3%B3n-Esp%C3%ADrita-Uruguaya-137647496248746/; https://www.facebook.com/haciala.verdad/posts

Curta metragem “Agora já foi” em Toronto

Toronto Spir.Soc-Cine debate com Felipe Menezes


A Toronto Spiritist Society, em Toronto (Canadá), no dia 6 de agosto, contou com sessão com debate do curta metragem produzido pela Federação Espírita do Amapá. Estavam presentes Felipe Menezes (vice-presidente da F.E.Amapá) e sua esposa Cláudia, sendo recepcionados pelo casal Mussi. “Agora já foi” recebeu dois prêmios do Festival de Cinema Transcendental de Brasília. A Federação Espírita do Amapá, mantém o projeto ‘Semeamar’, abordando o suicídio e o aborto sob a ótica espírita em parceria com escolas públicas e privadas, e, utiliza o curta-metragem ‘Agora já foi’ como ferramenta educativa para refletir junto com os jovens sobre o valor da vida. Informações: http://feamapa.com.br/movesp/setembro-amarelo-pela-valorizacao-da-vida/

Oração nossa

Senhor,

ensina-nos a orar sem esquecer o trabalho,

a dar sem olhar a quem,

a servir sem perguntar até quando,

a sofrer sem magoar seja a quem for,

a progredir sem perder a simplicidade,

a semear o bem sem pensar nos resultados,

a desculpar sem condições,

a marchar para a frente sem contar os obstáculos,

a ver sem malícia,

a escutar sem corromper os assuntos,

a falar sem ferir,

a compreender o próximo sem exigir entendimento,

a respeitar os semelhantes sem reclamar consideração,

a dar o melhor de nós, além da execução do próprio dever

sem cobrar taxas de reconhecimento.

Senhor,

fortalece em nós a paciência para com as dificuldades

dos outros, assim como precisamos da paciência dos outros

para com as nossas próprias dificuldades.

Ajuda-nos para que a ninguém façamos aquilo

que não desejamos para nós.

Auxilia-nos sobretudo a reconhecer que a nossa

felicidade mais alta será invariavelmente

aquela de cumprir os desígnios, onde e

como queiras, hoje, agora e sempre.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. A Luz da Oração. FEB)

Palestra e atividade artística no Uruguai

CE Maldonado, com Edimilson e Eduardo à direita, e Azelma à esquerda      CE Maldonado-Azelma com crianças-1      CE Maldonado-crianças-2

O Centro Espírita Por la Fraternidad, de Maldonado (Uruguai) recebeu a visita de Edimilson e Azelma Nogueira, ligados ao Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier e ao C.E. Cantinho da Fé, de Brasília. No dia 2, Edimilson fez palestra sobre o tema “A fé no momento atual”, e Azelma desenvolveu trabalho lítero musical com as crianças, em horário preliminar à reunião pública. Estava presente um dos dirigentes da casa e também da Federação Espírita Uruguaia, Eduardo Dos Santos. Informações: https://www.facebook.com/Federaci%C3%B3n-Esp%C3%ADrita-Uruguaya-137647496248746/