Encerramento – Evangelho do Trabalhador

Encerramento – Evangelho do Trabalhador

O Grupo Espírita Casa do Caminho, de São Paulo, promoveu palestra no dia 15 de dezembro com Carlos Santana, abordando tema sobre Jesus.

No dia 21, à tarde, ocorreu a última reunião do ano com colaboradores, coordenadores de reuniões, intitulada "evangelho do trabalhador". O presidente Regis Lang estava presente e houve apresentação de pianista, ligada à Casa.

RECORDAÇÃO DO NATAL

RECORDAÇÃO DO NATAL

Não permitas que o júbilo do Natal vibre em teu coração à maneira de uma lâmpada encarcerada…

Toma o facho de luz que a mensagem do Céu acende ao redor de teus passos e estende-lhe a claridade sublime…

Não te detenhas…

Se a fé resplandece em teu santuário interior, que importam a ventania e o temporal?

O Sol, cada manhã, penetra os recôncavos do abismo sem contaminar-se.

Segue, invencível em tua esperança e sereno em tua coragem, sob a inspiração da fraternidade e da paz! …

Sê um raio estelar da sabedoria para a noite da ignorância; sê a gota de orvalho da consolação e do carinho que diminua a tensão do sofrimento por onde passes; sê o fio imperceptível da compreensão e do auxílio que dissipe o nevoeiro da discórdia; sê a frase simples e boa que ajude e reconforte, onde o fogo do mal esteja crestando as flores do bem…

Um sorriso idealiza milagres…

Um gesto amigo ampara a multidão…

Com algumas palavras, o Cristo articulou o roteiro regenerativo do mundo e com a bênção da própria renúncia retificou os caminhos da Humanidade.

Renovam-se no Natal as vibrações da Estrela do Amor que exaltou com Jesus a glorificação a Deus e ao reino da Boa Vontade entre os homens.

Jamais ensurdeçamos ante o apelo celestial que se repete…

Ampliemos a comunhão fraterna e louvemos a cooperação, porque, anualmente, o Cristo nos requisita a verdadeira solidariedade, a fim de que, em nos tornando mais irmãos uns dos outros, possa Ele nascer, em espírito, na manjedoura do nosso coração, transformando em incessante e Divino Natal todos os dias de nossa vida.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. Relicário de Luz. Lição nº 14. FEB)

Um minuto com Chico Xavier

Um minuto com Chico Xavier

Regina Stella Spagnuolo

Conta-nos o Prof. Lauro Pastor, residente em Campinas, amigo de Chico Xavier desde Pedro Leopoldo, que certa vez, ao visitá-lo, caminhando em sua companhia pelas ruas da cidade, se depararam com uma procissão. A igreja-matriz de Pedro Leopoldo ficava, como fica, na mesma rua onde se ergueu o Centro Espírita “Luiz Gonzaga”; à época, os católicos organizavam algumas procissões ditas de desagravo contra os espíritas. Observando que a procissão, com diversos acompanhantes e andores, se aproximava, o Prof. Lauro sugeriu a Chico que apressassem o passo, pois, caso contrário, não poderiam depois atravessar a rua – a menos que cortassem a procissão pelo meio, o que seria uma afronta.

Pedindo ao amigo que não se preocupasse, Chico parou na esquina e, enquanto a procissão seguia o seu roteiro, manteve-se o tempo todo em atitude de respeito e de oração, ainda convidando o amigo para que ambos se descobrissem, ou seja, tirassem o chapéu – sim, porquanto, naqueles idos de 1950, Chico também usava chapéu.

O Prof. Lauro disse-nos que nunca mais pôde esquecer aquela lição de tolerância religiosa que lhe foi dada por Chico, enfatizando ainda que foi dessa maneira que, aos poucos, o médium venceu a resistência de seus opositores da Doutrina.

Exemplos de Chico Xavier que, nem sempre, em nossa atual condição evolutiva, temos assimilado; fazemos da religião uma paixão clubística, sem atinarmos que Jesus não hesitava, inclusive, de comparecer às sinagogas dos judeus, sem significar, todavia, que lhes endossasse a ritualística em que “a pretexto de longas orações, devoravam as casas das viúvas”…

De: Histórias de Chico Xavier, elaborada pelo Grupo de Estudo Allan Kardec.
Extraído de:
Revista digital O Consolador, edição de 22/12/2019.

http://www.oconsolador.com.br/ano13/650/umminutocomchico.html

ATUALIDADE DO ESPIRITISMO COMO RELIGIÃO

ATUALIDADE DO ESPIRITISMO COMO RELIGIÃO

Por Flávio Rey de Carvalho (*)

Com a proposta de fornecer subsídios passíveis de enunciar a atualidade do espiritismo como religião, o presente estudo objetiva tecer algumas considerações ligadas ao surgimento da doutrina espírita, em meados do Oitocentos, e refletir sobre seu aspecto religioso, utilizando-se, para isso, a categoria “religião pessoal”, apreendida da obra As variedades da experiência religiosa, de William James.

Sob essa perspectiva, que considera aquilo que parte do “interior” das pessoas ‒ seus “sentimentos”, sua “consciência” e seus “atos” ‒, sustenta-se a hipótese de que o espiritismo é uma religião baseada no estabelecimento do laço moral entre os indivíduos, isto é, no desenvolvimento dos sentimentos mútuos de fraternidade, solidariedade, indulgência e benevolência. Assim, baseando-se na divisão do campo religioso proposta por William James, o espiritismo, caso fosse considerado sob a perspectiva formal (manifesta em protocolos, rituais, cerimônias, hierarquias, etc.), própria da “religião institucional”, não seria, de fato, uma religião. Por outro lado, caso seja levado em conta o viés da “religião pessoal” (que envolve, em suma, o sentimento religioso dos indivíduos), o espiritismo é uma religião.

Para fazer um balanço final, retoma-se, oportunamente, a constatação feita pela cientista social Maria Angela Vilhena, segundo a qual para “certas lideranças espíritas” a questão de o espiritismo ser considerado como uma religião seria “complexa e controversa” ‒ todavia, o que estaria motivando isso?

Kardec foi bastante claro quando afirmou, na Revista espírita de 1868, que o espiritismo é ‒ “sem dúvida” ‒ uma religião: baseada, pura e simplesmente, no estabelecimento do laço moral entre os indivíduos, isto é, pautada pelo desenvolvimento dos sentimentos mútuos de fraternidade, solidariedade, indulgência e benevolência. Frente a esse posicionamento de Kardec, a sua simples rejeição, por parte de algumas lideranças espíritas, já não seria um indício de que poderia estar ocorrendo um desvirtuamento na sua proposta basilar? Poderiam as noções de culto, forma, hierarquias, cerimônias ou privilégios terem se imiscuído em setores do meio espírita, distanciando-os do ideal doutrinário delineado por Kardec? Não seria esse, possivelmente, o motivo da falta de consenso em se considerar o espiritismo como uma religião? Tratam-se de questões complexas e controversas, porém, devemos nos guiar pelos posicionamentos de Kardec, que, quando bem interpretados, não deixam dúvidas, pois, como ele afirmou na conclusão de O livro dos espíritos: “O Espiritismo se apóia sobre as próprias bases da religião […].”

Portanto, considera-se que essa esfera de atuação religiosa do espiritismo, a despeito de consistir em uma proposta elaborada em meados do século XIX, mantém-se adequada aos desafios suscitados pela atualidade ‒ vista como uma época marcada pela relação e pelo diálogo entre as culturas, conforme esta síntese feita pelo pesquisador da religião Aldo Natale Terrin: “Num tempo em que as culturas se fragmentam e se entrecruzam, se constroem e se dissolvem, as religiões têm o dever de tentar um caminho paralelo de ecumenismo e de globalização de forças, caminho indicado pelo próprio mundo atual, mas têm também o dever de realizar esse percurso em sentido unitário e convergente para ainda servirem de ponto de referência e de farol de luz para a humanidade.”

Síntese do capítulo de livro digital:

Carvalho, Flávio Rey. Atualidade do Espiritismo como religião. In: Purificação, Marcelo Máximo; Catarino, Elisângela Maura (Org.). Teologia e ciência da religião: agenda para discussão. Cap. 9. Ponta Grossa: Atena Editora. 2019. P. 71-78.

Disponível em:

https://www.atenaeditora.com.br/post-artigo/26224

(*) Doutor em Ciência da Religião pela PUC-SP; Mestre em História pela UnB; colaborador em São Paulo do Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa Espírita Eduardo de Carvalho Monteiro.

Jugo de Jesus é mais suave

Jugo de Jesus é mais suave

Antonio Cesar Perri de Carvalho

Nas tarefas da "peregrinação" de um sábado de novembro de 1983, os comentários foram em torno do trecho de O Evangelho Segundo o Espiritismo:

"Vinde a mim, todos os que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomais sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração…"

Como de de hábito, Chico convidava para expositores para fazerem uso da palavra. Havia o lembrete para que falassem em torno de dois minutos. Geralmente, o professor Tomaz Silva falava em primeiro lugar para "modular" os demais expositores.

Chico Xavier arrematou com pensamentos inspirados por Emmanuel.

Comentou que na natureza tudo progride sob o jugo e passou a estabelecer comparações: a usina que sob jugo controla a água, aproveitando-a; o animal que sob o jugo da canga se transforma em útil transportador de peso; o motor do veículo que sob jugo da disciplina torna-se em instrumento útil do processo…

No final, Chico concluiu:

"Todos estamos sob a lei do jugo, mas a do Cristo é mais suave" e concitou todos à paciência, à calma, à cooperação porque o amor e a caridade são imprescindíveis para a aceitação do jugo do Cristo.

Lembrou também que todas as vezes que as ações não sáo pautadas no amor e na caridade, pode-se aguardar as consequências…

Extraído de:

Carvalho, Antonio Cesar Perri. Chico Xavier. O homem, a obra e as repercussões. 1.ed. Cap. 1.16. Capivari: EME; São Paulo: USE-SP. 2019.

Cartão de Natal

Cartão de Natal

Ao clarão do Natal, que em ti acorda a música da esperança, escuta a voz de alguém que te busca o ninho da própria alma!…

Alguém que te acende a estrela da generosidade nos olhos e te adoça o sentimento, qual se trouxesses uma harpa de ternura escondida no peito.

Sim, é Jesus, o amigo fiel, que volta.

Ainda que não quisesses, lembrar-lhe-ias hoje os dons inefáveis, ao recordares as canções maternais que te embalaram o berço, o carinho de teu pai, ao recolher-te nos braços enternecidos, a paciência dos mestres que te guiaram na escola e o amor puro de velhas afeiçoes que te parecem distantes.

Contemplas a rua, onde luminárias e cânticos lhe reverenciam a gloria; entretanto, vergaste ao peso das lagrimas que te desafogam o coração…

É que ele te fala no íntimo, rogando perdão para os que erram, socorro aos que sofrem, agasalho aos que tremem na vastidão da noite, consolação aos que gemem desanimados e luz para os que jazem nas trevas.

Não hesites! Ouve-lhe a petição e faze algo!…

Sorri de novo para os que te ofenderam; abençoa os que te feriram; divide o farnel com os irmão em necessidade; entrega um minuto de reconforto ao doente; oferece uma fatia de bolo aos que moram, sozinhos, sob ruínas e pontes abandonadas; estende um lençol macio aos que esperam a morte, sem aconchego do lar; cede pequenina parte de tua bolsa no auxílio às mães fatigadas, que se afligem ao pé dos filhinhos que enlanguescem de fome, ou improvisa a felicidade de uma criança esquecida.

Não importa se diga que cultivas a bondade somente hoje quando o Natal te deslumbra!…

Comecemos a viver com Jesus, ainda que seja por algumas horas, de quando em quando, e aprendemos, pouco a pouco, a estar com ele, em todos os instantes, tanto quanto ele permanece conosco, tornando diariamente ao nosso convívio e sustentando-nos para sempre.

Meimei

(Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. Antologia mediúnica do Natal. Cap. 5. FEB)

Visita à origem: Instituição Nosso Lar

Visita à origem: Instituição Nosso Lar

Na  manhã do dia 15 de dezembro, Cesar Perri visitou a Instituição Nosso Lar, onde há quase 56 anos iniciou suas atividades espíritas, inclusive com fundação da Mocidade Espírita, e Barcelo Cintra, era um dos participantes e depois colega de turma na Faculdade. Inclusive, a visita aconteceu em seguida à confraternização dos 50 anos de formatura, em Araçatuba (SP). Na reunião pública da Instituição falavam Helinho e Roberto Santos e presentes o irmão e presidente Paulo Perri; os amigos, Sirlei Nogueira, Osvaldo e Vânia Magro, as irmãs Cleonice e Maria Luzia, Barcelo Cintra e esposa. Coincidentemente era lembrada a data de nascimento da genitora Bebé e, na foto, os dois filhos aparecem diante das fotos dos fundadores de Nosso Lar: Emília Santos e os irmãos Rolandinho e Bebé.

A Instituição Nosso Lar, fundada em 1960, foi inaugurada em 1961, e deu origem à Casa Transitória, Casa da Sopa Emília Santos e Centro Espírita Luz e Fraternidade. Cesar Perri, Barcelo Cintra e Ismael Gobbo participaram dessas instituíções desde o início delas. Maria Luzia de Almeida Rosa é da mesma época, mas inicialmente era vinculada a outra casa.