FRUTOS DO BEM

FRUTOS DO BEM

Cada criatura é percebida no plano da verdade e apreciada, de perto, pelas forças que a representam no mundo.

Não olvides que a nota de nossa influência na Terra é amplamente reconhecida nas esferas superiores.

Não pelas palavras brilhantes que, em muitas circunstâncias, podem ocultar delituosos e obscuros pensamentos.

Não pelos modos gentis que, em muitas ocasiões, constituem maneiras que a disciplina nos impõe à impulsividade agressiva, através da contenção compreensivelmente louvável.

Não pela cultura intelectual que, muitas vezes, se faz porta de acesso à perturbação.

Não pela idade longa que tenhamos alcançado no corpo físico, de vez que, em muitos lances da experiência, o tempo foi menosprezado ante a responsabilidade que as horas significam.

Não pela fé religiosa no culto externo, porquanto a rotulagem convencional nem sempre define o caráter elevado e as qualidades edificantes.

O verbo, a atitude, o tempo, a inteligência e a convicção representarão expressivos valores em nossa romagem na Terra, mas apenas quando com eles formamos o Fruto do Bem – o único patrimônio pelo qual pode o espírito merecer a bênção do Senhor e incorporá-la ao campo dos próprios dias.

Seja qual for a nossa situação no quadro terrestre, mantenhamos a planta da existência sobre as raízes do Cristo, o Divino Mestre, porque, em verdade, somente em Jesus, encontraremos a seiva da imortalidade, capaz de auxiliar-nos na produção dos frutos do bem, talentos imperecíveis que sustentam a paz e a alegria na Terra por serem os verdadeiros tesouros dos Céus.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Reconforto. Lição nº 15. São Bernardo do Campo: GEEM)

E as previsões?

E as previsões?

Antonio Cesar Perri de Carvalho

Toda passagem de ano gera expectativas e muitas ideias vinculadas às tradicionais previsões.

Nos últimos tempos muitos repetem sobre a fase que vivemos e que chamam de transição planetária. Realmente, estamos em momento de transições, mas estas nunca deixaram de existir porque o Universo não é estático. Acontece que há fases em que ocorrem transformações profundas e rápidas. Por isso torna-se importante a análise num largo espaço de tempo para se verificar o ritmo das mudanças.

Por isso torna-se importante a análise num largo espaço de tempo para se verificar o ritmo das mudanças. Em nossos dias, a comunicação instantânea propicia muitas vezes visões mais catastróficas. Em realidade muitos fenômenos materiais e transformações da Humanidade, em geral, sempre existiram, mas não havia a disseminação das informações de maneira globalizada. E como a mídia destaca mais as tragédias, fica-se com uma impressão que o “mundo está em total ebulição”.  

O Espiritismo tem sua fundamentação nas obras de Allan Kardec e seu último livro “A Gênese” e que tem como subtítulo “Os milagres e as predições segundo o Espiritismo”, e, no final, dois capítulos: “Os tempos são chegados” e “Sinal dos tempos”. A partir desta obra lançada em 6 de janeiro de 1868 (152 anos anteontem) desenvolvemos a linha de raciocínio que foge das tradicionais interpretações feitas a partir da aceitação da escatologia e da parusia. Evidentemente que são pensamentos desenvolvidos nos dois milênios por alas cristãs.

Assim, considerando o livro citado, “A Gênese”, destacamos o trecho: “O resultado final de um acontecimento pode, pois, ser certo, já que está nos desígnios Deus. Mas, como frequentemente, os detalhes e o modo de execução são subordinados às circunstâncias e ao livre-arbítrio dos homens; os caminhos e os meios podem ser eventuais”. Portanto, “os Espíritos podem nos alertar sobre o conjunto, se for útil que sejamos prevenidos. Mas para precisar o lugar e a data, eles deveriam conhecer previamente a decisão que tal ou qual indivíduo tomará.” Interessante notar que Kardec dá mais importância às transformações morais e espirituais do que às alterações físicas cíclicas e naturais de nosso orbe.

Uma característica marcante de nossa época é o processo complexo de reajustamento de todos os valores humanos. Daí os intensos e continuados choques de pensamentos e de posições. Embora ocorram momentos mais críticos no processo civilizatório, sempre se dá um passo na senda do progresso.

A propósito, o guia espiritual de Chico Xavier, o espírito Emmanuel, tratou do assunto em várias obras deste médium. Mas há um trecho do livro “Busca e acharás” que nos parece muito apropriado para a época que vivemos: “Reconhecemos todos que o mundo atravessa agitadas crises de transição. Mas podes ser, onde estiveres, a escora de fé, em que outros se apoiem.”

O cultivo da religiosidade, de valores e o cultivo de virtudes podem trazer grandes contribuições para a criação da serenidade e firmeza no enfrentamento dos impasses e dificuldades do mundo atual. Como anotou Allan Kardec em sua obra inicial, “O Livro dos Espíritos”: “O progresso da Humanidade tem seu princípio na aplicação da lei de justiça, de amor e de caridade, lei que se funda na certeza do futuro”.

Esses fatores, ou opções do livre-arbítrio do homem, é que podem delinear as previsões para o futuro. Sempre há a opção de se começar um “novo amanhã”.

(O autor residiu em Araçatuba, onde foi professor da FOA e dirigente espírita. Atualmente reside em São Paulo e é ex-presidente da Federação Espírita Brasileira).

Publicado no jornal “Folha da Região”, Araçatuba, 08/01/2020, página A2.

Confederação Argentina comemora A Gênese

Confederação Argentina comemora A Gênese

A Confederação Espírita Argentina, de Buenos Aires, comemorou os 152 anos do lançamento de A gênese, última obra de Allan Kardec. Esta Confederação no ano de 2017 alertou sobre as deturpações existentes a partir da 5a. edição francesa desta obra e providenciou o lançamento da tradução em espanhol da 1a. edição desta obra do Codificador. Na época, levou ao Conselho Espírita Internacional essas informações e o resultado das pesquisas efetivadas por Simoni Privato Goidanich, publicadas originalmente em espanhol e editadas em português da pela USE-SP: Legado de Allan Kardec (2018).

Bonita imagem de Chico Xavier

Bonita imagem de Chico Xavier

Refletida na fachada da Igreja N.S.da Abadia,da cidade de Uberaba (MG). A vida e dedicação de Chico Xavier à Humanidade transcendeu o Espiritismo. Esperamos que até o final deste século, tenhamos um diálogo Inter religioso aonde todos possam respeitar-se apesar dos pontos de vista diferentes, está imagem nos ensina muito acerca de termos também um diálogo mais respeitoso também na política…

Algo de nós (crises de transição)

Algo de nós

Reconhecemos todos que o mundo atravessa agitadas crises de transição.

Mas podes ser, onde estiveres, a escora de fé, em que outros se apoiem.

Surgem calamidades.

Entretanto, nada te impede ser o refúgio em que se alimente pequenina tarefa socorrista.

Golpes de violência demonstram os desvarios de muitos companheiros da Humanidade.

Todavia, o conhecimento superior te autoriza a efetuar o esforço do reajuste.

Labaredas de discórdia rebentam, às vezes, nos melhores grupos sociais.

No entanto, reténs os necessários recursos de espírito, a fim de restaurar a obra da união.

Tribulações em família se destacam, aqui e ali, com ímpeto arrasador.

Dispões, contudo, de meios precisos para ser um ponto de amparo e compreensão no reduto doméstico. Ideias estranhas enxameiam no campo da inteligência, tentando desprimorar valores humanos.

Guardas, porém, a possibilidade de ser fiel à dignidade da vida.

Muitos se inclinam para o ódio.

Se quiseres consegues personalizar a presença do amor.

Há quem vibre, favorecendo a guerra.

Serás, no entanto, o toque da paz.

Todos nós, os Espíritos encarnados ou desencarnados, ainda no regime de vinculação ao Planeta Terrestre, estamos vendo as transformações do mundo e compartilhando o trabalho que decorre de todas elas.

Urge reconhecer, porém, que cada um de nós pode ser uma parcela de serviço, acrescentando algo de bom ao processo evolutivo, em que nos achamos irmanados, com vistas à vitória do bem na construção do futuro para o Reino de Deus.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelos espíritos Emmanuel e André Luiz. Busca e acharás. São Paulo: Ed. IDEAL)

Coração não cansa e não dorme

Coração não cansa e não dorme

Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus. – Jesus (Mateus, 5:8)

Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo (*)  

A orquestração do Universo é maravilhosa.

Quando me debruço na fonte a ver a água cantando, correndo distante, e o vento assobiando lá fora, e meu coração aqui seguindo suas passadas, fico imaginando o Criador e sua obra.

Quando despertamos para a realidade do Espírito imortal, de que absolutamente nada na matéria é definitivo, inclusive a vida física é temporária, passamos a compreender a inutilidade da ambição e do orgulho, a estupidez do egoísmo em acumular, a tolice das disputas materiais, a incoerência das tolas mágoas e do ressentimento que acumulamos no coração, pobrezinho.

Nosso pequeno reino feito de desejos e interesses (consciência), onde nascem e moram nossos pensamentos e sentimentos – ainda temos muitas dificuldades de administrá-lo bem, e quem sofre as consequências é o nosso coração, órgão vital e que, como Deus, não cansa e não dorme.

O coração sofre o impacto, quando o corpo está acordado ou mesmo dormindo, das emoções do seu comandante, que somos nós, o governador dessas ações serenas ou desiquilibradas. Como diz o autor de O pequeno príncipe, Antoine de Saint-Exupéry: “Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos”.

Lembro aqui de uma porção de provérbios chineses que falam de nossas ações e de seu reflexo em nosso coração, essa máquina divina, que responde de imediato e com presteza à mente quando recebe afeto, porque o amor faz mudar o seu próprio ritmo.

“Quem abre o coração à ambição, fecha-o à tranquilidade.”

“A gente todos os dias arruma os cabelos: por que não o coração?”

“Os nossos desejos são como crianças pequenas: quanto mais lhes cedemos, mais exigentes se tornam.”

Para não sobrecarregar esse órgão tão importante pela nossa permanência aqui, escutemos o pensamento do sábio e filósofo chinês, Confúcio: “Quando a raiva, o vício, a paixão crescerem, pense nas consequências”.

(*) Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é bacharel em direito com especialização em dependência química pela USP-SP/GREA; diretor da Editora EME. 

Transcrito de:

O Consolador. Revista Semanal de Divulgação Espírita. N.651. Edição de 05/01/2020; http://www.oconsolador.com.br/ano13/651/ca3.html

Grupos de apoio da Casa do Caminho

Grupos de apoio da Casa do Caminho

O Grupo Espírita Casa do Caminho, Vila Clementino em São Paulo, além de várias atividades doutrinárias em sua sede e assistenciais, no bairro Jabaquara, mantém também grupos de apoio.

Equipes da Casa do Caminho visitam semanalmente o Hospital do GRAACC, de São Paulo. Trata-se de referência no tratamento de criança e adolescentes com câncer, o Hospital do GRAACC possui infraestrutura moderna e de ponta, toda pensada para o público infantil.

O grupo Samaritanos faz visitas domésticas para apoio espiritual a famílias vinculadas aos atendimentos da Casa do Caminho.

Informações:

https://www.casadocaminho.com.br/

Ano Novo e as Previsões

Ano Novo e as Previsões

Antonio Cesar Perri de Carvalho

Em toda passagem de ano, são comuns as ideias sobre previsões e expectativas.

Em artigo que publicamos na Revista Internacional de Espiritismo (1), expusemos as motivações para escrevermos sobre o tema, que também foi transcrito pelo site do GEECX (http://grupochicoxavier.com.br/base-para-interpretacao-das-profecias/).

Com algumas adequações, eis sinteticamente o raciocínio desenvolvido no artigo citado.

De início, torna-se importante recorrermos à Obra da Codificação. Em A Gênese, há trechos marcantes do Codificador: “O resultado final de um acontecimento pode, pois, ser certo, já que está nos desígnios Deus. Mas, como frequentemente, os detalhes e o modo de execução são subordinados às circunstâncias e ao livre-arbítrio dos homens; os caminhos e os meios podem ser eventuais. Os Espíritos podem nos alertar sobre o conjunto, se for útil que sejamos prevenidos. Mas para precisar o lugar e a data, eles deveriam conhecer previamente a decisão que tal ou qual indivíduo tomará.” Inclusive Kardec comenta sobre “a forma misteriosa e cabalística da qual Nostradamus nos oferece o exemplo mais completo dá-lhe certo prestígio aos olhos do homem comum, que lhe atribui tanto mais valor quanto mais sejam incompreensíveis.”

Em outra parte, Kardec lembra que “a humanidade contemporânea tem também seus profetas; mais de um escritor, poeta, literato, historiador ou filósofo pressentiu, em seus escritos, a marcha futura dos acontecimentos que se veem realizar atualmente. […] Mas, frequentemente também, ela é o resultado de uma clarividência especial…” Sobre o futuro, o Codificador também alerta que “a fraternidade será a pedra angular da nova ordem social, mas não há fraternidade real, sólida e efetiva sem estar apoiada sobre uma base inabalável. Essa base é a fé; não a fé em tais ou quais dogmas particulares que mudam com o tempo e os povos e que se apedrejam mutuamente…”

Portanto, Kardec pondera que “a época atual é a da transição: os elementos das duas gerações se embaralham. Colocados no ponto intermediário, presenciamos a partida de uma e a chegada da outra, a cada qual se distingue no mundo pelas características que lhe são próprias.” Na sequência, tece considerações sobre a “nova geração marchará para a realização de todas as ideias humanitárias compatíveis com o grau de adiantamento ao qual tenha chegado. […] A nova geração, devendo fundar a era do progresso moral, distingue-se por uma inteligência e uma razão geralmente precoces, somadas ao sentimento inato do bem e das crenças espiritualistas. É o sinal incontestável de um certo grau de adiantamento anterior.”

Interessante notar que Kardec dá mais importância às transformações morais e espirituais do que às alterações físicas cíclicas de nosso orbe.

Em histórica obra elaborada antes da eclosão da 2ª Guerra Mundial, Emmanuel discorre sobre o porvir, de uma forma bem geral, analisando no capítulo “A América e o futuro” alguns aspectos como: “Em torno dos seus celeiros econômicos, reunir-se-ão as experiências europeias, aproveitando o esforço penoso dos que tombaram na obra da civilização do Ocidente para a edificação do homem espiritual, que há de sobrepor-se ao homem físico do planeta, no pleno conhecimento dos grandes problemas do ser e do destino. […] Nos campos exuberantes do continente americano estão plantadas as sementes de luz da árvore maravilhosa da civilização do futuro.” E surgem algumas anotações sérias sobre o futuro da Humanidade: “Mas é chegado o tempo de um reajustamento de todos os valores humanos. Se as dolorosas expiações coletivas preludiam a época dos últimos ”ais” do Apocalipse, a espiritualidade tem de penetrar as realizações do homem físico, conduzindo-as para o bem de toda a Humanidade. […] O cajado do pastor conduzirá o sofrimento na tarefa penosa da escolha e a dor se incumbirá do trabalho que os homens não aceitaram por amor. Uma tempestade de amarguras varrerá toda a Terra. […] Condenada pelas sentenças irrevogáveis de seus erros sociais e políticos, a superioridade europeia desaparecerá para sempre, como o Império Romano, entregando à América o fruto das suas experiências, com vistas à civilização do porvir. Vive-se agora, na Terra, um crepúsculo, ao qual sucederá profunda noite; e ao século XX compete a missão do desfecho desses acontecimentos espantosos.”

As anotações de Emmanuel são, no geral, coerentes com textos evangélicos: “No mundo tereis grandes tribulações, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (João, 16,33). O versículo seguinte, no entendimento espírita, pode ser interpretado como intensos intercâmbios com o “céu aberto”, ou seja, manifestações de ordem espiritual: “Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem” (João, 1, 51).

A essa altura, são cabíveis as advertências registradas no Novo Testamento com relação aos “falsos profetas”. Entre outras: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas,… Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? […] Portanto, pelos seus frutos os conhecereis (Mateus, 7, 15, 20).

As interpretações deturpadoras e alarmantes de profecias e previsões de domínio público e ainda outras que são atribuídas a médiuns já desencarnados muitas vezes causam inseguranças e temores. Isso sem se discutir a questão doutrinária e a coerência do perfil e das obras públicas dos eventuais envolvidos.

Sobre isso, Emmanuel analisa em tom esclarecedor: “[…] em sobrevindo a divisão das angústias da cruz, muitos aprendizes fogem receando o sofrimento e revelando-se indignos da escolha. Os que assim procedem, categorizam-se à conta de loucos, porquanto, subtrair-se à colaboração com o Cristo, é menosprezar um direito sagrado.”

Em entrevista concedida a Fernando Worm (Janela para a vida) Chico Xavier atribui a Emmanuel a resposta a questão sobre o futuro da humanidade daqui um milênio: “Com a cooperação do homem, a Divina Providência, no curso de um milênio, pode esculpir primores indefiníveis de paz e amor, progresso e união para a Humanidade”.

E, finalmente, para os novos crentes na “parusia” – que ainda aguardam um retorno do Cristo -, Emmanuel anotou de forma clara: “Os homens esperam por Jesus e Jesus espera igualmente pelos homens.”

Nessas rápidas pinceladas sobre o polêmico tema profecias, entendemos que merece ser estudado e analisado com base nas Obras Básicas da Codificação e aquelas que são coerentes e complementares às mesmas. Há necessidade de bom senso e fundamentação em conhecimentos científicos atuais e, no nosso caso, fidelidade às obras de Allan Kardec. O pouco estudado livro A Gênese, deve merecer mais atenção na seara espírita!

***

“O progresso da Humanidade tem seu princípio na aplicação da lei de justiça, de amor e de caridade, lei que se funda na certeza do futuro” – Allan Kardec (LE, Conclusão IV).

Referência:

1) Carvalho, Antonio Cesar Perri. Base para interpretação das profecias. Revista Internacional de Espiritismo. Ano XCIV. N. 7. Agosto de 2019. p. 370-372.

Carta de Ano Novo

CARTA DE ANO NOVO

 Ano Novo é também a renovação de nossa oportunidade de aprender, trabalhar e servir.

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O tempo, como paternal amigo, como que se reencarna no corpo do calendário, descerrando-nos horizontes mais claros para a necessária ascensão.

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Lembra-te de que o ano em retorno é novo dia a convocar-te para execução de velhas promessas, que ainda não tiveste a coragem de cumprir.

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Se tens algum inimigo, faze das horas renascer-te o caminho da reconciliação.

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Se foste ofendido, perdoa, a fim de que o amor te clareie a estrada para frente.

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Se descansaste em demasia, volve ao arado de tuas obrigações e planta o bem com destemor para a colheita do porvir.

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Se a tristeza te requisita, esquece-a e procura a alegria serena da consciência feliz no dever bem cumprido.

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Novo Ano! Novo Dia! Sorri para os que te feriram e busca harmonia com aqueles que te não entenderam até agora.

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Recorda que há mais ignorância que maldade, em torno de teu destino.

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Não maldigas, nem condenes.

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Auxilia a acender alguma luz para quem passa ao teu lado, na inquietude da escuridão.

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Não te desanimes, nem te desconsoles.

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Cultiva o bom ânimo com os que te visitam, dominados pelo frio do desencanto ou da indiferença.

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Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora: Ama e auxilia sempre. Ajuda aos outros, amparando a ti mesmo, porque se o dia volta amanhã, eu estou contigo, esperando pela doce alegria da porta aberta de teu coração.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. Vida e caminho. São Bernardo do Campo: GEEM).

 

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