ESCÂNDALOS em “Bem-aventurados os que têm puro o coração”

ESCÂNDALOS em “Bem-aventurados os que têm puro o coração”

Nessa palestra, Daniel Rey de Carvalho fala sobre escândalos, tema abordado no capítulo 8 de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, chamado “Bem-aventurados os que têm puro o coração”. Transmitida no dia 10 de junho para reunião a distância da Sociedade Espírita Irmã Rosália, de Brasília.

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ESTÁS AFLITO?

ESTÁS AFLITO?

Está alguém entre vós aflito? Ore. (TIAGO, 5:13).

A maioria da pessoas inquietas pede alívio, apressadamente, como se a consolação real fosse obra de improviso, a impor-se de fora para dentro.

Se tens fé, meu amigo, aprende a orar nas situações difíceis.

Toda aflição tem uma causa.

Não é preciso, porém, que o médico ou o sacerdote venha indicá-la ao teus olhos.

Geralmente, nossas angústias se radicam em nossa própria leviandade no trato com a vida, quando não procede de reprováveis deslizes nas existências anteriores.

Se o erro é de hoje, reparemo-lo, enquanto respiramos no caminho daqueles que ofendemos; se as sombras chegam de ontem, demonstremos coragem e valor moral, desfazendo-as, através do trabalho perseverante no bem. Se a inquietação te bate à porta, busca a prece e medita.

Amigos espirituais, benfeitores da tua paz íntima, acudirão em teu socorro, inspirando-te o roteiro a seguir, com palavras consoladoras e reconstrutivas, em forma de pensamentos santificantes.

Humilhaste alguém?

Solicita desculpas e corrige o erro impensado.

Credores atormentam-te?

Habitua-te a comer e vestir, de acordo com as tuas possibilidades e paga os teus débitos com paciência.

O desânimo absorve-te o coração?

Lembra-te de que o tédio é um insulto à fraternidade humana, porque a dor e a necessidade, a tristeza e a doença, a pobreza e a morte não se acham longe de tí.

Há muito trabalho por fazer, além dos teus muros felizes.

Ajusta-te ao ideal de servir por amor, sem espírito de recompensa e as tuas horas estarão repletas de abençoado serviço aos semelhantes.

De qualquer modo, nas aflições, não atires a tua cruz sobre os companheiros de tarefa.

Ora, com serenidade, examina-te à claridade da verdadeira justiça e busca solucionar os problemas que te inquietam, usando os recursos divinos que o Senhor confiou a tí mesmo.

EMMANUEL

(Xavier, Francisco Cândido. Espíritos diversos. Nosso livro. Cap. Estás aflito?. São Paulo: LAKE)

Lançamento “on line” de livro sobre Assistência e Espiritismo

INÉDITO:

Lançamento "on line" de livro sobre Assistência e Espiritismo

Ocorreu na tarde do dia 6 de junho em Live no Facebook de Grupo de Estudos Hermínio C. de Miranda, Fortaleza (Ce). Atuaram os organizadores do livro Pedro Simões e André Ricardo de Souza; Antonio Cesar Perri de Carvalho como convidado; direção de Carolinne Teixeira.

O livro “Dimensões identitárias e assistenciais do espiritismo” tem abordagens inéditas, organizado por Pedro Simões e André Ricardo de Souza, que assinam também capítulos e contam como co-autores Célia da Graça Arribas e Hélder Boska de Moraes Sarmento. Os capítulos focalizam temas significativos com base em fundamentos acadêmicos, dados estatísticos e em análise espírita. Na parte 1 – Questões identitárias, os capítulos: O espiritismo na pluralidade cristã brasileira; Identidade espírita no Brasil e em Portugal; Feições expressivas do movimento espírita brasileiro; Uma visão sociológica de Allan Kardec. Na Parte 2 – Universo assistencial, são desenvolvidos os capítulos: Contornos e controvérsias das atividades assistenciais cristãs; Censo espírita 2017: um estudo sobre assistência social em Santa Catarina – primeiras impressões; A concepção dos espíritas sobre assistência social; Desafios do trabalho assistencial espírita: dois modelos de atuação; A economia solidária no principal livro oriundo de Chico Xavier.

Para acessar a livre, copie e cole o link:

https://youtu.be/DSiRqz2QlaE

Grupos fraternos de apoio em Brasília

Grupos fraternos de apoio em Brasília

Antonio Cesar Perri de Carvalho (*)

Logo após nossa mudança para Brasília, no início de 2001, passamos a frequentar reuniões de atendimento espiritual na Sociedade Divulgadora do Espiritismo Cristão – SODEC -, que funcionava nas dependências do Grupo da Fraternidade Espírita Irmão Estêvão, na Asa Norte.

Já conhecíamos seu dirigente João Nasser, através da revista que ele editava: O Espírita, e também do período de funcionamento de comissão planejadora (1987-1988) do Congresso Internacional de Espiritismo (Brasília, 1989), a convite do presidente da FEB Francisco Thiesen. Com a família, frequentamos semanalmente as reuniões da SODEC e quando iniciaram a reunião pública de explanações doutrinárias e passes, participamos do rodízio de expositores. Logo após a desativação do Sanatório Espírita de Brasília, a SODEC passou a utilizar uma sala do local promovendo uma reunião pública de explanações e passes aos domingos pela manhã e nós integramos o rodízio de expositores. No ambiente fraterno da SODEC conhecemos vários familiares e colaboradores de João Nasser, que aliava simpatia, firmeza e alegria. Cultivamos a sua amizade e da esposa Nívea inclusive em visitas recíprocas nos lares.

                                                    

   João Nasser, Perri e Divaldo (2007)        João Nasser, Nestor e Nívea: lar de Célia e Cesar (2008)

Com sua liderança, a equipe da SODEC colaborou com vários eventos da FEB, inclusive os Congressos Espíritas Brasileiros.

Após a repentina desencarnação de Nasser (2010) prosseguimos nas reuniões da SODEC, dirigida pelos filhos José Amin e depois Karen. Viemos a conhecer uma instituição que a SODEC apoiava no bairro de Ceilândia, o Posto de Assistência Espírita, onde também fizemos algumas palestras. Desse grupo vieram colaboradores para a secretaria geral do Conselho Federativo Nacional da FEB, como Ayda Sasse e Edmar Cabral Jr, e, para algumas ações na FEB o casal Ruth e Hermes Pinheiro.

Célia com Ayda e Ruth

Durante nosso período na presidência interina da FEB, a antiga sede do Sanatório – que a FEB havia assumido -, precisou ser rapidamente demolida para se atender determinação do Governo do Distrito Federal, em setembro de 2012; com delegação da FEB José Amin Nasser coordenou a doação de esquadrias, cercas e materiais reutilizáveis, para as instituições espíritas de Brasília, e, também colaborou com outras incumbências relacionadas com o apoio ao fundador do antigo Sanatório.

Após nossa saída da FEB, de imediato fundamos o Grupo de Estudos Espíritas Chico Xavier – GEECX, contando com a participação de antigos colaboradores da secretaria geral do CFN e do NEPE da FEB, inclusive nossa esposa, os filhos Flávio e, sempre que possível, Daniel. Com o apoio da SODEC, o GEECX funcionou nas dependências do Grupo da Fraternidade Espírita Irmão Estêvão, em Brasília, durante três anos.

Ao mesmo tempo que freqüentávamos a SODEC, no ano de 2008, Nestor Masotti, como secretário geral do Conselho Espírita Internacional, constituiu um grupo de apoio espiritual para funcionar na sede do mesmo. Para tal finalidade convidou os dirigentes e médiuns da Sociedade Espírita Irmã Rosália, que tem sede no bairro Areal, em Brasília, coordenados por Patrícia e José Monteiro, Wander Lúcio Barreto e Ricardo Silva. Juntamente com nossa esposa fomos convidados a integrar esse grupo que sempre atuou de forma fraterna e harmônica. Essas reuniões semanais no CEI eram dirigidas por Nestor. Com o afastamento de Nestor e porque a sede do CEI seria desativada, na condição de presidente interino da FEB levamos esse grupo para a FEB, e passamos a dirigir as reuniões. Esse grupo de apoio foi encerrado logo após a eleição de novo presidente da FEB, em 2015.

A partir de abril de 2015, com a esposa e todos familiares, nos vinculamos à Sociedade Espírita Irmã Rosália, onde fomos fraternalmente acolhidos, em reunião de vibrações e em atividades de apoio a famílias carentes, integrando a equipe que visitava lares. Nossas atuações nesse grupo e o ambiente simples e fraterno nos remeteu às lembranças de nossas atividades iniciais, desde os tempos da adolescência, na Instituição Nosso Lar, de Araçatuba (SP). No conjunto dessas atividades de vibrações e assistenciais contamos com o convívio no local e em família, notadamente dos casais Patrícia e José Monteiro, Rose e Wander Lúcio Barreto, Luciene e Paulo de Tarso Rocha, Mônica e Adailton de Oliveira; Mara K. Leal; Neuma de Oliveira Silva; Zenaide Freitas Torres Vaz; Carla; os jovens irmãos Paulo e Carlos Eduardo Lopes; este último compareceu conosco em algumas cerimônias no Templo da LBV. Atuamos no “Irmã Rosália” até nossa mudança para São Paulo. Atualmente temos contribuído com palestras on line.

Equipe da SEIR com Célia e Cesar Perri (2017)

Aos dois grupos, a SODEC e a “Irmã Rosália”, expressamos gratidão porque representaram marcante ponto de apoio no período em que residimos em Brasília. Além desses compromissos durante a semana, atendemos aos convites para seguidas palestras com viagens aos finais de semana, mas mantendo o contato com a base onde nos revigorávamos espiritualmente e sentíamos o calor fraterno e solidário típicos de um centro espírita.

(*) Foi presidente da FEB (interino e efetivo, entre 05/2012 e 03/2015) e membro da Comissão Executiva do CEI (2007-2016).

“Abaixar para auxiliar” e “capacete da esperança” na reunião virtual

“Abaixar para auxiliar” e “capacete da esperança” na reunião virtual

Desde que iniciou o isolamento social, no horário habitual das reuniões mediúnicas, a equipe IV do Grupo Espírita Casa do Caminho, de São Paulo, realiza sua reunião virtual de explanações e vibrações. Na tarde do dia 04 de junho, com os integrantes em seus lares, a reunião foi iniciada e concluída com peça de piano executada por Margarida Helena Garabedian e foi coordenada por Glória Martins Miranda. Leila Ortiz fez a exposição focalizando trechos de Mateus: “Bem-aventurados os humildes” e “Quem é o maior no Reino dos Céus”, seguindo com exemplos de Paulo de Tarso, de “Paulo e Estêvão” (FCX) sobre o “abaixar para auxiliar” e “capacete da esperança” e estímulo à fé; as vibrações foram conduzidas por Elizabeth Gabriel. Várias equipes do GECC têm feito reuniões de vibrações a distância. A família Perri participa desses grupos.

Aflições e justiça nas bem-aventuranças

Aflições e justiça nas bem-aventuranças

O capítulo de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec, que trata do tema “Bem-aventurados os aflitos” é o mais longo do livro e dos mais significativos. Empregando o encontro virtual, o grupo do Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa Espírita, de São Paulo, que estuda semanalmente essa obra basilar do Codificador, deu prosseguimento à análise do capítulo citado. Na noite do dia 2 de junho, Cesar Perri iniciou com comentários sobre os conceitos de justiça na época do Sermão da Montanha e com base em artigo seu publicado na RIE (junho de 2020), focalizou a justiça nos conceitos do império romano, do judaísmo e da proposta de Jesus, inclusive citando trechos das epístolas de Paulo. Estabeleceu-se uma intensa participação dos integrantes do grupo. Preces feitas, de abertura por Mirna Nakano e de encerramento por Caroline Batista. Haverá continuidade, estudando-se outras nuances desse capítulo.

Roda Viva – Entrevista com Cesar Perri

Roda Viva – Entrevista com Cesar Perri

O IDEFRAN, web radio e TV de Franca, fez entrevista “on line” e ao vivo com Cesar Perri na noite do dia 5 de junho. Surgiram temas como: Chico Xavier, o seu livro sobre Chico, movimento espírita, espírita e a política, Brasil coração do mundo e pátria do Evangelho? Foram três entrevistadores: Carlos, Valdete e Sandro, com perguntas também de internautas.

Acesso:

Entrevista sobre livros, Espiritismo no Brasil e no exterior e Cairbar Schutel

Entrevista sobre livros, Espiritismo no Brasil e no exterior e Cairbar Schutel

O entrevistador Orson Peter Carrara dialoga com Cesar Perri sobre a motivação e conteúdo de seus livros publicados, Espiritismo no país e no exterior, apreciação sobre a situação atual do movimento, e, no final, o entrevistado faz homenagem a Cairbar Schutel e sua obra. Levada ao ar na noite do dia 3 de junho.

Para assistir a entrevista, acesse o link:

Enquanto perdure a pandemia, que cuidados a Casa Espírita deve tomar?

Enquanto perdure a pandemia, que cuidados a Casa Espírita deve tomar?

Tudo em nosso país está a indicar que se encontra longe do fim a pandemia causada pelo novo coronavírus e que continuaremos por um bom tempo sem dispor de vacinas, de medicamentos eficazes e até dos tão falados testes em quantidade suficiente que nos possibilite atender ao que a Organização Mundial de Saúde tanto recomendou a todos os governantes.

Diante desse quadro, quando forem autorizadas a receber público, como as Casas Espíritas deverão proceder? Que cuidados deverão tomar? As dúvidas vêm de todos os lados. Claro que as máscaras e o uso de álcool em gel já se terão tornado uma rotina, mas todos sabemos que isso não é suficiente. O cuidado com as aglomerações é medida que, como sabemos, tem sido reputada fundamental.

Para responder a estas questões, entrevistamos três conhecidos e respeitados estudiosos espíritas: Antonio Cesar Perri de Carvalho, palestrante, escritor, dirigente espírita, ex-presidente da USE – União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo e da Federação Espírita Brasileira; Eurípedes Kühl, médium, estudioso espírita e autor de inúmeras obras espíritas, mediúnicas e não mediúnicas; e Gebaldo José de Sousa, estudioso espírita, autor do e-book Mediunidade – Fundamental Estudar Sempre e participante, como esclarecedor, de duas equipes mediúnicas nos dois hospitais espíritas de Goiânia. A seguir, eis o que os nossos entrevistados disseram com relação às questões que lhes foram apresentadas:

PALESTRAS PÚBLICAS

Se o local das palestras públicas for grande, o distanciamento entre as pessoas não constituirá um grande problema. Como proceder, porém, quando o salão – médio ou pequeno – fica geralmente lotado?

Antonio Cesar Perri - Após superarmos as fases de quarentena da pandemia viveremos uma situação nova, que vem sendo chamada de “novo normal”. E podem surgir orientações sanitárias gerais por parte de cada Governo Estadual. Então precisaremos analisar cada situação e fazermos adequações às realidades dos diferentes centros espíritas. Será indispensável o atendimento às recomendações das autoridades sanitárias e isso é adequado à proposta de respeito à vida, ao ser espiritual reencarnado. Os centros, de acordo com suas dimensões físicas e a equipe disponível, precisará reanalisar as ofertas de reuniões públicas, talvez com variedade de dias e de horários. Além disso, precisaremos ficar atentos às orientações da área da saúde, com relação à utilização de máscaras e, eventualmente, se evitar contatos físicos, como os fraternos abraços. Um outro aspecto, que vem sendo desenvolvido no período da quarentena, é a utilização de transmissão por internet. Talvez as reuniões públicas devam contar com as duas possibilidades: um grupo fisicamente presente e outro acompanhando à distância. O importante será disponibilizar esclarecimentos na linha do acolhimento e do consolo para os que procuram o centro espírita nessa época tão complexa.

Eurípedes Kühl – Se o local das palestras públicas for grande, o distanciamento entre as pessoas, como sabemos, não constituirá um grande problema. No caso de locais médios ou pequenos, sugerimos aos dirigentes limitar o número de participantes, mantido o distanciamento necessário. Havendo quórum para outra palestra, replicá-la, com o mesmo palestrante. Quanto aos presentes, que se evitem abraços ou cumprimentos de mão.

Gebaldo José de Sousa – Importante limitar o número de frequentadores por sessão pública, buscando realizar mais palestras, no mesmo dia ou em vários outros, para dar oportunidades a todos.

PASSES

Como os médiuns passistas poderão atender à tarefa, em face da proximidade com o paciente, considerando ainda que numa sala de passes atuam geralmente muitos passistas?

Eurípedes – Cadeiras espaçadas entre atendidos, que deverão adentrar, um por vez; o mesmo quando terminar o atendimento. Passistas e atendidos usando máscara e, quanto ao passista, melhor se for aquela maior, da testa ao queixo. Importante relembrar e recomendar aos passistas: não tocar nos atendidos.

Gebaldo – Aplicar passes coletivos, como realizado nas grandes Casas Espíritas (FEB; Mansão do Caminho, etc.).

Perri - Os passes devem ser entendidos como doação de energias, de sentimentos e de boas vibrações. Não há necessidade do contato físico. A imposição de mãos com certa distância é mais do que suficiente. Em alguns momentos já não se aplicavam os passes coletivos? É também uma opção. O importante é que onde há salas de passes deve-se obedecer às orientações para maior distância com as pessoas atendidas, entre elas e também entre os passistas. Que se verifique também a possibilidade de adoção da orientação sanitária de utilização de máscaras.

GRUPOS DE ESTUDO

As reuniões de estudo são geralmente realizadas em salas pequenas. Há Centros Espíritas em que, no dia de realização do ESDE, as turmas são numerosas e todas as salas ficam tomadas. Como atender à recomendação relativa ao distanciamento entre as pessoas?

Gebaldo – A solução é limitar o número de participantes, realizando os estudos em mais de um horário ou em vários dias da semana, para não se excluir ninguém.

Perri – Inquestionavelmente haverá necessidade de revisão dessas condições. Não podemos prever em que condições retornaremos às atividades após se superar a fase da pandemia. Poderão permanecer alguns cuidados e por um período que, no momento, não se pode aquilatar. Estamos vivendo uma época em que fomos forçados a reuniões virtuais: de estudo, de vibrações, de palestras. Provavelmente deveremos nos preparar para aperfeiçoarmos essas opções e realizarmos reuniões de estudo também com transmissão ao vivo e com interatividade. E, sem dúvida, nos adaptarmos às condições adequadas de pessoas presentes em cada sala. Tudo indica que viveremos novas realidades após se superar a fase crítica da pandemia. Com certeza ainda permanecerão muitos cuidados preventivos.

Eurípedes – Cuidar da entrada e da saída dos participantes do estudo e observar o mesmo procedimento que mencionamos com relação aos “passes”; se necessário, intercalar horários ou dias dos estudos.

SESSÕES MEDIÚNICAS

Nas sessões privativas, além do ajuntamento de várias pessoas em uma pequena sala, existe uma aproximação acentuada entre os esclarecedores e os médiuns psicofônicos. Como agir?

Perri - As mesmas situações que já apontamos nas outras questões: readequação de número de pessoas presentes na(s) sala(s); provavelmente permanecerá a recomendação de uso de máscara e isso será uma dificuldade ou nova necessidade de adaptações, mas há tipos de máscaras que não dificultam a movimentação da boca; manter-se distância entre os médiuns e entre estes e os esclarecedores. Se houver necessidade de aplicação de passe, são as mesmas condições que expusemos acima, imposição de mãos e com distanciamento.

Eurípedes – Tratando-se de sala pequena, a reunião mediúnica só será possível se houver espaçamento entre os participantes, além das recomendações gerais de higiene. O grupo mediúnico não deverá ser menor do que seis participantes, nem maior que quatorze. Doutrinadores e médiuns psicofônicos devem usar máscara, se possível aquela transparente, de proteção da testa ao queixo.

Gebaldo – Sugerimos que as sessões sejam realizadas em salas maiores. Se necessário, utilizar o mesmo local que é destinado às reuniões públicas, distribuindo os médiuns pelo salão, com a distância de pelo menos dois metros uns dos outros. Esclarecer as Entidades comunicantes com o distanciamento adequado. Aplicar passes coletivos, ao final.

EVANGELIZAÇÃO INFANTIL

A dificuldade apontada no tocante aos grupos de estudo aparece também nas salas de evangelização infantil, que ficam repletas de crianças. Qual a solução?

Eurípedes - Não há outro jeito: pensamos que é necessário dividir o grupo de crianças, para que o distanciamento seja mantido, adotando-se no caso as recomendações gerais a que já nos referimos.

Gebaldo - Limitar o número de participantes, procurando realizar a evangelização em mais de um horário ou em vários dias da semana, para dar oportunidades a todas elas.

Perri - Trata-se de questão delicada, pois as autoridades médicas têm alertado para o fato de que muitas vezes as crianças são portadoras assintomáticas do vírus, mas são transmissoras. Além das questões dos espaços e distanciamentos já registrados, deve-se pensar na possibilidade de os evangelizadores serem selecionados entre pessoas que não estejam no chamado “grupo de risco”. Talvez deva ser levado a sério o detalhe legal: os pais são responsáveis pelos filhos. Nas escolas formais isso já é realidade. Em alguns países, além das escolas formais, os pais assinam documento para permitir que os filhos assistam ao ensino religioso nas diferentes agremiações. Deve existir um diálogo entre dirigentes de centros, evangelizadores e pais das crianças.

ASSISTÊNCIA SOCIAL

Além da distribuição de gêneros alimentícios, em muitas Casas Espíritas a assistência prestada às famílias carentes inclui também o fornecimento de lanche, café, sucos ou algo semelhante, tal como ocorre geralmente numa lanchonete. Como proceder?

Gebaldo – Usar embalagens, para que o consumo seja feito nos lares das pessoas assistidas. Eventualmente, abolir o café ou os sucos, caso não seja possível fornecê-los em recipientes próprios.

Eurípedes – Nesse caso, como as famílias já devem estar cadastradas, o atendimento deve ser feito a determinado número de pessoas, em horários ou dias agendados. Em todos os casos, observar as recomendações gerais.

Perri – Creio que devam ser obedecidos os requisitos sanitários semelhantes aos mais recentemente exigidos para lanchonetes e bares. Ou seja, na assistência em instituições espíritas onde são oferecidos lanches e refeições, devem ser adotados os mesmos cuidados de prevenção: os colaboradores, com máscara e em algumas situações com luvas, distanciamento entre os assistidos e destes com os colaboradores, higienização específica de mesas entre cada atendimento, higienização rigorosa com talheres e pratos utilizados nos lanches e refeições, higienização rigorosa nos ambientes da cozinha e dos banheiros disponibilizados para os atendidos. E neste caso utilizando-se produtos de limpeza recomendados por equipes sanitárias.

OBSERVAÇÃO:

No Estado do Paraná, a Secretaria da Saúde publicou no dia 21 de maio uma resolução que estabelece as condições necessárias para que as entidades religiosas voltem a receber público. Segundo a resolução, as entidades religiosas precisam seguir um protocolo com 34 artigos. Entre as medidas a serem observadas, as entidades religiosas precisam respeitar as orientações para preservação do afastamento físico entre as pessoas e o espaço destinado ao público deve ter a ocupação máxima limitada a 30%, observando-se o afastamento mínimo de dois metros entre as pessoas. Quanto às pessoas de idade acima de 60 anos e as que integram o grupo de risco – hipertensos, diabéticos, gestantes e outros – a recomendação das autoridades é que elas devam permanecer em casa, acompanhando as celebrações por meios eletrônicos. Para mais informações sobre o assunto, clique aqui

Nota da Redação:

A USE (União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo) divulgou no dia 27 de maio o texto "Orientação aos Centros Espíritas. Retorno às Atividades Presenciais", elaborado após o governo do Estado de São Paulo baixar normas relativas à flexibilização da quarentena decorrente da pandemia do novo coronavírus. O retorno às atividades presenciais não é incentivado no documento emitido pela USE, o qual contém informações e diretrizes para auxiliar os dirigentes na tomada de decisões para quando isso for permitido e considerado possível. Eis o link: https://bityli.com/S1njz

Revista digital O Consolador – Ano 14 – N° 672 – 31 de Maio de 2020

Acesse (COPIE E COLE):

http://www.oconsolador.com.br/ano14/672/especial2.html