Jornal “Dirigente Espírita” traz temas atuais e reais

Jornal “Dirigente Espírita” traz temas atuais e reais

Órgão da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, edição novembro/dezembro de 2020, o jornal “Dirigente Espírita” traz a tona assuntos do momento com análises doutrinárias e do movimento espírita com base em vivências e discussões coletivas. É um veículo de informação bem diferenciado.

Link para acesso (copie e cole):

https://usesp.org.br/wp-content/uploads/2020/11/DE180-1.pdf

Evangelho e sua simplicidade reformulado

Evangelho e sua simplicidade reformulado

O programa da TV da Rádio Brasil Espírita, de Maceió, intitulado “O Evangelho e sua simplicidade”, é apresentado semanalmente por Cesar Perri. No dia 11 de novembro foi levado ao ar o tema do Capítulo XI de “O Evangelho segundo o Espiritismo”: “Amar ao próximo como a si mesmo”. Houve reformulação do site e da programação da RBE. Agora em novo horário: todas 4as feiras às 19 horas.

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Um olhar para a história das Mocidades

Circuito Aberto – Departamento de Mocidades da USE

Entrevista com Antonio Cesar Perri de Carvalho

Um olhar para a história das Mocidades

A reflexão “onde estamos e para onde vamos” ocupa a mente dos encarnados neste momento e também se encontra no planejamento de instituições espíritas. Neste sentido, entendemos ser primordial conhecer o caminho percorrido. Heródoto, o ‘pai da História’, asseverou a necessidade de “pensar o passado para compreender o presente e idealizar o futuro”.

Convidamos o escritor e palestrante espírita Antonio Cesar Perri de Carvalho para contar sua história junto às mocidades espíritas. Trabalhador ativo do Movimento Espírita, Perri foi Presidente da USE, da FEB e foi membro da Comissão Executiva do Conselho Espírita Internacional. Quando jovem, teve seu primeiro contato com o movimento de mocidades em Araçatuba na 15ª Concentração de Mocidades Espíritas do Brasil Central e Estado de São Paulo – COMBESP, em abril de 1962. Colaborou nas aulas de Moral Cristã na Instituição Nosso Lar da mesma cidade e, aos 16 anos, fundou a Mocidade Espírita Irma Ragazzi Martins, como departamento daquela casa. Tornou-se participante e trabalhador assíduo de Concentrações e Confraternizações de Mocidades Espíritas, tendo participado da primeira edição da COMJESP, em 1967, em Ribeirão Preto, quando venceu os concursos de oratória e de trabalho escrito do evento. Na entrevista a seguir, passamos pela trajetória desse trabalhador do Movimento Espírita de Unificação e com isso olhamos para o passado do DM/USE, nos permitindo reflexões mais profundas sobre o presente e futuro das Mocidades e do Departamento.

DM – Como surgiram e como eram organizadas as mocidades espíritas?

Perri: Os grupos de jovens espíritas surgiram nas décadas 1930 e 1940, sendo a maioria independente das instituições espíritas. Destacamos que a União das Mocidades Espíritas de São Paulo-UMESP, de 1937, preparou inúmeras lideranças para São Paulo e para a futura fundação da USE-SP.  Em 1948 surgiu a Concentração de Mocidades Espíritas do Brasil Central e Estado de São Paulo–COMBESP, independente e reunindo jovens de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e depois o Distrito Federal (Brasília). Foi um celeiro para formação de expositores e lideranças. Em seguida foi criado o Conselho Consultivo de Mocidades Espíritas do Brasil, independente e relacionado com o histórico 1o Congresso de Mocidades Espíritas do Brasil (Rio de Janeiro, julho/1948), liderado por Leopoldo Machado. Em 1956, surgiu o primeiro evento regional, a Concentração de Mocidades Espíritas da Noroeste do Estado de São Paulo-COMENOESP, e depois das regiões Nordeste, Leste e Capital.

DM - Percebe-se a separação das mocidades e dos centros espíritas neste início. Como ocorreu a unificação?

Perri: O Conselho Federativo Nacional da FEB promoveu eventos regionais para discussão de temas do Movimento Espírita. O Simpósio Centro-Sulino (Curitiba, 1962) aprovou deliberações para as Mocidades: a suspensão da COMBESP, encerrada em Barretos (1966); a promoção de eventos estaduais, pelas Federativas Estaduais; que as Mocidades e Juventudes se transformassem ou fossem criadas como departamentos de Centros Espíritas. Os eventos estaduais surgiram após as recomendações do citado Simpósio, inclusive a COMJESP (1967). Realçamos que as Mocidades contribuíram para o estímulo ao estudo, à preparação de recursos humanos e a dinamização dos centros e do movimento em meados do Século XX. Várias lideranças com atuações significativas no movimento espírita são oriundos desse período.

DM – Pelo apresentado, essa junção foi muito relevante para o movimento espírita da atualidade. Quais postulados você considera importantes para o movimento de unificação e para a coesão interna?

Perri: Consideramos necessária a revisão do movimento de unificação, pautando-o nas premissas de Allan Kardec, expressas no seu último discurso, com o conceito de laço moral e no Projeto 1868, a Constituição Transitória do Espiritismo, publicados na Revista espírita. No final de nossa presidência na USE-SP, no ano 2.000, foi elaborada a “Carta de Intenções de Acordo de União pela Difusão da Doutrina Espírita” assinada pela USE-SP e por instituições e entidades especializadas não vinculadas à proponente, tendo por objetivos a ação informal, respeito à individualidade, convivência e intercâmbio fraterno, ação conjunta pelas obras de Kardec.

DM – Vivemos uma mudança causada pela pandemia do coronavírus, gerando a migração para o ambiente virtual de várias mocidades e, infelizmente, a interrupção do funcionamento de algumas. Soubemos de outros momentos de mudança como este, por exemplo, durante o regime militar também houve mudanças em relação às mocidades. O que ocorreu e como se desenvolveram as atividades das mocidades e do movimento com os jovens nos anos seguintes?

Perri: No final dos anos 1960 surgiu o “Movimento Universitário Espírita” na região de Campinas com propostas que relacionavam ideias espíritas com linhas político-partidárias, as quais suscitavam muita atenção por parte do governo federal. Houve reação dos órgãos espíritas e se fortaleceu a departamentalização das mocidades. Nos anos 1970/80 surgiram propostas na FEB e em alguns Estados de junção dos Departamentos de Infância e de Juventude. Em São Paulo esses mantiveram-se separados. Num contexto geral, houve maior mobilidade de jovens para estudos universitários em cidades grandes e capitais. Esses fatores levaram a uma etapa com características diferentes das décadas de 1930/60. Houve estímulo para que as famílias – pais e filhos – se integrassem nas atividades dos centros. Os eventos jovens regionais e estaduais representaram estímulo para as mocidades.

DM – Diante de sua experiência no movimento de unificação, você enxerga algum diferencial para a retomada das atividades no pós-pandemia?

Perri: Há necessidade de análise sobre o novo momento: as características gerais e as peculiaridades regionais e locais; impacto das redes sociais; muitas atividades e eventos serão híbridos: presenciais e virtuais; ouvir-se o público alvo, os jovens, com relação a temas, ações e processos de comunicação. As mocidades devem ser analisadas separadamente da evangelização da infância; favorecer-se o protagonismo juvenil, criando-se espaços nos centros para que os jovens se sintam acolhidos e mais à vontade.

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Agradecemos ao Cesar pela oportunidade que nos concedeu e desejamos que estas colocações auxiliem na manutenção, retomada ou criação de mocidades neste momento ou no pós-pandemia, bem como, fomentem um estreitamento na relação destas com as demais atividades das casas espíritas.

Transcrito de: Dirigente Espírita, órgão da USE-SP, edição novembro-dezembro de 2020. P.40-41; acesso (copie e cole): https://usesp.org.br/wp-content/uploads/2020/11/DE180-1.pdf

O ESPÍRITA PODE CANDIDATAR-SE A CARGO POLÍTICO?

O ESPÍRITA PODE CANDIDATAR-SE A CARGO POLÍTICO?

Aylton Paiva (*)

De início devemos considerar que a pessoa qualificada como espírita é cidadão ou cidadã e tem direito a se candidatar a cargos públicos. Esse direito está resguardado na Constituição da República Federativa do Brasil, em seu artigo 14, § 3º, que possibilita a pessoascandidatar-se aos cargos políticos eletivos nos Poderes Legislativo e Executivo, nos três níveis de Poder: municipal, estadual e federal, atendendo às disposições legais.

A preocupação com o espírita candidatar-se é manifesta tendo em vista a confusão entre a Política e a “politicalha”. A primeira é a arte e a ciência da administração justa para o Bem comum; a segunda é o uso, por pessoas desonestas e inescrupulosas,de cargos políticos partidários, nos Poderes Legislativo e Executivo, nos três níveis: municipal, estadual e federal, apenas para atender seus interesses egoísticos e ilegais. O desonesto e inescrupuloso, infelizmente, também aparece em todas outras atividades humanas: no cidadão comum, nos exercícios profissionais, no comércio, na indústria, e até em frequentadores e dirigentes de cultos e templos religiosos. É questão de caráter: falta de ética, de honestidade.

Encontramos na Doutrina Espírita, em seu livro de Filosofia Espiritualista, o Livro dos Espíritos, codificado por Allan Kardec e ditado pelos Mentores Espirituais, sob a orientação e comando do Espírito Verdade, doze leis que regem a relação do ser humano com Deus, com os outros seres humanos, com a sociedade e com a vida, em seu sentido mais amplo: As Leis Morais. Essas leis trazem as diretrizes que os cidadãos e cidadãs devem seguir para se erigir uma sociedade mais justa e solidária. Vale lembrar a pergunta que Allan Kardec fez aos Mentores Espirituais:

- “Em que consiste a missão dos Espíritos encarnados? – Em instruir os homens, em lhes auxiliar o progresso, em lhes melhorar as instituições, por meios diretos e materiais (…) (Questão nº 573) (1)

Então, observamos que é necessário agir por meios diretos e materiais para promover o progresso da sociedade e das instituições. E o instrumento mais importante e eficiente, nesse caso, é, sem dúvida, o exercício em cargos políticos administrativos nos poderes: Legislativo e Executivo nos três níveis: municipal, estadual e federal. A forma para chegar a esses cargos, de conformidade com a Constituição da República Federativa do Brasil é através dos partidos políticos que possibilitam ao candidato concorrer, através da eleição, pelo voto secreto, aos referidos cargos.

Logo, a pessoa que se qualifique como espírita tem o direito de se candidatar aos cargos, se tiver vocação e aptidão para isso, consciente que é uma missão material e espiritual muito difícil e de muita responsabilidade. O que o cidadão ou cidadã espírita não deve fazer é levar a política partidária para o Movimento Espírita e para as Instituições Espíritas. Sentindo-se intimamente chamado ou chamada deverá:

“participar conscientemente da ação política na sociedade, sem relegar o estudo e a reflexão do Espiritismo a plano secundário. Pelo contrário o estudo e a reflexão dos temas espíritas deverão leva-lo a permanente participação, objetivando a aplicação concreta do amor e da justiça ao ser humano seja individual ou coletivamente.”(2).

Referências:

(1) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Ed. FEB.

(2) Espiritismo e Política: contribuições para a evolução do ser e da sociedade, Aylton Paiva, Ed. FEB.

 

(*) – Atuante na cidade de Lins (SP).

(Publicado no Boletim de Notícias Espíritas – Ismael Gobo – 15-10-2020: http://www.noticiasespiritas.com.br)

Interpretação dos textos sagrados, por Emmanuel

Interpretação dos textos sagrados

"[…] No propósito de valorizar o ensejo de serviço, organizamos este humilde trabalho interpretativo, sem qualquer pretensão a exegese. Concatenamos apenas modesto conjunto de páginas soltas destinadas a meditações comuns.

Muitos amigos estranhar-nos-ão talvez a atitude, isolando versículos e conferindo-lhes cor independente do capítulo evangélico a que pertencem. Em certas passagens, extraimos daí somente frases pequeninas, proporcionandolhes fisionomia especial e, em determinadas circunstâncias, as nossas considerações desvaliosas parecem contrariar as disposições do capítulo em que se inspiram.

Assim procedemos, porém, ponderando que, num colar de pérolas, cada qual tem valor específico e que, no imenso conjunto de ensinamentos da Boa Nova, cada conceito do Cristo ou de seus colaboradores diretos adapta-se a determinada situação do Espírito, nas estradas da vida. A lição do Mestre, além disso, não constitui tão-somente um impositivo para os misteres da adoração. O Evangelho não se reduz a breviário para o genuflexório. É roteiro imprescindível para a legislação e administração, para o serviço e para a obediência. O Cristo não estabelece linhas divisórias entre o templo e a oficina. Toda a Terra é seu altar de oração e seu campo de trabalho, ao mesmo tempo. Por louvá-lo nas igrejas e menoscabá-lo nas ruas é que temos naufragado mil vezes, por nossa própria culpa. Todos os lugares, portanto, podem ser consagrados ao serviço divino.

Muitos discípulos, nas várias escolas cristãs, entregaram-se a perquirições teológicas, transformando os ensinos do Senhor em relíquia morta dos altares de pedra; no entanto, espera o Cristo venhamos todos a converter-lhe o evangelho de Amor e Sabedoria em companheiro da prece, em livro escolar no aprendizado de cada dia, em fonte inspiradora de nossas mais humildes ações no trabalho comum e em código de boas maneiras no intercâmbio fraternal. Embora esclareça nossos singelos objetivos, noto, antecipadamente, ampla perplexidade nesse ou naquele grupo de crentes.

Que fazer? Temos imensas distâncias a vencer no Caminho, para adquirir a Verdade e a Vida na significação integral. Compreendemos o respeito devido ao Cristo, mas, pela própria exemplificação do Mestre, sabemos que o labor do aprendiz fiel constitui-se de adoração e trabalho, de oração e esforço próprio. Quanto ao mais, consola-nos reconhecer que os Textos Sagrados são dádivas do Pai a todos os seus filhos e, por isso mesmo, aqui nos reportamos às palavras sábias de Simão Pedro: “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.”

EMMANUEL

Pedro Leopoldo, 2 de setembro de 1948."

(Trecho de Apresentação na obra: Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Caminho, verdade e vida. FEB)

Ceará entrevista sobre Emmanuel e surge a questão de alterações de versículos

Ceará entrevista sobre Emmanuel e surge a questão de alterações de versículos

A Federação Espírita do Estado do Ceará, no programa "Espiritismo em pauta" (https://www.facebook.com/federacaoespiritadoceara/videos/2426061821032247), promoveu palestra e entrevista virtual com Antonio Cesar Perri de Carvalho, ex-presidente da FEB. O foco foi seu livro recém editado "Emmanuel. Trajetória espiritual e atuação com Chico Xavier" (O Clarim, 2020) e, ao final, o jornalista Nonato Albuquerque, indagou sobre as adulterações detectadas em obras de Emmanuel, obtendo esclarecimentos do expositor sobre a pertinência das epígrafes originais selecionadas por Emmanuel.

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“Dama da Caridade” focaliza imortalidade e Emmanuel

“Dama da Caridade” focaliza imortalidade e Emmanuel

O canal Estação Dama da Caridade Benedita Fernandes, entrevistou Antonio Cesar Perri de Carvalho sobre temas como imortalidade e seu livro recente “Emmanuel. Trajetória espiritual e atuação com Chico Xavier” (O Clarim), pela passagem do dia de finados. A coordenação foi feita por Renata Cunha Melo.

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https://youtu.be/TIqhU8SDyNo

 

Mês Espírita de Apucarana encerrado com tema sobre Emmanuel

Mês Espírita de Apucarana encerrado com tema sobre Emmanuel

O programa do “Mês Espírita de Apucarana” (Paraná), promovido pela União do Movimento Espírita de Apucarana e com apoio da 6ª URE, foi encerrado na noite do dia 31 de outubro com palestra virtual de Antonio Cesar Perri de Carvalho e coordenação de Tânia Assunção Caldeira. O expositor desenvolveu o tema “Trajetória espiritual de Emmanuel”, com base em seu livro recém lançado “Emmanuel. Trajetória espiritual e ações com Chico Xavier” (da Casa Editora O Clarim).

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A batida na porta e a abertura em vibrações

A batida na porta e a abertura em vibrações

Na tarde do dia 05 de novembro, houve mais uma reunião de vibrações virtual de equipe do Grupo Espírita Casa do Caminho, de São Paulo. A reunião foi coordenada por Glória Martins Miranda e os comentários evangélicos realizados por Alcina Ribas. Esta dirigente da reunião focalizou o tema de versículo incluído em “O evangelho segundo o espiritismo” (Capítulo XXV – Buscai e achareis): “Pedi e se vos dará; buscai e achareis; batei à porta e se vos abrirá; porquanto, quem pede recebe e quem procura acha e, àquele que bata à porta, abrir-se-á” (Mateus, 7:7). As vibrações foram conduzidas por Maristela Harada e no início e no final houve música ao piano por Margarida Helena Garabedian.