Coração livre de marcas

Coração livre de marcas

Na tarde do dia 04 de fevereiro, houve mais uma reunião virtual de vibrações de equipe do Grupo Espírita Casa do Caminho, de São Paulo. Arlete Novaes Alessio fez a exposição do evangelho comentando o conto “A tábua”, do livro “E, para o resto da vida…”, de autoria de Wallace Leal V.Rodrigues (O Clarim), destacando a recomendação final de que “uma vida digna e bem vivida, poderá levar um coração, até o fim, a se manter livre de qualquer prego e das marcas consequentes…”. As vibrações foram feitas por Elizabete Navarro Baltazar; a coordenação por Glória Martins Miranda e as músicas ao piano por Margarida Helena Garabedian.

Paulo por Emmanuel

Paulo por Emmanuel

(Trechos de “Breve notícia”, do livro Paulo e Estêvão, por Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, FEB)

"Não são poucos os trabalhos que correm mundo, relativamente à tarefa gloriosa do Apóstolo dos gentios. […] O mundo está repleto dessas fichas educativas, com referência aos seus vultos mais notáveis. Nosso melhor e mais sincero desejo é recordar as lutas acerbas e os ásperos testemunhos de um coração extraordinário, que se levantou das lutas humanas para seguir os passos do Mestre, num esforço incessante.

As igrejas amornecidas da atualidade e os falsos desejos dos crentes, nos diversos setores do Cristianismo, justificam as nossas intenções. Em toda parte há tendências à ociosidade do espírito e manifestações de menor esforço. Muitos discípulos disputam as prerrogativas de Estado, enquanto outros, distanciados voluntariamente do trabalho justo, suplicam a proteção sobrenatural do Céu. Templos e devotos entregam-se, gostosamente, às situações acomodatícias, preferindo as dominações e regalos de ordem material. Observando esse panorama sentimental é útil recordarmos a figura inesquecível do Apóstolo generoso.

[…] Queremos recordar que Paulo recebeu a dádiva santa da visão gloriosa do Mestre, às portas de Damasco, mas não podemos esquecer a declaração de Jesus relativa ao sofrimento que o aguardava, por amor ao seu nome.

Certo é que o inolvidável tecelão trazia o seu ministério divino; mas, quem estará no mundo sem um ministério de Deus? Muita gente dirá que desconhece a própria tarefa, que é insciente a tal respeito, mas nós poderemos responder que, além da ignorância, há desatenção e muito capricho pernicioso. Os mais exigentes advertirão que Paulo recebeu um apelo direto; mas, na verdade, todos os homens menos rudes têm a sua convocação pessoal ao serviço do Cristo. As formas podem variar, mas a essência ao apelo é sempre a mesma. O convite ao ministério chega, às vezes, de maneira sutil, inesperadamente; a maioria, porém, resiste ao chamado generoso do Senhor. Ora, Jesus não é um mestre de violências e se a figura de Paulo avulta muito mais aos nossos olhos, é que ele ouviu, negou-se a si mesmo, arrependeu-se, tomou a cruz e seguiu o Cristo até ao fim de suas tarefas materiais. Entre perseguições, enfermidades, apodos, zombarias, desilusões, deserções, pedradas, açoites e encarceramentos, Paulo de Tarso foi um homem intrépido e sincero, caminhando entre as sombras do mundo, ao encontro do Mestre que se fizera ouvir nas encruzilhadas da sua vida.

Foi muito mais que um predestinado, foi um realizador que trabalhou diariamente para a luz.

O Mestre chama-o, da sua esfera de claridades imortais. Paulo tateia na treva das experiências humanas e responde: — Senhor, que queres que eu faça?

Entre ele e Jesus havia um abismo, que o Apóstolo soube transpor em decênios de luta redentora e constante.

Demonstrá-lo, para o exame do quanto nos compete em trabalho próprio, a fim de Ir ao encontro de Jesus, é o nosso objetivo.

Outra finalidade deste esforço humilde é reconhecer que o Apóstolo não poderia chegar a essa possibilidade, em ação isolada no mundo.

Sem Estevão, não teríamos Paulo de Tarso. O grande mártir do Cristianismo nascente alcançou influência muito mais vasta na experiência paulina, do que poderíamos imaginar tão-só pelos textos conhecidos nos estudos terrestres. A vida de ambos está entrelaçada com misteriosa beleza. A contribuição de Estevão e de outras personagens desta história real vem confirmar a necessidade e a universalidade da lei de cooperação. E, para verificar a amplitude desse conceito, recordemos que Jesus, cuja misericórdia e poder abrangiam tudo, procurou a companhia de doze auxiliares, a fins de empreender a renovação do mundo.

Aliás, sem cooperação, não poderia existir amor; e o amor é a força de Deus, que equilibra o Universo.

[…] formulamos votos para que o exemplo do Grande Convertido se faça mais claro em nossos corações, a fim de que cada discípulo possa entender quanto lhe compete trabalhar e sofrer, por amor a Jesus-Cristo."

Emmanuel

Pedro Leopoldo, 8 de julho de 1941.

Reminiscências do centro de São Paulo

Reminiscências do centro de São Paulo

         

Antonio Cesar Perri de Carvalho (*)

O centro antigo da cidade de São Paulo sempre está presente em nossas reminiscências. Na realidade, são referentes a três momentos distintos de residência na capital paulista.

Na primeira etapa, durante a infância, recordamo-nos das tradicionais lojas de departamentos e das lanchonetes, estas então de chineses, que preparavam pasteis e pequenas pizzas; do café de máquina e do sorvete italianos que estavam surgindo na cidade. Lembramo-nos também que naquela época os homens que trabalhavam no centro da cidade utilizavam ternos e, muitas vezes, chapéu e alguns a gravata tipo "borboleta".

Numa segunda etapa de residência em São Paulo, vindo interior paulista, exercemos ações de gestão acadêmica junto à Reitoria da UNESP, na época situada na Praça da Sé, em tradicional prédio em estilo francês. As badaladas do carrilhão da Catedral da Sé ficaram marcados em nossa memória. 

Ao mesmo tempo lembrávamos sempre que a poucos metros dali situa-se o histórico Pátio do Colégio, onde Manuel da Nóbrega (o nosso Emmanuel), fundou a cidade).1

No trajeto para aquele trabalho, muitas vezes deixávamos a esposa Célia no histórico prédio Caetano de Campos, onde ela exercia função administrativa junto ao Conselho Estadual de Educação, defronte à Praça da República. Naturalmente, muitas vezes lembrávamos que naquela praça foi morto, durante o início da Revolução Constitucionalista, o estudante Euclides Miragaia, que era cunhado de um tio-avô nosso.

Nos encargos de Pró-Reitor contamos com alguns assessores que também eram espíritas: Mário da Costa Barbosa, nos últimos meses de sua existência, e, dos colegas Miguel Carlos Madeira (de Araçatuba) e Arif Cais (de São José do Rio Preto).

Concomitantemente ocupávamos cargos de direção na USE-SP. Na sede da Reitoria da UNESP, muitas vezes recebíamos a visita de lideranças espíritas e em função dos diálogos, vinham à tona também informações sobre momentos do passado ligados à região.

No século XIX, naquele tradicional centro paulistano, atuou o então estudante de Direito da Faculdade do Largo de São Francisco (atual USP), Bittencourt Sampaio, época em que escreveu letras que foram musicadas pelo seu amigo Carlos Gomes.2 Logo depois, por ali trabalhou o pioneiro espírita Batuíra, como profissional e instalou a poucos metros o seu teatro popular.3 As obras espíritas pioneiras de Batuíra ficavam num bairro vizinho e próximo ao centro da cidade.

Nas cercanias da Praça da Sé havia trabalhado o médico e ex-presidente da USE-SP Luiz Monteiro de Barros; do outro lado da Praça, Nestor João Masotti se aposentava da Secretaria da Fazenda, e, nossa companheira da USE, Marília de Castro, tinha escritório de advocacia. Certa feita recebemos a visita honrosa do deputado federal e militante espírita Freitas Nobre, com quem tínhamos amizade, e que mantinha escritório na vizinhança.

No período em que residimos em Brasília, retornamos inúmeras vezes a São Paulo em tarefas profissionais e espíritas.

Essa mescla de ações, evocações e lembranças, veio à tona na nossa saudação de agradecimento na solenidade em que recebemos a “Medalha Anchieta e Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo”, na Câmara de Vereadores de São Paulo, no ano de 2004.4

Na condição de diretor da FEB a representamos em três oportunidades em eventos públicos em defesa da vida (2007 a 2009), efetivados em grande mobilização na Praça da Sé, com a liderança de Marília de Castro. Também comparecemos na sede da OAB.

Como presidente da FEB, comparecemos na Livraria do Centro Espírita União, localizada ao lado da Praça da Sé, para o lançamento com a esposa Célia, de livro por nós organizado. Estava presente o casal de dirigentes Nena e Francisco Galves, antigos anfitriões de Chico Xavier, e amigos nossos.

Surge a terceira e atual etapa de vivência na capital paulista, com afazeres espíritas deslocados para outros bairros.

E retornamos ao auditório da Câmara de Vereadores de São Paulo, vizinha ao centro antigo, para recebermos um Diploma na Solenidade “Espíritas por um Mundo Melhor”. Na oportunidade, em 2018, fizemos uso da palavra enaltecendo o trabalho dos seareiros espíritas paulistas de todos os tempos.5

As lembranças dos momentos agradáveis e frutíferos vividos no centro antigo de São Paulo estão sempre vivas. Agora, em realidade, há várias regiões da cidade que se caracterizam como centros. A Metrópole ficou multicêntrica.

Fontes:

1) Carvalho, Antonio Cesar Perri. Emmanuel. Trajetória espiritual e atuação com Chico Xavier. Matão: O Clarim. 2020. 208p.

2) Carvalho, Antonio Cesar Perri. Prefácio. In: Aragão, Silvan (Org.) Bittencourt Sampaio. Nebulosa radiante. Aracaju: FEES. 2016. 70p.

3) Monteiro, Eduardo Carvalho. Batuíra. Verdade e luz. São Paulo: CCDPE. 2021. 160p.

4) Gobbi, Ismael. Cesar Perri é homenageado pela Câmara de São Paulo. Revista internacional de espiritismo. Ano LXXIX. N.5. Junho de 2004. P.269.

5) Página eletrônica: http://www.camara.sp.gov.br/blog/entidades-espiritas-ganham-homenagens-por-boas-iniciativas/#.WuKImOk9Nsk.facebook

 

Divaldo fala sobre o Consolador Prometido e cita tradução bíblica preferencial

Divaldo fala sobre o Consolador Prometido e cita tradução bíblica preferencial

Na palestra no programa da Mansão do Caminho – Momentos Evangélicos -, do dia 23/01/2021, Divaldo Pereira Franco faz oportunos e sólidos comentários doutrinários. No 50º minuto da palestra ao comentar versículos de João sobre o Consolador Prometido, Divaldo fez alusão às traduções bíblicas e comenta que adota a tradução feita por João Ferreira de Almeida.

Acesse pelo link (copie e cole):

https://www.facebook.com/MansaoDoCaminho/videos/345939676393939/

Os falsos profetas

Os falsos profetas

Dia 03 de fevereiro foi levado ao ar o tema do Capítulo XXI de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, programa da TV da Rádio Brasil Espírita, de Maceió, intitulado “O Evangelho e sua simplicidade”. O apresentador Cesar Perri abordou o tema “Os falsos profetas”. Houve reformulação do site e da programação da RBE. Agora em novo horário: todas 4as feiras às 19 horas.

Acesse pelo link:

O bom Samaritano em diálogo com dois Césares

O bom Samaritano em diálogo com dois Césares

 

A “Parábola do bom samaritano na visão espírita” foi comentada em diálogo virtual por Antonio Cesar Perri de Carvalho (ex-presidente da FEB) e Júlio Cesar Freitas Goes (presidente da Federação Espírita do Estado de Sergipe). Evento promovido pelo Centro Espírita William Crookes, de Maceió (Alagoas), em parceria com a web TV Rádio Brasil Espírita, na noite do dia 03 de fevereiro, contando com a coordenação de Iôiô Jatobá.

Acesse pelos links:

https://www.facebook.com/cewcpalestras/videos/321860785911397/

O poder da fé

O poder da fé

O estudo “on line” de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, do grupo do Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa Espírita, de São Paulo, foi reiniciado na noite do dia 02 de fevereiro, com novos integrantes. O Cap. XIX – A fé transporta montanhas, foi iniciado com apresentação de Maria José Ferreira da Silva sobre os versículos relacionados com o item “poder da fé”, sobre a fé religiosa e a condição da fé inabalável, seguindo-se comentários de Célia Maria Rey de Carvalho e Flávio Rey de Carvalho. O capítulo terá continuidade de estudo. A reunião foi coordenada por Cesar Perri; as preces de abertura e de encerramento foram feitas por Mirna Nakano e Cármine Maglio Neto. Os interessados em participar desse estudo podem se inscrever pelo e-mail: ese-grupocx@ccdpe.org.br

Homenagem a Bittencourt Sampaio em Sergipe

Homenagem a Bittencourt Sampaio em Sergipe

Dia 1o de fevereiro – 187 anos do nascimento de Bittencourt Sampaio (Laranjeiras, Sergipe). Palestra comemorativa virtual de Antonio Cesar Perri de Carvalho (ex-presidente da FEB) promovida pela Casa de Fraternidade de Aracaju (Se), com coordenação de Tereza Fontes. O expositor é prefaciador do livro Bittencourt Sampaio. Nebulosa radiante, organizado por Silvan Aragão e lançado pela Federação Espírita do Estado de Sergipe em 2016.

Acesse pelo link (copie e cole):

https://youtu.be/AkOoXQHGgH0

Ações humanas e aflições

Ações humanas e aflições

Transmissão feita pela Estação Dama da Caridade Benedita Fernandes, a partir da Instituição Nosso Lar, de Araçatuba (SP), com exposições feitas por Rener Isique Vieira e Paulo Sérgio Perri de Carvalho, respectivamente comentando “O Livro dos Espíritos” e “O Evangelho segundo o Espiritismo”, na reunião virtual do domingo pela manhã – dia 31 de janeiro.

Acesse pelo link (copie e cole):

https://youtu.be/_s4qEs7HCXo

Batuíra – Verdade e luz

Resenha (*)

Batuíra – Verdade e luz

Oportuno livro sobre Batuíra, um marcante pioneiro espírita da cidade de São Paulo, foi lançado em janeiro de 2021 pelo Centro de Cultura, Documentação e Pesquisa Espírita Eduardo Carvalho Monteiro, de São Paulo.

O autor da obra Eduardo Carvalho Monteiro, desencarnado em 2005, lançou o livro no ano de 1999 e que se encontrava há muito tempo esgotado. Interessante é que possuímos a 1ª edição, com autógrafo do autor amigo.

Agora o livro ressurge pelo CCDPE, detentor de notável acervo, e que numa merecida homenagem tem o nome do autor.

Em 160 páginas, pode-se adentrar em cenas da capital paulista da 2ª metade do século XIX, ilustradas com fotos e mapas da época, ambiente em que atuou o imigrante português António Gonçalves da Silva (1839-1909) e que marcou época em ambientes da imprensa, culturais, políticos e espíritas da então capital da Província.

Nas páginas introdutórias, aparece o projeto do filho de Humberto de Campos em escrever sobre Batuíra, encargo passado para Eduardo Carvalho Monteiro em 1998. O trabalho espírita de Batuíra é descrito em função dos seus atendimentos a pessoas doentes e carentes; sua atuação durante a epidemia da varíola; as ações da Instituição Beneficente Cristã “Verdade e Luz”, uma das mais antigas do país; do jornal Verdade e Luz, também dos primeiros periódicos espíritas; criação de grupos e centros espíritas em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro; de seu relacionamento com dirigentes da então novel FEB; do seu pioneirismo ao fundar um órgão voltado ao movimento espírita, a União Espírita do Estado de São Paulo (1908). Fato marcante é que a rua onde ele iniciou suas atividades espíritas é oficialmente denominada “Rua Espírita”, limite dos bairros Liberdade e Cambuci, perto do centro da cidade de São Paulo. Desde quando Batuíra estava encarnado, as pessoas espontaneamente se referiam à “rua do espírita”.

No capítulo “Cenas de uma vida edificante” há relatos sobre casos e pessoas atendidas por Batuíra. Exemplos de uma vida de renúncia e de muita nobreza de caráter. Inclusive, as obras que ele manteve em alguns bairros de São Paulo foram construídas com recursos dele próprio.

O livro também destaca informações sobre a atuação espiritual de Batuíra, em várias psicografias de Chico Xavier, notadamente o livro Mais luz (Ed. GEEM).

Batuíra sempre foi reconhecido pelo seu dinamismo e dedicação ao próximo. Aliás, o apelido Batuíra, é uma comparação alusiva ao pássaro ágil e rápido que habitava as várzeas da cidade de São Paulo. Sem dúvida, um “pássaro” diferenciado que se destacou e semeou o bem!

Informações e pedidos – CCDPE-ECM:

Fone 11-5072-2211;

E-mail: contato@ccdpe.org.br

Fonte:

Monteiro, Eduardo Carvalho. Batuíra. Verdade e luz. São Paulo: CCDPE. 2021. 160p.

(*) Antonio Cesar Perri de Carvalho, colaborador do CCDPE-ECM; ex-presidente da USE-SP e da FEB.