Revista Espírita de Kardec prossegue

Resenha

Revista Espírita de Kardec prossegue

A Revue spirite, revista fundada por Allan Kardec, prossegue sendo editada e com circulação trimestral mantida atualmente por Le Mouvement Spirite Francophone. É produzida em tempo adequado e apresenta edições coloridas e com excelente qualidade gráfica.

No exemplar do 2o trimestre de 2020, a Revue destaca como matéria de capa, um longo artigo “Que change la pandémie” de autoria de Julien Philippe. O autor comenta os cenários pós-pandemia para as atividades espíritas. Destaca os cuidados físicos nos centros espíritas, mas destaca que graças à tecnologia há expectativas com atividades mais a distância, embora ele considere o aspecto importante do relacionamento pessoal. Interessante é que citou a experiência de treinamento mediúnico a distância e que em quatro anos não tiveram nenhum incidente e nenhum fato a deploras, mas reconhece que há fortes reações a esse tipo de prática. Matéria da própria Revista faz pormenorizado estudo crítico da mensagem “As razões da pandemia”, do espírito Alex Bardonnie, que foi divulgada pelas redes sociais no Brasil. Comentam que o Espírito antecipa nossa resistência em ler mensagens que antecipam fatos sérios, e, fazem estudos com princípios espíritas, consideram que os espíritos sérios não entram em detalhes de datas presentes e futuras e que raramente elas são corretas. Concluem a matéria com um convite à prudência com relação a esse tipo de mensagem.

Nessa edição a Revista espírita francesa, conta com Editorial de autoria de Jean Paul Evrard (da Bélgica). Ocorre o prosseguimento dos comentários e transcrições de “cartas familiares” psicografadas por Chico Xavier. Há vários outros artigos doutrinários, como a tradução para o francês de matéria de Jáder Sampaio, e uma continuada divulgação das obras básicas de Allan Kardec; nesse exemplar informa sobre o lançamento do livro Comprendre le Spiritisme, de autoria de Michaël Ponsardin, editado por LMSF.

Contatos:

E-mail: info@lmsf.org

Página eletrônica: http://www.revue-spirite.org

ANTE O EVANGELHO

ANTE O EVANGELHO

Realmente, por séculos sucessivos, temos realizado a transliteração do Evangelho em todos os climas culturais.

Na senda de todos os povos, as Boas Novas de Salvação surgem por florilégio religioso, revelando sentenças inimitáveis pelo seu conteúdo de beleza e sabedoria. Indubitavelmente, não possuímos na Terra outra forma de plantação primária do conhecimento, que não essa, através da letra que constitui a base da instrução clareando o pensamento.

Contudo não basta nos detenhamos na fraseologia brilhante, no gesto sutil ou nas aparências elogiáveis para demonstrar assimilação do ensinamento transformador. Cristianismo não é somente a forma da civilização que nos propomos construir com Jesus.

É, acima de tudo, essência dela mesma, com que devemos plasmar o mundo novo em que as relações humanas representem o alicerce do Reino de Deus.

Urge, pois, configurar a revelação não apenas no tesouro verbalístico que nos lastreia as conquistas filosóficas e artísticas de quase dois milênios.

É indispensável que o apelo do Grande Renovador encontre resposta na consciência e no coração, em nossas idéias e em nossos sentimentos, a fim de que a fé se exprima em trabalho incessante na extensão do bem.

Até hoje, a maioria das escolas cristãs tem adorado santos e apóstolos nos altares de pedra, mas, como nunca, necessitamos presentemente dos heróis do cristianismo nos tribunais e nas escolas, nos templos e nos hospitais, nos lares e nas oficinas, nos escritórios e nos campos, nos divertimentos e nas ruas.

Almas valorosas e decididas que disponham a romper com os impedimentos do próprio egoísmo e da própria vaidade, entusiasmadas com a visão do porvir e libertas do pessimismo que negreja, na volúpia da destruição por onde passa…

Considerando, qual aconteceu à mulher sofredora na praça pública, somos passíveis de condenação pela ociosidade com que vimos congelando as nossas melhores oportunidades de serviço.

Todos nos encontramos à face do julgamento, pelo delito de lesa consciência, de vez que temos adulterado a mensagem do Divino Benfeitor de mil modos, em cada romagem no mundo. Jesus, porém, tolera-nos compassivo e reforma-nos o empréstimo de tempo e de valores novos…

Mas, se é verdade que nenhum de nós está em condições de atirar a primeira pedra no irmão de caminho, cabe-nos a todos ouvir o Mestre Inesquecível em sua amorosa e segura advertência: – “Vai e não peques mais”.

Renovemo-nos oferecendo ao mundo e à vida o que possuamos de melhor, porquanto se a ignorância era a nossa furna de sombra até ontem, pelo conhecimento de agora, podemos avanças para futuro, em companhia de Jesus, desde hoje.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Construção do amor. Cap. Ante o Evangelho. São Paulo: CEU)

CONFIAREMOS

CONFIAREMOS

"E se sabemos que ele nos ouve, quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito". – João (I João, 5:15)

Em nos dirigindo ao Senhor, rogando alguma concessão, condicionemo-nos ao Critério Divino.

Digamos no íntimo do ser:

"Se julgardes, Senhor, que isso nos ajudará a ser melhores para os nossos irmãos, em louvor dos vossos desígnios…"

"Se considerardes que assim poderemos ser mais úteis em vossa obra…"

E façamos dentro de nós o silêncio preciso, emudecendo qualquer indisciplina mental.

Sintonizemos o coração em ponto certo, ou, melhor, liguemos o pensamento para a Infinita Sabedoria, tendo o cuidado imprescindível para que a estática de nossas paixões e sensações não interfira com a recepção da bênção que nos advirá da Divina Bondade.

Oremos, unindo-nos aos planos do Senhor, sem exigir que os planos do Senhor se submetam aos nossos, e aprenderemos a ver e a aceitar o que seja melhor para nós, asserenando o coração.

Não gritarmos "eu quero…" mas afirmar, em nossa condição de espíritos imperfeitos: “se posso querer”…

Em qualquer setor de organização humana, o benefício solicitado se divide em duas fases essenciais – o pedido e a solução. Forçoso, porém, reconhecer que, se todo pedido é livre, qualquer solução exige exame.

Empregadores não atendem às requisições dos subordinados sem analisar-lhes a ficha de mérito, sob pena de prejudicarem a máquina administrativa.

Professores não satisfarão exigências de alunos sem, antes, lhes observar o aproveitamento, se não querem perturbar as funções educativas da escola.

É licito rogar ao Senhor tudo aquilo de que carecemos e até mesmo tudo quanto quisermos, porquanto na maioria das ocasiões não passamos de crianças caprichosas, mas saibamos implorar dele a compreensão necessária para recebermos as respostas do Alto, sem prejuízo para a harmonia da vida, porque, se sabemos o meio exato e amplo de pedir, somente Deus – pelos Mensageiros Divinos que o representam, junto de nós – sabe, em nosso favor, como, onde e quando nos atender.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Segue-me. Cap. Confiaremos. Matão: O Clarim).

Filme Maudie – Sua Vida e Sua Arte

Filme Maudie – Sua Vida e Sua Arte

Célia Maria Rey de Carvalho (*)

O filme Maudie – Sua Vida e Sua Arte, retrata a vida da artista canadense Maud Kathleen Dowley, nascida em 07 de março de 1903 ao sul de Ohio, Nova Escócia no Canadá. Desde cedo apresentou artrite reumatoide que limitava seus movimentos além de possuir outras deficiências físicas.

Foi introduzida nas artes por sua mãe Agnes Dowley. Na juventude teve uma filha, em 1928, Catherine, que foi colocada para adoção, pois ela não tinha condição de criá-la. Maud ficou órfão em 1937 e foi morar com uma tia em Dgby, também na Nova Escócia. Não se dando bem com a tia, foi morar e trabalhar como doméstica na casa de Everett Lewis, vendedor de peixes de Mashalltown ao final de 1937, o que a impediu de voltar para casa da tia que não aceitava tal situação.

Everett era um homem extremamente rude, tosco, bruto, mas Maud, pela opção que fez, aceitava e tentava realizar as tarefas para as quais fora contratada, com extrema dificuldade, mas com extremo desvelo e carinho. Várias vezes mandada embora e como não tinha para onde ir, ficava e suportava os desafios impostos pelo serviço e pelo patrão. Em janeiro de 1938 ela e Everett se casaram, passando a chamar-se Maud Lewis. O filme mostra uma Maud extremamente humilde, resignada, dócil no falar, sorriso meigo, determinada e corajosa, mas sem imposição. Com uma vida extremamente pobre, Maud quase não saia da casa que ficava isolada 11 km da pequena cidade de Dgby.

Aos poucos foi cativando a simpatia e afeição do marido, bem como mudando alguns de seus hábitos toscos. Sem se impor, oferecia uma mesa posta para as refeições do mesmo, o que o levou a sentar-se e comer com melhores modos, alterando também outros hábitos domésticos. Começou a enfeitar as paredes da casa com suas pinturas de cores fortes, com motivos florais, pássaros e borboletas. O marido não gostou e disse que estava ela desobedecendo suas ordens. Ela respondeu que não, estava só cumprindo suas ordens de deixar a casa mais bonita. Aos poucos foi pintando em pequenos pedaços de madeira que encontrava nos objetos e móveis quebrados que o marido trazia para o quintal da casa.

Na sua humildade, obediência ao marido não se deixou contaminar pelos seus modos rústicos, nem cultivando qualquer sentimento de animosidade. Era seu lar, seu marido e o único lugar que podia ficar. Não discutia, não tentava impor suas ideias, apenas sugeria. Não questionava sua condição de pessoa discriminada pela sua aparência deformada. Aceitava os desafios da vida com coragem e determinação, mantendo seu mundo interior que era maior do que qualquer limitação física, de condições sócias e materiais.

Da única janela da casa via o mundo lá fora e isso bastava para sua imaginação livre e leve povoar sua mente, sua criatividade e seus dias de solidão. Suas pinturas revelavam o que ia em sua alma. As pessoas solicitavam para que ela pintasse para saber e entender o que se passava em seu íntimo. E seu mundo interior era colorido, alegre, vibrante. Todo tempo disponível depois de suas obrigações domésticas era destinado à pintura.

Foi a companhia silenciosa, mas sempre presente de seu marido, convencendo-o de fazer as coisas com breves observações e deixando que o tempo o fizesse entender e atendê-la. Não desafiava, mas agia na serenidade, na quietude de seus gestos, olhares e atos. Mudou a vida dele, apesar de continuar a sua maneira tosca de ser, mas com gestos disfarçados de carinho. Boa em contas, aos poucos, oferecendo sua ajuda, mas sempre exaltando o papel de comando que seu marido sempre frisava e exigia, ela ajudou-o em sua venda de peixe, anotando e controlando a entrada e saída do dinheiro. Nunca ficou com um centavo do dinheiro da venda de suas obras que era muito superior ao que o marido ganhava, deixando a ele o controle das finanças. Ele, percebendo que sua arte rendia dinheiro, começou a ajudá-la nos afazeres domésticos e no provimento de materiais necessários ao seu trabalho.

O que achei notável e que no filme bem transparece, foi a sua humildade e resistência pacífica na manutenção do seu modo de ser, de enxergar o mundo, de enfrentar suas dores e dar vazão à sua arte independente das condições adversas que o mundo e a pessoas lhe ofereciam. Sempre enxergava luz onde havia escuridão, alegria onde reinava a dor, poesia e colorido no cenário branco e preto dos longos períodos de inverno. Sua brandura se estendia aos animais que habitavam os arredores da casa, com eles conversando e acarinhando-os. Aliás, com os cachorros ela conversava muito, o que às vezes irritava seu marido.

Mas ela continuava sua maneira de ser. Morreu aos 67 anos, sem nunca interromper suas atividades de pintura, somente nos momentos em que era atendida no hospital devido aos problemas respiratórios que adquiriu pelo fumo, cheiro forte das tintas e ambiente insalubre de sua residência.

Emmanuel, no livro Pensamento e Vida (FEB), cap. 24 bem define: “Humildade não é servidão. É, sobretudo, independência, liberdade interior que nasce das profundezas do espírito, apoiando-lhe a permanente renovação para o bem. Cultivá-la é avançar para a frente sem prender-se, é projetar o melhor de si mesmo sobre os caminhos do mundo, é olvidar todo o mal e recomeçar alegremente a tarefa do amor, cada dia.” Essa era Maud na sua maneira de ser e vencer no mundo.

(*) Ex-diretora da USE-SP e da FEB. Colaboradora do GEECX, CCDPE e G.E.Casa do Caminho, São Paulo.

TEXTO BÍBLICO USADO NOS LIVROS ORIGINAIS DE EMMANUEL

TEXTO BÍBLICO USADO NOS LIVROS ORIGINAIS DE EMMANUEL

Seminário sobre o Estudo de O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO realizado pela USE-SP em 29/10/2017, no Centro de Cultura. Integraram o evento alguns fundadores do Núcleo de Estudo e Pesquisa do Evangelho (NEPE), originalmente fundado na FEB em 2012. Trecho da fala de Flávio Rey de Carvalho – Na Parte 4, de "perguntas e respostas" esclarece sobre os textos bíblicos (traduções) usados nos nove livros originais de Emmanuel sobre as interpretações do Novo Testamento à luz do Espiritismo, pela FEB: Caminho, Verdade e Vida; Fonte Viva; Vinha de Luz; Pão Nosso; Ceifa de Luz; pela Comunhão Espírita Cristã: Livro da Esperança; Palavras de Vida Eterna; pelo GEEM: Bênção de Paz; por O Clarim: Segue-me.

Link:

Trajetória e obras de Emmanuel em palestras de Perri para Brasília, Campinas e São Paulo

Trajetória e obras de Emmanuel em palestras de Perri para Brasília, Campinas e São Paulo

      

Na noite do dia 24 de setembro, a Casa Espírita Recanto de Maria (REMA), de Brasília, promoveu palestra virtual de Antonio Cesar Perri de Carvalho com Antonio Cesar Perri de Carvalho, com base em seu livro “Emmanuel. Trajetória espiritual e atuação com Chico Xavier”, recém lançado pela Casa Editora O Clarim, em forma de livro impresso e e-book (https://youtu.be/9rPpTuASZRk)

Ocorreram também palestras virtuais pelo autor: no dia 20 de setembro no C.E.Vovô Nestor, de Campinas (https://www.facebook.com/cevovonestor/videos/671270220171067).

No dia 19 de setembro no Centro Espírita Casa do Caminho, de Vila Madalena, em São Paulo (https://youtu.be/Im4XCuLR14Q).

Para assistir, copie e cole cada um dos links acima.

Pandemia e Evangelho nos Estados Unidos

Pandemia e Evangelho nos Estados Unidos

“O Evangelho na Pandemia” foi o tema desenvolvido em palestra virtual por Antonio Cesar Perri de Carvalho, na noite do dia 21 de setembro para a XXII Semana Espírita da Tri-State Federation (Estados Unidos) que reúne instituições dos Estados de New York, New Jersey e Connecticut. O evento tem como tema central “Sinal dos tempos” e prossegue até o dia 27 de setembro.

Acesso pelo link:

Pandemia, Setembro Amarelo e indulgência

Pandemia, Setembro Amarelo e indulgência

Na reunião a distância de vibrações realizada na tarde do dia 24 de setembro, por equipe do Grupo Espírita Casa do Caminho, de São Paulo. A exposição evangélica foi feita por Maristela Harada que focalizou o tema “Depressão e indulgência”, relacionando com a problemática da época da pandemia e questões sobre a prevenção do suicídio, realçadas no “setembro amarelo”. Leu mensagem de Emmanuel, com destaque para a frase: “A indulgência é a outra face da caridade” (Emmanuel, FCX, livro “Indulgência,” IDE). Em seguida, as vibrações foram feitas por Maria Alice Vaquero; a coordenação por Glória Martins Miranda e as músicas ao piano por Margarida Helena Garabedian.