PARA OS MONTES

PARA OS MONTES

“Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes.” – Jesus. (MATEUS, capítulo 24, versículo 16.)

Referindo-se aos instantes dolorosos que assinalariam a renovação planetária, aconselhou o Mestre aos que estivessem na Judéia procurar os montes.

A advertência é profunda, porque, pelo termo “Judéia”, devemos tomar a “região espiritual” de quantos, pelas aspirações íntimas, se aproximem do Mestre para a suprema iluminação.

E a atualidade da Terra é dos mais fortes quadros nesse gênero.

Em todos os recantos, estabelecem-se lutas e ruínas.

Venenos mortíferos são inoculados pela política inconsciente nas massas populares.

A baixada está repleta de nevoeiros tremendos.

Os lugares santos permanecem cheios de trevas abomináveis.

Alguns homens caminham ao sinistro clarão de incêndios.

Aduba-se o chão com sangue e lágrimas, para a semeadura do porvir.

É chegado o instante de se retirarem os que permanecem na Judéia para os “montes” das idéias superiores.

É indispensável manter-se o discípulo do bem nas alturas espirituais, sem abandonar a cooperação elevada que o Senhor exemplificou na Terra; que aí consolide a sua posição de colaborador fiel, invencível na paz e na esperança, convicto de que, após a passagem dos homens da perturbação, portadores de destroços e lágrimas, são os filhos do trabalho que semeiam a alegria, de novo, e reconstroem o edifício da vida.

Emmanuel

(Xavier, Francisco Cândido. Pelo espírito Emmanuel. Caminho, verdade e vida. Cap. 140. FEB)